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Arrecadação federal bate mais um recorde e alcança R$ 1,2 trilhões no primeiro semestre

Em junho, a receita arrecadada atingiu R$ 208,8 bilhões, alta de 11,02% ante igual mês de 2023.

A arrecadação tributária federal atingiu mais um recorde e somou R$ 1,298 trilhão na primeira metade do ano, um crescimento de 9,08% frente ao primeiro semestre de 2023, já descontada a inflação, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira. O montante representa a maior entrada de recursos tributários para o período desde o início da série histórica, em 1995.

Apenas em junho, a receita alcançou R$ 208,8 bilhões, alta de 11,02% ante o sexto mês de 2023, também um recorde para o período. O melhor resultado até hoje tinha acontecido em 2022 (R$ 194,6 bilhões).

Na última segunda-feira, o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, já havia antecipado o bom resultado da arrecadação do mês passado, já incorporado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre. O governo conta com a receita de medidas extraordinárias, como os julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), de transações tributárias e de concessões de ferrovias para fechar as contas do ano.

A meta é de resultado primário zero, com tolerância de déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, a projeção do governo está exatamente no limite de tolerância, prevendo um rombo de R$ 28,8 bilhões em 2024. A estimativa não considera a compensação da desoneração da folha salarial de 17 setores e de municípios pequenos, que deveria alcançar R$ 26,2 bilhões nas contas da Receita. O assunto está sendo discutido no Congresso.

— A arrecadação vai muito bem, mas um pouco inferior à necessidade para cobrir as despesas por causa de algumas desonerações. Já tínhamos considerado a desoneração da folha salarial dos 17 setores da economia (no 2º bimestre) e agora retiramos mais R$ 5,2 bilhões (de receita) referentes aos municípios (no segundo semestre) — disse Barreirinhas, acrescentando que, no total, o Fisco calcula perda de R$ 26,2 bilhões com a medida.

Detalhamento
Em relação às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em junho de 2024 foi de R$ 200,5 bilhões, representando um acréscimo real de 9,97%, enquanto no período acumulado de janeiro a junho de 2024, a arrecadação alcançou R$ 1,235 trilhão, um aumento de 8,93%, já desconsiderando a inflação, segundo O Globo.

Em junho, o resultado das receitas administradas pelo fisco foi devido ao bom desempenho das arrecadações dos tributos sobre comércio exterior (45,71%), do PIS/Cofins (21,95%), do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Capital (10,10%) e Trabalho (12,34%).

No ano, o crescimento real de 18,79% do PIS/Cofins, de 20,59% do IRPF Capital, decorrente dos fundos exclusivos, e de 21,26% do IRPF, devido à atualização de bens e direitos no exterior, foram citados pela Receita como fatores que apoiaram o avanço da arrecadação.

De maneira geral, a Receita afirmou que o desempenho da arrecadação pode ser explicado pelo comportamento da economia, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior, assim como pela calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul.

Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 10,37% na arrecadação do período acumulado e de 10,72% na arrecadação do mês de junho.

Em junho, os fatores não recorrentes apresentaram um saldo negativo de R$ 3,130 bilhões devido às medidas para atenuar os impactos das chuvas para os gaúchos, de R$ 3,7 bilhões. Isso foi apenas marginalmente compensado pela tributação de fundos exclusivos e a atualização dos bens no exterior.

No ano, as medidas extraordinárias contribuem positivamente com R$ 14,160 bilhões, valor menor que no mesmo período de 2023 (R$ 27,750 bilhões). Nesse caso, a maior contribuição é da tributação de fundos exclusivos (R$12,730 bilhões). As ações relativas ao Rio Grande do Sul representaram perda de R$ 8,0 bilhões em recursos no primeiro semestre, conforme o fisco.

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O falso dilema entre vidas humanas e economia por uma fraude chamada Bolsonaro

Se me perguntassem se Bolsonaro está menos preocupado com a vida das pessoas do que com as empresas brasileiras, sinceramente eu não saberia responder.

Quem consegue distinguir as prioridades de um presidente que não tem nenhuma solução para salvar vidas, menos ainda para salvar empresas?

Bolsonaro escolheu não cuidar das pessoas e não cuidar da economia, na verdade, não governar o país.

Porque nem dados subjetivos além de pedir para dar cabo da quarentena, como se fosse este o problema real da economia brasileira e dos empresários, Bolsonaro apresentou. Mesmo que fosse um esboço que pudesse ser chamado de estratégico que incluísse ao menos um traço objetivo do que de fato o governo preparou para tirar o Brasil da pasmaceira econômica, já instalada muito antes da chegada do coronavírus.

Bolsonaro é subordinado a uma economia integrada, resultante das condições naturais do mercado brasileiro, o que é completamente diferente do quadro atual, seja do ponto de vista das garantias do mercado interno, seja do externo. Tanto é que Bolsonaro não toca no assunto tamanha a carência de perspectiva de futuro para a economia brasileira.

Na verdade, Bolsonaro tenta fabricar factoides com rojões retóricos diante de uma situação extremamente complexa até para um novo processo de globalização econômica que se impõe a todos os países.

Esse discurso carregado de arrogância não traz nenhuma luz para salvar a sociedade da contaminação do vírus, muito menos para a produção industrial e, menos ainda para o varejo do comércio. Não há discurso oficial sobre o assunto, mesmo que fosse para privilegiar uma parcela da sociedade localizada no mundo empresarial.

Bolsonaro não desconsidera apenas a vida das pessoas, ele estabeleceu uma confusão tal que parece que tem um plano para a economia sair de um problema extremamente grave e que o isolamento social está atrapalhando, causando conflitos entre os trabalhadores e os empresários.

Na realidade, o maior crime que Bolsonaro cometeu durante a pandemia é o de se negar a governar e desmontar tudo o que for possível, como desmontou vários ministérios como, por exemplo, os últimos, o da Saúde, transformando-o em um mero guichê de reclamações com um gerente como Nelson Teich no lugar do ministro Mandetta.

O mesmo pode-se dizer do Ministério da Justiça e Segurança Pública em que Bolsonaro simplesmente implodiu na mais recente crise envolvendo a saída de Moro para não colocar nada no lugar, ele quer fazer daquilo um ponto morto, assim como quer dilapidar a estrutura da Polícia Federal, do Ibama, do Meio Ambiente, assim como fez com a Cultura, com o Esporte e com todos os ministérios que possibilitavam produzir políticas sociais que beneficiassem os mais pobres.

O que Bolsonaro propôs no lugar que ele destruiu? Nada. Qual é o papel do novo presidente da Fundação Palmares, Sergio Nascimento, além de destruir o órgão e de seu discurso racista que coincide com o de Bolsonaro?

Não há conflito algum na dinâmica de se buscar caminhos entre a preservação da vida e a volta do giro da economia, porque isso supõe movimentos e práticas plurais, e Bolsonaro não apresentou nenhum diante da tragédia que o Brasil vive.

Assim, Bolsonaro, claramente demonstra despreparo político e gerencial. Soma-se a isso o guru dos tolos, Paulo Guedes, que criou a EBNEA: Escola Brasileira de Números Econômicos Aleatórios e segue vendendo terreno na lua.

A última de Paulo Guedes é que, com as reservas deixadas pelo PT, o mesmo que eles dizem que quebrou o Brasil, com o dólar a R$ 6,00, ele tem R$ 2 trilhões em caixa e, com isso, consegue tirar o país do buraco num estalar de dedos.

É isso que o Brasil tem em seu comando.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ajoelhado no milho, Bolsonaro teve que pedir penico aos médicos cubanos, que estão de volta

O secretário-executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o governo vai recontratar médicos cubanos para atuarem na cobertura do coronavírus. “Vamos chamar todos os médicos cubanos que estavam trabalhando no programa (Mais Médicos)”.

Nada melhor do que as voltas que o mundo dá, mesmo em terra plana.

Os médicos cubanos estão de volta, sim, os quase de 20 mil médicos do programa Mais Médicos, criado por Dilma, que tanto ajudaram a saúde dos mais pobres no Brasil, os mesmos a quem os cubanos Bolsonaro chamava de terroristas disfarçados de médicos, chegarão agora no Brasil com um adendo, experiência e medicamentos testados na China com muito sucesso.

Agora, até a turma do “vai pra Cuba!” está desejosa, pra ser mais objetivo, está implorando para que eles venham nos salvar, já que Patricinhas e Mauricinhos de jalecos brancos não sobem em favelas, não se metem em sertões e florestas Brasil afora, muito menos pesquisam sobre vírus, epidemias, pois a crença que sempre tiveram é a de produzir monstros somente contra os pobres.

O pedido de Bolsonaro para a volta deles é por si só um passaporte de Bolsonaro para o inferno político. O “mito” é um bosta, vão pensar os desapontadíssimos bolsonaristas que carregam um 38 na cintura para mostrar valentia contra jovens em manifestações.

Mas o melhor de tudo isso é, mais uma vez, a agenda oficial de Bolsonaro depender de programas, implantados por Dilma e Lula, para sobreviver, sem falar das reservas de US$ 380 bilhões deixadas por Lula e Dilma, o que representa hoje, com o dólar beirando R$ 5,00, o montante de quase R$ 2 trilhões.

E mais, não digo, só dou gargalhadas dos palhaços da Avenida Paulista.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1239512365789519872?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas