Urgente! Deputada estadual do Rio, Lucinha, é sequestrada em seu sítio na região de Campo Grande

A escalada da violência nos últimos dias atingiu a uma parlamentar da Assembleia Legislativa. A deputada estadual Lucinha foi vítima de assalto, seguido de sequestro, praticado por um grupo de bandidos que, na madrugada deste domingo, invadiu seu sítio, no Rio da Prata em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Os assaltantes renderam os seguranças da deputada, que foram surpreendidos com chegada relâmpago do bando. Todos foram imediatamente desarmados e ameaçados pelo bando, diz o Agenda do Poder.

Em seguida, o grupo criminoso obrigou Lucinha a dirigir o próprio veículo, fazendo-a de refém, para que pudesse se evadir em segurança. Segundo informações do 40ª BPM (Campo Grande), a deputada foi obrigada a se deslocar até a Vila Kennedy, base operacional da facção Terceiro Comando Puro

A deputada Lucinha já foi liberada; está em sua casa, fora de qualquer perigo. A parlamentar teria se colocado à frente da equipe de segurança, oferecendo para ser levada a fim de evitar um revide após a saída dos marginais.

No grupo de deputados da Alerj, o presidente Rodrigo Bacellar informou os colegas sobre o assalto, tranquilizando-os a respeito do desfecho do caso.

“Foi um susto mas Graças a Deus resolvido rápido. Queria ressaltar a coragem dela em se colocar à frente da equipe dela para ser levada. Deus te abençoe Lucinha. Vamos combater isso”, escreveu Bacellar.

PM morto a tiros no Rio foi homenageado por Flávio Bolsonaro na Alerj e tinha ligação com Adriano da Nóbrega

O 2º sargento Luiz Carlos Felipe Martins foi condenado pela morte de um guardador de carros e foi investigado por fazer parte de uma quadrilha comandada por Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Maninho.

A principal linha de investigação da Polícia Civil na morte do 2º sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Luiz Carlos Felipe Martins, assassinado na porta de casa, na manhã deste sábado (20), em Realengo, na Zona Oeste do Rio, é de execução. Investigações do Ministério Público do Rio ligam o PM ao miliciano Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro do ano passado na Bahia.

Assim como Nóbrega, Martins também recebeu a Medalha Tiradentes, conhecida por ser a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), das mãos do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A morte do policial ocorre pouco mais de um ano após a morte do amigo, depois de uma série de escutas telefônicas revelarem que ele era o gestor do espólio criminoso do ex-capitão da PM.

m fevereiro do ano passado, seis dias após a morte de Adriano, o policial militar usou o telefone para contar a um interlocutor que “Adriano dizia que se fodia por ser amigo do Presidente da República”, Jair Bolsonaro (sem partido). Na época, o portal The Intercept Brasil obteve o documento com exclusividade e revelou que as escutas foram encerradas após o nome do líder do país ser mencionado.

Adriano da Nóbrega era acusado de liderar o grupo miliciano conhecido como ‘escritório do crime’, que recebia contratos para matar as pessoas.

CARREIRA
Com 22 anos de carreira na Polícia Militar do Rio, o 2º sargento Luiz Carlos Felipe Martins era lotado no 16º BPM (Olaria). Em 2003, ao lado de Adriano da Nobrega, Martins recebeu a Medalha Tiradentes a pedido do então deputado Flávio Bolsonaro, hoje senador da República.

Martins era um dos policiais que fazia parte do Grupamento de Ações Táticas (GAT) liderado por Adriano da Nóbrega. Na ocasião, os policiais ficaram conhecidos como a ‘guarnição do mal’ por aterrorizar as principias comunidades da Zona Norte do Rio.

Ainda em 2003, os policiais que faziam parte da ‘guarnição do mal’ foram acusados do homicídios do guardador de carros Leandro dos Santos da Silva, de 24 anos, morto a tiros na porta de casa um dia depois de denunciar o grupo liderado por Adriano na Corregedoria da PM. Adriano e Martins foram condenados em 1ª instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas os outros policiais foram absolvidos. Em 2007, Martins foi considerado inocente e o caso foi arquivado dez anos depois.

Em 2011, Luís Carlos Felipe Martins voltou a ser preso em uma operação contra o jogo do bicho. Ele foi investigado por fazer parte de um grupo liderado por Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, o “Maninho”, morto em 2004. O bando foi acusado de formação de quadrilha armada e tentativas de homicídio qualificado.

A denúncia do MP diz que Martins e outros policiais, entre PMs e Civis, receberam ordem de Shanna Harrouche, para matar Rogério Mesquita. Eles chegaram a interceptar o carro usado por Mesquita em maio de 2008, mas sem sucesso. Na ocasião, o carro de Rogério foi atingido por mais de 30 tiros. Além dele, outras três pessoas também estavam no carros e sofreram ferimentos leves. Rogério Mesquita foi executado no ano seguinte com um tiro na nuca.

MORTE
O PM Luís Carlos Felipe Martins foi morto na porta de casa, na Rua Corumbé, em Realengo. Segundo testemunhas, homens armados passaram em um veículo branco, modelo HB20, e atiraram na direção dele. Um segundo policial militar e uma mulher que passava pelo local foram atingidos pelos disparos. Os dois foram levados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer. Segundo a direção do hospital, o estado de saúde deles é estável.

À policia, a esposa do 2º sargento contou que ele estava em uma motocicleta e seguia para o trabalho.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

*Com informações do Dia

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Relatório do Coaf mostra que PF sabia de movimentação de Queiroz antes da eleição de 2018

Ex-aliado de Bolsonaro, empresário Paulo Marinho relatou que delegado avisou Flávio Bolsonaro da operação que iria expor seu assessor.

Relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre casos de movimentação financeira fora do padrão de servidores da Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj) reforça a versão divulgada pelo empresário Paulo Marinho de que a Polícia Federal sabia de irregularidades envolvendo Fabricio Queiroz, então assessor de Flávio Bolsonaro no legislativo estadual em 2018.

O documento do Coaf foi elaborado em janeiro daquele ano e enviado ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ele faz parte da documentação que deu origem à chamada operação da PF “Furna da Onça”.

Marinho declarou à Folha de S.Paulo que, em outubro de 2018, o senador Flávio Bolsonaro teria recebido informações vazadas por delegado da PF, dando conta de que Queiroz estava na mira das investigações. A operação só foi deflagrada em 8 de novembro de 2018. Na época, a PF assim resumiu o que era a apuração que acabara de sair às ruas em busca de seus alvos.

“A Polícia Federal deflagra nesta manhã (08/11) a Operação Furna da Onça*, para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. A Operação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e o apoio da Receita Federal”, dizia a nota da PF.

O asterisco incluído no texto da PF remetia à explicação sobre o significado do nome da operação: “O nome Furna da Onça faz referência a uma sala ao lado do plenário da Alerj, onde deputados se reúnem para ter conversas reservadas, destinada às combinações secretas que resultam em decisões individuais antes das votações, momento conhecido como a hora da “onça beber água”.

O relatório do Coaf de janeiro de 2018 resume o conteúdo do documento logo no início, explicando que estavam ali relacionados casos de servidores e ex-servidores da Alerj com movimentação financeira incompatível com a renda entre 2016 e 2017. O documento tem mais de 400 páginas.

Fabrício Queiroz é citado numa tabela com registro de operação fora do padrão no valor de R$ 1,2 milhão. Ao lado do nome dele aparece a indicação: “gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro”. No final do relatório, a movimentação financeira apontada pelo Coaf é detalhada.

Quando a PF deflagrou a Furna da Onça, o nome de Queiroz não apareceu citado nos primeiros despachos registrados no processo. Mas o documento do Coaf que deu base à operação é indicativo que o caso dele já era de conhecimento dos investigadores.

Segundo relatou a PF na época, a Operação Furna da Onça era um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que fora deflagrada em novembro de 2017 e cujo alvo eram irregularidades na gestão do governador Sergio Cabral. O delegado Alexandre Ramagem estava a frente desse operação de 2017.

No início de 2018, segundo registros da PF, Ramagem foi deslocado para o setor de Recursos Humanos. No final do ano, passou a integrar a equipe de segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro.

 

 

*Com informações de O Globo

 

 

 

MP-RJ: recurso de Flávio Bolsonaro ‘não possui lógica ou fundamentação jurídica’

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) avaliou que o mais recente recurso da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ) no caso das rachadinhas “não possui lógica ou fundamentação jurídica”. O jornal O Globo conseguiu acesso ao documento, que busca remover os últimos obstáculos para a finalização do caso.

Com a avaliação, o MP-RJ quer derrubar ação apresentada pela defesa do político ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no começo de março. O caso das rachadinhas apura peculato e lavagem de dinheiro no gabinete de Flávio na Alerj, desde janeiro do ano passado.

Ao contrário do que argumenta a defesa do senador, o MP-RJ defende que o compartilhamento de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com os promotores do caso ocorreram de modo legal e dentro do que ficou previsto no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os promotores negam que houve qualquer solicitação de informações a Coaf por e-mail, afirmando que “a alegação não ultrapassa o campo especulativo”.

Estas acusações ocorrem “provavelmente sob a influência de notícias divulgadas na imprensa de que a chamada ‘Operação Lava-Jato’ teria buscado dados na Receita Federal, de maneira informal, através de contatos com auditores, seja por e-mail ou por sites telefônicos, como WhatsApp e Telegram”, segundo o MP.

O texto conclui que “estas notícias nada têm a ver com o caso em exame”.

O relatório de inteligência financeira que instruiu a primeira fase das investigações contra Flávio mostrava a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão de Fabrício Queiroz. Depois, por meio de outro relatório, ficou conhecido que o senador fez 48 depósitos de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil ao longo de cinco dias em junho de 2017.

 

 

*Com informações do Uol

Psol vai pedir cassação de Flávio Bolsonaro por ligação com milícia

O Psol decidiu entrar com uma representação no Conselho de Ética do Senado, pedindo a cassação do mandato do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), nesta quarta-feira (19). De acordo com o presidente do partido, Juliano Medeiros, Flávio não tem condições de exercer o mandato por suas ligações com as milícias.

“É um crime continuado. Ele também é acusado de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. Não é possível conviver com um senador que tenha tido essas práticas no seu currículo como deputado estadual”, disse Juliano ao Congresso em Foco. “Ele não tem decoro nem é ético”, acrescentou. Ele participará, com outros representantes da bancada do Psol, de reunião amanhã, às 9 horas, com o presidente do Conselho de Ética, senador Jayme Campos (DEM-MT).

Relação com a milícia

Em 2005, quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual, ele homenageou o ex-policial militar e miliciano Adriano da Nóbrega com a medalha Tiradentes, a maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A medalha foi entregue ao policial na cadeia, onde aguardava seu julgamento por homicídio.

Rachadinha

O nome dele reapareceu nas investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a chamada “rachadinha” no gabinete de Flávio na Alerj. Por essa prática, disseminada em vários legislativos, o parlamentar ou um subordinado se apropria de parte dos salários dos funcionários do gabinete. O MP do Rio identificou contas de Adriano usadas para transferir dinheiro a Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio e suspeito de comandar o esquema de devolução de salários.

Fabrício Queiroz e Adriano de Nóbrega atuaram juntos no 18º Batalhão da PM. Com a ajuda de Queiroz, o gabinete de Flávio empregou a mulher do ex-capitão, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, de 2007 até novembro de 2018, e a mãe dele, Raimunda Veras Magalhães, de abril de 2016 a novembro de 2018.

