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Com tantas superintendências e Bolsonaro só queria uma, a do Rio, por quê?

Bolsonaro disse a Moro, são 27 superintendências, eu só quero uma, a do Rio. Por quê?

Tanto lugar para Ronnie Lessa, por que o assassino de Marielle foi morar justo no condomínio de Bolsonaro e Carlos na Barra da Tijuca?

Tanta gente para o porteiro dizer que ouviu a voz duas vezes no interfone que liberou a entrada de Élcio de Queiroz, comparsa do Ronnie Lessa, no dia do crime de Marielle e o porteiro afirmou que ouviu justo a voz de seu Jair da casa 58?

Tanta gente para Ronnie Lessa ser sócio no “Escritório do Crime” e ele vai ser sócio logo de Adriano da Nóbrega, que tinha irmã e mãe trabalhando no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, com intermediação do miliciano Queiroz, que fazia os depósitos do esquema nas contas de Flávio e Michelle Bolsonaro?

Tanta coisa para a polícia descobrir nos celulares periciados de Ronnie Lessa e foi descobrir que o miliciano Adriano da Nóbrega era o patrãozão de Rio das Pedras onde Queiroz costuma se esconder?

Hoje, Bolsonaro praticamente botou na boca da imprensa coisas que ninguém cogitou contra ele, principalmente sobre o caso Marielle: “O Rio é o meu estado. Acusaram meus filhos e a mim de termos participado da morte de Marielle. Vocês têm noção da gravidade disso?” perguntou Bolsonaro.

Bolsonaro ainda disse: “o superintendente do Rio foi trocado por questões de produtividade, e mesmo assim foi promovido para trabalhar em Brasília.”

Ocorre que Bolsonaro bateu tanto na tecla de Adélio e não trocou o superintendente de Minas por questões de produtividade, por quê?

Se Bolsonaro não está passando recibo de culpa, então, não se sabe o que é recibo.

Quem acusou Bolsonaro de mandar matar Marielle? Ninguém!

Ele ou o Carlos foram acusados de matar Marielle?

Mas quem acusou?

Não se ouviu ninguém da imprensa dizer que eles mandaram matar a Marielle.

Se Bolsonaro reage assim é porque a PF, provavelmente, chegou em alguma coisa.

Resta saber quem é o “acusaram”.

O que parece é que ele, Bolsonaro, está preocupado em evitar investigações sobre as milícias e o assassinato de Marielle.

Outra pergunta que soa até ridícula: Se Bolsonaro diz que o Superintendente do Rio foi trocado por falta de produtividade, por que ele foi promovido para o segundo cargo mais alto da PF?

Que sentido tem um nonsense desses?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Adriano da Nóbrega, o miliciano suspeito de matar Marielle e ligado ao clã, é morto em tiroteio

Ligado ao clã Bolsonaro, o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega da Silva foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil do Rio. Ele foi apontado pelo MP-RJ como o chefe do Escritório do Crime, grupo de atiradores profissionais. Também é suspeito de envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco.

O ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na manhã deste domingo (9) durante uma troca de tiros com a Polícia Civil do Rio. O ex-policial militar foi localizado numa área rural da Bahia, na cidade Esplanada. A ação teve apoio da Secretaria de Estado de Segurança da Bahia.

Ele foi apontado pelo MP-RJ como o chefe do Escritório do Crime. A mãe do policial trabalhou no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O próprio parlamentar fez homenagens ao ex-capitão.

O ex-militar é suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) – o crime aconteceu em março de 2018. Também integrava o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais e que também faz exploração ilegal de imóveis.

De acordo com registros da Alerj, Flávio Bolsonaro foi o único a votar contra a proposta do deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), atual deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora quando o pessolista ocupava um cargo no Legislativo do estado do Rio.

Em março, foram presos dois suspeitos de serem os assassinos de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de ter feito os disparos e o segundo de dirigir o carro que perseguiu a parlamentar.

Lessa morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro. Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos havia postado no Facebook uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado.

 

 

*Com informações do 247