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A criação do senador vitalício: A saída que Bolsonaro encontrou para não ser encarcerado após sua iminente derrota no dia 2 de outubro

Estamos enfandados de dizer que Bolsonaro nunca foi de centro-direita, direita, extrema-direita para ficar desfilando como estrela dos conservadores que muita gente diz ser, mas sequer sabe o que é. Por isso essas pessoas apoiam o que Bolsonaro é de verdade, um macaco velho que, se não tem qualquer habilidade política, sabe como poucos açambarcar para seu clã.

O que vemos é a farra das velas em que pastores lobistas, muitos que vivem metendo a mão na cumbuca de seus fiéis, metidos até os galões na corrupção do Ministério da Educação.

O troço foi tão barra pesada que os pastores meteram a cara na cena do crime, chegando a exibir barras de ouro em um restaurante de hotel, desfilando como imperadores do ouro em carro alegórico em Brasília, sem jamais se ouvir um resmungo da estrela máxima palaciana.

Ao contrário disso, iluminava a imagem sacrossanta do vigarista preso com a boca na botija, seu ministro, Milton Ribeiro.

Ou seja, Bolsonaro governou até aqui ao sabor de sua cultura, e que com gosto. Deitou o cabelo diante dos olhos da sociedade, com saudáveis gargalhadas no mesmo momento em que aponta o dedo para seus oponentes políticos.

Lógico que se lambuzou das alegorias rezadeiras, vide atitudes exageradas de Michelle durante longos e enfadonhos minutos declamando em nome de Deus, com aquela clássica hipocrisia.

Nem os bolsonaristas, com todo esforço que fizeram, gostaram daquilo, daquela cara espremida com intermináveis adjetivos religiosos para tentar angariar simpatias para uma crescente rejeição feminina que as brutalidades militarescas de Bolsonaro lhe pregaram na testa.

Agora que sente que não tem como reproduzir 1964 em 2022, o chefe da família Bolsonaro e do magote da tropa palaciana, arregaçou as mangas para tentar bordar uma saída que não seja dar nas canelas depois de perder a eleição e se encontrar num campo deserto sem que os que hoje lhe salvam possam fazer alguma coisa para ele escapar das unhas da onça.

Então, surge a ideia que impediria a sua prisão imediata, mas apenas a sua, não a dos filhos, que lhe daria foro privilegiado a partir de um cargo de senador vitalício já em curso por aliados do Centrão.

Estamos falando do chefe da “nova política”, o mesmo que fez contraponto com aquele general caduco que cantou, de maneira desafinadíssima, “se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”.

Esse mesmo sujeito hoje depende do próprio Centrão para não ter o dissabor de ver sua cabeça guilhotinada pela justiça. Justo ele que comemora cada chacina praticada pelo Estado contra moradores de favelas, independente de serem criminosos.

O que Bolsonaro comemora é o massacre das Forças de Segurança a negros e pobres que, para ele, nem deveriam existir.

Um sujeito com esse grau de letalidade, não tem como sair do governo pela porta da frente, não sem estar algemado como um serial killer, já que é responsável mortes de centenas de milhares de brasileiros por covid, e que foi anistiado pelo seu Protetor Geral da República.

Como dizem por aí, o PGR é o anjo da guarda do cramunhão.

Trocando em miúdos, essa história da criação de um cargo de senador vitalício para proteger um marginal é, sem sobra de dúvida, primeiro, uma confissão explícita de crimes, ao mesmo passo em que ensina a malandragem brasileira, sobretudo as raposas da política que hoje o assessoram.

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Futuro da campanha do ovoide do Planalto ao umbral pertence

Já diz o ditado, quanto mais Bolsonaro “reza”, mais assombração aparece.

O discurso bichado de Bolsonaro, de dentro de uma convenção esvaziada e murcha, em que oficializou sua candidatura, convocando para uma espécie de fracasso 2.0, seu encontro com apoiadores no 7 de setembro, já que em 2021 foi um fiasco histórico, com direito a pedido de penico do mito a Alexandre de Moraes, tendo Temer como cupido, segue firme na retina dos bolsonaristas, que viram, pela manhã, Bolsonaro chamar Moraes de canalha e, à tarde, pedir a Temer para tentar azeitar o humor do ministro.

O que diferencia esse momento do outro, evidenciando uma fratura exposta dentro do próprio clã, é que, ao contrário de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro não deram as caras no lançamento da campanha do pai, no Maracanãzinho, e sequer dispensaram uma única linha divulgando o evento, menos ainda comentando que bicho deu. Eles ignoraram solenemente o evento, antes, durante e depois. Isso não é pouca coisa.

Esse episódio mostra que a campanha de Bolsonaro, que se joga num buraco negro, passa a ficar nas mãos do acaso, com a possibilidade de ampliar ainda a distensão entre membros do comando de sua campanha, escancarando que a cúpula que hoje coordena os passos que serão dados daqui por diante não tem um rosto definido, mas uma mistura de interesses que não forma um time, apenas um catado improvisado sem liga que dê sentido ou direção a essa verdadeira esculhambação.

Até a eleição, isso pode mudar? Pode, mas é cada vez mais improvável. Ninguém, em poucos dias, transforma, como quem bebe um bicarbonato, um estômago ácido em alcalino e, a partir daí, apresenta uma alta performance.

Bolsonaro, ontem, deixou claro que não tem um feito para mostrar em quatro anos de governo, pior, suas falas têm duração cada vez menor, mostrando dificuldade em empilhar seus próprios súditos, daí o desespero de tentar colar com cuspe os cacos do bolsonarismo que já foi um dia uma construção, tijolo a tijolo, pensada, executada e somada à fraude armada por Bolsonaro e Moro que lhe deu a vitória.

Nada disso se vê hoje nessa espécie de cemitério eleitoral em que se transformou a campanha de Bolsonaro.

Certamente, sua aposta como o último suspiro de um desesperado, está na PEC eleitoreira que pode sim lhe dar uma sobrevida artificial, mas que não garante que o futuro de sua campanha estará nas mãos do cramunhão, como está.

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