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Opinião

A República das cuecas

República das bananas é para os fracos, o Brasil da era Moro está em outro patamar no universo da balbúrdia institucional.

Aqui, no Brasil, quem dá as ordens é um ex-juiz, agora senador que segue chantageando desembargadores do TRF-4 e ministro do STJ. Detalhe, com um custo baixíssimo, comprando cuecas em algum saldão no mercadão de Madureira, na pechincha do dia.

A operação policial mais famosa da história do Brasil teve como mascote ninguém menos que o Japonês da Federal que, assim como Moro, mereceu até máscara de carnaval.

Ou seja, a república das cuecas foi uma festa, foi um oba oba, um carnaval fora de época em que o Zé Pereira de Curitiba, Sergio Moro, comandava a marcha dos fascistas com o pé direito no bumbo do folião.

Essa visão do inferno em que o Japonês da Federal é preso pela Polícia Federal por contrabando, é o mesmo país aonde foram encontrados no avião da FAB da comitiva do presidente da República, que se elegeu vendendo a imagem de paladino contra as drogas, em nome de Deus e da família, 39kg de pasta pura de cocaína, em plena vigência da gestão Moro no ministério da Justiça e Segurança Pública. Imagina isso!

Lógico que o então ministro que, na verdade, trabalhava como babá do clã Bolsonaro não soube de nada e nem comentou qualquer coisa a respeito.

Estamos falando do mesmo Moro que virou do avesso a justiça no Brasil com o apoio da grande mídia cuequeira. Tudo para dar um golpe de Estado em Dilma Rousseff, condenar e prender Lula sem qualquer prova para que Bolsonaro vencesse e os banqueiros lucrassem como nunca.

Um labirinto de banditismo explícito acontecia à luz do dia como um esgoto a céu aberto, impregnando todo o planeta terra pela balbúrdia provocada por essa gangue chamada clã Bolsonaro, vitaminada com os “heróis do combate à corrupção”.

Isso é só uma pincelada de um enredo que deu ao Brasil um novo título, o que República das Cuecas.

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Balbúrdia Institucional

Francisco Celso Calmon

Assessorado por fedelhos da atual política, o miliciano presidente persevera em seu objetivo porra-louca de provocar uma guerra civil no país.

Coerente com o seu passado terrorista o ex-capitão e atual presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, pregou a sublevação de civis e militares contra a Carta Magna do Brasil.

Em total desrespeito à dignidade do cargo que ocupa, o chefe do Executivo se insurge contra os demais poderes da República e em cima de um palanque agita seus seguidores a pugnar por uma ditadura e um novo AI-5.

Assessorado por fedelhos da atual política, o miliciano presidente persevera em seu objetivo porra-louca de provocar uma guerra civil no país.

Com as feridas ainda abertas do passado ditatorial, o chefe do Executivo prega pelo ressurgimento de uma quadra história que infelicitou a nação, deixando em seu rastro assassinatos, desaparecimentos forçados, torturas, corrupções, enfim, a barbárie do terrorismo de Estado, que foi implementada a parti do AI-5.

O atual presidente é o mesmo que quando tenente do Exército ameaçou explodir os gasodutos, é o mesmo que declarou ser a favor da tortura, é o mesmo defensor da ditadura, cujo erro, segundo ele, foi não ter matado uns 30 mil brasileiros.

A geração que combateu à ditadura militar sente-se novamente ameaçada e perseguida pelo arbítrio e pela pregação bolsonarista do extermínio sanitário dos idosos. Mas nada nos intimidará, reagimos no presente, como fizemos no passado.

À semelhança do “cabo” Anselmo, o “capitão” Jair prega a desarmonia entres os poderes republicanos, a quebra de hierarquia e atenta contra a democracia, um e outro são traidores da pátria e da democracia.

A história ensina, resta aos democratas e as instituições sadias aplicarem as lições impedindo que o sociopata continue a destruir o Brasil.

Pela democracia, pela vida, Fora Bolsonaro, já!

Francisco Celso Calmon, coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do ES e ex-coordenador nacional da RBMVJ.

 

*Do GGN