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A esquerda deve ter apenas um foco para derrubar Bolsonaro, ampliar as investigações sobre sua relação com o escritório do crime

Bolsonaro faz de tudo para fugir do assunto que pode lhe tirar o mandato, seu envolvimento com os grupos criminosos mais violentos do país, as milícias. Tanto que o miliciano Adriano da Nóbrega, amigo e comparsa de longa data da família Bolsonaro no esquema de corrupção da Alerj, onde seus familiares trabalhavam através de Flávio, assim como no gabinete do, ainda deputado, Bolsonaro em Brasília.

Adriano foi executado como queima de arquivo, quanto a isso, não há a menor dúvida. Eduardo Bolsonaro foi para a Bahia dois dias antes da execução do miliciano e lá permaneceu até o serviço ser entregue.

O que mais interessa a Bolsonaro, e não duvidem, a boa parte da grande mídia, é tentar abafar o inabafável caso.

Bolsonaro vendeu a alma ao mercado não mais para governar, mas para se safar e safar os filhos da cadeia.

Se o miliciano foi morto, mas o Itaú bateu recordes de lucro, então, o mercado manda suas ordens para a imprensa, “deixa o homem trabalhar”, porque ele tem cumprido um papel perfeito de Robin Wood às avessas.

O empresariado está feliz porque não quer viver do setor produtivo e sim do especulativo. Assim está bom para todos da aristocracia financeirista. Então, pra que mexer em time que está ganhando?

A mídia, por ordem dos banqueiros, já abandonou o caso, sobrando somente a esquerda para se somar à sociedade e cobrar das autoridades respostas concretas sobre crimes e assassinatos que envolvem as milícias e o clã Bolsonaro.

A esquerda não pode ter outro foco. A bola está quicando, a morte do Adriano da Nóbrega não consegue abafar a relação criminosa entre o Palácio do Planalto e Rio das Pedras.

Por outro lado, a direita que apoia Bolsonaro vai inundar os noticiários com centenas ou milhares de caminhões fumacê, porque Bolsonaro atende aos interesses do famoso 1% dos brasileiros mais ricos que está ganhando rios de dinheiro com o vigarista.

O foco tem que ser apenas um, desbaratar essa quadrilha do inferno mais baixo da bandidagem brasileira que se fundiu com o cargo mais alto da República para, juntos, seguirem irmanados na prática de crimes de toda ordem.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas