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Fundador da XP defendendo Bolsonaro, mostra quem está lucrando alto com o genocídio no Brasil

Mercados não choram a morte de ninguém, ou seja, não há qualquer empatia dos mercados com meio milhão de brasileiros mortos pela covid.

Isso é o que deixou bem claro a mensagem do fundador da XP Investimentos quando, diante de uma tragédia com uma dinâmica única no mundo, por culpa de Bolsonaro, ele toma seu lado nessa questão, por conveniência, no melhor da hipocrisia nacional, ele diz que, diante dessa catástrofe, o governo Bolsonaro não é diferente de nenhum governo com erros e acertos.

Guilherme Benchimol comparou o Brasil a um filho que se torna um adulto inseguro porque os pais só falavam mal dele.

E o que isso quer dizer? Que para os mercados, está bom. O genocídio provocado por esse governo deu altos lucros aos endinheirados e, assim, não há qualquer motivo baseado em princípios morais e éticos para que Bolsonaro seja removido do poder. É o famoso, time que está ganhando, não se mexe.

Isso não deixa de ser uma prévia do que enfrentaremos em 2022. Os poucos que ganharam muito com essa carnificina, investirão muito em quem fez com que poucos ganhassem absurdamente, enquanto a maioria da população empobrece, não interessando se, no final desse projeto de extermínio por covid, morram 500 mil ou um milhão de brasileiros. O que, na verdade interessa é quantos bilhões o dono da XP e congêneres lucrarão, porque, como disse Bolsonaro, morrer todos morrerão um dia.

Então, que se busque salvar os lucros e se cumule o máximo, se possível, enterre-os junto com os faraós modernos, porque o show do bilhão tem que continuar.

E essa gente, que já chutou qualquer maquiagem de escrúpulo, não está nem aí para um mínimo de empatia ou de ética, pois vive uma guerra permanente contra a sociedade à caça de vantagens em nome da lei do Gerson.

E assim como o fundador da XP, muita gente graúda que lucrou na desgraça de famílias inteiras vai dobrar a aposta em Bolsonaro e toda a sujeira que isso representará durante a disputa eleitoral.

É bom a esquerda não entrar com pé mole nessa dividida. O bolsonarismo vem para uma guerra de foice com sangue nos olhos.

A conferir.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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ONU: Brasil caminha para “catástrofe” e precisa restringir movimentação

Numa nota emitida nesta sexta-feira, o escritório da ONU no Brasil alerta que o país vive um momento crítico por conta da pandemia da covid-19, pede restrições de circulação de pessoas e aponta que, diante da ausência de um plano, o Brasil caminha em direção a uma “catástrofe”.

“As Nações Unidas instam os governos a adotar estratégias de restrição da circulação de pessoas e a prover o apoio necessário à população para que essas medidas possam de fato ser cumpridas”, defende a entidade.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não aceitaria uma política de lockdown e voltou a promover tratamentos e medidas sem base científica.

“O Sistema ONU acompanha com preocupação o recrudescimento da pandemia de COVID-19 no Brasil e ressalta a necessidade de adoção de medidas preventivas para diminuir a curva de transmissão do coronavírus e garantir o direito humano à saúde”, diz a ONU.

“O aumento persistente no número de casos e de óbitos deve servir de alerta para todos – governos, população, sociedade civil, academia, setor privado, instituições religiosas, entre outros – quanto à urgência de interromper a escalada da doença no país, sobretudo para evitar o surgimento de novas variantes do vírus”, diz.

“A intensificação da curva de óbitos, a falta de medidas restritivas efetivas e a falta de uma estratégia nacional centralizada de vacinação estão levando o país a uma catástrofe”, afirma Marlova Jovchelovitch Noleto, Coordenadora Residente interina da ONU no Brasil.

Na avaliação da coordenadora, “milhares de vidas” estão sendo perdidas “por falta de ações assertivas para conter a pandemia no Brasil”.

Um dos recados da ONU é de que a vacina não pode ser o único instrumento de combate à doença. “Precisamos lembrar que as vacinas são essenciais, mas elas não resolverão o problema imediato do país, que apresenta atualmente o maior número de óbitos diários por COVID-19 do mundo”, diz.

“Até que todas e todos estejam vacinados e protegidos contra a doença, todas as medidas de redução do contágio devem ser respeitadas. Reduzir a disseminação do vírus, garantir apoio econômico à população e agilizar a vacinação devem ser as prioridades do país”, afirmou a coordenadora.

Para a ONU, o país “precisa urgentemente de um plano nacional de resposta à crise”

“Os sistemas público e privado de saúde estão sobrecarregados e há registros de filas por leitos hospitalares. Precisamos proteger as trabalhadoras e os trabalhadores de saúde, que estão na linha de frente diariamente, arriscando as próprias vidas para salvar as nossas. O início da vacinação traz esperança, no entanto, num contexto de escassez de vacinas em nível global e nacional, é imprescindível seguir as recomendações de cientistas e profissionais de saúde para conter a transmissão da COVID-19”, defende.

Entre as medidas sugeridas está o uso da máscara, higienizar frequentemente as mãos, manter a distância mínima de 2 metros de outras pessoas e privilegiar espaços abertos que podem salvar vidas.

“Ninguém está imune à doença, nem mesmo crianças e jovens, portanto é responsabilidade de todas e todos proteger a si e aos outros. Quem puder deve ficar em casa, já que é o lugar mais seguro para evitar o contágio da doença. Não é hora de festas nem de aglomerações”, alertou.

*Jamil Chade/Uol

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