Categorias
Mundo

A famosa inteligência sionista que já havia falhado miseravelmente contra o Hamas, não sabia que o Irã a detonaria?

Se em 7 de outubro, debaixo das barbas do exército sionista, o Hamas invadiu Israel com armas obsoletas, para não dizer arcaicas e sequestrou vários israelenses, por que Israel fez um ataque ao Irã que, segundo os sionistas, tem tecnologia militar para produzir armas nucleares?

Quer coisa mais sem sentido! Isso é Inteligência aonde?

O fato é que Israel, em seu ataque ao Irã, reproduziu a derrota militar que teve com o Hamas em seu próprio território e, agora, não suportando o tranco do exército do Irã, correu para enfiar os EUA na guerra que começou, confessando-se incapaz de enfrentar a onça que cutucou com vara curta.

Sim, Israel está diante de uma segunda e vexatória derrota militar em menos de um ano.

Agora, avisa que voltará à rotina genocida em Gaza de assassinar civis desarmados, sobretudo crianças, bebês e mulheres para lhes roubar a terra como qualquer Estado colonialista e racista.

Esse fascismo rançoso de Israel, que recebe repúdio da opinião pública mundial, cada vez maior e mais intenso, tem que ser banido do chamado mundo civilizado. Essa falange sionista selvagem tem que ser aniquilada e enterrada como o Nazismo.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Mundo

A cobertura da mídia pró-Israel no genocídio de crianças em Gaza e na guerra contra o Irã é de puxadinho da CONIB

A mídia nativa não tem analistas capazes de mostrar um mínimo de independência na hora de esculpir uma narrativa pró-Israel tanto no genocídio em Gaza quanto no conflito dos sionistas com o Irã.

Essa gente carrega a mão nos cartazes arquitetônicos de suas fábulas pró-genocídio. Para toda parte que se olha, no universo da mídia industrial, abundam detalhes vazios do “grandioso” Israel.

A ideia central, diretora do bate-entope, só pode ser da CONIB, dos leões sionistas no Brasil que chamam de antissemita qualquer um que grite Palestina Livre!

Nenhum sopro de realidade. Tudo é um grande teatro. É narrativa que busca convencer pelo valor estético.

É uma espécie de projeto de rolo. Uma concepção de jornalismo de barganha. Não diz nada de negativo sobre o genocídio de Israel em Gaza que nos cobre de vergonha porque são horrivelmente parciais no sentido mais apaixonado de torcida.

A paisagem que se pinta sobre Gaza e Irã é a borroqueira que a própria CONIB escreve nas redes sobre os temas.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg=

Categorias
Mundo

Vídeos: Políticos brasileiros que viajaram a Israel e ficaram em bunkers tiveram doutrinação sobre Gaza

O representante de Israel divulgou várias informações questionáveis aos representantes brasileiros.

Teve destaque no noticiário da última semana o drama de dezenas de políticos brasileiros que estavam em Israel justamente quando o governo de Benjamin Netatnyahu lançou os primeiros ataques sobre o Irã. Os iranianos responderam disparando mísseis sobre território israelense, e os brasileiros tiveram que se abrigar em bunkers e pedir resgate ao Itamaraty.

Após o susto, todos acabaram retornando ao Brasil, mas não ficou claro o que levou um governador (Marcos José Rocha dos Santos, de Rondônia); prefeitos de diferentes regiões; vereadores; secretários municipais e estaduais; deputados e integrantes de empresas públicas a viajar para Israel, a maioria usando recursos públicos. O número total de integrantes do grupo não foi divulgado. Algumas vagas explicações sobre intercâmbio na área de segurança pública e parcerias de negócios não ajudaram a responder a esta questão.

Um vídeo obtido pelo site O Potiguar e cedido ao ICL Notícias ajuda a identificar pelo menos um dos compromissos cumpridos na viagem. Houve uma palestra ministrada aos políticos brasileiros feita por um porta-voz do exército de Israel para tentar justificar o massacre que o governo Netanyahu empreende em Gaza. A palestra não foi dvulgada na programação oficial.

Enquanto acusava a mídia internacional, e em especial a brasileira, de noticiar mentiras sobre o genocídio na Palestina, o representante de Israel divulgou várias informações questionáveis aos representantes brasileiros. O objetivo da palestra era que os integrantes do grupo se tornassem “embaixadores da verdade” no Brasil.

O porta-voz brasileiro do governo de Israel se apresentou com o nome de Rafael, e disse que sua meta era repor a verdade sobre o conflito no qual Israel está envolvido.

Afirmou que a desinformação no Brasil é grande, que há narrativas enganosas e por isso Israel tem necessidade de “passar as informações de uma forma direta para o público brasileiro sem a intermediação da mídia”, porque a “notícia chega totalmente equivocada”. Ele atacou a Globo, SBT e outras emissoras brasileiras por divulgar informações falsas sobre o conflito em Gaza.

Na verdade, acontece justamente o inverso: a linha editorial da Globo e dos principais veículos do país privilegia as versões de Israel para o massacre dos palestinos. (Veja aqui e aqui).

Na palestra, Rafael reclamou das informações baseadas em “autoridades de Gaza” ou no “Ministério da Saúde de Gaza”. Citou como mentirosas as notícias de fuzilamento de inocentes, explosão de hospitais e de que Israel está “esfomeando” a população de Gaza. “Na guerra midiática, quem mente já ganhou a guerra”, disse ele. “E as pessoas publicam essas mentiras”.

A verdade é que inúmeros casos de ataques a inocentes, destruição de hospitais e bloqueio de ajuda humanitária aos palestinos foram confirmados por representantes da ONU, Crescente Vermelho, veículos da imprensa internacional com correspondentes em Gaza e outras entidades.

Em outro trecho do vídeo, ele rebate a acusação de que Israel esteja promovendo um massacre em Gaza, com reação desproporcional à investida terrorista do Hamas, ocorrida em outubro de 2023. O porta-voz israelense contesta o conceito de proporcionalidade divulgado.

“As pessoas pensam da seguinte forma: proporcionalidade é simetria. Ou seja, se o exército israelense entrar na faixa de Gaza, eliminar até mil, mil e duzentos terroristas, que foi o que fizeram aqui em outubro, e prender cerca de trezentos, quatrocentos e deixar até cinco mil feridos vai ser proporcional, porque os números são simétricos. Mas isso é um erro muito grande”, afirmouele aos políticos brasileiros.

Segundo o militar, o direito internacional teria estabelecido em 1977 que o dano colateral (morte de civis inocentes) não pode ser exageradamente maior do que a vantagem militar do ataque. Deu como exemplo um hipotético ataque a um cozinheiro do Hamas que está em uma creche com 50 crianças. Para o porta-voz, esse seria um ataque desporporcional, porque o integrante do grupo palestino teria pouca importância. Mas ele cita outro exemplo, em que um chefe importante do comando do Hamas estivesse cercado por dez civis.

“A vantagem militar está bem pesada. O dano colateral existe, são dez civis, mas com certeza não é exageradamente maior do que essa enorme vantagem militar”, explicou. Ou seja: nesse caso, para Israel, o ataque seria proporcional.

O ICL Notícias consultou um dos maiores especialistas brasileiros na área, o jurista Tarciso Dal Maso Jardim, que atuou como consultor da Cruz Vermelha internacional. Ele desmentiu a tese.

“Não há a menor base no DIH para esse raciocínio”, respondeu o especialista.

DIH é o Direito Internacional Humanitário, conjunto de normas que busca limitar os efeitos dos conflitos armados, protegendo pessoas que não participam das hostilidades e estabelecendo limites aos meios e métodos de guerra. Também é conhecido como “direito da guerra” ou “direito dos conflitos armados”.

Ainda sobre a quantidade de vítimas de Gaza, o militar disse que das 55 mil pessoas mortas na região, 25 mil seriam terroristas. Outras 10 mil terriam morrido de causas naturais. Rafael conclui, então, que o número de civis mortos por Israel nos ataques iniciados em outubro de 2023 é de 20 mil.

O porta-voz do governo israelense disse que, de acordo com a União Europeia, o número médio de civis mortos em uma guerra urbana é o seguinte: para cada militar abatido, morrem 9 civis. Com isso, diz que o número de mortes de civis em Gaza estaria bem abaixo dos parâmetro aceitável.

Ouvido pelo ICL Notícias, o jurista Tarciso Dal Maso mais uma vez rebateu a afirmação. “Não existe cálculo e nem é aceito esse argumento”, afirmou

Além disso, o militar israelense não deu dados que comprovassem que das 55 mil pessoas mortas em Gaza, 25 mil eram terroristas. E nem elementos para comprovar que ocorreram nesse período 10 mil mortes naturais.

Segundo a Unicef, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas em Gaza desde outubro de 2023.

Veja um trecho da palestra

No final do vídeo, o portavoz de Israel fala de uma pesquisa em 24 países o Brasil é o que apresenta menor rejeição a Israel. Mas para ele a grande preocupação é que os brasileiros estão entre os de maior percentual na faixa dos que nem rejeitam e nem apoiam Israel: mais de 70%.

“O que isso mostra para os senhores e para as senhoras? Que no Brasil as pessoas querem e precisam escutar o que acontece aqui”, disse Rafael. “São pessoas como vocês que vão voltar para o Brasil… e vocês são lideranças nas cidades de vocês, têm o privilégio de poder duzer: eu estive lá e posso explicar o que eu vi, o que eu escutei. Vocês têm também argumentos pra poder explicar o que acontece”. Foi aplaudido pelos ouvintes.

Veja nesse trecho:

Ao final da palestra, o porta-voz do governo israelnse foi aplaudido novamente.

Abaixo, parte da lista de políticos brasileiros que participou do tour a Israel:

  • Marcos José Rocha dos Santos – governador de Rondônia
  • Cícero Lucena –  prefeito de João Pessoa,
  • Álvaro Damião – prefeito de Belo Horizonte
  •  Mersinho Lucena (PP-PB) – deputado federal
  • João Cardoso – deputado distrital (Avante)
  • Claudia da Silva, vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Francisco Nélio, tesoureiro da CNM
  • Francisco Vagner, secretário de Planejamento de Natal (RN)
  • Janete Aparecida, vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Márcio Lobato, secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
  • Welberth Porto, prefeito de Macaé (RJ)
  • Davi de Matos, chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)
  • Flávio Guimarães, vereador do Rio de Janeiro (RJ)
  • Gilson Chagas, secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
  • Vagner Araújo , e o secretário de planejamento de Natal,
  • Ana Paula Soares Marra – secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal
  • Thiago Frederico de Souza Costa – secretário-executivo Institucional e de Políticas de Segurança Pública do Distrito Federal
  • Rafael Borges Bueno – secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal
  • Pedro Leonardo de Paula Rezende – secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás
  • Ricardo José Senna – secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul Christinne Cavalheiro Maymone Gonçalves – secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul
  • Marcos Espíndola de Freitas – coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul
  • Augusto Leonel de Souza Marques – secretário de Integração de Rondônia
  • Valdemir Carlos de Góes – secretário-chefe da Casa Militar de Rondônia
  • Maricleide Lima da Fonseca – chefe de Agenda do Governador de Rondônia
  • Rute Carvalho Silva Pedrosa – chefe de Gabinete do Governador de Rondônia
  • Renan Fernandes Barreto – chefe de Mídias do Governador de Rondônia
  • Marco Antônio Costa Júnior – secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal
  • Rasível dos Reis Santos Júnior – secretário estadual de Saúde de Goiás
  • Keila Edna Pereira Santos – esposa do secretário Rasível
  • José Eduardo Pereira Filho – secretário-executivo do Consórcio Brasil Central
  • Renata Helena Cese Caram Zuquim – diretora de Relações Internacionais e Parcerias do Consórcio Brasil Central
  • Bruno De Oliveira Watanabe – diretor de Projetos do Consórcio Brasil Central
  • Fabrício Oliveira dos Santos – assessor de comunicação do Consórcio Brasil Central
  • Ana Luisa Farias Barros Coêlho – analista internacional do Consórcio Brasil Central
  • Maryanne Terezinha Mattos – vice-prefeita e secretária de Segurança Pública de Florianópolis (SC) Vanderlei Pelizer Pereira – vice-prefeito de Uberlândia (MG)
  • Dilermando Garcia Ribeiro Júnior – secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Aracaju (SE)
  • Paulo Rogério Rigo – secretário de Proteção Civil de Joinville (SC)
  • Alexandre Augusto Aragon – secretário municipal de Segurança Pública de Porto Alegre (RS)
  • Verônica Pereira Pires – secretária de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais de São Luís (MA)

