Caso Israel se recuse a participar do plano de resolução para o conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza, a União Europeia disse que o país sofrerá “consequências”. O documento foi divulgado neste domingo (21) pelo jornal Financial Times. Até o momento, o conflito que dura mais de 100 dias já deixou mais de 25 mil palestinos mortos.
O documento europeu sugere que os países do bloco devem “expor as consequências que, na opinião deles, resultarão da participação ou não” no plano de paz proposto, que inclui a criação de um estado para a Palestina e o reconhecimento soberano mútuo.
O último encontro dos Ministros das Relações Exteriores das nações da UE destacou a crescente preocupação dos aliados ocidentais de Israel com a posição de manter os bombardeios diários na Faixa de Gaza. Além disso, há um temor da escalada do conflito no Oriente Médio, diante de ataques israelenses em países como Líbano e Síria.
Uma das principais medidas da União Europeia é defender no futuro uma solução para a região com a efetivação do Estado da Palestina, em Gaza e na Cisjordânia, o que tem gerado críticas do bloco à recusa de Israel com relação à questão.
O Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) já teria elaborado uma versão preliminar de um documento com um plano de dez pontos para buscar uma solução “confiável e abrangente” para o conflito palestino-israelense.
O material traz medidas que eventualmente poderiam levar à paz em Gaza, à criação de um estado palestino independente, além da normalização das relações entre Israel e o mundo árabe.
Conflito já provocou mais de 25 mil mortes Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes vindos da Faixa de Gaza, em uma operação anunciada pelo braço militar do movimento Hamas.
Após isso, os combatentes da organização entraram nas regiões fronteiriças do sul de Israel, atirando em militares e civis, e fizeram quase 240 reféns. No total, segundo os dados oficiais israelenses, mais de 1,1 mil pessoas morreram em Israel, incluindo civis, soldados, estrangeiros e trabalhadores.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel iniciaram a guerra contra Hamas em Gaza, onde em pouco mais de 100 dias mais de 25 mil palestinos já morreram.
Além disso, Israel impôs um bloqueio total a Gaza, interrompendo o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
O conflito entre Israel e Palestina, relacionado a interesses territoriais, é fonte de tensão e confrontos na região há décadas. A decisão da ONU em 1947 determinou a criação de dois estados, mas apenas o estado israelense foi estabelecido.
Mais de 70 cidades da Espanha registraram protestos neste sábado (20) contra a guerra promovida por Israel na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 25 mil palestinos mortos. Os atos foram convocados pela Rede Solidária contra a Ocupação da Palestina.
Só em Madri, mais de 50 mil pessoas foram às ruas com faixas pedindo “fim ao genocídio na Palestina”, “justiça” e “S.O.S. Palestina”.
Mais de 83% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão desabrigados por conta dos bombardeios constantes e pelo menos 92% vivem em situação de insegurança alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Os manifestantes acusaram o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de genocídio e também criticaram o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, por não tomar medidas para conseguir um cessar-fogo no enclave palestino.
Salimos a las calles de Madrid para exigir el freno del genocidio en Gaza.
Después de cien días, Ayuso no ha sido capaz de decir una sola palabra de solidaridad con las víctimas palestinas. No está a la altura del pueblo madrileño. pic.twitter.com/BxuDpvyxMs
Saímos às ruas de Madrid para exigir o fim do genocídio em Gaza. Depois de cem dias, Ayuso não conseguiu dizer uma única palavra de solidariedade para com as vítimas palestinas. Não está à altura do povo de Madrid.
Em Bilbao, manifestantes estenderam uma faixa que pedia o “fim ao comércio de armas e às relações com Israel”, ao lado de uma grande bandeira palestina. As mobilizações também ocorreram em Málaga, Toledo, Canárias e outras partes do país.
Os atos também contaram com a participação de figuras públicas como a porta-voz do partido Mais Madrid, Manuela Bergerot. Os deputados Enrique Santiago e Sumar Tesh Sidi e o deputado Enrique Santiago também foram às ruas da capital espanhola, conforme relatado pela imprensa local.
Para ex-funcionário do Pentágono, se não fosse o apoio norte-americano a Israel, o barril de pólvora que se encontra a região neste momento não estaria prestes a explodir, e Tel Aviv não teria coragem de expandir sua campanha militar como já prometeu algumas vezes.
Na noite de ontem (11), os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen. De acordo com a BBC, a maioria dos bombardeamentos aconteceram em bases aéreas e aeroportos do país, alguns perto de áreas residenciais. A ação foi uma resposta aos ataques houthis a navios no mar Vermelho, disse o governo de ambos os países.
De fato, os houthis têm atacado embarcações na região, mas também já apresentaram sua justificativa: a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, a qual já deixou mais de 23 mil pessoas mortas. O grupo iemenita disse que só pararia as ações no mar Vermelho quando um cessar-fogo fosse alcançado no enclave palestino.
EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os Houthi no Iêmen, informou a mídia local – Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2024 Panorama internacional EUA e Reino Unido lançaram uma operação militar contra os houthis no Iêmen, informa a mídia local
Para o ex-analista sênior de política de segurança do Pentágono, Michael Maloof, foi “apenas por causa do aval norte-americano que os israelenses foram encorajados” a lançar tamanha campanha militar, e que enquanto “Washington fornecer esse apoio”, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não vão parar de atuar em Gaza.
“Estamos em uma ladeira muito escorregadia agora. Os Estados Unidos poderiam entrar em uma guerra, e até agora Joe Biden não demonstrou uma liderança forte. […] foi apenas por causa dos Estados Unidos que os israelenses foram encorajados e estão avançando. O que poderia impedi-los é se os EUA parassem todas as suas exportações de munições para Israel neste momento, porque caso contrário estariam apenas a alimentá-lo. […] estamos jogando cada vez mais gasolina no fogo. […] Israel [também] se sente encorajado e agora quer ir para o sul do Líbano. Portanto, enquanto os Estados Unidos fornecerem esse apoio, é com isso que vamos nos deparar […]”, afirmou Maloof em entrevista à Sputnik.
O ex-analista ainda destacou que “a administração Biden tem sido negligente em sua visibilidade” nas últimas semanas e, com um ano eleitoral pela frente, “precisa dar a impressão de estar novamente forte”. Em sua visão, o bombardeio no Iêmen também acontece porque “as pessoas precisam ter a imagem de um executivo-chefe forte, e Biden tem sido tudo menos isso”.
Assim como Biden, Maloof mencionou o secretário de Estado, Antony Blinken, o qual classificou como tendo “uma eficácia praticamente zero” ao sublinhar que a visita feita pelo secretário ao Oriente Médio não surtiu nenhum efeito.
“Bem, claramente, a visita de Blinken foi inútil. Os houthis continuaram atacando mesmo enquanto ele estava na região. Portanto, sua eficácia é praticamente zero. […] Ele é muito tímido e manso […] e não está fazendo nada que provoque ou demonstre qualquer capacidade de unir esses lados. E tudo o que ele está fazendo é gastar, desperdiçar dinheiro viajando por aí sem fazer nada […]”, afirmou.
Além de uma liderança enfraquecida na presidência e na política externa, Maloof citou a “desordem” do Congresso norte-americano e a resistência em aprovar pedidos da administração Biden. No entanto, ressaltou que Israel é um caso diferente da Ucrânia.
“Infelizmente, temos um Congresso que está em desordem. E há agora um enorme debate em curso sobre a possibilidade de continuar a apoiar não só a Ucrânia, mas também Israel. No entanto, Israel provavelmente venceria entre os dois, devido ao formidável lobby israelense que existe no Congresso. Isso está tornando o nosso ano eleitoral, para dizer o mínimo, muito tumultuado.”
Por fim, Maloof disse que a situação no Oriente Médio está um caos de tal forma que, continuando a campanha militar, Israel poderia até “ter a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas”, concluindo “que isso não vai funcionar tão bem”.
“Se os israelenses continuarem a bombardear Gaza e expandirem a guerra, como prometeram fazer no Líbano, terão a rara capacidade de unir os sunitas e os xiitas. […] Quando você fizer com que os dois pensem da mesma maneira, isso será problemático. Por enquanto, países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que são sunitas, querem realmente reprimir tudo porque têm outras agendas. […] os sauditas têm trabalhado arduamente para pôr fim à guerra com o Iêmen. Se eventualmente houver pressão exercida até mesmo sobre esses países, se Israel quiser avançar, vão bombardear até o Irã. Portanto, enquanto os Estados Unidos lhes derem essa capacidade, as coisas não terminarão muito bem”, concluiu o ex-analista.
Por Laila Bassam (Reuteurs) – Um ataque aéreo israelense nos arredores de Damasco, capital da Síria, nesta segunda-feira, matou um conselheiro sênior da Guarda Revolucionária do Irã, segundo três fontes de segurança e a mídia estatal iraniana.
As fontes disseram à Reuters que o conselheiro, conhecido como Sayyed Razi Mousavi, era responsável pela coordenação da aliança militar entre a Síria e o Irã.
A televisão estatal do Irã interrompeu sua transmissão regular de notícias para anunciar que Mousavi havia sido morto, descrevendo-o como um dos mais antigos conselheiros da Guarda na Síria, diz o 247.
A TV estatal disse que ele estava “entre os que acompanhavam Qassem Soleimani”, o chefe da Força Quds de elite da Guarda, que foi morto em um ataque de drones dos EUA no Iraque em 2020.
Comentando o incidente, a Guarda Revolucionária do Irã disse que Israel pagaria por matar Mousavi, que ocupava o posto de general de brigada na Guarda.
“Sem dúvida, o regime sionista usurpador e selvagem pagará por esse crime”, disse a Guarda em um comunicado lido na TV estatal.
Não houve nenhum comentário imediato dos militares israelenses.
Durante anos, Israel realizou ataques contra o que descreveu como alvos ligados ao Irã na Síria, onde a influência de Teerã cresceu desde que apoiou o presidente Bashar al-Assad na guerra que eclodiu na Síria em 2011.
No início deste mês, o Irã disse que os ataques israelenses mataram dois membros da Guarda Revolucionária na Síria, que serviam como conselheiros militares no país.
No primeiro mês da guerra em Gaza, Israel lançou centenas de bombas enormes, muitas delas capazes de matar ou ferir pessoas a mais de 300 metros de distância, sugere uma análise da CNN e da empresa de inteligência artificial Synthetaic.
Imagens de satélite dos primeiros dias da guerra revelam mais de 500 crateras de impacto com mais de 12 metros de diâmetro, consistentes com aquelas deixadas por bombas de 907 quilos. Essas são quatro vezes mais pesadas do que as maiores bombas que os Estados Unidos lançaram sobre o Estado Islâmico em Mosul, no Iraque, durante a guerra contra o grupo extremista local.
Especialistas em armas e em guerra culpam o uso extensivo de munições pesadas, como a bomba de 907 quilos, pelo crescente número de mortos. A população de Gaza fica muito mais aglomerada do que em qualquer outro lugar do planeta, então a utilização de munições tão pesadas tem um efeito profundo.
“O uso de bombas de 907 kg em uma área tão densamente povoada como Gaza significa que levará décadas para que as comunidades se recuperem”, disse John Chappell, advogado e pesquisador jurídico do CIVIC, um grupo com sede em Washington DC focado em minimizar os danos civis em conflitos.
Israel tem estado sob pressão internacional devido à escala da devastação em Gaza, com até mesmo o forte aliado presidente dos EUA, Joe Biden, acusando Israel de “bombardeio indiscriminado” da faixa costeira.
As autoridades israelenses argumentaram que as suas munições pesadas são necessárias para eliminar o Hamas, cujos combatentes mataram mais de 1.200 pessoas e fizeram mais de 240 reféns em 7 de outubro. Eles também afirmam que Israel está fazendo tudo o que pode para minimizar as baixas civis.
“Em resposta aos ataques bárbaros do Hamas, as FDI estão operando para desmantelar as capacidades militares e administrativas do Hamas”, afirmaram as Forças de Defesa de Israel (FDI) em resposta à reportagem da CNN.
“Em total contraste com os ataques intencionais do Hamas contra homens, mulheres e crianças israelenses, as FDI seguem o direito internacional e tomam precauções viáveis para mitigar os danos civis”.
O Hamas depende de uma extensa rede de túneis que se acredita atravessar a Faixa de Gaza. Os defensores da campanha de Israel em Gaza argumentam que as munições pesadas atuam como destruidoras de bunkers, ajudando a destruir a infraestrutura subterrânea do Hamas.
Mas as bombas de 907 quilos são normalmente utilizadas com moderação pelos militares ocidentais, dizem os especialistas, devido ao seu impacto potencial em áreas densamente povoadas como Gaza. O direito humanitário internacional proíbe o bombardeio indiscriminado.
Marc Garlasco, ex-analista de inteligência de defesa dos EUA e ex-investigador de crimes de guerra da ONU, disse que a densidade do primeiro mês de bombardeamentos de Israel em Gaza “não era vista desde o Vietnã”.
Garlasco, agora conselheiro militar da PAX, uma organização não governamental holandesa que defende a paz, revisou todos os incidentes analisados nesse relatório para a CNN.
“Seria necessário voltar à guerra do Vietnã para fazer uma comparação”, disse Garlasco. “Mesmo nas duas guerras do Iraque, nunca foi tão denso.”
As munições pesadas, em sua maioria fabricadas pelos EUA, podem causar um grande número de vítimas e ter um raio de fragmentação letal – uma área de exposição a ferimentos ou morte ao redor do alvo – de até 365 metros, ou o equivalente a 58 campos de futebol na área.
Especialistas em armas e em guerra culpam o uso extensivo de armamento pesado, como a bomba de 907 quilos, pelo crescente número de mortos. De acordo com as autoridades da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas, cerca de 20 mil pessoas foram mortas desde 7 de outubro. A maioria dos mortos são mulheres e crianças, de acordo com esses números.
A CNN fez parceria com a empresa americana de inteligência artificial Synthetaic, que usou a Categorização Automática Rápida de Imagens (RAIC) para detectar crateras, nuvens de fumaça e edifícios danificados em imagens de satélite específicas sobre a Faixa de Gaza. As descobertas foram revisadas manualmente por um membro do Synthetaic, bem como por jornalistas da CNN.
As descobertas da CNN e da Synthetaic “revelam e enfatizam a intensidade do bombardeio durante um período muito curto de tempo”, de acordo com Annie Shiel, diretora de defesa dos EUA na CIVIC.
Uma ofensiva de alta intensidade Durante mais de dois meses, Israel conduziu uma guerra de alta intensidade em Gaza, combinando bombardeios aéreos pesados com disparos implacáveis de artilharia, bem como uma invasão terrestre que começou em 27 de outubro.
A operação causou uma devastação que se estende por áreas do enclave sitiado, mostram imagens de satélite e vídeo.
“Em dois meses, tivemos um nível de ataques nessa pequena área de Gaza semelhante ao que vimos em Mosul e Raqqa juntas”, disse Larry Lewis, diretor de pesquisa do Centro de Análises Navais (CNA) e ex-conselheiro sênior do Departamento de Estado dos EUA sobre danos civis, referindo-se às operações da coalizão liderada pelos EUA contra dois redutos do Estado Islâmico. “É uma quantidade incrível de bombas, em termos de período.”
Os EUA lançaram uma bomba de 907 quilos apenas uma vez durante a sua luta contra o Estado Islâmico – a mais recente guerra ocidental contra um grupo militante no Oriente Médio. Ela caiu sobre a autoproclamada capital do califado, Raqqa, na Síria.
No dia 6 de novembro – o último dia do conjunto de dados da CNN e do Synthetaic – o número de mortos em Gaza ultrapassou as 10 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino em Ramallah, citando autoridades em Gaza controladas pelo Hamas.
Mais tarde naquela semana, a secretária-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Próximo, Barbara Leaf – a diplomata americana mais importante no Oriente Médio – disse que o número de mortos poderia ser “ainda maior”.
“Neste período de conflito e nas condições de guerra, é muito difícil para qualquer um de nós avaliar qual é a taxa de baixas”, disse Leaf durante uma audiência perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. “Achamos que são muito altos, francamente. E pode ser ainda maior do que o que está sendo citado”.
Grandes ataques a bomba em torno da Cidade de Gaza As bombas de 907 quilos aparecem com destaque nos ataques ao perímetro da Cidade de Gaza, o epicentro da operação militar israelense em outubro e grande parte de novembro.
As forças terrestres de Israel sitiaram a cidade no início de novembro. O padrão de bombardeio visto nas imagens de satélite sugere que o pesado bombardeamento em torno da Cidade de Gaza pode ter aberto caminho ao seu cerco pelas tropas israelenses.
No campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza, imagens de satélite mostraram duas grandes crateras consistentes com o bombardeio de Israel em 31 de outubro, considerado pela ONU como um “ataque desproporcional que poderia constituir crimes de guerra”.
Ele ceifou mais de 100 vidas, de acordo com o órgão de vigilância de danos civis Airwars, e causou danos catastróficos na área densamente povoada.
Um funcionário da Al Jazeera perdeu 19 membros de sua família no atentado, que Israel alegou ter como alvo o comandante do Hamas, Ibrahim Biari, matando-o e destruindo sua base.
As duas crateras deixadas pelo ataque, que os especialistas descreveram como “semelhantes a um terremoto” em seu impacto, tinham 24 metros e 13 metros de largura, respectivamente, de acordo com imagens de satélite.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram baixa militar de dez soldados apenas nesta quarta-feira (13/12).
As Forças de Defesa de Israel (FDI) sofreram suas maiores perdas em um único dia desde o mês de outubro, anunciaram nesta quarta-feira (13/12) as autoridades israelenses.
Segundo o jornal The Times of Israel, as dez baixas aconteceram em uma emboscada do grupo palestino Hamas, que inclusive eliminou o coronel israelense Itzhak Ben Basat, de 44 anos.
O grupo foi atingido no distrito de Shejaia, na cidade de Gaza, quando tentavam resgatar outro grupo de soldados, de acordo com a agência britânica Reuters.
Assim, trata-se da pior perda em um único dia para as FDI desde 31 de outubro, quando foram mortos 15 soldados israelenses.
Enquanto isso, os combates continuam no norte e no sul de Gaza com aviões de guerra israelenses realizaram bombardeios por toda a Faixa.
Mais de 18.000 palestinos perderam a vida na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando Hamas executou uma incursão sem precedentes no território de Israel.
Enquanto isso, quase 1.400 israelenses foram aniquilados desde que o conflito começou, a grande maioria no começo dele. Há também dezenas de milhares de feridos, capturados e desaparecidos dos dois lados desde então.
(Reuters) – Israel enfrentou um crescente isolamento diplomático em sua guerra em Gaza, enquanto as Nações Unidas exigiam um cessar-fogo humanitário imediato e o presidente dos EUA, Joe Biden, dizia que o bombardeio “indiscriminado” de civis estava custando o apoio internacional.
Com intensos combates sendo travados simultaneamente no norte e no sul do enclave, as tropas israelenses relataram na quarta-feira as piores perdas em combate em mais de um mês, incluindo um coronel, o oficial de mais alta patente já morto na campanha terrestre.
Aviões de guerra bombardearam novamente toda a extensão de Gaza e autoridades humanitárias disseram que a chegada do inverno chuvoso piorou as condições para centenas de milhares de famílias que dormiam na rua em tendas improvisadas. A grande maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza já ficou sem abrigo.
Israel lançou a sua campanha para aniquilar o grupo militante Hamas que controla Gaza com simpatia global depois de os combatentes terem atravessado a cerca da fronteira em 7 de Outubro, matando 1.200 israelitas, a maioria civis, e fazendo 240 reféns.
Mas desde então, as forças israelitas sitiaram o enclave e devastaram grande parte dele, com mais de 18 mil pessoas confirmadas como mortas, segundo as autoridades de saúde palestinianas, e muitos milhares mais temem-se perdidos nos escombros ou fora do alcance das ambulâncias.
Desde que uma trégua de uma semana ruiu no início de Dezembro, as forças israelitas alargaram a sua campanha terrestre desde o norte da Faixa de Gaza até ao sul, com o ataque à principal cidade do sul, Khan Younis.
Entretanto, os combates apenas se intensificaram entre os escombros do norte, onde Israel tinha anunciado anteriormente que os seus objectivos militares tinham sido em grande parte alcançados.
Israel relatou dez de seus soldados mortos nas últimas 24 horas, incluindo um coronel comandando uma base avançada e um tenente-coronel comandando um regimento. Foi a pior perda em um dia desde que 15 pessoas morreram em 31 de outubro.
De acordo com a Rádio do Exército, a maioria das mortes ocorreu no distrito de Shejaiya, na cidade de Gaza, no norte, quando uma unidade de infantaria que caçava homens armados do Hamas entrou num edifício e perdeu contacto com a base da retaguarda. Quando outra unidade foi enviada atrás deles, bombas foram detonadas no prédio e homens armados abriram fogo.
‘TRAZENDO DESTRUIÇÃO E MORTE’
O Hamas disse que o incidente mostrou que as forças israelenses nunca poderiam subjugar Gaza: “Dizemos aos sionistas que a sua liderança fracassada não se importa com as vidas dos seus soldados”, afirmou. “Quanto mais tempo você ficar lá, maior será a conta de suas mortes e perdas, e você sairá disso carregando o rabo da decepção e da perda, se Deus quiser.”
No norte, também ocorreram intensos combates no distrito de Jabaliya, onde as autoridades de saúde de Gaza afirmam que as forças israelitas sitiaram e invadiram um hospital e detiveram e abusaram de pessoal médico.
No sul, as forças israelitas que atacavam Khan Younis avançaram nos últimos dias para o centro da cidade. Moradores disseram que houve intensos combates no local, mas não houve mais tentativas de avanço nas últimas 24 horas.
Ao menos 13 militares foram mortos por serem confundidos com soldados do Hamas; outros sete morreram em acidentes das próprias forças de Israel.
A estimativa é de que 13 militares israelenses foram mortos por serem confundidos com soldados do Hamas. Outros sete morreram em acidentes das próprias forças, alguns envolvendo veículos blindados, segundo o jornal Haaretz.
As mortes dos militares por “fogo amigo” ocorreu devido a erros de identificação em ataques aéreos, bombardeios de tanques e tiros. Um soldado, por exemplo, foi morto por tiros que não tinham a intenção de atingi-los, e outros em incidentes envolvendo veículos blindados atropelando tropas. De acordo com o jornal, ainda dois soldados foram mortos por estilhaços de explosivos detonados pelas forças israelenses.
Em comunicados, as IDF avaliaram que uma série de razões levaram às mortes, como problemas de comunicação entre as forças, o cansaço dos soldados e o não cumprimento dos regulamentos.
Outros 582 soldados israelenses ficaram feridos na incursão militar terrestre – incluindo 133 com feridas graves, 218 moderadamente e 231 levemente, de acordo com dados das IDF de segunda-feira (11/12).
A violência aumentou na Palestina após o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza – Tel Aviv ocupa a Cisjordânia desde a Guerra Árabe-Israelense de 1967. A cidade de Jenin e o seu campo de refugiados têm sido alvos de repetidos ataques israelenses, com dezenas de pessoas mortas este ano, incluindo mulheres e crianças.
O diplomata iraniano protestou contra o veto dos EUA ao cessar-fogo.
O ministro das Relações Exteriores do Irã alertou que a região poderia explodir a qualquer momento se os ataques israelenses contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, informa o canal iraniano HispanTV.
“O alcance da guerra na região se ampliou, e se os ataques contra Gaza não forem interrompidos imediatamente, existe a possibilidade de que a região exploda a qualquer momento e todas as partes percam o controle”, advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amir Abdolahian, em uma conversa telefônica realizada nesta segunda-feira (11) com seu homólogo chinês, Wang Yi.
O diplomata iraniano expressou seu descontentamento com o recente veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre um cessar-fogo em Gaza, diz o 247.
“Infelizmente, a parte dos Estados Unidos não compreende o perigo de uma maior expansão da guerra. A vida de seu aliado, [Benjamin] Netanyahu, depende unicamente da continuação da guerra e do genocídio. A situação na região não seguirá assim”, enfatizou o chefe da diplomacia iraniana, referindo-se à decisão do primeiro-ministro do regime israelense de prosseguir com a guerra em Gaza, apesar dos crescentes apelos internacionais para deter o derramamento de sangue dos palestinos.
O Irã criticou os Estados Unidos por vetar uma resolução que pede um cessar-fogo em Gaza e responsabilizou Washington por qualquer expansão do conflito.
Ao se referir aos esforços construtivos anteriores da China para promover a paz e a estabilidade na região, Amir Abdolahian instou Pequim a desempenhar um papel ativo para ajudar a deter a guerra.
“A segurança da região é importante para todos nós, e, nesse sentido, a República Islâmica do Irã realizou numerosas consultas com os países da zona”, destacou o ministro iraniano durante a ligação telefônica, na qual, além dos eventos em Gaza, os dois funcionários também discutiram as relações entre Teerã e Pequim.
Por sua vez, o ministro chinês das Relações Exteriores chinês lamentou o veto dos Estados Unidos à mencionada resolução e salientou que seu país dá importância à obtenção de um cessar-fogo e ao envio imediato de ajuda humanitária a Gaza.
Pode-se sim dizer que aquela onda de ódio que varreu o planeta na última década e meia, está em avançada sarcopenia. Não há nessa afirmação qualquer simpleza, ingenuidade ou inconsciência. Aquela ação lenta, mas sistematizada na busca de envenenar as relações humanas, foi derrotada.
Como se formam as ondas de ódio.
Como moldar a alma de um povo cristalizado em uma tradição de paz em uma ilha de ódio e propagá-lo como se fosse algo espontâneo, já que é sabido que uma cultura não anda aos saltos, nem pra frente, nem pra trás? A resposta é: pela manipulação!
Vejam que interessante as interconexões do ódio, plantado estrategicamente pelo mesmo canal, o da grande mídia. Volta-se à farsa do mensalão que hipnotizou boa parte da sociedade brasileira, presa ao noticiário do JN. Boa parte da receita do ódio coletivo, foi exalada dali.
A Globo criou cada figurino, a seu modo e gosto, para dar funcionalidade em sua saga manipuladora na criação e no fomento da farsa do mensalão. Nunca apresentou provas de crimes dos membros do PT. Tudo foi feito com matéria cósmica, assim como formam as lendas mais prosaicas.
A mesma Globo serviu, durante décadas, como principal linha auxiliar do sionismo tropical em apoio a Israel em tudo. Isso impedia que fosse gerado debate na sociedade sobre a invasão dos sionistas nas terras palestinas. Mais que isso, a lendária terra prometida era exemplo no mundo.
O fato é que o Estado terrorista de Israel, até então, viveu de lendas velhacas milenares, cujo vulto assombrava o planeta e as próprias legiões de críticos de suas ações belicistas na Palestina. alheios a esses fatos, sionistas desfilavam arrogância de cabelos nas ventas.
A história agora é bem outra Israel caiu do próprio galho e, de lambuja, ajudou a queimar ainda mais a imagem, já queimada, dos EUA.
No mesmo ritmo, toda a mídia ocidental, assim como a brasileira, que meteu essa mentira a seco na garganta dos povos, está com a credibilidade destruída.
Na verdade, Israel foi pego no contrapé, a sua tão propalada inteligência, não se preocupou com o óbvio, que é a revolução informacional da internet, que não respeita as fronteiras da mídia, francamente sionista.
E essa reação mundial, que assustou o Estado terrorista de Israel, está apenas começando com o azedo do refluxo.
Mas o que vem por aí, em termos de repúdio mundial, terá força suficiente para isolar Israel do resto do mundo e gerar uma tragédia econômica ao Estado terrorista.