Leandro Fortes
Basicamente, Jair Bolsonaro governa, hoje, para aquele bando de idiotas enfiados em um cercadinho, na saída do Palácio da Alvorada, e para uma manada dividida em fanáticos religiosos e viúvas da ditadura militar.
Em meio à mais grave pandemia da História, coube a governadores e prefeitos, e não apenas os de oposição, tomar as medidas necessárias para preservar a saúde da população.
Tiveram, para tal, que ignorar as bravatas de um presidente que já ultrapassou todas as barreiras da estupidez humana, a ponto de colocar o Brasil no topo do ranking mundial das repúblicas bananeiras.
Incrível perceber que Bolsonaro não esteja exausto de ser tão ridicularizado, dentro e fora do País, o que só ressalta seu estado avançado de oligofrenia. Dele e dos três filhos, um caso curioso de transmissão total de gens inúteis.
No Nordeste, por meio do Consórcio que tem permitido à região se deslocar do desastre absoluto do governo central, os governadores construíram pontes de relacionamento com o mundo civilizado, enquanto tudo o mais desmorona, em volta.
Nos demais estados, vão se fechando aeroportos, estradas e igrejas em oposição ao governo federal, perdido na própria ignorância e sem um único líder capaz de conduzir o País na hora sombria em que vivemos.
Sem a pauta econômica de reformas e privatizações, Paulo Guedes tornou-se uma figura fantasmagórica e inútil.
Sérgio Moro, simplesmente, desapareceu. Sem os factoides da Lava Jato nem as demandas marginais da família Bolsonaro para defender, tornou-se um nada.
Os outros malucos e fanáticos neofascistas, sem comando, viraram baratas espavoridas nas redes sociais.
Luiz Mandetta, ministro da Saúde que chegou a ser comemorado como único nicho de lucidez na toca de ratos do governo, vai, aos poucos, sendo enquadrado pelo chefe demente.
Foi desautorizado por ter alertado sobre o colapso do sistema de saúde e segue incapaz de se contrapor à tese de “alarmismo” defendida por Bolsonaro.
Para se safar, está cada vez mais claro, o Brasil precisa se livrar de Bolsonaro antes mesmo de vencer o coronavírus.