*Reportagem de Chico Alves publicada no ICL


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg=

Categorias
Mundo

A guerra de extermínio pela sede: a água como arma de limpeza étnica em Gaza

Mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída; não se trata de uma escassez natural, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida.

Em Gaza, já não são apenas os projéteis que matam. Existe uma arma mais lenta, mas ainda mais atroz: a sede. Desde o início da agressão israelense em outubro de 2023, a água deixou de ser apenas um luxo — tornou-se um instrumento de extermínio coletivo praticado a sangue-frio.

A água, esse direito natural primordial, foi transformada numa arma de punição coletiva que atinge a vida em sua raiz. Segundo a Autoridade da Água e da Qualidade Ambiental, mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída. Poços foram dinamitados, tubulações explodidas, e o esgoto corre livremente pelas ruas e entre as casas. Enquanto isso, a população é forçada a beber água salobra ou contaminada, em meio ao colapso total das estações de tratamento.

A quantidade de água disponível por pessoa caiu de 120 litros por dia para menos de 10. Não se trata de uma escassez natural decorrente de uma crise passageira, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida. Com esse colapso, proliferam epidemias, doenças de pele e do aparelho digestivo, enquanto crianças, mulheres e deslocados são empurrados à beira do abismo.

Mas a tragédia não para na sede. Em alerta oficial, a Prefeitura de Gaza revelou que a escassez de combustível impede o funcionamento da maioria dos poços, ao mesmo tempo em que a demanda cresce com o deslocamento em massa e as altas temperaturas. Isso significa uma coisa: uma crise hídrica aguda, prestes a evoluir para um estado de “sede coletiva” generalizada, caso esse cerco sufocante não seja rompido imediatamente.

Nessas condições, Gaza se converte em epicentro de uma catástrofe ambiental e sanitária. A água está contaminada, o esgoto colapsou, o lixo toma os becos e o mau cheiro envolve o cotidiano. É uma bomba epidemiológica prestes a explodir numa cidade sitiada por uma morte lenta e silenciosa.

Em contrapartida, instituições locais e internacionais emitem comunicados e pedidos de socorro exigindo a abertura de corredores humanitários para o envio de água, equipamentos de purificação e combustível. Mas a ocupação segue sufocando Gaza e aprofunda sua política de “morte por racionamento”, enquanto a comunidade internacional assiste impassível — como se a morte lenta não fosse crime enquanto não for transmitida ao vivo.

Já o Centro Palestino pelos Direitos Humanos optou por chamar as coisas pelo nome. Em comunicado enérgico, afirmou que o que está ocorrendo é um crime de guerra que se eleva à categoria de genocídio, com o uso da sede como arma. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional humanitário e das decisões da Corte Internacional de Justiça. Mais de dois milhões de pessoas têm acesso a menos de 5 litros por dia — o que significa que cada hora de atraso as aproxima ainda mais do colapso.

Essas pessoas não são números — são seres humanos: crianças, doentes, idosos, mulheres grávidas, deslocados dormindo ao relento e bebendo em poças. A sede em Gaza não é mais uma consequência da guerra — é uma forma de guerra em si.

O que acontece em Gaza não é apenas uma tragédia humanitária — é uma mancha moral na consciência do mundo. Cada minuto de silêncio é cumplicidade. Cada hesitação em romper o cerco é conivência declarada. Quando a água vira instrumento de repressão, resistir é um direito — e calar, uma traição.

A ocupação usa a água como uma bala lenta que atravessa a vida, enquanto o mundo distribui comunicados em papel. Mas Gaza — mesmo sedenta — não se rende. Precisa de combustível, sim. Precisa de água, sim. Mas, acima de tudo, precisa de justiça — e de uma decisão política corajosa que ponha fim a essa guerra de extermínio.

Gaza não morre apenas de sede… mas do abandono internacional contínuo.

Gaza não precisa de piedade… precisa de vontade que interrompa o crime. Agora.

*Diálogos do Sul


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

 

Categorias
Mundo

O confronto de Lula ao G7 no Canadá: “Nada justifica a matança indiscriminada em Gaza”

Em um gesto ousado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou diretamente a declaração final do G7, durante sessão ampliada da cúpula do grupo realizada nesta terça-feira (17), em Kananaskis, no Canadá. Lula condenou as ações de Israel contra Gaza e o Irã, e responsabilizou o bloco das sete economias mais industrializadas por um posicionamento enviesado e perigoso.

“Os ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, disse o brasileiro, em referência ao documento divulgado pelo G7, que responsabilizou o Irã como “fonte de instabilidade e terror” e reafirmou o “direito de defesa de Israel” — fórmula que tem justificado bombardeios em série contra civis.

Sem meias palavras, Lula acusou: “Nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra em Gaza.”

Choque de visões: paz versus escalada

Embora o comunicado do G7 mencionasse um cessar-fogo em Gaza, a exigência de resolução prévia da “crise iraniana” foi criticada por Lula como incoerente e excludente. O texto, ambíguo, levou a interpretações divergentes entre os próprios líderes ocidentais. Enquanto o presidente francês Emmanuel Macron sugeriu que os EUA iniciariam negociações de paz, o presidente Donald Trump — que deixou a cúpula antes do fim — negou com ironia: “Seja propositalmente ou não, Emmanuel sempre erra.”

No mesmo dia, Trump endureceu sua retórica, apoiando a retirada definitiva dos palestinos de seus territórios, sinalizando disposição para uma nova escalada no Oriente Médio. Lula, por sua vez, reafirmou a defesa do Estado palestino e criticou o que chamou de “seletividade na defesa da justiça e do direito internacional”.

Clima, energia e a crítica à festa dos ricos

Além da crise no Oriente Médio, Lula também dedicou boa parte de sua fala à transição energética e às mudanças climáticas. Em crítica velada à decisão de Trump de abandonar o Acordo de Paris, o presidente brasileiro alertou: “A mudança do clima não espera, nem pode ser combatida sem esforço coletivo.”

Ao ressaltar que o Brasil tem mais de 90% de sua matriz elétrica oriunda de fontes limpas e é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, Lula afirmou:

“É impossível discutir a transição energética sem falar deles [dos biocombustíveis] e sem incluir o Brasil.”

O objetivo do presidente brasileiro é obter dos líderes presentes o compromisso de participação pessoal na COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Segundo ele, a próxima conferência do clima pode ser “a última com capacidade real de transformação global”.

“Parcerias reais, não rivalidades geopolíticas”

Em outro recado direto aos EUA, Lula condenou a guerra tarifária iniciada por Trump, a retórica isolacionista e o desmonte da governança multilateral. “Parcerias devem se basear em benefícios mútuos, não em disputas geopolíticas”, declarou.

Lula defendeu que a segurança energética só será possível com estabilidade e paz no mundo, citando o Haiti como exemplo de fracasso da comunidade internacional: “É patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro. É o momento de devolver o protagonismo à ONU.”

“O G7 não precisa mais existir”

À imprensa, antes mesmo do encontro oficial, Lula disparou: “O G7, no fundo, não há nem necessidade de existir. O G20 é mais representativo, tem mais densidade humana e econômica.”

O brasileiro também defendeu o retorno da Rússia ao bloco, do qual foi expulsa após a anexação da Crimeia, em 2014. Ao ser questionado sobre sua presença constante na cúpula dos “primos ricos”, Lula ironizou: “Sou convidado desde 2003. Eu participo para não dizer que recuso a festa dos ricos.”

Contradições e bastidores diplomáticos

Apesar da dureza do discurso, Lula protagonizou momentos de descontração, como durante a tradicional “foto de família” do G7, quando posou ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da italiana Giorgia Meloni. “Lula, Lula, a foto!”, gritou o anfitrião canadense Mark Carney, rindo com Macron, enquanto o petista conversava animadamente com o europeu António Costa.

Nos bastidores, Lula manteve reuniões bilaterais com líderes do Canadá, Coreia do Sul, Alemanha e, principalmente, com Zelensky — com quem tem relação conturbada desde o início da guerra na Ucrânia, por contrariar a disposição do ucraniano para escalar o conflito envolvendo ajuda de outros países. Ao comentar o conflito, Lula reafirmou: “Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasceu pra paz.”

Protagonismo global e o caminho para Belém

A participação de Lula na cúpula do G7 — embora o Brasil não integre o grupo — é vista como sinal do crescente papel diplomático do país no cenário internacional. A insistência em pautas como a multipolaridade, o fortalecimento da ONU e a transição verde visa projetar o Brasil como ator-chave na próxima COP30.

Lula busca usar o G7 como plataforma para consolidar o protagonismo brasileiro na agenda climática. A expectativa agora é que a pressão de Lula sobre os líderes ricos resulte não só em presença política em Belém, mas também em compromissos financeiros concretos.

“Se a rivalidade prevalecer sobre a cooperação, não existirá segurança energética”, alertou Lula. E encerrou seu discurso com um apelo: “Não repetiremos os erros do passado. A prosperidade econômica não pode custar a destruição da natureza.” Com Vermelho.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Brasil

Governo analisa rompimento com Israel, diz Celso Amorim

Assessor especial da presidência afirma que governo Lula estuda pôr fim às relações comerciais militares com Tel Aviv.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, declarou que o governo Lula está considerando medidas de retaliação contra Israel devido à continuidade do que considera genocídio na Faixa de Gaza. Essa afirmação ocorreu em uma reunião com cerca de 20 parlamentares de várias legendas que buscaram fortalecer a posição do Brasil frente às ações de Israel contra a população palestina.

Amorim ressaltou que o governo está avaliando seriamente a possibilidade de romper relações comerciais e militares com Tel Aviv, destacando que essa questão já está sendo analisada pelo Itamaraty e pela área de defesa. Ele expressou que teve um “diálogo franco e construtivo” sobre a postura histórica do Brasil em prol da paz e dos direitos humanos, reafirmando o comprometimento do país com soluções diplomáticas fundamentadas no direito internacional e no respeito às resoluções da ONU.

Durante a reunião de quase duas horas, os parlamentares manifestaram preocupação com a intensidade dos ataques em Rafah, que têm causado um número elevado de mortes, especialmente entre mulheres e crianças. Entre os participantes estavam Fernanda Melchionna, Guilherme Boulos, Erika Kokay, Sâmia Bomfim e Zeca Dirceu, que advocatearam por sanções mais rígidas do Brasil, incluindo a interrupção das relações diplomáticas com Israel.

Amorim recebeu uma solicitação formal da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) pedindo o rompimento de relações, embora essa medida não esteja em consideração pelo governo neste momento.

Desde que começou a ofensiva militar em Gaza, em outubro de 2023, o presidente Lula tem criticado o governo de Netanyahu de forma contundente. Em fevereiro de 2024, durante uma visita à Etiópia, Lula descreveu as ações de Israel como “genocídio” e traçou um paralelo com o Holocausto, afirmando que os eventos em Gaza são sem precedentes na história, exceto comparáveis ao extermínio de judeus por Hitler.

Essa declaração provocou reações severas do governo israelense.Amorim indicou que ações adicionais estão sendo discutidas, mencionando que recentes conversas com o presidente e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, poderiam resultar em novos passos, embora não tenha solicitado que detalhes fossem divulgados naquele momento.

Ele enfatizou que é responsabilidade do ministro anunciar medidas futuras quando forem apropriadas.Enquanto os parlamentares pressionam por ações mais enérgicas, a postura do governo brasileiro reflete uma preocupação com os direitos humanos e o contexto internacional, balançando a necessidade de ação com considerações estratégicas sobre as relações com Israel.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

A situação continua a ser acompanhada de perto, com diversas vozes dentro e fora do governo clamando por um posicionamento mais firme.A fala de Lula foi condenada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que declarou o presidente brasileiro como “persona non grata” até que ele se retratasse.

Em resposta, o governo brasileiro trouxe de volta seu embaixador em Tel Aviv, Frederico Meyer, que não retornou ao posto. Israel também convocou seu embaixador em Brasília, Daniel Zonshine, para consultas, resultando em um dos momentos mais tensos das relações diplomáticas entre os dois países desde o restabelecimento dos laços em 1949.

Apesar do tom diplomático do Itamaraty, o presidente Lula mantém um discurso firme contra os ataques israelenses, afirmando que o Brasil não aceitará o extermínio de civis em Gaza. Em diversas ocasiões internacionais, incluindo o G20 e a ONU, ele tem exigido um cessar-fogo imediato e a criação de um Estado palestino independente.

Na semana passada, durante uma visita de Estado à França, Lula reiterou sua condenação ao genocídio perpetrado por Israel contra os palestinos em Gaza, afirmando: “O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um genocídio de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças, e a humanidade deve se indignar contra isso”, declarou ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.

A crise diplomática entre Brasil e Israel se intensificou à medida que o Brasil adotou uma postura crítica em relação ao tratamento dos palestinos. Em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, o Brasil condenou os bombardeios israelenses em Gaza e retirou seu embaixador em Tel Aviv, classificando os ataques como “uso desproporcional da força”, recebendo reações negativas de Israel, de acordo com a TVTNews.

Com a presidência de Jair Bolsonaro, houve uma reaproximação entre os dois países; Bolsonaro expressou apoio incondicional a Israel, prometendo transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, compromisso que não se concretizou.

A eleição de Lula em 2022 trouxe uma mudança na política externa brasileira, priorizando o multilateralismo e a defesa dos direitos humanos.A guerra recente na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em uma tragédia humanitária sem precedentes, com mais de 36 mil palestinos mortos, a maioria civis, e centenas de milhares deslocados.

O Brasil, que presidia o Conselho de Segurança da ONU no momento da escalada do conflito, tentou mediar um cessar-fogo, mas suas propostas foram sistematicamente vetadas por países aliados de Israel, como os Estados Unidos. Essa dinâmica ressalta o exame crítico das relações entre Brasil e Israel em um contexto de crescente tensão e a busca do Brasil por um papel ativo na defesa dos direitos humanos em cenários de conflito.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Mundo

Brasileiro vai para solitária após ordem de deportação, diz família

Thiago Ávila foi ameaçado de passar sete dias em cela escura e isolada. Defesa considera medida ilegal e avalia acionar Corte Suprema de Israel.

O ativista brasileiro Thiago Ávila, preso por Israel durante uma tentativa de entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foi levado para a solitária na prisão de Givon, na cidade de Ramla. A informação foi repassada por sua advogada à família na manhã desta quarta-feira (11). De acordo com a defesa, ele foi ameaçado de permanecer por sete dias em uma cela escura, pequena e sem contato com outras pessoas inclusive com seus advogados.

A defesa classificou a punição como ilegal e informou aos familiares que, caso a ameaça se concretize, o caso será levado à Corte Suprema de Israel. A medida, segundo a advogada da organização não-governametnal Adalah, uma retaliação ao fato de Thiago se recusar a assinar os termos de deportação impostos pelas autoridades israelenses e por ter iniciado uma greve de fome e sede em protesto.

Coordenador da chamada Coalizão Flotilha da Liberdade, Thiago Ávila está entre os oito ativistas pró-palestinos que rejeitaram assinar o documento de autodeportação, o que significaria admitir a entrada ilegal em território israelense. Segundo sua defesa, não há crime a ser imputado, pois a embarcação Madleen navegava em águas internacionais, era civil, desarmada e tinha autorização para operar.

Nesta manhã, como mostrou o Congresso em Foco, a advogada informou ainda à família que, após revisão de posicionamento, o governo de Israel decidiu deportar o grupo, mesmo sem a assinatura dos ativistas. De acordo com o Congresso em Foco, os quatro outros passageiros que aceitaram a deportação já retornaram aos seus países, entre eles a ativista climática sueca Greta Thunberg.

“Fotos encenadas”

O ativista francês Andre Baptiste, deportado na segunda-feira (9), enviou um relato aos advogados detalhando as condições enfrentadas pelos detidos.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

“Nenhum de nós comeu ou bebeu a comida dada pelos soldados israelenses. Fomos obrigados a aceitá-la porque havia armas apontadas para nós”, escreveu. “As fotos foram encenadas, nenhum de nós realmente riu. Rima [Hassen, deputada francesa] escolheu sorrir para os soldados como forma de rebeldia e protesto”, afirmou. “As condições de detenção são duras, tivemos privação de sono e grande dificuldade para falar com nossos advogados, mas tenho certeza de que todos nós estamos seguros. Mulheres e homens foram separados. Mas eles puderam caminhar no ‘jardim da prisão’ esta manhã”, escreveu o francês.