Flávio minimizou a homenagem feita a Adriano: “Homenageei centenas e centenas de policiais militares e vou continuar defendendo, não adianta querer me vincular com a milícia, não tem absolutamente nada com milícia. Condecorei o Adriano há mais de 15 anos”. Flávio afirmou que pediu, esta semana, para que o corpo do seu homenageado não fosse cremado porque tem indícios de tortura. “Pelo que soube, ele foi torturado. Para falar o quê? Com certeza nada contra nós. Porque não tem o que falar contra nós. Não tem envolvimento nenhum com milícia”.

 

 

*Com informações do Congresso em Foco

Psol e viúva de Marielle cobram Moro por morte de miliciano

Monica Benício questiona Moro e partido afirma que Adriano da Nóbrega ‘era peça chave para revelar os mandantes do assassinato’ da vereadora.

A Executiva Nacional do Psol vai pedir uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia ‘Escritório do Crime’, suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.

Foragido há 14 meses, Nóbrega foi morto na manhã desde domingo, após trocar tiros com policiais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Segundo o Psol, é importante saber as circunstâncias da morte de Nóbrega porque ele “era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”. O partido avalia medidas que envolvam também autoridades federais.

Também na manhã deste domingo, a viúva de Marielle, a arquiteta Mônica Benício cobrou providências do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Ao compartilhar a notícia da morte de Nóbrega, ela escreveu “Moro, cadê o Queiroz”, em referência a Fabrício Queiroz, amigo de Nóbrega e ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A ex-mulher e a mãe de Nóbrega trabalharam no gabinete de Flávio na Alerj. Além de empregar as parentes do miliciano, o filho do presidente Jair Bolsonaro já o homenageou com a Medalha Tiradentes, honraria mais alta do Legislativo do Rio, em 2005, quando o então policial estava preso acusado de homicídio. Adriano foi expulso da Polícia Militar por causa de envolvimento com a contravenção.

 

 

*Com informações do Terra

Chamar médicos cubanos de terroristas, é mole; quero ver Bolsonaro roncar grosso com os assassinos de Marielle

Bolsonaro fala grosso com os médicos cubanos e fala fino com os milicianos. Chama de terroristas os médicos cubanos que tanto ajudaram a população pobre no Brasil e se cala sobre os milicianos que assassinaram Marielle. Ou alguém já viu Bolsonaro dizer alguma coisa contra os assassinos de Marielle? Pergunta que chega a ser ridícula.

Se há uma coisa que Bolsonaro não quer é remexer nesse assunto, assim como no de Queiroz, se é que não está tudo junto e misturado. O fato é que o Brasil ou pelo menos os 80% de brasileiros que o Datafolha diz não acreditarem em Bolsonaro, sabem de cor e salteado quem matou e quem foram os mandantes da morte de Marielle, tal a quantidade escancarada de provas surgidas tanto no condomínio Vivendas da Barra quanto na Alerj durante o mandato de Flávio Bolsonaro, assim como na Câmara de vereadores do Rio da qual Carlos Bolsonaro e Marielle faziam parte.

Mas o problema de Bolsonaro são os cubanos, os terroristas, os comunistas e não os milicianos. Os cubanos que tanto bem fizeram ao povo brasileiro são caluniados por Bolsonaro. E os assassinos de Marielle a 50 passos de sua casa, ele não quer tocar no assunto, que fará folhear as revistas e jornais que falam sobre essa covardia.

Na verdade, Bolsonaro faz de tudo para que o caso Marielle não volte à tona, bem como virou do avesso o Coaf para que o aquele cheque de Queiroz que foi parar na conta da primeira-dama, Michelle, não seja apenas a ponta o iceberg de algo muito maior envolvendo diretamente o Presidente da República com o miliciano Queiroz com uma penca de crimes nas costas.

Por isso prefere o diversionismo de atacar os médicos cubanos do que enfrentar o mundo sombrio que cerca o assassinato de Marielle e que assombra o seu clã.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Ex-funcionário de Flávio Bolsonaro (Tenente-coronel da PM) passou 248 dias no exterior e recebia salário da Alerj

O Tenente-coronel da PM é um dos que depositaram recursos para Queiroz.

Outro ex-assessor parlamentar do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o tenente-coronel da Polícia Militar do Rio Wellington Servulo Romano da Silva, de 48 anos, também é suspeito de irregularidades.

Ele passou 248 dias fora do Brasil durante o período de um ano e quatro meses em que trabalhou para o filho do presidente eleito e, ainda assim, recebeu os salários e as gratificações.

De acordo com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Servulo Romano da Silva não tirou licença no período em que trabalhou na Casa. As informações foram reveladas nesta quarta-feira em reportagem do Jornal Nacional.

O ex-assessor é um dos servidores que transferiram recursos para Fabrício de Queiroz, ex-motorista de Flávio que, segundo relatório do Coaf, teve movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. O documento aponta que Servulo fez uma transferência de R$ 1,5 mil para Queiroz.

As viagens do ex-assessor eram para Portugal. De acordo com a reportagem, em 24 de abril de 2015, Servulo deixou o país e ficou no exterior 44 dias. Nesse período, recebeu o salário de R$ 5,4 mil como funcionário da vice-liderança do PP, partido de Flávio à época. No mesmo ano, viajou outras quatro vezes para Portugal. Em 2015, totalizou 119 dias fora do Brasil. A última viagem daquele ano foi em 16 de dezembro e a volta aconteceu em 31 de janeiro de 2016.

Ainda de acordo com o Jornal Nacional, o ex-assessor fez outra viagem entre 9 de março e 8 de abril de 2016. Em 1º de abril, enquanto estava fora do país, Servulo foi dispensado do cargo na vice-liderança do PP. Em abril e maio, ele não aparece na folha de pagamento da Alerj. Em 18 de maio de 2016, o ex-assessor foi nomeado para trabalhar no gabinete de Flávio, mas dois dias depois embarcou de novo para Portugal, com destino a Lisboa.

 

 

*Com informações de O Globo

Revelação bombástica: Miliciano suspeito de Matar Marielle recebia parte dos salários da rachadinha do clã

Mais uma revelação bombástica: o miliciano Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, e um dos principais suspeitos de assassinar Marielle Franco, também recebia parte dos salários desviados do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj; escândalo cresce e torna praticamente insustentável a permanência de Sergio Moro no governo.

No documento em que pediu à Justiça os mandados de busca e apreensão, o Ministério Público do Rio afirma que o chefe da milícia Escritório do Crime, o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, ficava com parte dos valores arrecadados na “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que ele era deputado estadual.

O Escritório do Crime, que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, é apontado pela Polícia Civil do Rio e pela promotoria como responsável pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Adriano está foragido da Justiça.

De acordo com o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), diálogos de WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com o ex-assessor Fabrício Queiroz — apontado como operador financeiro no esquema do gabinete de Flávio — e com Adriano mostram que o chefe do Escritório do Crime

tentou manter sua ex-esposa no cargo e admitiu que era beneficiado por parte dos recursos desviados por parentes dele também nomeados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Em conversa no dia 6 de janeiro, Danielle relata a Adriano problemas financeiros e ele se compromete a ajudar com “um complemento”. Nessa mesma conversa, o ex-PM afirma que “contava com o que vinha do seu também”, indicando que recebia parte dos valores oriundos de rachadinha no gabinete de Flávio. O MP não revela, contudo, o quanto Adriano teria embolsado.

 

 

*Com informações do 247

*Foto: Bemblogado

Vídeo: Bolsonaro jogou uma “pica do tamanho de um cometa” no colo do filho Flávio

O senador Flávio Bolsonaro está assando em praça pública após a operação de busca e apreensão do Ministério Público do Rio de Janeiro vasculhar endereços vinculados a ele, ao “faz-tudo” da família, Fabrício Queiroz, e a ex-assessores dele na Assembleia Legislativa do Rio. Entre os alvos, parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.

A expectativa seria a de que o presidente da República estivesse sentindo, com toda essa movimentação, um misto de ansiedade e remorso. Ansiedade por que a “pica do tamanho de um cometa”, previsto por Queiroz, está chegando com potencial cataclísmico contra seu governo. Remorso pelo fato da origem da relação entre o clã Bolsonaro e o ex-assessor ser Jair, não Flávio. Foi o, agora, presidente que o colocou lá para ajudar a organizar a coisa toda. Teria, portanto, ajudado a jogar o próprio filho na fogueira.

Mas pelas declarações dadas, nesta quinta (19), remorso foi substituído pelo reflexo de auto sobrevivência. Bolsonaro não quis comentar o caso e tirou o corpo fora. “Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”. Os “outros”, no caso, são seu primogênito que “herdou” um problema chamado Queiroz do pai.

O ex-assessor atuava, a partir do gabinete da Alerj, para organizar o esquema que tomava de volta parte dos salários de funcionários. A imprensa já mostrou, diversas vezes, a existência de fantasmas que “trabalhavam” nos outros mandatos do clã. A hipótese é de que Queiroz estaria cuidando de uma holding dos gabinetes do clã.

De acordo com dois deputados do Rio com os quais o blog conversou, o agora presidente utilizava, eventualmente, o gabinete do filho 01 na Alerj para despachar, às sextas-feiras, enquanto deputado federal. Não cabe a ele, portanto, nem o benefício da dúvida quanto às atividades ilícitas que ocorriam no gabinete onde Queiroz trabalhava.

Duas histórias merecem foco especial. Primeiro, o depósito no valor de R$ 24 mil na conta da, hoje, primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz. Bolsonaro disse que era a devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil, mas não deu provas e nem mostrou como o resto dos recursos foram devolvidos.

Isso reforça que estamos diante de um esquema familiar de “rachadinha”, envolvendo crimes de peculato, lavagem de dinheiro (usando loja de chocolates e compra de imóveis) e organização criminosa. E, provavelmente, de um assessor que pagava contas.

A segunda história é a relação do gabinete de Flávio e, portanto, do clã Bolsonaro com milícias e, mais especificamente, com o Escritório do Crime. A especialidade desse grupo não é vender “gatonet”, mas matar por encomenda para quem tem bastante dinheiro. Queiroz era próximo de Ronnie Lessa, preso pela acusação de executar a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes, e do foragido Adriano Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime. Até agora a investigação não trouxe o mandante das execuções.

Investiga-se o repasse de recursos, via Queiroz, a milícias em Rio das Pedras, à rede do grupo de matadores. Adriano e Ronnie, contudo, não são pés de chinelo, cobram caro pelo serviço. Não é, portanto, apenas o dinheiro de rachadinha que conectaria ambos grupos.

Há uma proximidade ideológica, tornada explícita nas condecorações que Flávio fez a eles, quando deputado na Alerj, e nos discursos de defesa de sua atuação criminosa que Jair proferiu no Congresso Nacional. O compartilhamento de visões de mundo pode ter aberto caminho também para o apoio político. Imagine as possibilidades trazidas a grupos de extermínio com amigos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto?

A prisão de Flávio Bolsonaro, que já está sendo pedida por deputados federais da oposição, segue algo difícil, mas o início de um processo de cassação de mandato é mais plausível – com capacidade de travar um governo que não conta com uma vistosa recuperação econômica para ampará-lo. Depende daquilo que ainda será revelado e a consequente ojeriza a isso por parte da população nos próximos meses.

A repercussão disso é incalculável. E a contaminação, irreversível. Por que, nas responsabilidades do esquema familiar, onde se lê “Flávio”, deveríamos ler “Jair”.

 

*Com informações do Blog do Sakamoto

*Foto: Esmael de Moraes