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Moro e o seu troféu Boca Aberta

O chilique do deputado Éder Mauro, do PSD do Pará, e o troféu entregue pelo deputado Boca Aberta, do PROS do Paraná, formam, junto com a tropa histérica de puxa sacos da base governista, o mosaico do que restou de apoio a Sérgio Moro, no Parlamento e, por extensão, na sociedade.

As manifestações do dia 30 de julho, curiosamente chamadas de “protestos de apoio”, demonstraram com bastante clareza o refluxo desse apoio, que pode ser medido pelo número de quarteirões ocupados por esses inusitados protestantes, nos maiores centros urbanos do País.

Fustigado pelos vazamentos do Intercept Brasil, para os quais montou uma estratégia de defesa confusa e errática, Moro tem se virado como pode.

No Senado Federal e na Câmara dos Deputados, comportou-se como um autômato, focado no treinamento de media training que o orientou a fugir das perguntas irrespondíveis e se apegar, não sem algum constrangimento, à bajulação ensaiada dos beócios que hoje compõem a base de apoio do governo Bolsonaro.

A fala final, na Comissão de Constituição de Constituição e Justiça, do deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio, acionou todos os gatilhos emocionais dessa gente. Ao chamar Moro de “juiz ladrão”, como antes, no processo de impeachment, havia colado na testa de Eduardo Cunha a pecha de “gangster”, Braga abriu a Caixa de Pandora onde repousavam os piores demônios aliados do ministro da Justiça.

Éder Mauro, delegado de polícia do Pará, foi o primeiro a surtar. Quase perdeu a peruca ao vociferar contra Braga, a quem chamou de “viado”, um xingamento cafona, ridiculamente homofóbico, mas que pode lhe custar uma cassação de mandato. Isso, claro, se ainda houver algum respeito ao regimento interno da Câmara.

Boca Aberta foi mais além, embora sem tantos faniquitos. Sacou um troféu de honra ao mérito para Moro. Segundo ele mesmo, uma taça “à maior estrela do combate à corrupção, no País”. Merecia, ele mesmo, troféu semelhante, de maior puxa saco de Moro. Sem falar na faixa de Miss Brasil Sem Noção.

Ali, naquele momento, reverenciado por esse gueto de loucos e fascistas, Moro

percebeu que, daqui para frente, será só ladeira abaixo.

 

*Por Leandro Fortes/247

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Fim da linha para Moro, por Leandro Fortes

“O melhor que Sérgio Moro deveria fazer, agora, era ir para casa e aproveitar a popularidade (e dinheiro) que ainda tem para contratar bons advogados e montar uma estratégia de defesa, porque o media training deu ruim”, diz Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia; “O ex-juiz não tem mais nenhuma condição de continuar ministro, a não ser que se disponha a viver como um zumbi dentro de um governo onde já há zumbis demais”

O melhor que Sérgio Moro deveria fazer, agora, era ir para casa e aproveitar a popularidade (e dinheiro) que ainda tem para contratar bons advogados e montar uma estratégia de defesa, porque o media training deu ruim.

Moro está naquele momento onde a aparência física começa a se assemelhar com o monstro apavorado que não para de crescer dentro dele. Basta ver as imagens do depoimento no Senado: o que se vê, ali, é um homem aflito, afogado em mentiras, perdendo, uma a uma, as saídas que costumava ter.

Ainda que fosse um homem forte, corajoso, esse super herói que a mídia construiu para destruir o PT, Moro ainda teria que ser muito mais para aguentar o que vem por aí. E ele sabe disso.

O ex-juiz não tem mais nenhuma condição de continuar ministro, a não ser que se disponha a viver como um zumbi dentro de um governo onde já há zumbis demais.

Moro já perdeu a serventia, se vacilar, vai perder a liberdade.

Luiz Inácio avisou.

 

 

*Por Leandro Fortes