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Saúde

Não usem a cloroquina, alerta a Sociedade Brasileira de Cardiologia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou nota nesta sexta-feira, em que alerta sobre os riscos do uso da cloroquina, recomendada por Jair Bolsonaro no tratamento da Covid-19. Nesta sexta-feira, um estudo publicado pela revista médica The Lancet, a de mais prestígio no mundo, a partir de testes em 96 mil pacientes, aponta que o remédio mata, aumentando o risco de complicações cardíacas, e não ataca a Covid-19.

Leia abaixo a nota da SBC e vídeo sobre o estudo científico:

O Ministério da Saúde, no âmbito de suas atribuições, publicou novas orientações para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico de COVID-19, infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) não recomenda o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina associada, ou não, a Azitromicina, enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego.

No entanto, para os pacientes que optarem pela realização do tratamento, orienta que, desde que resguardada as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes, que sejam realizados eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT, de forma a subsidiar o médico quanto a pertinência de se persistir no tratamento. Para tanto, a Telemedicina pode ser uma alternativa viável para suportar essa iniciativa.

Por fim, a SBC, com base em seus propósitos sociais estará sempre à disposição para contribuir com as autoridades sanitárias do país na adoção de políticas públicas de interesse da sociedade brasileira.

SOBRE A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

Fundada em 14 de agosto de 1943, na cidade de São Paulo, por um grupo de médicos destacados liderados por Dante Pazzanese, o primeiro presidente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), tem atualmente um quadro de mais de 13.000 sócios e é a maior sociedade de cardiologia latino-americana, e a terceira maior sociedade do mundo.

 

 

 

*Com informações do 247

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Casos de coronavírus na Zona Norte do Rio aumentam 1000% em dez dias

A quantidade de moradores diagnosticados com o novo coronavírus na Zona Norte do Rio aumentou 1000% nos últimos dez dias. O número saltou de 8 para 88 casos. De acordo com boletim da prefeitura divulgado nesta terça-feira, pela Secretaria estadual de Saúde, subiu para 586 o número casos confirmados no Rio. As zonas Sul e Oeste, embora tenham uma quantidade superior de diagnósticos confirmados, em números absolutos, acompanharam a taxa média de evolução de casos na cidade. A Zona Sul, que tinha 59 casos no dia 21, saltou para 301; um aumento de 410%. Já a Zona Oeste foi de 28 para 132 casos confirmados em dez dias, o que dá 371% a mais. Considerando todo o município, o aumento no período foi de 103 para 586 casos, o que representa uma alta de 469%.

Especialistas ouvidos pelo EXTRA alertam para o fato de que uma comparação entre as zonas da cidade devem levar em consideração aspectos como o tamanho populacional, a densidade demográfica e o IDH. Algumas dessas variáveis podem, inclusive, explicar o aumento expressivo de casos na Zona Norte, em relação às demais.

A Zona Norte é a mais populosa – concentra 42% da população do município – e também tem a maior densidade demográfica do município (10.185 hab/km2, quase cinco vezes maior do que a densidade da Zona Oeste, por exemplo). A região concentra grandes complexos de favelas, como as do Alemão, Maré e Lins, e por isso ostenta o menor Índice de Desenvolvimento Social (IDS, um indicador criado pela prefeitura com inspiração no IDH, usado pela ONU), apesar de ter ilhas de IDS elevado.

Os bairros que concentram populações com menor poder aquisitivo devem ser, na opinião de Edimilson Migowski, infectologista da UFRJ, alvos de maior atenção por parte das autoridades sanitárias. O boletim desta terça-feira apontou casos confirmados em comunidades como Parada de Lucas, Vigário Geral, Andaraí e o Complexo do Lins.

– Tivemos uma primeira onde forte de casos na Zona Sul e na Barra por conta das pessoas que trouxeram o vírus de fora do país. A partir do momento em que se toma medidas de restrição, as pessoas com melhores condições socioambientais tendem a ter mais facilidade de se confinar e reduzir o contato com outras pessoas. Já nos lugares com IDH mais baixo, onde famílias grandes dividem casas pequenas e muitos dependem do trabalho externo para tirar o sustento do dia-a-dia, o isolamento é uma barreira maior a ser vencida. A partir desse momento, a disseminação do coronavírus é favorecida nos locais onde as condições sociais e o ambiente familiar são piores – avalia.

Sensibilizar os moradores sobre a necessidade do confinamento tem sido o desafio do presidente da associação de moradores do Morro do Salgueiro, Walter Rodrigues. Desde o início do isolamento social decretado pelo governador Wilson Witzel, há duas semanas, o líder comunitário se desdobra em iniciativas para convencer as pessoas a permanecerem em casa.

– Os mais idosos estão preocupados e mais conscientes dos riscos, mas não vejo essa mesma responsabilidade entre os jovens, que podem acabar sendo vetores da doença para seus pais e avós. Conseguimos parar os bailes funk e as rodas de pagode, e também adiamos um campeonato de futebol que estava acontecendo na comunidade. Mas ainda tem muita gente na rua, principalmente nos finais de semana. A gente sempre tenta conversar com as pessoas e faz o que pode para ajudar quem mais precisa, pedindo doações de material de limpeza e cestas básicas. Mas convencer os jovens a ficar em casa tem sido muito difícil – conta.

Presidente da Sociedade de Infectologia do Rio, Tânia Vergara ressalta que, além de as medidas de isolamento terem menos aceitação nas comunidades, existe também uma dificuldade maior de acesso ao sistema público de saúde, agravaddo pelas medidas restritivas nos transportes públicos, o que pode levar a uma subnotificação de casos e a um aumento ainda mais expressivo dos casos.

– Na rotina das favelas, a imposição de medidas de isolamento se torna mais difícil. Além disso, as pessoas que moram em comunidades têm maior dificuldade de acessar o sistema de saúde, porque andam de condução, por exemplo, e isso se tornou mais difícil de fazer por causa do isolamento. No início, quando havia menos casos e eles estavam concentrados nos bairros mais ricos, as pessoas conseguiam fazer o diagnóstico mais rapidamente porque o sistema não estava sobrecarregado. Agora, com o acúmulo de procura por exames, o cenário piorou muito – avalia.

O bairro com o maior número de casos confirmados na Zona Norte é a Tijuca. Rodeado por morros – Borel, Formiga, Salgueiro e Turano -, o bairro concentra 19 registros, de acordo com o boletim divulgado pela prefeitura nesta terça-feira. Considerando a lista de bairros com maior quantidade de casos confirmados, em toda a cidade, a Tijuca ocupa a nona posição, atrás do Flamengo (22) e à frente do Jardim Botânico (16).

A lista dos bairros da Zona Norte com casos confirmados da Covid-19 traz ainda a Vila Isabel, com dez casos, e o Méier, com nove registros. Em seguida, vêm Grajaú, Inhaúma, Maracanã, Pavuna e Rio Comprido, todos com três casos cada. Andaraí, Cachambi, Coelho Neto, Entenho Novo, Lins de Vasconcelos, Manguinhos, Olaria, Penha, Piedade, Quintino e Riachuelo têm dois registros cada um. A lista traz ainda outros treze bairros, todos com um caso cada.

 

 

*Com informações do Extra

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Mundo

Com 500 mil casos EUA superam Itália como 2º país mais infectado. Hospitais em Nova York estão lotados

Os Estados Unidos já são o segundo país mais atingido pelo coronavírus no mundo e acabam de ultrapassar a Itália.

O país já ultrapassou a barreira de 500 mil pessoas infectadas.

Hospitais em Nova York estão perto da lotação máxima, com carência de equipamentos.

E, segundo previsões de autoridades sanitárias do país, ainda faltariam duas semanas para pico de casos de covid-19 no Estado.

Agora Trump recuou e disse que vai ouvir cientistas antes de afrouxar isolamento social e “reabrir economia”.

Simultaneamente, o Congresso norte-americano aprova pacote inédito de 11 trilhões, equivalente à moeda brasileira, para socorrer a economia. 3,3 milhões de americanos pediram seguro-desemprego recentemente.

Dentro de poucos dias, os Estados Unidos devem superar também a China, tornando-se o país mais atingido.

E aqui no Brasil, Bolsonaro chama a Covid-19 de gripezinha.

As informações podem ser acompanhadas neste link, em tempo real.

 

*Da redação

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Fim de papo: O Globo já dá Bolsonaro como favas contadas e renúncia é dada como certa

Merval Pereira, o porta-voz dos Marinho, chuta o pau da barraca, mostrando que os barões da comunicação da Globo jogaram a toalha seguindo o mesmo caminho dos militares que já não carregam mais o andor de Bolsonaro.

No artigo de Merval, Mandetta vira alvo fácil por ter cedido aos desvarios ensandecidos de Carluxo e o Valor Econômico, também da família global, já anuncia a queda de Bolsonaro que, no momento, encontra-se no balcão de negócios em que Bolsonaro barganha a liberdade dos filhos criminosos.

Na verdade, essa foi sempre a preocupação de Bolsonaro, livrar a cara dos delinquentes que ele produziu.

A saída de Bolsonaro pela renúncia em vez do impeachment é o tema do momento, segundo a jornalista Maria Cristina Fernandes (Valor Econômico): “Ainda que Bolsonaro hoje não tenha nem 10% dos votos em plenário, um processo de impeachment ainda é de difícil de viabilidade. Motivos não faltariam. Os parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma ‘lei de responsabilidade social’. Permanece sem solução, porém, o déficit de legitimidade e um impeachment em plenário virtual.

Vem daí a solução que ganha corpo, até nos meios militares, de uma saída do presidente por renúncia. O problema é convencê-lo. A troco de que entregaria um mandato conquistado nas urnas? O bem mais valioso que o presidente tem hoje é a liberdade dos filhos. Esta é a moeda em jogo. Renúncia em troca de anistia à toda tabuada: 01, 02 e 03. Foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi convencido a sair, alegam os defensores da solução”.

“Ao desafiar a unanimidade nacional, no uniforme de vítima de poderes que não lhe deixam agir para salvar a economia, Bolsonaro já sabia que não teria o endosso das Forças Armadas para uma aventura que extrapole a Constituição. Era o que precisaria fazer para flexibilizar as regras de confinamento adotadas nos Estados. Duas horas antes do pronunciamento presidencial, o Exército colocou em suas redes sociais o vídeo do comandante Edson Leal Pujol mostrando que a farda hoje está a serviço da mobilização nacional contra o coronavírus”, diz a jornalista.

No vídeo, o comandante destaca que a maioria de seus recrutas tem origem nas comunidades mais pobres do país, lugares em que o foco de disseminação do coronavírus é a maior preocupação das autoridades sanitárias, o que sequer foi mencionado por Bolsonaro em seu pronunciamento.

O comandante foi claramente na mão contrária à fala absurda e descabida do presidente Bolsonaro, fala que culminou numa avalanche de críticas tanto no Brasil quanto no exterior.

“Talvez seja a missão mais importante de nossas vidas”, completa Pujol. O vídeo, em 24 horas, ultrapassava 500 mil visualizações, mais que o dobro do efetivo do exército.

O distanciamento de Bolsonaro contaminou os ministros militares com assento no Planalto. “Não quero ter minha digital nisso”, disse um deles, ao perceber o peso negativo do pronunciamento de Bolsonaro, e deixou Palácio do Planalto antes da gravação do pronunciamento, conduzida sob o comando dos filhos e da milícia digital do bolsonarismo.

A situação de Bolsonaro vem se agravando a olhos vistos, demonstrada pelos fatos. A pressão por sua saída aumenta a cada dia, começando pelo povo que já se manifesta com panelaços por sua saída, passando pela grande mídia que já dá o seu mandato como favas contadas e já envolve vários outros setores da vida nacional.

A conferir os próximos capítulos.

 

 

*Com informações do Valor Econômico