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Ativistas de mais de 30 países navegam rumo a Gaza com toneladas de ajuda humanitária para romper o cerco

Internacionalista Thiago Ávila representa o Brasil na iniciativa da “Flotilha da Liberdade”, que desafia Israel para levar 5 mil toneladas de alimentos e medicamentos.

Partirá de Istambul na próxima quarta-feira a Flotilha da Liberdade, coalizão de organizações e ativistas de mais de 30 países que há anos realiza expedições marítimas com ajuda humanitária com o objetivo de desafiar o bloqueio ilegal israelense em curso na Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária à população palestina.

“A fome está sendo utilizada por Israel como uma arma de guerra. Já 27 crianças morreram de fome em Gaza e os índices de catástrofe estão entre os mais graves existentes no mundo. Na história recente, a situação que o povo de Gaza enfrenta só é comparável à situação que 2 regiões da Somália passaram em 2011 e em partes do Sudão do Sul em 2017, com a diferença de que em Gaza hoje toda a população está sendo submetida a esse crime contra a humanidade”, afirma Thiago Ávila, representante do Brasil na Flotilha da Liberdade.

Israel mantém Gaza sob ocupação militar desde 1967 e sob cerco total desde 2007. Isso significa que qualquer criança de 0 a 17 anos (a maioria da população de Gaza está entre essa faixa etária) nunca viveu um único dia de sua vida em liberdade. As restrições impostas por Israel mesmo antes de outubro de 2023 impediam a entrada de itens essenciais como equipamentos médicos, alimentos (que ultrapassasse um cruel cálculo de calorias para cada pessoa, mas ainda mantendo a insegurança alimentar), materiais escolares e até coisas supérfluas e chocantes como vestidos de noiva, chocolates e óculos de mergulho.

As restrições, que já faziam organizações denunciarem Israel por transformar Gaza na “maior prisão sem teto do mundo” pioraram muito após outubro de 2023, quando o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que os palestinos em Gaza ficariam sem água, sem comida, medicamentos ou eletricidade como punição coletiva após os ataques de 7 de outubro. “Nós estamos enfrentando animais humanos e agiremos de acordo”, afirmou o ministro quando fechou totalmente as passagens para ajuda humanitária de Israel, além do cerco marítimo e aéreo e o controle que detém sobre a fronteira de Rafah, que separa o Egito do sul de Gaza.

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Com bloqueios de Israel por terra, aviões lançam ajuda humanitária sobre a Faixa de Gaza

Imagens foram divulgadas com um avião sendo abastecido com alimentos e medicamentos numa operação com apoio dos Emirados Árabes Unidos e Jordânia.

Pela primeira vez desde o início dos conflitos, as Forças Aéreas Egípcias anunciaram o envio de ajuda humanitária por via aérea para a Faixa de Gaza. Imagens foram divulgadas com um avião sendo abastecido com alimentos e medicamentos numa operação com o apoio dos Emirados Árabes Unidos e a Jordânia.

No início da semana, o Exército jordaniano divulgou que fez uma série de entregas de ajuda humanitária de alimentos e outros suprimentos em Gaza, inclusive usando um avião do Exército francês em uma dessas entregas. Vídeos com imagens de palestinos recolhendo as doações que caiam do céu com paraquedas circulam em redes sociais.

Um deles foi gravado por um jovem que carregava nos ombros o que recolheu e celebrava. “Um saco de farinha. Depois de um mês. Que um mês, um milhão de anos. Eu sinto como se fossem milhares de anos”, disse, mostrando ainda outras muitas pessoas que também carregavam na praia as doações. Em outro vídeo, uma palestina agradece, mas lembra que aqueles que continuam no norte de Gaza passam mais necessidades do que os que se deslocaram para o sul, na fronteira com o Egito.

O responsável pelo UNICEF no Egito, Jeremy Hopkins, disse à RFI estar extremamente preocupado, principalmente, com as 600 mil crianças atualmente deslocadas em Rafah entre toda a população civil que vive em circunstâncias tão terrivelmente difíceis.

Riscos

A falta de água potável, de serviços de saneamento e de instalações sanitárias e de higiene básica está aumentando rapidamente para uma emergência de saúde pública, com o risco de surtos de doenças em grande escala. “Agradecemos a facilitação do governo egípcio no fluxo de suprimentos humanitários para Gaza e continuamos a trabalhar em estreita colaboração com o Crescente Vermelho Egípcio a este respeito. Contudo, isto não é o suficiente”, afirmou.

“Os fornecimentos humanitários que entram em Gaza não são suficientes e o setor privado também deve ser autorizado e habilitado a operar em conjunto com as organizações de ajuda. Mais importante ainda: nenhuma criança em Gaza estará segura até que haja um cessar-fogo e reitero este apelo às partes em conflito, a fim de permitir que o Unicef e outros forneçam apoio humanitário vital onde é tão desesperadamente necessário, e para todas as crianças”, acrescentou.

Críticas a Israel

Organizações internacionais vêm criticando os obstáculos impostos por Israel para a entrega desse tipo de ajuda através de caminhões vindos do Egito, que já recebeu mais de 500 aviões, de diferentes países, incluindo o Brasil, trazendo ajuda para palestinos mantidos em Gaza.

Foram cerca de 15.000 toneladas até agora. Essas doações se concentram na cidade de Al-Arish e vão em caminhões para a Faixa de Gaza, através das passagens de Rafah e Karm Abu Salem. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), “os comboios de ajuda têm sido atacados e o acesso às pessoas necessitadas tem sistematicamente sido negado. Os trabalhadores humanitários foram assediados, intimidados ou detidos pelas forças israelenses e as infraestruturas humanitárias foram atingidas”.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) decidiu suspender todos os procedimentos de coordenação humanitária em missões médicas na Faixa de Gaza “devido à falha em garantir a segurança das equipes de serviços médicos de emergência, dos feridos, e os doentes nos hospitais.”

A organização disse que a ocupação israelense deteve sete integrantes de sua equipe, incluindo técnicos de anestesia e um médico. “Eles foram presos durante o ataque da ocupação israelita ao Hospital Al-Amal e o seu destino permanece desconhecido neste momento”, afirmou o PRCS, que criticou a falta de compromisso e respeito demonstrados pelas forças de ocupação israelenses para com os procedimentos e mecanismos de coordenação acordados com as organizações das Nações Unidas.

Em novo balanço divulgado nesta quarta-feira (28/02), o Ministério da Saúde palestino informou que desde o início do conflito entre Israel e Hamas, 29.954 pessoas morreram e 70.325 ficaram feridas. Estima-se que outras milhares de vítimas ainda estejam sob os escombros, enquanto equipes de resgate tentam encontrá-las mesmo sob ataques israelenses.

Proposta de trégua

O Hamas recebeu e analisa uma espécie de rascunho de uma proposta de trégua em Gaza. Segundo a imprensa, a entrega do documento foi em Paris, durante uma roda de conversas com mediadores que tentam chegar a um cessar-fogo. Esta proposta fala em uma pausa nas operações militares e troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, inicialmente durante 40 dias.

Também consta na proposta:

– Retorno gradual de todos os civis deslocados – exceto homens em idade de serviço militar – ao norte da Faixa de Gaza.

– Depois de iniciar a primeira fase, Israel reposicionará as suas forças longe das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza.

E sobre ajuda humanitária para a Faixa de Gaza:

– Compromisso de trazer 500 caminhões por dia de ajuda humanitária.

– Fornecer 200 mil tendas e 60 mil caravanas.

– Permitir a reabilitação de hospitais e padarias em Gaza

– Israel concorda com a entrada de máquinas e equipamentos pesados para remoção de escombros e assistência com outros fins humanitários, com o fornecimento de remessas de combustível necessárias para esses fins. O Hamas se compromete a não utilizar estas máquinas e equipamentos para ameaçar Israel.

“Um cessar-fogo humanitário imediato e duradouro é a única forma de acabar com a matança e os ferimentos de crianças, a única forma de proteger os civis e a única forma de permitir a entrega urgente da ajuda vital desesperadamente necessária. Mais do que tudo, as crianças de Israel e o Estado da Palestina precisam de uma solução política duradoura para a crise, para que possam crescer em paz e livres da sombra da violência”, reforçou Jeremy Hopkins.

Enquanto os Estados Unidos anunciaram mais US$ 53 milhões em assistência humanitária aos palestinos, há no mundo árabe uma expectativa para que se chegue logo a uma decisão antes do dia 11 de março, quando começa o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos dedicado a jejum e orações.

*Opera Mundi

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Sem novas trocas de reféns, familiares israelenses tentam impedir ajuda humanitária a Gaza

Em protesto, manifestantes procuraram bloquear passagem de Kerem Shalom e exigiram que governo negasse entrada de recursos básicos a palestinos até que seus parentes fossem libertados pelo Hamas.

Familiares de reféns israelenses se mobilizaram, nesta terça-feira (09/01), para acessar a passagem de Kerem Shalom em uma tentativa de impedir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A medida foi tida como uma forma de protesto contra o “fracasso” na libertação de seus parentes, que seria possível por meio de uma negociação entre as autoridades de Tel Aviv com o grupo de resistência palestina Hamas.

Os manifestantes exigiram que Israel negasse toda a ajuda humanitária aos palestinos, enquanto os “136 israelenses em Gaza permanecessem em cativeiro”.

No entanto, as próprias forças de segurança do Estado judeu acabaram intervindo o protesto e bloqueando o comboio que transportava esses familiares. De acordo com a polícia, o veículo foi detido porque estava em uma “zona militar fechada” já designada.

Ao portal de notícias israelense Ynet, uma das manifestantes que tentou fechar o acesso de uma das únicas fronteiras que possibilitam o transporte de recursos básicos aos palestinos, afirmou que os reféns israelenses “também precisam de ajuda humanitária”: “É hora de acabar com essa piada”, concluiu.

Ainda de acordo com o Ynet, as famílias estão planejando uma segunda tentativa de chegar a Kerem Shalom nos próximos dias.

À medida que a crise humanitária entre os palestinos se agrava, Israel é cada vez mais pressionado pela comunidade internacional para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

Nesta terça-feira, o próprio representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os palestinos expressou preocupação com relação aos recursos limitados que chegam em Gaza, afirmando que “é muito pouco” e que “é tarde demais, especificamente no norte”.

Já o coordenador das equipes médicas de emergência do organismo, Sean Casey, declarou que há fome em Gaza, e que a assistência humanitária, principalmente a de alimentos, é “desesperadamente necessária”.

Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza mais de 23 mil palestinos mortos pelas ofensivas israelenses, sendo que a grande maioria desse número é composta por mulheres e crianças. Além disso, pelo menos 59 mil estão feridos, o que representa aproximadamente 2,7% da população total de Gaza.

Já as autoridades israelenses contabilizam cerca de 1.200 de seus civis mortos. De acordo com o Estado judeu, 240 foram tomados como reféns, dos quais, oficialmente, 132 permanecem em cativeiro após uma trégua humanitária de sete dias negociada entre as autoridades israelenses e o Hamas, que resultou na libertação de 105.

Enquanto outros foram libertados fora do acordo temporário entre as partes do conflito, três morreram por engano pelos próprios soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF).

*Opera Mundi

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Bombardeios interrompem entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Explosões próximas da passagem de Rafah, fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, interromperam a entrega de ajuda humanitária para a região. O segundo comboio, que continha 17 caminhões com suprimentos, ficou retido no lado egípcio da fronteira, diz a CNN.

Sem energia, o fornecimento de comida e água a meio milhão de pessoas será drasticamente afetado, de acordo com Juliette Touma, porta-voz da agência da ONU, em entrevista exclusiva à CNN sobre o conflito em Israel.

“O comboio que chegou com ajuda é de um número muito pequeno de caminhões, se compararmos com as reais necessidades na Faixa de Gaza. Vamos encerrar nossas operações na quarta-feira se o combustível não chegar, afetando a vida de mulheres grávidas, crianças, civis, pessoas como nós”, afirmou Juliette.

No sábado (21), os primeiros 20 caminhões cruzaram a passagem, que estava fechada desde os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro. O ponto de fronteira foi rapidamente fechado após a passagem do primeiro comboio de ajuda.

Agências das Nações Unidas (ONU) saudaram a entrada do primeiro comboio com ajuda humanitária, mas destacou que o volume “não é suficiente” para aliviar a deterioração da situação humanitária. A região recebeu insumos como água, alimentos e medicamentos, mas não combustível.

A ONU vem dizendo que é preciso de pelo menos 100 caminhões por dia para abastecer as pessoas na proximidade da passagem de Rafah.

Além disso, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou que abastecimento de combustível das Nações Unidas na Faixa de Gaza acabará dentro de três dias.

Israel aumentou o número de bombardeios em Gaza neste domingo. No sábado (21), as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla de inglês) afirmaram que iriam intensificar os ataques aéreos para “minimizar o risco para as nossas tropas nos próximos estágios da guerra”, sinalizando a potencial incursão terrestre.

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Caminhões de ajuda humanitária entram na Faixa de Gaza pelo Egito

Cerca de cem veículos com mantimentos aguardam na passagem de Rafah, mas apenas vinte cruzaram o corredor.

A entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza começou a ocorrer na manhã deste sábado, segundo autoridades palestinas. Cerca de cem veículos com mantimentos aguardam na passagem de Rafah, no Egito, mas apenas vinte cruzaram o corredor, que voltou a ser fechado, segundo a Veja.

De acordo com a embaixada norte-americana, a passagem de estrangeiros de Gaza para o Egito deve ser autorizada.

Nesta sexta, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enfatizou a necessidade de levar os suprimentos com urgência a Gaza. “Temos 2 milhões de pessoas sofrendo enormemente”, afirmou, acrescentando que a ajuda humanitária é “a diferença entre a vida e a morte” para a população.

Cerco a Gaza
O governo de Israel bloqueou o fornecimento de água, alimentos, eletricidade e combustível a Gaza dois dias depois do início da guerra. No último domingo, contudo, decidiu liberar o fornecimento de água. Nesta semana, Biden se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Tel Aviv e costurou a autorização para o envio de ajuda à região.

Em comunicado, o gabinete do premiê israelense disse que, desde que os fornecimentos não cheguem ao Hamas, “não impedirá” a entrada de alimentos, água e medicamentos. A mensagem não cita, no entanto, combustível, utilizado para abastecer os geradores de hospitais no local. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou para que o suprimento também entre em Gaza.

“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, afirmou em coletiva de imprensa.

Esta será a primeira vez que os habitantes da Faixa recebem auxílio internacional desde o início do conflito Israel-Hamas, em 7 de outubro. Na última segunda, a OMS informou que Gaza tinha apenas 24 horas restantes de provisão de água potável para a população, escalando o problema humanitário na região.

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Imagens de satélite mostram fila de caminhões com ajuda humanitária para Gaza perto da passagem de Rafah

Cerca de 100 caminhões aguardam autorização para entrar no território.

Imagens de satélite divulgadas na sexta-feira (20) mostram os cerca de 100 caminhões com ajuda humanitária reunidos no lado egípcio da passagem de Rafah para a Faixa de Gaza, diz o G1.

A ONU estima que os veículos conseguirão autorização para entrar no território no sábado (21). O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na sexta-feira (20) acreditar que a ajuda chegará em entre 24 a 48 horas.

Inicialmente, o governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza. No entanto, apelos da comunidade internacional e, principalmente, um encontro com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Tel Aviv, convenceram Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a autorizar o envio de ajuda humanitária para o território.

Um porta-voz da Presidência egípcia disse na quarta-feira (19) que estava coordenando, junto com os norte-americanos e com organizações humanitárias internacionais sob a supervisão da ONU, uma forma de garantir a chegada de ajuda.

“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

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Israel autoriza entrada de ajuda humanitária em Gaza pelo Egito após visita de Biden

Tel Aviv seguirá interditando envio de mantimentos de seu próprio território até que Hamas liberte reféns israelenses.

Israel anunciou nesta quarta-feira (18) que autorizará o envio de “comida, água e medicamentos” do Egito para a Faixa de Gaza após pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desembarcou em Tel Aviv durante a manhã. O território palestino, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas, está totalmente bloqueado por Israel desde o ataque do grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro.

“À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá a assistência humanitária via Egito, desde que seja apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza”, indicou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, segundo a Folha.

Outra condição para a autorização é que os mantimentos não sejam entregues ao Hamas, que domina Gaza. O envio de ajuda humanitária por Israel, por sua vez, seguirá interditado até que o grupo terrorista liberte os reféns capturados no ataque, afirmou Tel Aviv em um comunicado.

Biden confirmou que Israel havia autorizado a entrada de ajuda humanitária em Gaza via Egito “o mais rápido possível” e acrescentou que Washington está trabalhando com seus parceiros para que os caminhões cruzem a fronteira. O líder americano anunciou ainda uma ajuda de US$ 100 milhões (505,6 milhões) dos EUA para Cisjordânia e Gaza.

Nos últimos dias, diversos caminhões com suprimentos se dirigiram ao cruzamento de Rafah, no Egito —o único ponto de acesso ao território palestino fora do controle de Israel. Até esta quarta, porém, não havia garantia de que os veículos conseguiriam atravessar.

Segundo Cairo, Rafah era uma artéria vital antes do início dos atuais combates e não foi oficialmente fechada, mas tornou-se inoperante devido aos ataques aéreos israelenses no lado de Gaza.

A urgência se devia à crise humanitária no território palestino. Após os ataques terroristas, Israel cortou o fornecimento de água, eletricidade, combustível e alimentos a Gaza e deu um ultimato para que todos os moradores no norte do território, onde está metade da população total, fosse para o sul.

Segundo atualizações desta terça do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), diversas famílias estavam retornando para sua casas após se deslocarem por causa das condições que encontraram no sul, onde bombas continuam sendo lançadas por Israel.

Diversas organizações pediram que Tel Aviv liberasse a chegada de mantimentos, já que até mesmo os hospitais começavam a entrar em colapso.

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Governo Bolsonaro nega autorização para ajuda humanitária da Argentina à Bahia

Argentina ofereceu envio imediato de dez profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres, mas Ministério das Relações Exteriores negou pedido do governador Rui Costa.

Governo federal nega pedido de Rui Costa para autorizar missão Argentina à Bahia — Foto: g1 BA

O governo Bolsonaro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, negou o pedido do governador da Bahia, Rui Costa, para autorização do envio de ajuda humanitária da Argentina às cidades afetadas pelas chuvas no estado.

Na tarde desta quarta-feira (29), Rui Costa pediu autorização para a missão estrangeira por meio das redes sociais.

“Com a união de esforços, vamos superar este difícil momento. Agora, a missão argentina aguarda a autorização do Ministério das Relações Exteriores para que possam vir à Bahia. Agradeço aos argentinos e peço ao Governo Federal celeridade na autorização para a missão estrangeira”, escreveu.

Um documento do Ministério das Relações Exteriores que foi enviado à embaixada da Argentina que dispensa a ajuda oferecida. Em um trecho do documento, o governo federal afirma que os recursos pessoal e financeiro são suficientes, com reserva de R$ 200 milhões para enfrentar a emergência.

Governo federal nega pedido de Rui Costa para autorizar missão Argentina à Bahia — Foto: g1 BA

“Na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o Governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos”, diz outro trecho do documento.

Ao todo, 24 pessoas morreram em decorrência das fortes chuva na Bahia. De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), 91.258 pessoas desabrigadas ou desalojadas e 629.398 pessoas foram afetadas pela chuva. O número de feridos aumentou de 358 pessoas para 434. Nesta quarta, 136 cidades estão sob decreto de situação de emergência.

Na tarde desta quarta-feira, a conta oficial do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais publicou um vídeo mostrando a entrega de mantimentos pelo governo federal ao estado da Bahia, atingido por fortes chuvas na última semana. “Continuamos na Bahia”, escreveu junto com as imagens.

Após críticas na publicação, o perfil respondeu duas mensagens. “No vídeo, o helicóptero é o da Marinha. Já o seu presidente trabalhou muito no passado”. Na segunda-feira (27), aliados do presidente sugeriram que ele voltasse ao sul da Bahia em razão do agravamento das enchentes na região, antes do recesso de fim de ano em Santa Catarina.

Ajuda humanitária

Governador da BA pede que governo federal autorize missão estrangeira da Argentina para ajuda humanitária — Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com o governo estadual, a Argentina ofereceu envio imediato de dez profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.

Ainda na publicação, Rui Costa agradeceu ao embaixador Daniel Scioli e à presidente da comissão nacional dos Capacetes Brancos, a embaixadora Sabina Frederic, assim como ao cônsul-geral da Argentina na Bahia, Pablo Virasoro, que oficializou a oferta de ajuda ao governo baiano.

O governador da Bahia está no sul do estado desde o último domingo (26), quando desembarcou em Ilhéus para coordenar o trabalho da força-tarefa do Governo do Estado na região. Ele visitou as cidades de Ipiaú, Ibirataia e Jequié nesta quarta-feira.

*Com informações do G1

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Vídeo: Rússia socorre EUA: Avião russo cheio de equipamentos médicos contra coronavírus parte para EUA

Um avião russo An-124-100 Ruslan com máscaras e equipamento médico partiu para os EUA, anunciou o Ministério da Defesa russo.

Previamente, foi noticiado que Moscou está ajudando Washington no combate ao coronavírus.

Durante uma conversa telefônica entre os presidentes russo e norte-americano, Vladimir Putin e Donald Trump, na segunda-feira (30), a Rússia ofereceu ajuda humanitária aos EUA, que ocupam o 1º lugar no mundo em infecções pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

O número de vítimas fatais do coronavírus nos EUA pode atingir de 100 a 240 mil pessoas em cenário favorável e de 1,5 a 2,2 milhões de mortes em um cenário desfavorável, segundo um material especializado publicado pelo serviço de imprensa da Casa Branca.

Previsão da Casa Branca

De acordo com os cálculos, o cenário favorável envolve “intervenção”, ou seja, as medidas das autoridades para reduzir as consequências negativas da pandemia.

Além disso, os especialistas preveem que o pico da mortalidade por coronavírus nos EUA será no dia 15 de abril, podendo morrer até 2.214 pessoas nesse dia.

Então os números começarão a diminuir, atingindo um nível de cerca de 250 mortes por dia até 1º de junho e menos de 100 mortes até 1º de julho.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos foram registrados até agora quase 190 mil casos de coronavírus e mais de 4.000 mortes.

 

 

*Com informações do Sputnik