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ONU: Israel pode matar 14 mil bebês em 48 horas em Gaza por falta de alimento

A ONU alertou que cerca de 14 mil bebês em Gaza correm risco de morte nas próximas 48 horas devido à falta de alimentos, causada por um bloqueio imposto por Israel desde 2 de março de 2025.

Tom Fletcher, chefe de ajuda humanitária da ONU, informou à BBC que, embora cinco caminhões com suprimentos tenham entrado em Gaza na segunda-feira (19/05), isso é insuficiente, descrevendo a quantidade como “uma gota no oceano”.

A ONU estima esse número com base em avaliações de equipes em centros médicos e escolas, apesar de muitos terem sido mortos.

Os monstros de Israel, sob pressão internacional, permitiram uma quantidade mínima de ajuda, mas a ONU exige mais acesso para evitar uma catástrofe humanitária.

Moradores relatam fome extrema, com falta de itens básicos como pão, arroz e legumes.

Quem chama isso de conflito ou mesmo guerra e não genocídio é cínico e frio.

O Estado sionista de Israel se comporta como a Alemanha nazista e por isso mesmo está promovendo um holocausto palestino, tendo as crianças e bebês como alvos estratégicos de sua política de limpeza étnica em Gaza.

Panorama do horror
A situação de desnutrição em Gaza é extremamente grave, com relatórios recentes indicando uma crise humanitária extrema e monstruosa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras fontes, pelo menos 57 crianças morreram devido à desnutrição aguda em Gaza, com um aumento significativo de casos, especialmente no norte da região, onde 1 em cada 3 crianças menores de 2 anos sofre de desnutrição aguda.

A fome assassina, imposta por Israel na região, atinge níveis críticos, com 96% da população enfrentando escassez alimentar aguda, e cerca de 495 mil pessoas em situação de fome extrema.

O bloqueio brutal de ajuda humanitária, incluindo alimentos, medicamentos e combustível agrava a crise, com relatos de suprimentos acumulados nas fronteiras, enquanto crianças procuram comida no lixo e morrem de inanição.

A UNICEF destaca que quase 3 mil crianças estão em risco de morte por desnutrição, com apenas dois centros de estabilização nutricional funcionando.

Hospitais estão sobrecarregados, e mães desnutridas enfrentam dificuldades para amamentar, enquanto a falta de água, higiene e assistência médica aumenta o risco de doenças.

Embora a fome generalizada ainda não tenha sido oficialmente declarada, especialistas alertam que ela é iminente sem uma intervenção urgente, como o aumento do acesso humanitário e um cessar-fogo.

É uma “catástrofe” para crianças, com impactos que podem afetar gerações inteiras, incluindo problemas de saúde permanentes para sobreviventes.

Organizações, como a ONU e a UNICEF, pedem ação imediata, incluindo o fim do bloqueio e a garantia de acesso seguro para ajuda humanitária.
Os cachorros loucos de Israel que são piores que os nazistas, querem dizimar prioritariamente bebês e crianças.

Soldados do exército terrorista de Israel matam uma criança a cada 10 minutos em Gaza, alerta ONU.

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Novos bombardeios de Israel matam 135 palestinos e inabilitam último hospital do norte de Gaza

Ataque de drones sobre o Hospital Indonésio obrigou profissionais e pacientes a evacuarem o local às pressas; quatro jornalistas estão entre as vítimas fatais da jornada.

As forças israelenses realizaram mais uma jornada de ataques aéreos à Faixa de Gaza neste domingo (18/05), deixando um saldo de ao menos 135 vítimas fatais, além de 374 feridos, segundo informações do Ministério da Saúde local.

Segundo um correspondente do canal Al Jazeera, do Catar, as vítimas foram atingidas nas regiões de Deir el-Balah e nas proximidades da Rua Al-Baraka, ambas localidades próximas à região central do enclave.

Também segundo a Al Jazeera, há quatro jornalistas entre as vítimas fatais dos ataques deste domingo, o que eleva para mais de 230 o total de mortes desses profissionais desde o início do genocídio perpetrado por Israel em Gaza.

Hospital evacuado
A jornada de ataques deste domingo também foi marcada por bombardeios de drones sobre o Hospital Indonésio, o que obrigou a uma evacuação forçada de pacientes e profissionais de saúde do local.

Hospital Indonésio

O Hospital Indonésio era o último centro médico que estava funcionando no norte da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

Em entrevista à Al Jazeera, o médico Muhammad Zaqout, diretor-geral dos hospitais de Gaza, disse que “as medidas sistemáticas de Israel contra hospitais impossibilitam a continuidade do atendimento médico aos feridos e doentes e colocam os principais hospitais fora de serviço”.

“Israel mata deliberadamente as pessoas, seus soldados invadem os hospitais e atiram contra pacientes e contra as equipes médicas”, relata.

Zaqout afirma que além dos Hospital Indonésio, o Hospital Al-Awda (também no norte de Gaza) foi bombardeado mais de uma vez, até se tornar impossível trabalhar no local. O mesmo teria acontecido com o Hospital Europeu, no sul do território palestino, que foi bombardeado com 14 foguetes, destruindo sua infraestrutura.

A pergunta não se cala: Até quando o mundo assistirá essa barbárie sem tomar nenhuma providência?

*Com Opera Mundi

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Ataques de Israel contra Gaza matam 153 palestinos e ferem 459 em um dia

Dados incluem apenas as mortes pelos bombardeios durante a madrugada; canal Al Jazeera alerta que operações continuaram pela manhã e números podem aumentar.

O exército de Israel promoveu, na madrugada deste sábado (17/05), um dos mais sangrentos de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que resultou na morte de ao menos 153 pessoas, e deixou outras 459 feridas, segundo informações do Ministério da Saúde do território palestino.

O canal Al Jazeera, do Catar, informou que os bombardeios se concentraram na região central de Gaza, e também nas localidades de Jabalia e Beit Hanoon, no norte do enclave.

Também foi informado que voluntários conseguiram resgatar ao menos sete pessoas que ficaram soterradas sob escombros durante os ataques.

O canal do Catar ressalta que os dados divulgados até agora se referem ao saldo de mortos e feridos foi produzido apenas durante os bombardeios realizados pelas forças israelenses durante a madrugada.

Balanço do massacre em Gaza

Desde o início do genocídio na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, as forças militares de Israel já mataram mais de 53 mil pessoas, e deixaram mais de 120 mil feridos.

Esses números se referem apenas aos casos de mortos e feridos causados diretamente pelos ataques das forças israelenses.

Há estudos reconhecidos cientificamente que calculam o número total de vítimas em Gaza considerando as mortes indiretas, incluindo corpos desaparecidos sob os escombros ou pessoas vítimas da fome ou da falta de água e de insumos médicos, devido ao bloqueio da ajuda humanitária ao território imposto por Israel.

Esses estudos – um deles publicado pela famosa revista científica The Lancet – estimam que o número total de mortes produzidas pelo exército de Israel em Gaza pode ser até quatro vezes maior que o dos dados oficiais.

Segundo a Al Jazeera, o total de vítimas da jornada deste sábado pode ser maior que o verificado até o momento, devido a que as forças israelenses continuam atacando alvos em terras palestinas durante o dia.

*Al Jazeera/Opera Mundi

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Genocídio em Gaza tem sim as crianças como principais alvos dos terroristas de Israel; os números denunciam

A crise humanitária em Gaza, documentada pela BBC, The Guardian e ONU, é inegável, com crianças sofrendo um impacto terrível do genocídio planejado pelo governo terrorista de Israel.

Elas, as crianças, são a maiores vítimas fatais e as mais mutiladas.

Lógico que o mundo todo sente a dor dessas crianças, pois são crianças como qualquer criança de qualquer país, raça, credo e etnia.

