O partido “Aliança com a milícia pelo Brasil” flopou. O naufrágio precoce se deu pelo número ridículo de assinaturas que conseguiu pescar.
Assim, os Bolsonaro já admitem que o partido não vai conseguir participar dos pleitos deste ano. Isso é mais uma mostra da gigantesca distância entre o que Bolsonaro quer e o que ele pode, além de mostrar a flagrante distância entre o bolsonarismo virtual e o real; entre o exército de robôs acionados pelo escritório do ódio e o mundo real.
Por isso, as pesquisas sobre a popularidade de Bolsonaro vão se tornando contraditórias, porque, com um resultado desse, não há como se refugiar nas retóricas do ora veja, o que contribui ainda mais para desancar um presidente cravejado de denúncias de crimes de associação com a milícia, somado ao trágico hiperneoliberalismo de Guedes e a própria omissão covarde de um Ministro da Justiça e Segurança Pública que, até ontem, era herói dos incautos e que vai consolidando a sua imagem como capanga de milícia.
Com o dólar chegando, agora, a R$ 4,50, mostrando que o Brasil não recebe qualquer investimento internacional, por conta de Bolsonaro e da instabilidade política que ele representa, junto com quem o apoiou e, hoje, faz cara de titica para pronunciar seu nome, mas sobretudo por um plano idêntico ao de Macri, que não teve um comportamento belicista como o de Bolsonaro, mas que não foi diferente na visão neoliberal, o resultado da tragédia, todos sabem.
Em outras palavras, o mercado e os próprios apoiadores de Bolsonaro estão cada vez mais se distanciando do estouro e, por enquanto, seguem entre a orfandade política e Mourão, uma espécie de Temer fardado que não tem representatividade política nenhuma, tendo que viver encapsulado pela elite para não cair em desgraça em tempo recorde e ser absolutamente refém do Congresso e seu apetite.
*Carlos Henrique Machado Freitas