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Lula pode anunciar Sônia Guajajara como ministra dos Povos Originários na COP27

Liderança indígena pode ser primeiro nome do ministério do novo governo do petista.

No Egito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode anunciar a deputada federal eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP) como chefe do novo Ministério dos Povos Originários. Seria o primeiro nome divulgado do terceiro governo do petista.

A informação foi confirmada ao Brasil de Fato por dois petistas próximos da equipe de transição do governo. Guajajara foi sondada ainda durante a campanha e recebeu o convite formal na última segunda-feira (31). A deputada teria aceitado o convite.

Anunciar Guajajara, líder indígena inconteste no Brasil e ambientalista, dentro da programação da COP27, seria uma sinalização de Lula para o mundo de que o seu governo colocará a pauta ambiental na primeira prateleira.

Nesta quinta-feira (3), no Rio de Janeiro, Guajajara participa como convidada especial do Novo Acordo Verde (Nave), evento internacional sobre o clima que antecede a COP27, com apoio do Instituto Lula.

A equipe de Lula entende que um primeiro anúncio deve acalmar a opinião pública, ansiosa pela divulgação dos nomes. Além disso, o Ministério dos Povos Originários não entra em disputas políticas, que marcam o período de transição de governos, e Guajajara só traria avaliações positivas, mesmo entre os indígenas, que reconhecem a parlamentar eleita como uma liderança nacional importante.

Em suas redes sociais, Guajajara se manifestou. “Sobre a notícia dada pelo Brasil de Fato, dizendo que já aceitei ser Ministra dos Povos Originários no governo do @lulaoficial. A informação não procede, não recebi nenhum convite para o cargo e se o mesmo for feito será amplamente debatido com o Movimento Indígena.”

A COP 27, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecerá em Sharm el-Sheikh, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro, será o primeiro compromisso de Lula como presidente eleito.

Na comitiva do petista também estarão a senadora Simone Tebet (MDB) e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), ambas cotadas para chefiar ministérios no futuro governo.

*Com Brasil de Fato

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Vídeo: A índia fake que Bolsonaro levou para a ONU, dá aula de como é peido de índio

Um dos piores momentos do discurso de Bolsonaro, foi o ataque ao Cacique Raoni, aos índios que afirmou que colocam fogo na floresta amazônica, ao passo que citou Ysani Kalapalo, a índia fake que ele levou para a ONU, que é youtuber, como a grande liderança indígena brasileira.

Para um presidente que só fala em cocô, levar para a ONU, entusiasmado, levar uma falsa índia, que usa o youtube para explicar como é peido de índio, até faz sentido, mas reduzir a popular a população indígena do Brasil a um personagem tão degradante quanto ela, foi uma cusparada na cara dos chefes de Estado e da própria ONU, mostrando não só a descompostura de Bolsonaro, mas o teatro ambulante que ele levou para a Assembleia das Nações Unidas, provocando ainda mais repúdio em todo o mundo por uma atitude tão baixa ligada a um tema tão sério que ganha cada vez mais espaço no debate global, que é a preservação dos índios e dos povos da floresta amazônica.