A monstruosidade de Israel, com seu exército de bárbaros, cada dia que passa, é mais criticada pela comunidade internacional em uma pulsação única contra o terrorismo sionista.

A cegueira de alguns diante de relatórios que destacam a escassez de alimentos, água potável, medicamentos e infraestrutura básica, com milhares de mortos e feridos, além de deslocamentos em massa, é doentia.

A situação é agravada por conflitos contínuos, bloqueios e restrições de acesso à ajuda humanitária.

Crianças, as maiores vítimas fatais, quando não morrem, são mutiladas e muitas totalmente órfãs, enfrentam desnutrição aguda, traumas psicológicos e falta de acesso à educação e saúde.

Dados da ONU indicam que mais de 1,9 milhão de pessoas (quase 90% da população de Gaza) estão deslocadas, com números alarmantes de vítimas infantis.

Mas a Conib, aqui no Brasil, resolveu atacar Lula por ele levar a sério todos esses dados e denunciar internacionalmente os racistas sionistas.
Israel, é sim, um Estado assassino de crianças!

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Jornal britânico pede fim do silêncio sobre Gaza e cita “nojo” de Israel

O jornal The Independent, um dos mais influentes do Reino Unido, publicou um editorial que critica a total paralisação da ajuda humanitária a Gaza e denuncia a brutalidade das ações do governo israelense. Faz um apelo ao líder trabalhista britânico, Keir Starmer, para que se manifeste e pressione os líderes mundiais, incluindo Donald Trump, para que chamem Netanyahu à responsabilidade e encerrem o bloqueio de ajuda:

O mundo ficou chocado com a horrível atrocidade do Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, onde 1.200 pessoas foram mortas e 251 reféns foram sequestrados – o mais jovem tinha apenas 9 meses. Apesar de sua retaliação feroz ter causado alarme imediato, Israel encontrou apoio internacional para o direito de se defender.

Mas agora qualquer justificativa moral inicial para continuar a guerra, 18 meses depois, foi perdida – e o nojo que antes reservávamos para os militantes do Hamas foi transferido para os ataques brutais e implacáveis das Forças de Defesa de Israel e a catástrofe humanitária causada pelo seu bloqueio.

Desde o início da guerra, os civis em Gaza pagaram um preço devastador – o número de mortos já ultrapassa 52.000, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. Com o fornecimento de ajuda e água cortado no segundo dia do conflito, sendo parcialmente restaurado e depois cortado novamente à medida que os combates continuavam, os palestinos vivendo em Gaza sempre foram pouco mais do que danos colaterais.

O cessar-fogo negociado em janeiro deste ano trouxe uma breve esperança de que a trégua temporária pudesse abrir caminho para negociações de um plano de paz de longo prazo. Com a libertação de alguns dos reféns em cenas emocionantes, parecia haver uma faísca de luz. Mas, à medida que essas esperanças morreram, qualquer interesse pela catástrofe humanitária igualmente se esvaiu.

Donald Trump atraiu muita atenção por sua ideia bizarra – e profundamente imoral – de que os EUA assumissem a posse de Gaza e transformassem a região em uma segunda Riviera Mediterrânea. A deportação forçada de mais de 2 milhões de palestinos de suas terras e o que resta de suas casas representaria o maior ato de limpeza étnica desde a Segunda Guerra Mundial.

Quando a primeira fase do cessar-fogo expirou em março – e Israel e Hamas se acusaram mutuamente de frustrar o acordo – Israel impôs uma proibição total de toda a ajuda humanitária destinada a Gaza. De acordo com o DCM, Nada seria permitido passar. Nenhum medicamento, comida ou suprimento.

Encorajado pelo presidente dos EUA, Benjamin Netanyahu – o primeiro-ministro israelense – anunciou a retomada de seus bombardeios contra o enclave. Choqueiramente, a resposta da comunidade internacional foi silenciosa. Os aliados de Israel, incluindo o Reino Unido, deveriam ter se manifestado contra essa medida contraproducente e literalmente sem objetivo, assim como contra a devastadora catástrofe humanitária que causou.

O silêncio do Reino Unido e de outros tem sido ensurdecedor.

Sir Keir Starmer deveria se envergonhar por não ter dito nada, especialmente porque Netanyahu agora anunciou novos planos para expandir ainda mais os já devastadores bombardeios sobre Gaza – e impor uma ocupação indefinida do território. O ministro das finanças de Netanyahu, Bezalel Smotrich, colocou isso em termos ainda mais explícitos: o objetivo é, disse ele, “destruir completamente” Gaza.

É hora de o mundo acordar para o que está acontecendo e exigir o fim do sofrimento dos palestinos presos no enclave. Algumas pessoas podem querer desviar o olhar, incapazes de compreender os níveis de fome, miséria e desesperança. (…)

O governo britânico inicialmente queria apoiar nosso aliado. Após o horror de 7 de outubro de 2023 – uma data que ficará para sempre marcada – Israel recebeu apoio de todo o mundo. Esperava-se que o desejo de devolver os reféns e buscar justiça fosse compartilhado.

Mas a promessa de Netanyahu de “destruir o Hamas” nunca foi um objetivo de guerra realista – e se transformou na destruição de Gaza. O território de 25 milhas de extensão tornou-se quase totalmente inabitável, forçando sua população a se concentrar em áreas menores e menores de refugiados. A fome está à espreita da sua população.

As famílias dos reféns ainda presos lá dentro, por sua vez, imploraram repetidamente ao seu governo para concordar com um cessar-fogo, temendo que também estivessem sob o mesmo bloqueio de ajuda e bombardeio.

Netanyahu ecoou as odiosas opiniões expressas por Smotrich, que disse: “Os cidadãos de Gaza serão concentrados no sul. Eles estarão totalmente desesperados, entendendo que não há esperança e nada a buscar em Gaza, e estarão procurando por realocação para começar uma nova vida em outros lugares.”

Nos últimos dois meses, o bloqueio total de ajuda demonstrou que o objetivo vergonhoso do governo israelense é matar de fome e privar toda a população de Gaza, combatente e civil.

O presidente Trump deverá visitar Israel nos próximos dias, o que significa que há um curto período em que a opinião mundial pode se fazer ouvir. É hora de o Reino Unido pôr fim ao seu silêncio. Netanyahu deve perceber que está travando uma guerra que não é apenas impossível de vencer, mas inconcebível.

Sir Keir, encontre sua voz – e inste Trump e todos os líderes mundiais a pressionar Netanyahu a terminar com o bloqueio.

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Israel: após plano para expansão do genocídio, ministros defendem limpeza étnica dos palestinos

Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, ameaçaram ‘destruição total’ da Faixa de Gaza e ‘migração’ da população palestina.

Um dia após Israel aprovar um plano para a expansão da operação militar e ocupação da Faixa de Gaza, o ministro das Finanças do premiê Benjamin Netanyahu, Bezalel Smotrich, declarou, nesta terça-feira (06/05), que o enclave será “totalmente destruído” e a população palestina “partirá em grande número para outros países”.

Anteriormente o político de extrema direita disse que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não se retirarão de Gaza. “Estamos ocupando Gaza para ficar. Deixaremos de ter medo da palavra ‘ocupação’”, disse Smotrich ao Canal 13 de Israel.

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reafirmou sua insistência em usar a fome como arma de guerra contra os palestinos em Gaza. De acordo com o Canal 14 de Israel, Ben-Gvir disse que “a única ajuda que deve entrar em Gaza é para fins de migração voluntária”, em apoio ao deslocamento forçado dos palestinos.

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“Enquanto [os prisioneiros israelenses] estiverem presos nos túneis, nenhuma ajuda deverá entrar lá, nem do exército israelense, nem de organizações humanitárias”, acrescentou.

As falas dos ministros vão ao encontro da medida aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, que prevê a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários.

O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país, ajudará a garantir sua vitória na região.

A declaração de Smotrich e o plano aprovado pelo governo de Tel Aviv ocorrem após o presidente dos Estados Unidos e aliado de Israel, Donald Trump, já ter defendido, ao lado de Netanyahu, o deslocamento forçado dos palestinos.

“A Faixa de Gaza é uma incrível e importante propriedade imobiliária. Se você mover os palestino para diferentes países, você realmente tem uma ‘zona de liberdade’”, disse na ocasião.

*Opera Mundi

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OMS denuncia Israel: “Estamos matando as crianças de Gaza de fome”

Após dois meses de bloqueio, fome e sede atingem 2,4 milhões de pessoas. Para o diretor Mike Ryan situação em Gaza é “uma abominação”; ONU alerta para catástrofe humanitária

A Faixa de Gaza está à beira do colapso — e Israel tem responsabilidade direta, denunciam autoridades internacionais. Na última quinta-feira (1º/5), Michael Ryan, diretor-geral adjunto do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi incisivo ao dizer a jornalistas que “estamos destroçando o corpo e a alma das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de fome. Se não agirmos, seremos cúmplices do que ocorre diante dos nossos olhos”.

Israel bloqueia há dois meses toda entrada de alimentos, medicamentos e combustível no enclave, agravando um quadro de fome generalizada que já atinge 2,4 milhões de pessoas. A justificativa do governo israelense é pressionar o Hamas para que libertem 58 reféns, dos 251 ainda detidos desde 7 de outubro de 2023. Porém, os efeitos atingem de forma desproporcional a população civil, especialmente as crianças, diz o Vermelho.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “2 milhões de pessoas estão sofrendo enquanto 116 mil toneladas de alimentos estão bloqueadas na fronteira, a poucos minutos de distância”. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) declarou que suas últimas reservas acabaram no final de abril, obrigando o fechamento de 25 padarias e cozinhas populares que atendiam metade da população — ainda assim fornecendo apenas 25% das necessidades alimentares diárias. Sem comida, sem combustível e sem água potável, os palestinos agora buscam itens para queimar e cozinhar, enquanto os preços dos alimentos dispararam em 1.400%.

Um massacre de crianças

Desde a retomada da ofensiva israelense, em 18 de março, quase 500 crianças palestinas foram mortas, informou o Hamas. Só nas últimas semanas, 1.350 civis morreram em Gaza, elevando o saldo total do conflito a mais de 50 mil mortos desde outubro, segundo números locais. A Defesa Civil de Gaza relatou que, em apenas um dia, 19 civis, sendo a maioria mulheres e crianças, foram mortos em bombardeios israelenses no norte do território.

A ONU denuncia uma situação inédita de catástrofe humanitária. O bloqueio imposto por Israel já é o mais longo da história recente de Gaza, com cerca de 4 mil caminhões de ajuda humanitária parados, impedidos de entrar. “O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, alertou Ryan. Ele reforçou que doenças como pneumonia e meningite estão em alta, matando os mais vulneráveis.

Israel insiste que há comida suficiente no território e acusa o Hamas de desviar a ajuda, algo que o grupo nega veementemente. Além disso, o governo Netanyahu anunciou planos para expandir a ofensiva militar genocida, com o objetivo de “conquistar Gaza” e, segundo palavras do próprio premiê, promover a “saída voluntária dos habitantes”, um plano inspirado nas propostas de Donald Trump de transformar Gaza em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”.

Entre territórios e vidas humanas

As críticas internacionais aumentam, não apenas pelas ações militares, mas também pela dimensão das mortes civis. Para o Fórum de Famílias de Reféns, que reúne parentes dos sequestrados israelenses, o governo de Netanyahu “está escolhendo território em vez de reféns, contrariando a vontade de mais de 70% da população israelense”.

Organizações humanitárias alertam: mais de 1 milhão de crianças em Gaza estão em risco iminente de morte ou sequelas irreversíveis por desnutrição severa. Sem entrada imediata de ajuda, essas mortes serão diretamente atribuídas às decisões políticas do governo israelense.

Enquanto o gabinete de segurança de Israel anuncia expansão militar e recrutamento de reservistas, comunidades inteiras em Gaza enfrentam o apagamento completo com milhares de famílias dizimadas, crianças enterradas sob escombros, escolas e hospitais destruídos.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, enfatizou Ryan. “Devemos nos perguntar: quanto sangue é suficiente para satisfazer os objetivos políticos de ambos os lados?”

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Com aval global, Israel mantém estupro e tortura de palestinos em prisões: “matadouros humanos”

Israel faz das prisões verdadeiros cemitérios para vivos e segue praticando violações sem obstáculos, investigações, julgamentos ou mínima pressão internacional.

Não surpreende que o inferno na Terra tenha um rosto palestino, mas hoje ele assume uma forma ainda mais sombria e nítida nas prisões da ocupação israelense – instalações que ultrapassaram todos os limites da razão, transformando-se em matadouros humanos onde se infligem aos detentos palestinos, especialmente os da Faixa de Gaza, as formas mais brutais de humilhação e tortura.

Imagens vazadas do interior da prisão de Ketziot e do campo militar de “Ofer”, juntamente com os testemunhos dos detentos repassados pela Comissão de Assuntos dos Detentos e Ex-Detentos e pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, não deixam margem para dúvidas: estamos diante de crimes plenamente caracterizados, que vão do estupro à tortura física e psicológica, passando pela fome e culminando em um genocídio em câmera lenta.

O abuso sexual sistemático revelado pelos detentos nos confronta com uma questão de humanidade antes mesmo de uma questão legal: como o mundo pode assistir impassível a atos que fazem reviver as épocas mais sangrentas da história humana? No campo de “Ofer”, o horror não termina no estupro – ele é praticado diante dos demais detentos, para degradar e quebrar a todos. Bastões são inseridos à força repetidamente no corpo do detento até que ele sufoque, e quando ele grita, sua dor se torna fonte de prazer para seu torturador.

Em Ketziot, a tragédia não é menos selvagem: os detentos usam baldes como sanitários, não têm acesso à água potável, sofrem de sarna, são privados de roupas limpas e dormem sobre colchões rasgados. É a experiência de ser enterrado vivo sem cova – sem remédios, sem higiene, sem dignidade, apenas um tormento contínuo.

O que torna o crime ainda mais doloroso é o fato de o mundo ver e ouvir – e ainda assim nada fazer. Não há comissões de investigação, não há julgamentos, nem sequer pressão real sobre as autoridades ocupantes. Já se passaram 19 meses desde os massacres abertos em Gaza, e nada mudou. Pior: o tempo tornou-se aliado do crime, e não seu inibidor.

Neste contexto, é vital repensar a eficácia do sistema internacional de direitos humanos, que se tornou não apenas impotente, mas cúmplice por seu silêncio. Quando o detento palestino se torna um alvo público de estupro, fome e tortura, sem sequer uma declaração séria de condenação, isso significa que a “exceção israelense” já não é mais uma exceção – ela se tornou a norma nesta era de colapso moral.

Talvez seja hora de fazer uma pergunta mais profunda: o que significa ser humano se tais crimes passam como boletins meteorológicos? Qual o propósito do direito internacional se ele não consegue impedir que um bastão seja enfiado no corpo de um jovem desarmado, apenas por ele ser palestino?

O silêncio do mundo já não é apenas negligência – é participação ativa no crime.

*Wisam Zoghbour/Viomundo

*Wisam Zoghbour Jornalista, membro da Secretaria-Geral do Sindicato dos Jornalistas Palestinos e diretor da Rádio Voz da Pátria.

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Em Roma, Lula pede fim da ‘violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza’ e não cumprimenta Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Roma para acompanhar o funeral do papa Francisco, disse esperar que os líderes globais consigam avançar nas negociações para o encerramento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e para um fim da “violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”.

Lula falou com a imprensa após o funeral do papa Francisco, na manhã deste sábado (26). Outros chefes de Estado viajaram para a capital italiana para a cerimônia, como Javier Milei, presidente da Argentina, país onde nasceu o papa, e Donald Trump.

Lula

“O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois se sentem na mesa de negociações e encontrem uma solução, não só para Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, disse Lula.

Na manhã desta sábado, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma conversa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

“Eu não sei o que eles conversaram, eu não posso intuir a conversa. Eu acho que o que é importante é que se converse para encontrar uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação. Ou seja, ninguém consegue explicar, e ninguém quer falar em paz”, disse Lula.

Lula afirmou ainda que volta ao Brasil com a sensação de dever cumprido: “Então, eu volto para o Brasil certo que nós cumprimos os nossos deveres, como cristãos, religiosos e políticos de vir no enterro de uma pessoa admirável como o papa Francisco”, disse, na pista do aeroporto de Roma, pouco antes do embarque.

Lula diz que não cumprimetou Trump
Lula também disse que não cumprimentou o presidente Trump. Os dois não conversaram desde que o republicano tomou posse, em 20 de janeiro. Em declaração recente, Trump afirmou que o Brasil é um dos países que “sobrevivem” e que “ficaram ricos” impondo tarifas sobre as importações americanas.

“Não, não cumprimentei [o Trump] porque estava conversando com o meu pessoal sobre a segurança na saída, que estava uma confusão muito grande, e eu não cumprimentei, não olhei nem pro lado. Eu não vi o Trump, na verdade”, afirmou Lula.

*ICL

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Israel silenciou sobre morte do papa Francisco, que condenou massacre em Gaza

Missões diplomáticas israelenses foram proibidas de lamentar morte do pontífice, segundo imprensa local.

Já se passaram três dias desde o falecimento do papa Francisco, que comoveu não apenas a população mundial, como também chefes de Estado de diversos países, tanto da ala progressista quanto da conservadora. Algumas das autoridades que confirmaram presença no velório do pontífice de 88 anos, a acontecer neste sábado (26/04), são o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o norte-americano Donald Trump, o argentino Javier Milei, entre outras. Enquanto isso, chama a atenção que, até esta quarta-feira (23/04), o governo de Israel segue em silêncio.

Na segunda-feira (21/04), o Ministério das Relações Exteriores de Israel deletou uma postagem em sua conta oficial da plataforma X que expressava pesar pela morte do papa Francisco.

“Descanse em paz, papa Francisco. Que sua memória seja uma bênção”, dizia a publicação que foi retirada horas depois, segundo o jornal The Times of Israel. Já de acordo com o site de notícias Ynet, posteriormente, as missões diplomáticas de Israel em todo o mundo foram ordenadas a excluir quaisquer postagens semelhantes, o que teria indignado os embaixadores.

“Reagimos contra as palavras do papa contra Israel em vida, não falaremos depois de sua morte”, disse um funcionário da chancelaria israelense.

Nem o primeiro-ministro do regime sionista, Benjamin Netanyahu, se pronunciou. Até o momento, a única figura política do país que lamentou a morte do líder católico foi o presidente Isaac Herzog.

“Francisco era um homem de imensa fé e grande misericórdia, que dedicou a vida ao progresso dos pobres no mundo e ao pedido de paz em uma época complexa de turbulenta”, escreveu Herzog em rede social.

As relações entre a Santa Sé e Israel se deterioraram ao longo do genocídio em Gaza, iniciado em 7 de outubro de 2023, com diversas declarações condenatórias do pontífice às operações conduzidas pelo regime sionista no território palestino.

Em seu último dia de vida, no domingo (20/04) de Páscoa, o líder católico voltou a condenar os conflitos no mundo, citando entre eles o massacre promovido por Tel Aviv em Gaza e lamentando a “dramática situação humanitária” do enclave.

*Opera Mundi