Categorias
Opinião

Bolsonaro não tem eleitores, tem cúmplices de seus crimes contra o país

Ao contrário de 2018, hoje ninguém mais tem o direito de votar em Bolsonaro por ingenuidade, por ignorância, por falta de informação sobre sua forma de pensar e agir.

Todos sabem, inclusive os bolsonaristas que, em quatro anos, não teve um projeto executado que tenha melhorado a vida dos brasileiros, ao contrário, 33 milhões foram devolvidos ao mapa da fome. Isso revela como um raio-x uma parte do mais trágico governo da nossa história.

Ainda ontem, o IBGE trouxe dados que revelaram que 71% da população têm insegurança alimentar, mesmo Bolsonaro mentindo para Biden, diante dos olhos do mundo, que o Brasil não tem insegurança alimentar.

A essa altura dos fatos, não cabe os bolsonaristas dizerem que a grande mídia inventa coisas contra Bolsonaro, porque bolsonaristas não compram gás de cozinha mais barato, não compram combustíveis com preços diferenciados, muito menos seu título de bolsonarista de carteirinha lhe dá qualquer desconto em relação aos demais no supermercado, eles estão sofrendo pesadamente toda a tragédia do país. Eles sabem disso, tanto que nem defendem Bolsonaro nesses quesitos, tentam, de forma cínica e obsequiosa, transferir a responsabilidade para Lula, que saiu do governo há 12 anos com o recorde histórico de 87% de aprovação.

Mesmo sabendo que tudo isso que falam em defesa de Bolsonaro, é ridículo. esse argumento revela, no mínimo, que o bolsonarista que hoje apoia Bolsonaro, deixou há muito tempo de ser eleitor para virar um cúmplice de seus crimes.

Nenhum discurso de Bolsonaro faz sentido. Se começar pela história das urnas eletrônicas, lembrará que Bolsonaro, na fraude eleitoral da história, em parceria com Moro, prendeu Lula sem provas de crime, que seria eleito, como mostravam as pesquisas, para que Bolsonaro vencesse e desse Moro um super ministério como recompensa, o que foi feito.

Essa atitude foi a principal confissão de culpa de todos os crimes que Moro cometeu e que o levou à sarjeta em que vive hoje.

Mas não para aí. Como Bolsonaro pode falar em honestidade, se o país todo sabe do esquema montado por ele e seu clã, com mais de cem laranjas e fantasmas em que se misturam parentes dos parentes, milicianos e seus parentes?

Hoje, não só o Centrão, mas todas as figuras mais nefastas da política estão no palanque do Planalto com Bolsonaro. Gente do calibre de Eduardo Cunha, Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, que exemplificam muito bem que tipo de honestidade Bolsonaro defende.

Somente nesse último ano, essa máfia familiar adquiriu duas mansões em região nobre de Brasília, num dos metros quadrados mais caros do país.

Hoje, todo brasileiro, inclusive os bolsonaristas, sabem que Bolsonaro não governa, faz campanha e negócios com fabricantes de armas, como tentou fazer com as vacinas, como mostrou a CPI da Covid, sem falar do deboche com os mais de 670 mil brasileiros mortos pela covid, por sua culpa.

Nenhum chefe de Estado convidou Bolsonaro para ir ao seu país por ser malvisto em todo o planeta.

Essa figura de cristão que ele prega é ainda mais ridícula, já que o sujeito não pensa em outra coisa que não seja armar a população para dar lucros bilionários aos produtores de armas do mundo e, certamente, não faz isso de graça, porque em décadas, depois que foi escarrado das Forças Armadas por picaretagem e ameaça de terrorismo, tendo como pena uma das maiores desonras militares, Bolsonaro virou político e, durante três décadas, junto com os filhos, vivendo às custas de cada brasileiro sem ter produzido um único projeto que tenha beneficiado o Brasil ou o povo, nada.

Bolsonaro, como político, assim como militar, foi um nulo, sendo, incrivelmente, pior militar do que político e, por isso, teve a expulsão humilhante que mereceu das Forças Armadas que, hoje, os generais que o rodeiam, fingem não saber da história imunda de Bolsonaro nos quadros do exército.

Não se pretende aqui enumerar todos os malfeitos de Bolsonaro pra lá de conhecidos dos bolsonaristas, eles sabem que, na calada da noite do dia 09, ele entregou a Eletrobras de maneira criminosa e, por isso mesmo, chegará uma conta de energia que deve dobrar de tamanho para todos os brasileiros, inclusive para pequenos e médios empresários que, por sua vez, sentirão no lombo mais uma facada de um sujeito que não tem o menor pudor de fazer negócios com bilionários em detrimento do povo brasileiro, inclusive contra os bolsonaristas que se colocam como cúmplices desse desclassificado.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

O silêncio dos cúmplices: Aras e Lira diante de Bolsonaro

Na semana em que Jair Bolsonaro xingou a mãe de um ministro do Supremo e ameaçou dar golpe para escapar da Justiça, dois personagens se destacaram pela omissão: o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ambos chegaram aonde estão com ajuda do presidente. Agora agem como cúmplices da escalada autoritária.

A Constituição afirma que cabe ao Ministério Público defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais. Aras ignora esses deveres para proteger quem o nomeou. Sua incúria expõe o Judiciário a desgastes e começa a gerar um clima de insurreição na PGR.

Na sexta-feira, 27 subprocuradores-gerais divulgaram uma carta pública de protesto. O texto afirma que o chefe da instituição não pode “assistir passivamente” aos “estarrecedores ataques” de Bolsonaro.

Aras transformou a PGR num peso morto em Brasília. Em vez de investigar, blinda o presidente contra investigações. Em vez de denunciar, acoberta crimes contra a saúde pública e a democracia.

Sua inércia era atribuída à ambição de alcançar uma vaga no Supremo. Ele foi preterido, mas parece ter se conformado com a recondução ao cargo que ocupa. A indicação já foi enviada ao Senado e deve ser aprovada sem percalços.

Na Câmara, Lira continua a segurar mais de uma centena de pedidos de impeachment. Sua omissão impede que o presidente seja julgado por múltiplos crimes de responsabilidade. E vale como incentivo para que continue a delinquir.

O deputado pilota o trator do atraso legislativo. Em sua gestão, a Câmara tem favorecido desmatadores e grileiros com o desmonte da legislação ambiental. A agenda econômica também virou uma janela para grandes negócios. A venda da Eletrobrás foi aprovada com jabutis que orgulhariam o ex-deputado Eduardo Cunha. Agora o Centrão esfrega as mãos diante da privatização dos Correios.

Lira cobra caro pelo silêncio diante dos desmandos presidenciais. Hoje ele comanda a distribuição de cerca de R$ 11 bilhões em emendas parlamentares. É o chefão do orçamento secreto, que lubrifica as votações de interesse do governo.

Na sexta, o deputado fez mais uma concessão ao extremismo. Anunciou que a emenda do voto impresso, derrotada em comissão especial, será votada de novo no plenário. A manobra dá sobrevida ao discurso golpista de Bolsonaro. E mantém o balcão aberto para negociações com o Planalto.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

Participe da vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/o-blog-antropofagista-precisa-de-voce

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição