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Moro pediu dois ministérios pela cabeça de Lula, Bolsonaro deu dois cheques pré-datados e, agora, quer sustar um

Quem vai emboscar quem nessa guerra de cafajestes?

Moro ou Bolsonaro? Quem vai puxar o gatilho primeiro? Quem está mais visível? E, sobretudo o principal, quem sabe mais podre do outro?

Bolsonaro ameaça tirar a pasta da Segurança Pública de Moro, num claro aviso de que ele precisa comer muito espinafre para enfrentar politicamente Bolsonaro. Uma disputa do candidato dos fascistas na eleição de 2022.

Logicamente, Moro não aceita e ameaça deixar o governo, já que, antes da eleição, o trato dos dois era o de duas pastas pela cabeça de Lula, ou seja, Moro também se acha parte da conquista de Bolsonaro, melhor dizendo, Moro acredita que tem direito a dois lotes nesse latifúndio, como foi acordado. Ele ainda deve achar barato pelo serviço sujo que prestou a Bolsonaro para que Lula fosse condenado e preso, impedido de concorrer e Bolsonaro vencesse a eleição.

Disso, até o mais boca aberta dos seres humanos sabe. Por isso Moro não aceita ser compartimentado ou mutilado. Para ele vale a máxima do balcão, o que é tratado, não é caro. E não pretende engolir a seco se ele pode vencer Bolsonaro desde já na disputa política.

A reação dos bolsonaristas à quebra do acordo dos milicianos caiu mal no ouvido dos mais devotos fascistas no submundo brasileiro.

Há um reconhecimento entre eles de que a vitória de Bolsonaro saiu do punho de Moro assinando a condenação e a prisão do candidato que venceria a eleição. Mas trato de bandidos não se cumpre à luz do sol. Por isso as facções criminosas vivem em guerra, porque um dia formaram uma unidade até que alguém roeu a corda. Este é o caso de Moro e Bolsonaro.

Moro não cabe dentro de sua ambição e Bolsonaro não quer dar esse mole ao concorrente.

Se Bolsonaro amarelar, estará morto em vida, mostrando que quem manda no governo é Moro. Se Moro sair do governo, a princípio, sai muito fortalecido, mas perde a capacidade de operar o canil de seus cachorros adestrados na Polícia Federal e Ministério Público.

Na verdade, o que vai definir o certame é a quantidade de podres que um sabe do outro. É nessa hora que se verá quem tem mais poder de fogo contra o outro, Moro ou Bolsonaro? Esta é a pergunta que não quer calar.

Será uma guerra sangrenta entre dois pesos pesados da cafajestagem nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas