Bolsonaro, quem diria, com seu badernaço no 7 de setembro, transforma seu principal aliado, o mercado, em inimigo. Ou seja, o cenário fiscal para o mercado é o pior dos mundos, o que, logicamente, coloca os investidores de cabelo em pé aumentando a incerteza de um terreno cada dia mais pantanoso e, por consequência, a taxa futura de juros é pressionada para cima, muito para cima.
Bastou que os apoiadores de Bolsonaro começassem a se concentrar em Brasília para uma espécie de noite tropical dos cristais, para que a baderna desafiadora desse o tom da arena política e, imediatamente, o mercado sentiu o solavanco desse cenário de terra arrasada.
Na visão de cientistas políticos e economistas do mercado os impactos negativos são visíveis para a economia e as incertezas econômicas aumentam e, junto, a cautela dos investidores e a disparada dos juros.
O gado saiu do pasto para arrancar do chão qualquer base política transportando Bolsonaro a um futuro absolutamente inviável.
É isso que o evento patrocinado pelo próprio Palácio do Planalto está oferecendo a um presidente que já soma 64% de rejeição a partir de uma lista de lambanças, crimes e sintomas claros de perda de rumo do principal mandatário do país e, sobretudo, do seu governo.
O Brasil é muito mais complexo do que sugere o manual de Esteve Bannon. O sabotador-chefe das manifestações, que dá o tom de baderna no dia 7 de setembro, fez o risco Brasil disparar aumentando o mal-estar do mercado e das tensões no mundo encantado dos endinheirados rentistas e banqueiros, brasileiros e internacionais.
Isso mostra que Bolsonaro está conseguindo fazer barba, cabelo e bigode contra o próprio pé com sua garrucha de três canos.
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