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A que horas a mídia voltará a falar do escândalo de corrupção na Secom, financiadora da propaganda nazista?

A secretaria de cultura, está longe de ser o centro da propaganda nazista do governo Bolsonaro.

Este é o principal papel do comandante da pasta da Secom – Secretaria Especial de Comunicação Social.

Comandante que foi pego com a boca na botija em grossa corrupção, Fabio Wajngarten já propôs boicotar as verbas publicitárias da Secom a quem desagradasse o governo.

O motivo dessa sua proposta nazista foi contra a Folha, em função de uma reportagem publicada pela Folha que informa que um ex-assessor do ministro do Turismo disse, em depoimento, que a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018 se beneficiou das candidaturas laranjas.

Wajngarten não citou a Folha, mas passou seu recado.

A reportagem provocou profundo desconforto no alto escalão de Bolsonaro.

Moro, como sempre, foi ao Twitter dizer que Bolsonaro não está implicado de nenhuma forma no caso. Porém, não se pronunciou sobre o depoimento.

O que sumiu da mídia foi o caso do chefe da Secom que recebe dinheiro de agências e emissoras contratadas pelo governo Bolsonaro.

O caso está abafado enquanto a mídia toda discute o nazismo de Alvim.

A galinha dos ovos de ouro

A Secom é a responsável pela distribuição da verba de propaganda do Planalto e também por ditar as regras para as contas dos demais órgãos federais. Incluindo a pasta da cultura, sobretudo seus editais, como o anunciado por Alvim.

Wajngarten está no cargo desde abril de 2019, mas se manteve como principal sócio da FW Comunicação e Marketing.

A FW tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas, a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vem crescendo.

A legislação proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões.

Em 2019, a Band, por exemplo, pagou R$ 9.046 por mês (R$ 109 mil no ano) à empresa do chefe da secretaria por consultorias diversas. O valor mensal corresponde à metade do salário de Wajngarten no governo (R$ 17,3 mil).

Os valores foram confirmados à Folha pelo próprio Grupo Bandeirantes.

Sob o comando de Wajngarten, a Secom passou a destinar para Band, Record e SBT fatias maiores da verba publicitária para TV aberta.

Bolsonaro jamais quis comentar esse escândalo debaixo de seu nariz e abandonou uma coletiva quando lhe pediram explicação sobre o caso.

A fonte do financiamento da propaganda nazista, a Secom, é a mesma de um outro escândalo maior envolvendo o chefe da pasta e, pelo jeito, o próprio Bolsonaro.

A maior afinidade do partido e governo de Bolsonaro com os nazistas é que a corrupção era generalizada em todo o partido do Hitler.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro abandona coletiva ao ser questionado sobre corrupção na Secretaria de Comunicação do governo

Secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, recebe dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a encerrar uma entrevista coletiva ao ser questionado sobre assunto comprometedor nesta quarta-feira (15). Repórteres perguntaram ao presidente sobre as denúncias trazidas pela Folha de S. Paulo contra o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten.

“Está encerrada essa coletiva”, disse Bolsonaro logo após ser questionado sobre Wajngarten. Segundo a Folha, o secretário recebe dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.

Bolsonaro.

Wajngarten assumiu o comando da Secom em abril de 2019. A partir daí, passou a ser o principal sócio da FW Comunicação e Marketing, que oferece ao mercado um serviço conhecido como Controle da Concorrência. Ele tem 95% das cotas da empresa e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%, segundo dados da Receita e da Junta Comercial de São Paulo.

Band e Record entre outras

A Folha confirmou que a FW tem contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vêm crescendo.

O negócio, além de antiético, é ilegal. A legislação proíbe que integrantes da cúpula do governo mantenham transações comerciais com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática implica conflito de interesses e pode configurar ato de improbidade administrativa, demonstrado o benefício indevido. Entre as penalidades previstas está a demissão do agente público.

Questionado pela Folha, Wajngarten confirmou ter hoje negócios com a Band e a Record. Ele não informou os valores, justificando que os contratos têm cláusulas de confidencialidade. “Todos os contratos existem há muitos anos e muito antes de sua ligação com o poder público”, afirmou, por meio de nota da Secom.

 

 

*Com informações da Folha Impacto