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Centrão fez barba, cabelo e bigode no governo Bolsonaro e esvaziou o já murcho poder do mito

O centrão não perderia a oportunidade de montar no cavalão selado passando na sua frente.

Como bem disse Luis Nassif, Bolsonaro entregou os anéis e os dedos e teve que atropelar o segundo general de seu governo praticamente na mesma semana. O primeiro foi Mourão que cumpriu o papel de office boy de Edir Macedo em sua ida à Angola e, agora, o general Ramos.

Com isso, as Forças Armadas, mesmo negando participar do governo, perdeu uma pasta considerada a mais estratégica, a Casa Civil.

Mas Bolsonaro sabe que hoje, para sua cabeça ficar em cima do pescoço, depende muito mais do bloco de centrão do que dos militares e desancou o general para colocar no lugar o presidente do PP que, pra quem sabe ler, o pingo é letra, o que está escancarado nas quatro linhas da política, quem dá as cartas não é quem tem o controle das armas, mas do Congresso.

O centrão não quer governar, mas promover seus quadros a partir das generosas verbas destinadas a seus quadros, e Bolsonaro é que se vire para colocar nos trilhos o trem descarrilado e sem ladeira abaixo.

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Se a China retaliar o Brasil e não fornecer mais mercadoria, quebra o varejo e a “indústria nacional”

Se a China resolver retaliar o comércio com o Brasil, a economia brasileira evapora.

Hoje, a indústria e sobretudo o comércio, são chino-dependentes.

A crise iniciada pelo miliciano Eduardo Bolsonaro e alimentada pelo demente Ernesto Araújo, que lambeu as botas do patrãozinho, se levada a ferro e fogo pelos chineses, não sobra uma birosca no Brasil, muito menos uma fabriqueta de fundo de quintal.

No varejo, aqui no Brasil, há uma máxima que diz que, “Deus fez o céu e a terra, o resto é feito na China”. Sim, até queijo Minas, hoje, é feito na China.

Se a China é a maior compradora de commodities do Brasil e, num rompimento comercial, parar de comprar nossos produtos, sobretudo da indústria do agronegócio, esse segmento terá que usar seus espaços para estacionamentos. Mas se a China resolver fazer pior e não vender nada para o Brasil, o nosso parque fabril desaba, pelo nível de dependência das peças produzidas na China.

Sobre o varejo, nem tem graça comentar, é só perguntar para o Véio da Havan o que aconteceria com suas lojas se a China decidisse não vender mais bugigangas para ele.

A China produz tanto as grandes marcas americanas de tênis que são vendidas aqui em lojas multimarcas, como a pirataria das mesmas marcas vendidas em mercados populares ou por ambulantes.

Ou seja, no varejo brasileiro, a China faz barba, cabelo e bigode.

A região do Brás e Bom Retiro, em São Paulo, por exemplo, sem as mercadorias da China, onde chegam milhares de ônibus com pessoas do Brasil inteiro para comprar no atacado, o efeito será como o de Hiroshima e Nagasaki, depois que os EUA, covardemente e monstruosamente jogaram as bombas atômicas contra a população civil das duas cidades.

Hoje, é raro, tipo agulha no palheiro, encontrar no varejo uma loja que não seja essencialmente dependente da China, direta ou indiretamente.

Se tiver uma retaliação da China, a crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus vai parecer fichinha perto da hecatombe provocada por tal retaliação chinesa.

Isso dá a exata medida da irresponsabilidade do psicopatazinho Eduardo Bolsonaro e do seu lustra chuteira Ernesto Araújo, que só agridem diplomaticamente um país como a China porque o Brasil não tem governo, mas uma esculhambação generalizada comandando o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas