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Opinião

A nova disparada dos alimentos está ensandecida

No Brasil real, o preço dos alimentos, que são de uso geral da população, tornou-se algo indescritível. O que acontece nos últimos dias, dentro dos supermercados, é algo surreal, difícil até de descrever e atinge não mais somente os pobres, mas a classe média, sobretudo a remediada.

Os consumidores estão em pânico diante de um processo hiper inflacionado dos alimentos que vinha num crescente e que Bolsonaro dizia ser por culpa da gasolina. Bolsonaro mentiu miseravelmente outra vez.

A hiper inflação no Brasil tem vida própria e, nos últimos dias, virou um bicho solto, numa competição entre supermercados de quem impõe preços maiores, uma competição às avessas.

Esse quadro de orgia econômica só é possível em um governo que é a própria orgia, mas principalmente pela debilidade da pasta comandada por Guedes e exaltada por Bolsonaro, que vivem uma realidade paralela que nem de longe ou em pensamento tem capacidade de mensurar o tamanho dessa tragédia escancarada nas prateleiras dos supermercados.

Sim, eu sei que os preços estão pela hora da morte há muito tempo, mas esse sprint em que houve uma subida vertiginosa nos últimos dias, com aumento médio que passa e muito de 20% em três rotações da terra, nem na época do pior descontrole de Sarney e Collor, herdeiros da hiper inflação de Figueiredo, se tem notícia.

Não se trata de remarcação de preços diários como ocorria, é uma pancada violenta que ocorre de dois em dois dias ou, no máximo de três em três, sem qualquer pudor, explicação ou malabarismo retórico que dê conta da hecatombe econômica que vivemos nos preços dos alimentos.

É coisa que Bolsonaro não comenta e nem quer ouvir falar.

Possivelmente, Lula, no debate de domingo, na Band, focado na fome do povo, fará um cerco para que Bolsonaro explique a tragédia econômica e social em que enfiou o país, tema que Lula conhece como poucos, sobretudo com soluções concretas e viáveis que jamais foram consideradas por esse governo, que é incapaz de um gesto de grandeza social para amenizar o sofrimento da população.

A verdade é que os preços dos supermercados se transformou numa epidemia inflacionária jamais vista nesse país.

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Economia

Alimentos mais caros pressionam inflação dos mais pobres; é isso que decide as eleições

Dados do Ipea mostram que o impacto no índice das famílias de renda muito baixa subiu para 4,3 p.p. em 12 meses.

A inflação sobre os mais pobres caiu de 12% em junho para 10,4% em julho no acumulado de 12 meses, mas o impacto dos preços de alimentos sobre as famílias de renda muito baixa subiu no período. Passou de 4 pontos percentuais para 4,3 p.p, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 10,07% em 1 ano. O Ipea calcula a taxa conforme a remuneração das famílias. Aos mais pobres, por exemplo, a alta foi de 10,4%, enquanto pessoas com renda média-alta tiveram índice de +9,7% no período.

A diferença se deve à cesta de consumo das famílias. Enquanto os mais ricos consomem mais produtos do grupo de transportes, como gasolina e passagens aéreas, os brasileiros de renda mais baixa gastam mais recursos com os alimentos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou em junho a lei que estabelece um teto para a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. Pela medida, o grupo de transportes teve queda de 4,51% nos preços, puxados pelos combustíveis (-14,15%).

A inflação no acumulado de 12 meses do grupo de transportes caiu de 20,1% em junho para 13% em julho. O índice de preços dos alimentos continuou a acelerar: de 13,9% para 14,7% no mesmo período.

Os produtos alimentícios impactaram a inflação de todos os brasileiros. Os alimentos representam 4,3 pontos percentuais na inflação das pessoas de renda muito baixa (de 10,4%). Às famílias de renda alta, o impacto saiu de 1,6 p.p. em junho para 1,8 p.p. em julho. Ou seja, a alta dos preços de alimentos penaliza principalmente as pessoas mais pobres. J

Já para o grupo de transportes, o movimento é contrário. O impacto para aqueles com renda mais baixa é de 1,3 ponto percentual contra 4,7 pontos percentuais entre os mais ricos. Portanto, a medida que diminuiu os preços dos combustíveis, ajudou principalmente as famílias de renda média, média-alta e alta.

*Com Poder360

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Política

Vídeo: A visita de Elon Musk trouxe algum benefício ao Brasil? Baixou preço dos alimentos e combustíveis?

Bolsonaro fez outro circo para fugir das questões que envolvem o povo brasileiro, que sofre com a inflação, com a fome, com a miséria.

Assista:

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Economia

Preços sobem: abril tem inflação mais alta em 26 anos, e acumulado de 12,13% é o maior em duas décadas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, foi a 1,06% em abril, maior taxa para o mês desde 1996. Assim, os preços seguem sua escalada: o IPCA soma 4,29% no ano e 12,13% em 12 meses, no maior índice acumulado em praticamente duas décadas, desde outubro de 2003. A diferença é que naquela época a inflação estava caindo, ao contrário de agora. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) agora atinge 12,47%.

Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pelo IBGE, oito dos nove grupos tiveram alta no mês passado. Entre outros itens, subiram os preços dos alimentos e, mais uma vez, dos combustíveis. Outro dado preocupante é o da chamada difusão: 78% dos itens pesquisados subiram, o que indica alta generalizada. Há um ano, foram 66%.

Alimentos e combustíveis: alta

No grupo Alimentação e Bebidas (alta de 2,06% no mês), o segundo maior peso, o instituto apurou alta em itens para consumo no domicílio. Destaque para o leite longa vida, com aumento de 10,31% e peso de 0,07 ponto percentual no resultado de abril. Também subiram preços de produtos como batata inglesa inglesa (18,28%), tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e carnes (1,02%). A refeição fora ficou 0,42% mais cara e o lanche, 0,98%.

Em Transportes (1,91%), grupo de maior peso na composição do IPCA, a gasolina aumentou 2,48% e representou 0,17 ponto no índice geral. O IBGE apurou ainda altas no etanol (8,44%), óleo diesel (4,74%) – que acaba de ter outro aumento anunciado pela Petrobras – e gás veicular (0,24%). Além disso, aumentou o custo com táxi, após reajuste em São Paulo e Fortaleza, e com metrô, com reajuste de tarifa no Rio de Janeiro.

Com aumentos em Belém, Curitiba e São Luís, também subiu o custo com o ônibus urbano. A tarifa do intermunicipal teve alta em Campo Grande, Curitiba e Porto Alegre. Ainda nesse grupo, o IBGE registrou elevação de preços na passagens aéreas (9,48%), no transporte por aplicativo (4,09%) e no seguro de veículos (3,31%), além de automóveis novos e motocicletas. A única queda foi de automóveis usados, a primeira depois de 21 meses.

Saúde e Cuidados Pessoais (1,77%) tiveram resultado influenciado por produtos farmacêuticos: alta de 6,13% e peso de 0,19 ponto na taxa de abril. O IBGE lembra que em abril foi autorizado de até 10,89% nos preços dos medicamentos. “As maiores variações vieram dos remédios hormonais (7,96%) e hipotensores e hipocolesterolêmicos (6,81%), diz o instituto. Com aumento de 0,85%, produtos de higiene pessoal tiveram impacto de 0,03 ponto. “O plano de saúde (-0,69%) segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.”

Inflação sobe em todas as regiões

Já Artigos de Residência subiu 1,53%, com destaque para eletrodomésticos, mobiliário e TV, som e informática. A exceção entre os grupos foi Habitação: -1,14%. Houve queda nos preços da energia, com a entrada da bandeira tarifária verde. Mas subiram o gás de botijão (3,32%) e o encanado (1,38%).

Entre a regiões, o IPCA variou de 0,67% (região metropolitana de Salvador) a 1,39% (Grande Rio de Janeiro). Em 12 meses, vai de 9,65% (em Belém, a única que não atingiu dois dígitos) a 14,82% (Curitiba). Soma 12,05% em São Paulo, 11,95% no Rio e 10,80% em Brasília.
INPC

O INPC teve alta de 1,04% em abril, maior variação para o mês desde 2003. Agora, atinge 4,49% no ano e 12,47% em 12 meses.

Os produtos alimentícios subiram um pouco menos (de 2,39%, em março, para 2,26%). Já os não alimentícios foram de 1,50% para 0,66%.
Leia mais: Economistas divergem sobre eficiência da taxa Selic como ‘remédio’ para frear inflação.

*Com RBA

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Política

Com a economia aos cacos, provocado pelo governo Bolsonaro, inflação atinge a maior taxa desde 1995

A alta foi puxada pelos preços inimagináveis dos alimentos e dos combustíveis,  não tem nem graça comentar.

É preciso frisar que o Brasil está como está por culpa de Bolsonaro, enquanto o próprio encanta seu gado com sua fábrica de crises institucionais e motociatas falidas, Paulo Guedes vai tacando fogo no poder de compra dos trabalhadores com uma política neoliberal semi-bárbara.

O céu fechou para a economia que já está murcha e deve vir aí uma nova geração de desemprego, enquanto o presidente que nada faz, cria um derrame de falsas crises na praça para tentar desviar a atenção de uma sociedade irrequieta com o descontrole dos preços, sobretudo dos alimentos e combustíveis que entram nas casas das famílias brasileiras fazendo com que essa teocracia do deus dinheiro amplie os ganhos dos barões do sistema financeiro e, por outro lado, vemos a pátria que Bolsonaro diz servir, de joelhos numa rota que está nos levando a um abismo econômico que já se filiou à hecatombe pré-plano real.

Pior, essa erupção inflacionária que ocorre para que Bolsonaro possa pagar a dívida de gratidão com os banqueiros, promete transformar, de forma absoluta, a economia num saco de gatos, reduzindo ainda mais os postos de trabalho e empurrando para a informalidade quem tem que lutar por sua sobrevivência.

Esse é o significado da prévia da inflação que acaba de ser divulgada.

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Política

Vídeo: Se você for ao supermercado, vai querer eleger Lula no primeiro turno

Bolsonaro chega no pleito de 2022 tentando se reeleger com seu grande feito, os alimentos com os preços mais altos dos últimos 100 anos.

É disso que vamos falar.

Assista:

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Economia

Alimentação faz brasileiros se endividarem no cartão de crédito

Disparada da inflação, puxada pelos alimentos, leva o brasileiro a se endividar para pagar supermercado. Segundo pesquisa, 69% das compras feitas no crédito atualmente são de necessidades básicas.

Os mais recentes números econômicos indicam que a inflação não vai dar trégua. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 1,62%, o maior patamar para o mês desde 1994, antes do lançamento do Plano Real. Em 12 meses, o IPCA acumula um avanço de 11,3%, segundo dados divulgados, na sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa disparada da inflação, puxada por alimentos e transportes, leva o brasileiro a recorrer ainda mais ao cartão de crédito na compra de itens de necessidades básicas, como alimentos e supermercados.

A última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada em 31 de março pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que 77,5% das famílias brasileiras estão endividadas. O cartão de crédito é o maior motivo: 87% das pessoas estão em débito nessa modalidade.

Nos lares com renda abaixo de 10 salários mínimos, a porcentagem de devedores é de 78,5%, já nos que recebem acima de 10 salários mínimos, 73,7%. Ambas as taxas tiveram alta em vista do registrado em fevereiro. Segundo dados do Serasa, o valor médio da dívida de cada brasileiro está em R$ 4.042,08, e nove em cada 10 acreditam que estar endividado é motivo de vergonha. O número de inadimplentes passa dos 65 milhões.

A pesquisa da empresa revelou ainda que 69% das compras feitas no cartão de crédito são de necessidades básicas, como alimentos e supermercados; 42% são realizadas para aquisição de roupas e eletrodomésticos, ao passo que 41%, para remédios e tratamentos médicos. Além disso, foi constatado que 85% das pessoas em débito têm o sono prejudicado por causa das dívidas, e 76% passaram a ter dificuldade para se concentrar no trabalho.

“Na maior parte dos casos, as dívidas feitas no cartão de crédito, pelo menos no caso de pessoas físicas, são as piores. Quando o juro que você paga é maior do que o benefício que você recebe, é uma dívida ruim, você está tendo mais malefícios do que benefícios”, detalha Roberto Luís Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo o economista da Troster Associados, o fato de as pessoas estarem endividadas não é ruim para os bancos, já que essas instituições vivem de intermediários. “No Brasil, quase metade dos juros, ou dependendo do caso, até mais, vai de imposto para o governo. Isso é ruim para todo mundo, porque você desperdiça riqueza.”

Merian Santos, 37 anos, entrou na estatística ao passar por maus bocados por causa do cartão de crédito. A cozinheira conta que teve insônia por causa da preocupação. “Eu peguei o cartão para comprar algumas coisas materiais para minha casa, comida, coisa para o meu filho. Foi indo, eu pagando só aquele valor mínimo, quando eu fui ver, já estava altíssimo”, diz. A descoberta de que estava devendo só foi feita quando ela tentou fazer outro cartão.

Ela relembra as dificuldades enfrentadas até quitar o valor, e também da ajuda recebida do chefe para renegociar a dívida: “Eu fui com ele (chefe) lá para ver a questão, e foi assim que eu consegui pagar (a dívida) aos poucos. Foi difícil”.

O consultor e planejador financeiro pessoal Rogério Olegário afirma ser importante entender que o cartão de crédito não é um item de despesa, mas um meio de pagamento. A partir daí, é preciso avaliar até que ponto cada um consegue lidar com a fatura.

“Se eu coloco o meu limite de gastos como um teto, eu não vou gastar mais do que eu recebo. Mas, se eu coloco o meu limite mais a minha receita, aí eu me autorizo a gastar mais do que eu recebo. Com isso, gera um acúmulo, uma ‘bola de neve’, e chega uma hora em que não consigo pagar.”

O especialista ressalta também que não se deve usar a ferramenta de compra de maneira “infantil”. “Dou um exemplo: fui a uma loja outro dia e estava lá uma mãe fazendo compras com o filho. Aí, o filho pediu uma coisa e ela falou: ‘Filho, não vai dar. Acabou o dinheiro’. O garotinho falou: ‘Então, me dê o cartão’. Esse é o modo de usar o cartão de crédito de forma infantil”, explica.

*Com Correio Braziliense

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Política

Paulo Guedes joga Bolsonaro aos leões

Com sua habitual realidade paralela, já desmoralizada pelo próprio mercado, Guedes afirma, sem trazer qualquer dado concreto, que o pior da inflação já passou e mete uma bola de três dedos nas costas de Bolsonaro, dizendo que o resultado do desastre econômico porque passa o Brasil é fruto do efeito negativo dos ataques que Bolsonaro fez às instituições.

Depois de promover a caveira de Bolsonaro, Guedes diz que o patrão faz muito barulho, mas não ultrapassa as regras democráticas, seja lá o que ele entende como democracia para chamar de ruídos os ataques que Bolsonaro fez ao STF, sobretudo a Moraes, referindo-se a ele como canalha, repetindo aos berros o termo em plena praça pública.

Guedes, piadista como só, teve a cara de pau de afirmar que esse desastre econômico que está esfolando a vida dos brasileiros, arrastando o país inteiro para o buraco, é a direção certa que ele vem praticando há muito tempo.

O pior é que ele disse isso se dirigindo ao ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho do Credit Suisse, Ilan Goldfajn em um evento virtual da instituição financeira voltada para investidores.

Em relação ao rombo do governo na piora das expectativas do quadro fiscal, o Chicago-boy do neoliberalismo nativo, como sempre, enrolou e se enrolou para explicar o inexplicável.

Guedes seguiu chutando dados futuros que saem de sua caixola a partir de um país imaginário, já que o Brasil ultrapassa 20 milhões de miseráveis com potencial drástico de, a curto prazo, elevar esse número a algo bem mais danoso para o conjunto da sociedade, aumentando a fila do desemprego, a redução do poder de compra do trabalhador e a inflação que, no caso dos alimentos, já se tornou hiperinflação.

Qualquer brasileiro percebe a gravidade da situação na hora de fazer a sua compra em supermercados, feiras, açougues e quitandas.

De A a Z, o consumo do brasileiro viu os produtos básicos da família, mais do que duplicarem em três meses. São fatos tão escancarados que não dá para mentir, mas Guedes mente descaradamente, tanto que cai em contradição, jogando nas costas de Bolsonaro a culpa pela hecatombe econômica e a tragédia social que arrasta com ela.

Paulo Guedes jamais teve compromisso com a verdade, pois desde o primeiro dia no ministério da Economia, entregou o oposto do que prometeu e, agora, quer detonar os recursos dos precatórios para ver se consegue algum oxigênio para o moribundo Bolsonaro fazer política eleitoral com um suposto fermento financeiro no Bolsa Família.

A verdade é que a credibilidade de Guedes está tão corroída quanto a popularidade de Bolsonaro. São dois bêbados caminhando numa madrugada fria com as ruas vazias em que um se escora no outro, sem a menor chance da economia melhorar e o cenário político mudar em favor de Bolsonaro.

A bolsa de valores, um dos principais termômetros da economia, não para de fechar em queda depois de Guedes vender a Ibovespa como um novo oásis tropical.

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Bolsonaro não se importa com o preço da gasolina, diesel, juros, alimentos, fome, miséria, inflação e covid, só pensa em golpe

Bolsonaro não está nem um pouco interessado em resolver os problemas do país, muito menos dos brasileiros, só se interessa em resolver problemas pessoais e de sua família, que se resumem na inevitável prisão para todos.

Isso mostra a diferença gritante entre ter poder e governar.

Em dois anos e meio ele apenas utilizou o poder para se blindar e blindar os filhos das instituições de justiça.

Não é sem motivo que, vendo que suas manobras estão perdendo a eficácia, ele, desesperadamente ataca o Supremo, como se um golpe que acabasse com o STF fosse dar cabo das acusações de crimes do clã.

Por isso, como bem disse Lula, Bolsonaro anda desesperado e não se importará com mais nada até 2022 que não seja se segurar na corda bamba e se reeleger para continuar blindando a si e a seus filho.

Mas a cada dia que passa a coisa fica mais difícil e, quanto mais ele berra, mais seus calos apertam, então, berra mais alto e os calos queimam, ardem e se esfolam.

Enquanto isso, os brasileiros, estarrecidos, assistem à subida frenética do preço da gasolina, do diesel, dos alimentos, a subida dos juros e da inflação que já passa de dois dígitos, o que desvaloriza a moeda brasileira e, consequentemente, faz a corrente que arrasta o país para o naufrágio, ficar ainda mais forte, num movimento coletivo em que uma coisa puxa a outra.

Seus discursos, carregados de ódio e palavrórios, criam instabilidade política no país, o que, de imediato, afasta investidores internacionais e agrava ainda mais a situação, fazendo o dólar disparar e, por conseguinte, a moeda derreter.

Mas nada disso interessa a Bolsonaro, menos ainda a crise sanitária provocada pela covid que já produziu, por culpa exclusiva sua, a morte de quase 600 mil brasileiros.

Aliás, se ele corria desse assunto, agora, com a CPI, que se transformou em outra assombração pela revelação da corrupção que envolve a compra das vacinas no ministério da Saúde em que aparece como ponta de lança seu líder na Câmara, Ricardo Barros, não mais para onde correr.

Ou seja, Bolsonaro está enfrentando uma tempestade perfeita com um barquinho de papel encharcado.

A taxa extra na conta de luz, além do gás que passa de R$ 100, mereceu de Guedes, o ministro da Economia de Bolsonaro, uma resposta bem ao estilo do patrão, “não adianta ficar sentado chorando”.

Trocando em miúdos, o que Guedes quis dizer é que a vaca do governo já foi para o brejo e o jeito é dar um golpe e continuar arruinando o país.

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Brasil tem a maior inflação dos alimentos desde o início do Plano Real, em 1994

Os supermercados do estado de São Paulo registraram em setembro a maior inflação para o mês desde pelo menos 1994, puxada por avanço de 30,62% do óleo de soja e de 16,98% do arroz.

Com impostos de importação zerados para soja em grão e arroz, e também para o milho, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) avalia que não há mais o que o governo possa fazer para conter a alta de preços. E que, agora, é esperar que o aumento da área plantada na próxima safra consiga reequilibrar a relação entre oferta e demanda, reduzindo preços em 2021.

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas e pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), registrou alta de 2,24% no mês passado, aceleração significativa em relação ao avanço de 0,90% registrado em agosto e recorde para meses de setembro desde o início da série histórica do indicador.

Com a aceleração, o índice acumula alta de 8,30% entre janeiro em setembro e de 12,01% em 12 meses.

Assim, a inflação nos supermercados paulistas supera em muito o IPCA, índice oficial de inflação do país, medido pelo IBGE, que registrou alta de 0,64% em setembro, acumulando avanço de 1,34% no ano e de 3,14% em 12 meses.

“Dois itens essenciais têm se destacado nessa alta: o arroz e o óleo”, diz Ronaldo dos Santos, presidente da Apas.

“Os dois produtos estão impactados pela alta do dólar, pois arroz e soja são commodities internacionais, e tivemos aumento de 30% a 40% da moeda americana nos últimos seis meses. Também há uma demanda internacional muito aquecida, principalmente da China pela soja.”

No ano, o óleo de soja acumula alta de 61,75% nos supermercados paulistas e de 72,31% em 12 meses. Já o arroz, subiu respectivamente 47,04% e 51,26% nas mesmas bases.

Em setembro, também ficaram mais caros o leite (7,26%) e derivados como a muçarela (7,73%), queijo prato (5,8%) e leite condensado (3,19%). Além das carnes bovina (4,77%), suína (6,96%) e de frango (1,67%), com avanço em cortes populares como contrafilé (7,81%), acém (6,68%) e coxão duro (9,7%).

“O principal motivo também vem da China. Diante da dificuldade de não conseguir repor o rebanho suíno afetado pela peste africana, o país tem comprado direto dos frigoríficos brasileiros, que permanecem com o aumento de preços motivado pela venda em dólares”, observa a Apas, em comunicado. “E a exportação da soja afeta também o mercado de proteína animal no formato da ração, representando de 70% a 80% do custo de produção dos animais.”

Na outra ponta, as maiores quedas de preço foram observadas no chuchu (-20,25%), mamão (-18,3%) e batata (-11,89%). O feijão também registrou queda de 1,78%. ​

Na avaliação do presidente da Apas, a alta de quase 17% do arroz em setembro não significa que a decisão do governo de zerar a tarifa de importação do cereal até dezembro não tenha tido efeito. A redução de tarifas de importação foi um pleito do setor ao governo.

“Tínhamos um repasse ainda retardado que não tinha ocorrido. Se não tivesse redução da tarifa, talvez o aumento fosse até maior”, diz Santos. O executivo diz ainda que a tarifa de importação é apenas um componente do preço, que também é influenciado pelo câmbio e pelas cotações internacionais.

Na avaliação da Apas, a redução de tarifas era o que o governo podia fazer para tentar melhorar o cenário de inflação dos alimentos. “A manobra que o governo tem, basicamente seria essa. O que esperamos agora é que, como a remuneração do produtor agora é melhor, é natural uma ampliação da área plantada. Isso vai resultar em colheita melhor à frente. Com melhor colheita, tem mais produto e isso pode reduzir o preço lá na frente.”

Na avaliação do presidente da Apas, a alta de quase 17% do arroz em setembro não significa que a decisão do governo de zerar a tarifa de importação do cereal até dezembro não tenha tido efeito. A redução de tarifas de importação foi um pleito do setor ao governo.

“Tínhamos um repasse ainda retardado que não tinha ocorrido. Se não tivesse redução da tarifa, talvez o aumento fosse até maior”, diz Santos. O executivo diz ainda que a tarifa de importação é apenas um componente do preço, que também é influenciado pelo câmbio e pelas cotações internacionais.

Na avaliação da Apas, a redução de tarifas era o que o governo podia fazer para tentar melhorar o cenário de inflação dos alimentos. “A manobra que o governo tem, basicamente seria essa. O que esperamos agora é que, como a remuneração do produtor agora é melhor, é natural uma ampliação da área plantada. Isso vai resultar em colheita melhor à frente. Com melhor colheita, tem mais produto e isso pode reduzir o preço lá na frente.”

 

*Com informações da Folha

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