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Política

O caso Daniela Lima e o exercício do jornalismo, por Luís Nassif

Essas disputas de rede social fazem mal para o jornalismo.

A última treta foi a exploração de uma discussão tola entre Daniela Lima, Leilane Neubarth e Fernando Gabeira. Tola, devido ao primarismo de Leilane e Gabeira, de questionar a informação de Daniela, de que o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz havia impedido a liberação de Lula, após o habeas corpus concedido por seu colega Rogério Favreto.

Daniela mencionou o episódio e foi admoestada pelos dois colegas, que não era isso que estava sendo julgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no julgamento que levou ao afastamento de três desembargadores do TRF-4.

Sempre que um personagem é citado, há a necessidade de contextualizar, para que os espectadores saibam alguma coisa marcante sobre ele. E o que de mais marcante se sabe sobre Thompson Flores foi sua atitude de atropelar as prerrogativas do colega, em um fim de semana, para uma medida política. O que Leilane e Gabeira deveriam ter feito era mostrar outro episódio nacionalmente marcante na carreira de Thompson Flores. Não mostraram porque não conheciam, e porque, fora suas arbitrariedades na Lava Jato, Thompson Flores é um ilustre desconhecido do Brasil.

Logo, sua crítica à colega teve o claro intuito de patrulhamento, um processo algo sórdido de competição nas redações.

A bola fora foi as redes politizarem o fato. Daniela não agiu como atriz política, mas como jornalista, como um bom time de jornalistas da GloboNews que tentam cavar espaço para o bom jornalismo. O maior desserviço seria confundir essa ação jornalística como um ato político. Ajudaria apenas a fortalecer o patrulhamento e a prejudicar o jornalismo.

*Luis Nassif/GGN

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Opinião

Na história geral do Brasil, Sergio Moro terá duas linhas, se tanto

Sergio Moro, que já foi vendido como herói nacional, hoje, encontra-se à míngua.

Cada uma das peças desparafusadas de sua imagem, hoje, pálida, causa asco até na ala truculenta do bolsonarismo. E lembrem-se,  em determinado momento do governo Bolsonaro, Moro, como ministro da Justiça, tinha na pirâmide de popularidade vários degraus acima do chefe.

Com isso, sua onipotência foi ao último grau. Numa balança política, Moro estava beatificadamente eleito, até que Bolsonaro, com um tranco, um pé no traseiro e entortou a imagem de Moro. E toda aquela bagagem bolsonarista que sustentava a sua popularidade, pulou fora, seu brilho, diante do próprio espelho, desabou.

O que o ex-juiz, o ex-herói, um quase rei do Brasil, passa agora, é um enorme inferno pessoal.

Não há brasileiro que consiga digerir Moro, pode ainda defendê-lo numa contrapartida ao PT e a Lula, mas defendê-lo de forma espontânea, não. Pode até soar grosso o que for, que o ex-soberano juiz não abarca mais ninguém.

Para piorar, seu principal lubrificante de imagem, a Globo, não só secou, como tirou os canhões de luz do seu palco e partiu para a artilharia com o escândalo de sua arapongagem, denunciada por Tony Garvia e divulgada por Daniela Lima na GloboNews.

Ou seja, acabou o guarda-chuva que os Marinho davam a Moro. Isso acontece há poucos dias de sua inevitável cassação, em que se tornará uma presa fácil para, no passo seguinte, seguir para a prisão.

Moro será tão insignificante para a história do Brasil, que será lembrado somente, como bem disse o deputado Glauber Braga, como um juiz corrupto e ladrão, o que cabe, se muito, em duas linhas da história do Brasil.

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Vídeos: Daniela Lima, da CNN, rebate Bolsonaro: não sei se é ameaça de morte ou de ditadura, mas não passará

A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, rebateu Jair Bolsonaro, que a chamou de “quadrúpede” nesta terça-feira (1), no Dia da Imprensa. “Não sei se é ameaça de morte ou de ditadura. De toda forma, não passará”, disse ela em sua conta no Twitter. “E ambos são crimes, vale lembrar ao cidadão”, complementou.

Bolsonaro também fez um ataque misógino contra a jornalista. “Afinal de contas, acho que não precisa dizer de quem ela foi eleitora no passado. De outra do mesmo gênero”, afirmou. O relato foi publicado por Daniel Carvalho, no jornal Folha de S. Paulo.

No dia 26 de maio, Daniela disse que “não saia daí porque agora, infelizmente, a gente vai falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos”.

Naquele dia, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que o mercado de trabalho formal havia registrado saldo positivo em abril, com 120.935 empregos com carteira assinada. O número, no entanto, foi o menor de 2021.

Apoiadores de Bolsonaro compartilharam nas redes sociais apenas o trecho do vídeo em que a jornalista dizia que “infelizmente, a gente vai falar de notícia boa”, sem a conclusão do raciocínio.

Confira:

*Com informações do 247

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