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Dona de casa vai à justiça para receber auxílio emergencial de US$ 1 mil, citado na ONU por Bolsonaro

Valor deveria ser de mais de R$ 5,4 mil se considerada a cotação do dólar atual, de acordo com as advogadas; juíza pediu para que a União preste informações. #FATO ou #FAKE mostrou que a informação dada por Bolsonaro não é completamente verdadeira.

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), dizer em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) que pagou cerca de US$ 1 mil de auxílio emergencial por pessoa, uma dona de casa do Rio foi à Justiça para receber a diferença — ela só ganhou R$ 2,4 mil, em quatro parcelas de R$ 600, como os outros beneficiados.

Como mostrou o G1, o valor citado por Bolsonaro não corresponde à verdade. O trabalhador aprovado no programa recebeu, no máximo e somando as parcelas, R$ 4,2 mil — o que equivale a US$ 766.

As advogadas Leila Loureiro e Noemy Titan escrevem na petição que, na atual cotação do dólar, o valor total do auxílio que deveria ter sido recebido pela cliente é de R$ 5.540 — se considerados os mil dólares.

“Dados os fatos acima, busca a presente pretensão o pagamento da diferença entre o valor recebido e o valor declarado pelo Presidente, de modo a materializar fielmente o benefício financeiro que foi destinado aos brasileiros, segundo expressamente proclamado pelo Chefe maior do estado”, argumentam.

Na ação, as advogadas sustentam que o valor recebido teve “importantíssima relevância”, mas que não foi o suficiente para gastos como saúde, educação e moradia. Elas pedem ainda dano moral, totalizando a causa em R$ 9.420.

No processo, a juíza federal substituta Angelina de Siqueira Costa intimou a União Federal a prestar informações em 10 dias e, caso não reconheça o pedido, apresente contestação em até 30 dias.

O discurso de Bolsonaro foi feito na terça-feira (22) na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU, em que defendeu a gestão ambiental do país e a resposta brasileira à pandemia.

 

*Com informações do G1

 

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Na beira do abismo: Investimentos internacionais no Brasil de Bolsonaro desabaram 85% em agosto

De acordo com números divulgados pelo Banco Central, investimentos estrangeiros no Brasil somaram US$ 1,4 bilhão em agosto contra US$ 9,5 bilhões no mesmo período do ano passado, uma redução de 85%. Na ONU, Bolsonaro mentiu ao propagandear que país estaria atraindo investimentos.

Os investimentos de estrangeiros no Brasil despencaram 85% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Banco Central, as aplicações somaram US$ 1,4 bilhão, ante US$ 9,5 bilhões em agosto do ano passado. O número desmente Bolsonaro em seu discurso na ONU, na última terça-feira (22), quando ele alardeou que o Brasil estaria atraindo capital estrangeiro em larga escala.

Na comparação mensal, a redução foi de 48% nos investimentos entre os meses de julho (US$ 2,7 bilhões) e agosto.

Também no mês passado, as exportações foram de US$ 17,8 bilhões, queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações diminuíram 26,8%, para US$ 11,9 bilhões.

A baixa demanda é um dos fatores que explica a redução dos investimentos estrangeiros no Brasil. O País encerrou agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, um aumento de 27,6% no período, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A postura de Bolsonaro na pandemia é outro motivo que explica a dúvida de estrangeiros para investir no Brasil. Na contramão do mundo, ele já amenizou os efeitos da Covid-19, ao classificá-la como uma “gripezinha”, em março, e perguntou “e daí?” ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.

O desmatamento também aumentou as ameaças de boicote dos estrangeiros ao Brasil. O desmatamento na Amazônia brasileira, por exemplo, registrou um recorde semestral de 3.070 km2 no primeiro semestre deste ano, segundo relatório com base nas observações de satélite do sistema DETER do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Mesmo com recordes de desmatamento, Bolsonaro voltou a negar o problema. Durante pronunciamento (virtual) na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele voltou a dizer que a Floresta Amazônica não pega fogo por ser úmida e culpou indígenas pelas queimadas. Também denunciou uma “campanha de desinformação” sobre a derrubada das florestas.

 

*Com informações do 247

 

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Vídeo: bolsonaristas entram em desespero com o inevitável vexame do discurso do “mito” e pedem para ele não ir à ONU

A campanha puxada pela Deputada do PSL, Carla Zambelli, comove à distância.

Com medo do discurso da lombriga falando em cocô na ONU, a deputada faz uma cena patética em vídeo, de mãos postas, suplicando para que Bolsonaro não vá à ONU, com a desculpa esfarrapada de que ele deve ficar no Brasil para se tratar.

Imediatamente, o gado, que também farejou o desastre anunciado, abraça a campanha do “fica Bolsonaro”, agarrando-se a um fio de cabelo tal o desespero de ver o presidente incumbido de abrir a Assembleia da ONU e produzir não só o gigantesco vexame internacional, mas crises diplomáticas a granel.

Somado a isso, corre à boca miúda que Bolsonaro não terá como fugir de um significativo número de manifestantes internacionais, incluindo muitos chefes de estado que pretendem espinafrar o monstro incendiário que tocou fogo na Amazônia.

Os mais fanáticos bolsonaristas chegam a dizer para Bolsonaro não ir à ONU porque ela é comunista, globalista e terrarredondista. Ou seja, é o circo dos horrores.

Na realidade, a manada sabe que as consequências de um discurso de Bolsonaro na ONU serão trágicas e, a fim de evitar novas decepções, produzem nas redes sociais as maiores pérolas para justificar o temor de ver Bolsonaro no púlpito da ONU.

O fato é que essa legião de seres esquisitos está se sentindo nua e parece que há um acordo tácito entre eles porque já se fala na possibilidade de Bolsonaro, mais uma vez, meter um atestado e correr da raia.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas