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Aonde estava a gloriosa PF quando o Intercept escancarou que Moro controlava a Força-tarefa da Lava Jato?

É lógico que, debaixo do coro de louvores que a mídia está fazendo em torno de Moro, esconde-se um mar de lama ainda maior do que o de Bolsonaro, que já é escandalosamente fétido.

Bonner, no Jornal Nacional, sequer balbucia isso, pior, quer fazer de conta que esse monstro chamado Bolsonaro, repudiado nos quatro cantos do planeta por seu comportamento fascista, não é a criatura que teve Moro como seu principal criador.

Na hierarquia do mal a patente de Moro é bem maior que a de Bolsonaro. Esse vigarista de Curitiba, como revelou o Intercept, controlava cada passo dado pelos procuradores e delegados da PF que compunham a Força-tarefa da Lava Jato.

O Intercept mostrou claramente as mensagens em que Moro aparece como monarca e não juiz, escolhendo quem deveria morrer e quem deveria ser salvo. É só relembrar como ele manobrou para condenar Lula e livrar a cara de FHC, a quem ele carinhosamente chamava de aliado.

Não dá para descolar uma coisa da outra como a PF tenta fazer agora. Quando ela própria deu uma prensa no porteiro do condomínio Vivendas da Barra, o fez por ordem de Moro a mando de Bolsonaro. Vai dizer agora que ela não sabia que Moro agia como capanga da milícia? A PF acha que vai convencer quem com essa hipocrisia? Não conhece o delegado Igor de Paula, o maior pau mandado de Moro na quadrilha da Lava Jato?

Alguém precisa mandar o conteúdo da Vaza Jato para a PF, acho que ela estava muito ocupada cercando frango para proteger os filhos e o próprio Bolsonaro durante esse tempo todo em que Moro era o senhor dos anéis na Justiça e Segurança Pública do governo. Se a PF não viu isso, imagina se o viu usar o cargo de ministro para pressionar o Intercept que fez as denúncias de suas falcatruas para, como bem disse o deputado Glauber Braga (Psol), corromper-se, eleger Bolsonaro e, depois, beneficiar-se do cargo.

Moro é tão imundo e controlador quanto Bolsonaro, mas a gloriosa PF parece que finge não saber.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas