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Áudio: Regina Duarte toma o 1º fora de Carolina Ferraz: “não votei em Bolsonaro”

A nova secretária de Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte, utilizou de forma indevida uma foto da atriz Carolina Ferraz em um mural publicado no Instagram. A montagem é composta por fotos de artistas que supostamente apoiam Regina Duarte e o governo.

Carolina Ferraz, uma das que aparecem na foto postada por Regina, no entanto, desaprovou a utilização de sua imagem. “Eu não imaginei que você fosse colocar minha foto ou de qualquer um, colega nosso, sem pedir autorização da gente”, diz Carolina Ferraz em um áudio enviado a Regina e que foi obtido pela reportagem da Fórum.

Descontente com a situação, Carolina ainda dispara contra o governo Bolsonaro. “Realmente torço para que você consiga exercer e fazer a diferença num governo que desprestigia tanto a classe artística, persegue tanto a classe artística”.

A atriz revelou ainda, no pito em Regina Duarte, que não apoia e nem mesmo votou em Jair Bolsonaro. “Acho muito indelicado da sua parte. Gostaria, com todo o carinho, que pedisse para que sua equipe retirasse minha foto, por gentileza. Obrigada”, finaliza Carolina.

Ouça a íntegra do áudio de Carolina Ferraz aqui.

 

 

*Com informações da Forum

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Demissão: Após citação ao nazista Goebbels, secretário Roberto Alvim é demitido

Após polêmica em vídeos com referências ao nazismo, presidente determina a saída do responsável pela pasta.

Bolsonaro decidiu demitir o secretário de Cultura, Roberto Alvim, após a polêmica referências ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais. Segundo o “Estado” apurou com auxiliares próximos de Bolsonaro, a situação de Alvim ficou “insustentável”. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já foi comunicado da decisão.

Em vídeo em que anuncia o Prêmio Nacional das Artes, Alvim cita textualmente trechos de um discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels.

A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, diz Alvim no vídeo.

“A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse Goebbels em pronunciamento para diretores de teatro, de acordo com o livro Goebbels: a Biography, de Peter Longerich.

A frase causou polêmica entre artistas e até mesmo entre apoiadores do governo de Bolsonaro, que cobram a demissão do secretário. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também foi às redes sociais dizer que é preciso afastar Alvim “urgentemente” do cargo.

Mais cedo, em entrevista ao “Estado”, o secretário disse ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro e o “convencido” de que a citação de uma frase similar a do propagandista do nazismo foi uma “coincidência retórica”. Segundo ele afirmou à reportagem, o presidente disse a Alvim que o secretário permaneceria no cargo.

Na entrevista exclusiva ao Estado, Alvim admitiu que trecho de seu discurso foi inspirado declaração do ideólogo nazista Joseph Goebbels. Ele afirmou que repudia o nazismo, mas que “as ideias contidas na frase são absolutamente perfeitas”. O secretário disse que “assina embaixo” da frase. “A filiação de Joseph Goebbels com a arte clássica e com o nacionalismo em arte é semelhante a minha e não se pode depreender daí uma concordância minha com toda a parte espúria do ideal nazista”, disse o secretário.

O dramaturgo Roberto Alvim foi nomeado em novembro ao cargo de secretário de Cultura, semanas após ofender a atriz Fernanda Montenegro nas redes sociais. Ele já estava no governo desde junho, quando foi nomeado diretor da Funarte.

Alvim surpreendeu a classe artística ao declarar voto em Bolsonaro em 2018, após o atentado a facada sofrido pelo então candidato a presidente. O dramaturgo dirigiu por três décadas peças de sucesso de crítica, mas afirma ter mudado radicalmente de perfil político após se curar de uma grave doença.

 

 

*Com informações de O Tempo