A ação da marinha israelense interceptou a embarcação Madleen enquanto se dirigia à Faixa de Gaza carregando ajuda humanitária. A defesa e organizações de direitos humanos, como a Adalah, que acompanha o caso, seguem atuando pela libertação do grupo e pela responsabilização de autoridades por possíveis abusos.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Mundo Política

Lula sobre genocídio em Gaza: ‘Eu fico pasmo com o silêncio do mundo’

Lula: ‘a ONU, que teve coragem de criar o Estado de Israel, não tem força para criar o Estado Palestino’.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (7), no hotel Intercontinental, em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar de forma enfática o que classificou como genocídio em Gaza e criticou a inoperância da governança global diante do conflito.

Em sua fala, Lula destacou a violência enfrentada pela população palestina e a falta de reação da comunidade internacional. “Tão grave quanto a Ucrânia é Gaza. A guerra entre Ucrânia e Rússia são dois exércitos formais brigando. Em Gaza não, é um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças”, afirmou.

“Eu fico pasmo com o silêncio do mundo. Parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior, palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele. Foi demarcada em 1967 a área em que os palestinos poderiam construir o seu país. Está sendo tomada essa terra demarcada em 1967”, complementou o presidente.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Lula também apontou a fragilidade das Nações Unidas diante da crise. “A nossa briga por governança é isso. A ONU que teve coragem de criar o Estado de Israel, não tem força para criar o Estado Palestino. Estão dizimando uma nação, a pretexto de quê?”

“Nós também criticamos o Hamas quando fez a invasão a Tel Aviv. Agora, o que ninguém responde é como a inteligência de Israel permitiu que alguém de asa delta invadisse Tel Aviv. Sinceramente, tem coisas que meus anos de escolaridade não me permitem compreender. E tem outras guerras. Este é o período que temos mais conflitos desde a Segunda Guerra Mundial”, destacou.

A coletiva contou com a presença de diversos ministros, incluindo o chanceler Mauro Vieira e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Após o encontro com a imprensa, Lula seguiu para Nice, de onde embarcará de volta ao Brasil no começo da semana.

Em sua fala, o presidente reforçou os laços de amizade entre Brasil e França, além de reiterar seu pedido pela aprovação do Acordo União Europeia–Mercosul. Segundo Lula, o Brasil não deseja prejudicar pequenos agricultores franceses, mas acredita ser possível chegar a um entendimento entre as partes envolvidas.

Sobre a guerra na Ucrânia, ele afirmou que um acordo já está delineado, restando apenas “coragem para colocar as cartas na mesa”.

Carta entregue ao presidente
Lula recebeu na quinta-feira (5), durante um encontro com a comunidade brasileira na Prefeitura de Paris, a ‘Carta Aberta sobre o Genocídio do Povo Palestino‘, que cobra a aplicação de sanções contra o Estado de Israel. O documento foi assinado por mais de 12 mil pessoas e organizações por meio de formulário online.

“É indispensável que o Brasil se junte às demais nações que aplicaram sanções ao regime israelense, rompendo relações diplomáticas e comerciais com o estado sionista de Israel, através de embargo militar bilateral e embargo enérgico, e revogue o tratado de livre comércio em vigor, alinhando-se ao parecer de especialistas das Nações Unidas que prevê que, para o cumprimento da decisão da CIJ, os Estados devem cancelar ou suspender relações econômicas, acordos comerciais e relações acadêmicas com Israel’ até que este cumpra as determinações para pôr fim ao genocídio, ocupação e apartheid e respeitar a autodeterminação do povo palestino”, afirma o documento.

Entre os signatários estão como Chico Buarque, Erika Hilton, Glauber Braga, Gregório Duvivier, Luiza Erundina, Milton Hatoum, Ney Matogrosso, Paulo Sérgio Pinheiro, além de dezenas de entidades e movimentos da sociedade civil.

*Opera Mundi

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Mundo

Roberto Amaral: De Auschwitz a Gaza

Gaza foi transformada no maior campo de concentração a céu aberto jamais conhecido pela humanidade.

Um inimaginável “corredor da morte” onde o povo palestino, mais da metade crianças, aguarda a condenação sem sursis ditada pelo inimigo luciferino assustadoramente belicoso e perverso. E, na mesma medida, covarde.

O governo sionista de Israel promove, há meses, sob as vistas cegas da comunidade internacional, cínica, uma declarada limpeza étnica.

Nesse verdadeiro “campo de concentração e extermínio” os desgraçados não caminham com seus próprios pés para as câmaras de gás a que eram condenadas as vítimas do nazismo: são destroçados pelas bombas do moderníssimo exército do Estado de Israel, fundado em 1947 sob os auspícios da ONU exatamente para garantir um lar ao povo sobrevivente do holocausto.

Como os judeus de ontem, os palestinos de hoje não têm condições de defesa; mas sobre eles (como se a fome, o vilipêndio e o roubo de suas terras não fossem suficientes) um poderoso exército – aviões supersônicos, drones, mísseis, tanques de guerra e toda sorte de artilharia – vomita bombas.

Trata-se de um genocídio operado às claras e à sombra da iniquidade moral de uma comunidade internacional que a tudo assiste impassível.

Ao contrário dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, as vítimas de hoje não podem sonhar com a libertação do Exército Vermelho, que em janeiro de 1945 avançou sobre a Polônia a caminho de Berlim. Ninguém marcha em seu socorro. Estão abandonadas “à própria sorte”, que se tem revelado madrasta.

Os que escaparem do cerco de Gaza já estão condenados à ausência de futuro: sem pátria e sem terra, não terão para onde ir. São pobres, e não dispõem de uma cadeia de proteção espalhada pelo mundo; são os novos condenados da terra.

Sem “salvação prometida”, foram condenados ao desterro, caminharão sem destino, desfeitos os sonhos, perdidas as esperanças mais modestas.

Em 1947, a Palestina, então ocupada por 600 mil judeus e 1,3 milhão de árabes (dos quais cerca de 700 mil palestinos foram expulsos), seria partilhada para que ali se instalassem dois Estados, um judeu (o futuro Estado de Israel) e outro árabe. O primeiro se estabeleceu, e sabe-se o que é ele hoje.

O outro, passados 78 anos, aguarda o reconhecimento internacional que lhe é negado. Lideram a recusa os EUA e sua corte: Reino Unido, Alemanha e a maioria da União Europeia.

Israel ocupa e bloqueia os territórios palestinos da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e de Gaza, onde deita e rola desde a invasão de 1967, no curso da “Guerra dos Seis Dias”.

Os palestinos de Gaza são um povo cativo em país ocupado para ser destruído, hermeticamente bloqueado, privado de combustível, eletricidade, água, alimentos e remédios, com sua infraestrutura civil destruída, as escolas postas abaixo, e os hospitais à mercê dos bombardeios.

As estimativas falam em algo como 35 e 45 mil vítimas civis. Mais de 15 mil crianças já morreram, e a ONU adverte que outras, mais de 15 ml bebês, ainda podem morrer se o governo de Israel continuar bloqueando a entrada de alimentos e remédios.

A propósito, o insuspeitíssimo Estadão (29/5/25), claramente vinculado aos interesses da direita internacional, reproduz matéria de agência de notícias estrangeira sob o seguinte título: “Palestinos famintos invadem centro de distribuição de comida”. Abaixo estampa foto de multidão de jovens e velhos, todos famélicos, disputando uma cuia de farinha ou um naco de pão.

Enquanto a comunidade internacional se omite, e o sionismo aplaude os crimes de guerra, Ehud Olmert, ex-primeiro ministro de Israel (2006-2009), define a política sionista como “perversa, maliciosa e irresponsável”. É preciso ouvi-lo:

“Netanyahu, tipicamente, tenta obscurecer o tipo de ordens que vem dando, a fim de se esquivar de responsabilidade legal e criminal no devido tempo. Mas alguns de seus lacaios dizem isso abertamente: ‘Sim, vamos matar Gaza de fome’”. Acusa: “Israel está cometendo crimes de guerra”.

Ehud Olmert certamente identifica como lacaios do genocida personagens como o ex-ministro e ex-deputado e líder direitista Moshe Feiglin, fundador do Zehut.

Vejamos o que declarou em entrevista ao Canal 14, da televisão israelense:

“Toda criança, todo bebê em gaza é um inimigo. O inimigo não é o Hamas, nem a ala militar do Hamas. Toda criança em Gaza é um inimigo. Temos que conquistar Gaza e colonizá-la e não deixar uma só criança lá. E não há outra vitória”.

O conteúdo do áudio foi registrado pelo The Guardian e correu o mundo, sem, contudo, despertar o menor interesse da grande imprensa brasileira.

Ao contrário dos nazistas, que tentavam esconder o holocausto, o exposto ao mundo, tonitruado e exaltado pelos dirigentes de Israel e dos EUA, a potência imperial que lhes fornece apoio político, econômico, militar e logístico.

Ao contrário do povo alemão, que alegava desconhecer os consabidos crimes do nazismo, a população de Israel aplaude o genocídio.

Segundo pesquisa encomendada pela Penn State University, e analisada por Tamir Sorek, “82% dos judeus-israelenses apoiam a limpeza étnica de Gaza, enquanto 56% apoiam a expulsão de palestinos com cidadania israelense, comumente designados pelo léxico colonial como árabes-israelenses, e 47% concordam com a matança de palestinos em áreas conquistadas por Israel”.

A visão fundamentalista, messiânica e supremacista, todavia, não muda, quando, diz a pesquisa, é ouvido o público secular: “69% dos secularistas apoiam a expulsão forçada dos moradores de Gaza, e 31% deles veem o extermínio dos moradores de Jericó como um precedente que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deveriam adotar.”

Os últimos acontecimentos, porém, e o temor de que a barbárie sionista torne impossível o retorno dos reféns ainda nas mãos do Hamas, podem mudar o quadro interno.

Registram-se as primeiras reações populares contra os reiterados crimes de guerra do Estado sionista. Manifestações de protestos surgem em várias capitais europeias.

A tudo o que se sabe e não se pode mais ignorar, a imprensa maistream batiza de “a guerra de Gaza”, como se estivéssemos em face do confronto entre dois exércitos.

Assim participa da “guerra”, manipulando a informação, uma de suas frentes mais importantes. Ecoa a narrativa ideológica que interessa a sionismo, e ainda distorce ao reiterar que as ações militares têm os guerrilheiros do Hamas como alvo, quando qualquer análise fria põe a nu que o objeto dos massacres é uma hedionda limpeza étnica. É preciso denunciar e repetir à exaustão.

Agências internacionais, em meados deste maio, estimavam algo entre 35 e 40 mil como o número de vítimas civis fatais em Gaza. Ainda é impossível calcular o número de feridos e mutilados e invalidados. Mas já se pode dizer que todos perderam seus bens e a cidade foi reduzida a nada.

Onde já se comemorou a vida, onde um dia foi possível acreditar no futuro, apostar no sonho de um novo lar, o sionismo construiu um grande túmulo; nele se misturam vidas mortas e ruínas. Os palestinos amargam a angústia de não saberem até quando estarão vivos.

Nosso silêncio, nossa inação, como povo, como sociedade, como agentes políticos, o silêncio de nossas organizações, a apatia da academia, o sono dos sindicatos, a miséria de nossos partidos, nossa pobreza revolucionária, nosso recuo diante do establishment serão registrados pela História como cumplicidade moral.

Do nosso governo é justo esperar algo mais que a justa retórica.

A miséria nazista, que atingiu de forma bruta e até então impensável os judeus, os comunistas, os progressistas e o pensamento de esquerda de um modo geral, os homossexuais, os ciganos, os doentes mentais, os dissidentes – a miséria dos crimes de guerra cometidos na Segunda Guerra –, foi condenada tanto pela indignação ética do mundo que então se recompunha, quanto pelo direito internacional, erguido pelo poder vencedor dos aliados.

O direito carece da força para se impor. Quase todos os criminosos de guerra do Eixo (afora os que se suicidaram, como Hitler) foram julgados e condenados pelo Tribunal de Nurenberg. Ocorre que os criminosos de hoje são os que controlam a força que controla o direito.

Os crimes de guerra dos EUA no Vietnã foram julgados pelo Tribunal Russell. Na altura, era o máximo possível diante da potência guerreira.

Não implicou consequências objetivas, não evitou novas invasões, nem novas ocupações, nem novos crimes de guerra, mas, pelo menos, pode-se dizer que nossa consciência crítica, com aquele gesto de notável carga simbólica, rompeu com a inércia moral, e, não podendo intervir no processo histórico, deixamos nosso testemunho. A posteridade julgará os omissos.

Desprotegida do que ainda chamamos de civilização, que dela se apartou, Gaza, vazia e morta, logo se transformará na formosa Riviera dos sonhos imobiliários de Trump. Suas praias, nas margens orientais do Mar Negro, hoje interditadas, em breve estarão liberadas.

Bem guardadas, serão desfrutadas por brancos europeus, norte-americanos e israelenses endinheirados, livres de palestinos e dos pobres de um modo geral. Não será ainda o grande sonho, mas pode ser a nano sugestão de uma terra prometida.

***
A miséria nossa de cada dia I – Se a sociedade se cala, o Senado Federal altera a voz. No último 20 de maio a chamada Câmara Alta aprovou, por injustificável unanimidade, isto é, com os votos dos partidos conhecidos como progressistas, projeto de lei que institui o dia 12 de abril como o “Dia da Amizade Brasil-Israel”, que nunca esteve tão rala como agora.

E esmerou-se na escolha do pior momento, exatamente quando o Estado sionista intensifica o genocídio de que é vítima o povo palestino. Resta saber se o presidente da República terá força política para vetá-lo. Abraços ao sempre mestre Paulo Sérgio Pinheiro, que nos honrou com seu protesto.

A miséria nossa de cada dia II – O Senado se esmera no esforço por autodesqualificar-se. Isso não é bom para a República, nem muito menos para a democracia, fundada na representação popular. No dia 27 de maio, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, compareceu à Comissão de Infraestrutura para discorrer sobre “a criação de unidade de conservação marinha na margem equatorial do Amapá”. Abordou o tema requerido, mas por ele não se interessaram os senadores. Isso não lhes dizia respeito: o convite se convertera em mero despiste para uma cilada.

Ao invés de debater com a Ministra, os senadores, agindo como coletivo, partiram para o ataque gratuito, e a agrediram, no limite da ofensa física. Abusaram dos gritos, da tentativa de desconstituição política e pessoal, abusaram dos insultos, mesmo daqueles descabidos em roda de bar de beira de estrada.

Abusaram da prepotência machista, da misoginia, do racismo e da exposição dos preconceitos os mais repugnantes. Exaltaram-se na defesa lobista dos negócios de empreiteiras, dos capitães de motoserra e dos interesses inconfessáveis, mas conhecidos, que se levantam contra a proteção do meio-ambiente, que, ao fim e ao cabo, é a defesa da vida.

A comissão saiu-se mal, os senadores saíram-se mal (todos, os grosseirões e os que fugiram da defesa da ministra), mas ela saiu-se muito bem, fez-se forte ante os que queriam enfraquecê-la; saiu limpa e digna como entrou. Fico de pé para aplaudir Marina Silva.

Enfim, há o que saudar – Em meio a tanto mal-estar, em meio ao choro de saudade de tanta gente que partiu aumentando nosso vazio, há uma alegria por festejar: os prêmios de Kleber Mendonça e Wagner Moura, dois intelectuais comprometidos com a construção de uma nova ordem social.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. É autor do livro História do presente – conciliação, desigualdade e desafios (Editora Expressão Popular e Books Kindle).

* Roberto Amaral, com a colaboração de Pedro Amaral/Viomundo

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Mundo

E no mundo vai se criando um clima de revolta contra o Estado de Israel

A Alemanha ameaça tomar ‘medidas’ contra Israel por causa de Gaza, aumentando críticas à guerra.

Ações israelenses em Gaza são “incompreensíveis”, diz Merz da Alemanha, enquanto chefe da UE critica ataques “abomináveis” contra instalações civis na Faixa durante ligação com o rei Abdullah II da Jordânia.

Relatório: ligação telefônica entre Netanyahu e Trump sobre o Irã foi marcada por desentendimentos acalorados.

Essas são informações extraídas da imprensa de Israel.

O clima internacional contra Israel está, de fato, se intensificando, com aliados tradicionais como Alemanha e Reino Unido adotando posturas mais críticas à crise humanitária em Gaza e devido à percepção de exibição do direito internacional.

A ameaça de sanções e a pressão jurídica, como a carta de juristas britânicos e os mandados do TPI, sinalizam um isolamento diplomático crescente.

No entanto, a dependência de Israel do apoio militar dos EUA e da Alemanha, combinada com a cautela de líderes como Scholz, sugere que medidas concretas podem ser limitadas, mas não deixam de acusar que uma temperatura mundial, sobretudo dos povos, contra Israel aumenta a cada dia.

As perguntas com Trump indicam que, mesmo os EUA sob sua liderança, estão frustrados, mas sua abordagem pragmática pode priorizar estabilidade regional sobre avaliações diretas.

Para uma análise mais completa, seria necessário monitorar se as ameaças de “medidas concretas” se materializam em ações como avaliações econômicas ou reconhecimento da Palestina como Estado, conforme planejado por França e Reino Unido

Após se encontrar com o premiê em Jerusalém, a apoiadora de Trump, Kristi Noem, disse que seus assessores lhe disseram mais tarde que “não se lembram de uma reunião bilateral que tenha sido tão dura, franca e direta”.

Seja como for, isso pode ser um bom sinal para o mundo, mas péssimo e cada vez mais sufocante para o Estado terrorista de Israel.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente