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Política

Quando as diferenças aparecem

Será em debates como a reforma trabalhista que as diferenças entre os presidenciáveis começarão a aparecer.

Até o presente momento, o desastroso governo de Bolsonaro tem permitido alguma unidade, ainda que superficial, entre diferentes setores da política brasileira. As possíveis práticas criminosas e a incapacidade do governo de gerir questões cotidianas têm produzido um certo consenso sobre a necessidade de derrotar o atual presidente nas próximas eleições.

Entretanto, à medida que se aproximam as eleições, as alternativas ao atual governo se veem forçadas a se apresentar com mais nitidez, e é então que as diferenças aparecem. Não se reergue um país arrasado apenas com o slogan “Fora Bolsonaro”. Começa a não ser mais possível aos presidenciáveis se esconder no emaranhado de frases feitas como “pacificar o Brasil”, “desenvolver a economia”, “modernizar o país”, “respeitar os direitos humanos”, “valorizar a democracia”.

Aproxima-se a hora de dizer o que seria um país pós-Bolsonaro para além da falação. E só quando as diferenças se apresentarem é que ficará evidente quem quer de fato romper com as mazelas que levaram ao bolsonarismo ou quem quer simplesmente dar sequencia à destruição que o atual governo não conseguiu ultimar, seja pela força da contingência histórica, seja por pura incompetência.

Um exemplo de como estas diferenças estão aparecendo no debate público pré-eleitoral é na discussão sobre a reforma trabalhista, esta iniciada no governo Temer e aprofundada pelo governo Bolsonaro. Sejamos diretos: a reforma trabalhista é uma tragédia. Não criou empregos, não modernizou o país (seja lá o que for isso) e só fez prejudicar trabalhadores, sindicatos e pequenos empresários; deprimiu ainda mais a economia, fragilizou o sistema de proteção social, criou medo e insegurança, além de ter aumentado a desigualdade, quesito no qual tradicionalmente estamos entre os campeões mundiais.

Nesta semana, quando os pré-candidatos se viram instados a tratar de questões econômicas de modo mais objetivo, o tema da reforma trabalhista voltou à baila. Em entrevista a esta Folha, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia criticou a sinalização dada pelo Partido dos Trabalhadores de que iria seguir os rumos da Espanha e propor a revogação da reforma trabalhista. Para Maia, o resultado da revogação seria o “engessamento” do mercado de trabalho.

Assim, a solução para o desemprego, nas palavras do deputado, estaria em “uma melhor qualificação dos trabalhadores”. E ao final diz que o foco deveria ser a igualdade de gênero no mercado de trabalho e a qualificação formal da população negra, de tal sorte que o problema do Brasil não está no que ele considera a “boa reforma” trabalhista, mas “na questão estrutural”.

Maia, um opositor ao governo Bolsonaro é, ao mesmo tempo, um defensor de uma das reformas mais caras ao núcleo que dá suporte ao atual governo. Sua defesa da reforma tenta driblar dados de pesquisa que demonstram uma progressiva degradação das condições de trabalho e emprego no Brasil, e ainda apela a termos retoricamente vazios como “engessamento” e “falta de qualificação”, este último usado estrategicamente para colocar na conta do trabalhador o seu próprio desemprego. Porém, a parte mais curiosa da fala do deputado é a que propõe um olhar atento às minorias a fim de resolver o problema do desemprego.

Se de fato negros e mulheres forem levados em consideração no campo econômico, a fala do deputado Rodrigo Maia perde totalmente o sentido. A inegável dimensão racial e de gênero da economia política não é um problema que se resolve com compaixão. O que mais dificulta a vida de negros e mulheres no mercado de trabalho é justamente a precarização, a informalidade e o desemprego, tudo que a reforma potencializou.

Negros e mulheres formam o grande contingente de trabalhadores desempregados, informais, terceirizados e sem proteção social neste país. Se há de fato uma preocupação com a situação “estrutural” da economia, como disse o deputado, este grande monumento ao fracasso nacional denominado reforma trabalhista precisa ser revisto. É por aí que será possível ver quem de fato quer se diferenciar da arquitetura da destruição bolsonarista não apenas na aparência, mas especialmente no conteúdo.

*Silvio Almeida/Folha

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Nem pandemia, nem economia, o que vigora é a incompetência do governo Bolsonaro

Sejamos bastante razoáveis, todos sabem que o problema de Bolsonaro é ganhar o máximo de tempo possível para instrumentalizar as instituições que podem colocar na cadeia todo o clã por organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.

Isso somente com o rombo que o clã faz no erário. Se puxar a fieira da milícia, esse texto não terá fim.

Dito isso, Bolsonaro, que acorda e dorme de olho na sua aprovação, por motivos óbvios, sabe perfeitamente bem que está sangrando em praça pública e esse processo acelerou ainda mais com a elegibilidade de Lula. Ou seja, Lula entrou em campo, e não sem motivos, Bolsonaro amarelou.

Bolsonaro tentou usar Kassio Nunes, ministro que ele colocou no STF, para impedir a volta do maior fenômeno político da história do Brasil, Lula, que saiu do governo com recorde de 87% de aprovação e, agora, volta à disputa com uma militância ainda mais aguerrida porque está mordida com todo o esquema que foi montado, principalmente por Moro, para condenar e prender a maior liderança política do Brasil.

Bolsonaro tem informações de que os líderes mundiais que se posicionaram a favor da vida de seu povo, antes da preocupação econômica, gozam de alta popularidade.

Então, pergunta-se, por que Bolsonaro escolheu o caminho oposto sabendo que lhe custaria um desgaste tão árduo já que precisa tanto permanecer no poder?

A resposta é uma só, incompetência.

Bolsonaro é um incompetente que se cercou de incompetentes para dar a eles  ordens que são devidamente obedecidas.

Pazuello, neste caso, é a figura proeminente do desastre administrativo desse governo. Chegou fardado como general da ativa, apresentando-se como craque da logística, e deu no que deu, uma tragédia e, como isso, provou que foi formado pela mesma escola dos desastrados militares que fizeram do Brasil terra arrasada em 21 anos de ditadura.

Os militares endividaram o Brasil no FMI, enfiaram na direção das grandes estatais uma horda de incompetentes e, para encurtar o assunto, levaram o país à bancarrota, expandindo e muito o favelamento, a pobreza, a miséria e a fome, com uma hiperinflação que deixaram de herança como a principal marca de uma tragédia administrativa nunca antes vista.

Bolsonaro tem escola e seus principais ministros, que são militares, não fogem aos seus, nem combateu a pandemia por não saber administrar o SUS, o maior Sistema Público de Saúde do mundo e, muito menos, daria no coro diante de um desafio econômico da monta do Brasil se nem nos tempos de paz os ineptos conseguiram mostrar qualquer traço de competência nas políticas econômicas, assim como aconteceu em todos os setores e todas as pastas desse governo.

Somente isso explica um sujeito, que precisa manter e aumentar a sua popularidade, optar pelo caminho que lhe joga no inferno político, com consequências imediatas e irreversíveis na sua cada vez mais distante reeleição.

Bolsonaro age assim, porque é um psicopata que, diante de uma situação de estresse, uniu-se ao vírus contra o povo brasileiro com a justificativa de preocupação com a economia que é outra tragédia.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Todos sabiam quem era Bolsonaro e dizem-se surpresos com tamanha incompetência

Eugênio Aragão

Até as pedras do Distrito Federal conhecem a jornada medíocre do capitão da reserva Jair Bolsonaro. Foi quase expulso de sua força, escapando por pouco graças à descomunal benevolência do STM.

Era, enquanto vivia nos quartéis, um indisciplinado.

Tentou o caminho da sedição.

Queria explodir dependências militares para submeter o comandante do exército a vexame público. A reserva remunerada foi um pacto fechado entre si e seus chefes, para acalmar o ambiente da caserna.

Mas Bolsonaro aproveitou sua momentânea celebridade para se lançar na política e ali ficou por trinta anos, graças aos votos de incautos nervosos.

Nada fez.

Nunca presidiu comissão, nunca fez parte da mesa da casa parlamentar, nenhum projeto de lei de sua autoria se conhece.

que provocava com colegas, usando linguagem chula e argumentos toscos, recheados de ódio e preconceito.

Homenageou torturadores da ditadura, lançou vitupérios contra colega, chamando-a de “feia” e por isso “não merecedora” de ser estuprada, chutou nas pernas de outro deputado durante votações em evidente “bullying” homofóbico e por aí vai.

Isso foi e é Jair Bolsonaro.

Por um acaso do processo político, esse cidadão indigno da farda se tornou presidente da república, com letras minúsculas mesmo.

E, como era inevitável, passou a pintar e bordar.

Nomeou para seu ministério um punhado de medíocres como ele, alguns fardados a busca de boquinhas de cargos civis, outros, atores sem nenhuma expressão, “losers” em suas respectivas formações profissionais.

Um ministério de incapazes.

Para piorar as coisas, adveio uma pandemia global que colocou a economia no chão e, obviamente, foi mediocremente enfrentada por uma equipe de militares sem nenhum conhecimento de saúde pública e muito menos de medicina.

À frente do ministério da saúde, posicionou-se um general de intendência, algo que se parece com um almoxarife da força, que se gabava e continua a se gabar de ser um “especialista em logística”.

Se tivessem nomeado um gerente de uma empresa de mudanças talvez até esse se sairia melhor.

O tal general difundiu a ideia de que a pandemia poderia ser debelada com tratamento precoce à base de hidroxicloroquina, um produto da predileção do capitão da reserva feito presidente.

Sem nenhuma base científica, sem nenhuma comprovação empírica de eficácia.

Mas fez o governo adquirir toneladas desse tônico capilar para carecas iludidos.

Jogou fora recursos tão necessários para políticas de saúde pública.

Sobreveio a vacina.

O capitão e seus subalternos sabotaram durante meses o preparo de uma campanha nacional de vacinação.

Deixaram os secretários estaduais de saúde à beira de uma crise de nervos.

Batiam boca com governadores.

E enrolavam nos processos de licenciamento dos produtos já desenvolvidos no Brasil e no exterior.

Debocharam da CoronaVac, a vacina chinesa, à qual atribuíram o nome de “Vachina” ou de “vacina xinguelingue”.

Lançaram desaforos ao embaixador da República Popular da China.

Comportaram-se feito moleques de rua, dispostos a “entrar na porrada” contra desafetos escolhidos.

Mas esqueceram-se de um detalhe também: não se prepararam para comprar seringas e nem para enfrentar ondas sucessivas de contágio que voltaram a sacudir o país.

O pico mais recente da crise se deu em Manaus. Faltou oxigênio hospitalar. E o governo (ou desgoverno) federal soube com boa antecedência do risco então iminente. Nada fez.

Um avião da FAB com cilindros de oxigênio foi, por alguma razão não explicada, impedido de decolar para a capital amazonense.

O descaso provocou a morte de dezenas de pacientes com COVID-19 e, também, de outros que padeciam de morbidades diversas.

O capitão não fez mais do que “lamentar” e atribuiu a culpa às autoridades locais, dizendo-se impedido de agir pelo Supremo Tribunal Federal. Mentira deslavada.

O STF apenas decidiu o evidente: as competências dos entes federados em matéria de saúde pública são concorrentes e o governo federal não está autorizado a desfazer a política de estados e municípios no setor.

Mas claro que não só não está impedido de executar sua própria política, de coordenar políticas nacionais mediante construção de consensos e de apoiar as políticas dos entes locais, mas, muito mais, está obrigado a tanto, pois lhe cabe, como aos outros entes, garantir o direito universal à saúde.

A atuação desastrosa de Jair Bolsonaro e de seus subalternos na crise sanitária passou a catastrófica e atores políticos, econômicos e da mídia tradicional, que até então mantinham atitude leniente para com as diatribes do capitão, passaram a cogitar de sua remoção do cargo.

Dizem-se, agora, surpreendidos com tamanha incompetência e inaptidão do chefe do executivo que, com sua ação e omissão, pôde se manter no cargo, mesmo provocando diariamente conflitos com outros poderes, com outros entes federados e com governos estrangeiros.

Chega de hipocrisia.

Todos sabiam quem era Jair Bolsonaro.

Pode mentir muito, mas não mentiu sobre o que era e o que significava sua eleição para o cargo maior da república.

Tal qual Adolf Hitler, que anunciara anos antes o que pensava e o que pretendia em seu “Mein Kampf”, Jair teve uma carreira de agressões e grosserias transparente, por quase trinta anos.

Quem, na política tradicional, o aceitou, talvez, dissesse como Franz von Papen, ao sugerir o nome do corporal austríaco para o cargo de “Reichskanzler” ao Marechal Hindemburgo: “deixe conosco, em poucas semanas vamos domar essa fera e civilizá-la!” E deu no que deu.

Jair está dando no que dá.

Uma vergonha internacional, incapaz de dialogar a nível doméstico e global.

Se o Brasil não lograr neutralizar esse risco, tornar-se-á um pária entre as nações, com um estado falido.

Ele precisa sair, mas só não diga ninguém que foi surpreendido com o tamanho do desastre!

*Eugênio Aragão/DCM

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A falta de conhecimentos, de capacidade, de habilidade e aptidão dos militares deixa o Brasil perplexo

A falta de conhecimentos, de capacidade, de habilidade e aptidão dos militares deixa o Brasil perplexo

Tendo à frente da pasta da Saúde, Eduardo Pazuello, um general da ativa, dando um show de inépcia, pior, seguindo ao pé da letra o que manda o capitão Bolsonaro, que é a estupidez e a imbecilidade em pessoa, os militares ficaram expostos ao sol do meio-dia.

O resultado é que Bolsonaro desnudou a incompetência das Forças Armadas que foram uma das principais marcas da ditadura.

Os disparates do governo Bolsonaro são de um governo cravejado de militares que ocupam as principais pastas do ministério.

Os efeitos disso já eram previstos por quem viu o Brasil na bancarrota econômica durante o regime militar quando acabou a grana do FMI.

Todo aquele despropósito que os brasileiros viram nos anos de chumbo, protagonizados pelos trapalhões cinco estrelas, é rigorosamente reproduzido nesse governo economicamente fracassado e totalmente irresponsável no combate à pandemia. Um bando de patetas de patentes.

Não foi por acaso que Figueiredo entregou o país quebrado e com uma hiperinflação tsunâmica que arrastou, juntos, o governo Sarney e Collor para o fundo do poço.

A agudeza da estupidez dos militares na ditadura é agora redimensionada por conta da pandemia, mas as lambanças seguem o mesmo padrão de burrice que eles escancararam em duas décadas de incompetência.

Como disse Guido Mantega: “A história já está sendo recontada. A mentira que embalou o golpe não para mais em pé!”

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Bolsonaro não tem a menor condição de governar uma birosca, que fará um país

Engana-se terrivelmente quem acredita que Bolsonaro tem qualquer capacidade de raciocínio, não, ele tem cérebro de galinha. Só abre a boca para falar asneiras e tentar disfarçar a sua total incompetência para governar o país. É um inepto, um demente.

Assista:

*Da redação

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Bolsonaro é incapaz de governar o Brasil. Este é o novo normal

Em menos de dois anos na cadeira da presidência, Bolsonaro conseguiu formar um consenso na sociedade de que ele não tem a mínima ideia de como se governa o país.

Na verdade, Bolsonaro nunca se propôs a isso. A mão invisível do mercado faria esse papel, segundo Paulo Guedes.

Governar requer caráter e inteligência e Bolsonaro não tem cisco dessas duas virtudes. Bolsonaro faz política, mas fazer política não é governar.

Tanto isso é verdade que nesse tempo em que está na presidência, ele não se ocupou de outra coisa, que não seja a de fazer política, mas jamais a de governar o país.

Seu governo é gerido por pessoas insanas que têm objetivos insanos e,
por isso, os resultados são trágicos tanto para a economia, relações internacionais, saúde, meio ambiente, quanto para o esporte, educação, cultura, ciência, segurança pública, cidadania, direitos humanos, ou seja, todas as áreas estão deficitárias.

Isso não é outra coisa que não incompetência comprovada do mandante da nação.

O fato é que Bolsonaro insistentemente mostra que não tem competência para governar nada, que fará um país como o Brasil. A maioria dos brasileiros já despertou para isso.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas