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Alcolumbre formaliza arquivamento da PEC da Blindagem: ‘Mobilizou a sociedade brasileira e o Parlamento’

Nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), formalizou o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem ou da Bandidagem. A decisão segue o regimento interno da Casa, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitar a proposta por unanimidade, considerando-a inconstitucional e juridicamente inviável.

A PEC buscava ampliar as prerrogativas de parlamentares, exigindo autorização prévia da Câmara dos Deputados ou do Senado para o processamento criminal de deputados e senadores em casos como crimes comuns, corrupção, lavagem de dinheiro e outros. Isso reviveria parcialmente uma regra em vigor entre 1988 e 2001, mas com votação aberta (não secreta).

Críticos, incluindo entidades como Transparência Brasil e Centro de Liderança Pública, argumentavam que a medida criaria uma “blindagem” contra investigações, promovendo impunidade e enfraquecendo o combate à corrupção, especialmente em temas como o Orçamento Secreto e os atos de 8 de janeiro de 2023.

Aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados em 17 de setembro de 2025, a PEC chegou ao Senado sob forte pressão pública. Protestos ocorreram em todas as 27 capitais brasileiras no dia 21 de setembro, liderados por movimentos de esquerda e sociedade civil, contra o que chamavam de “retrocesso democrático”.

O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou parecer pela rejeição, aprovado por 26 votos a zero. Vieira classificou a PEC como um “golpe fatal” na legitimidade do Congresso, abrindo “portas para transformar o Legislativo em abrigo seguro para criminosos”. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), elogiado por Alcolumbre, conduziu a sessão.

Arquivamento imediato

Como a rejeição foi unânime, não há necessidade de votação no plenário — recurso só seria possível com assinaturas de pelo menos 9 senadores, o que não ocorreu. Alcolumbre anunciou a medida em pronunciamento no plenário, destacando o cumprimento regimental “sem atropelos, sem ‘disse me disse’, sem invenções”.

 Declaração de Alcolumbre
No discurso, Alcolumbre enalteceu a atuação dos senadores na CCJ, afirmando:
“Senadores da CCJ concluíram com rapidez a votação da matéria no dia de hoje, com coragem, repito, com altivez, com serenidade de enfrentar um tema que tem, naturalmente, mobilizado a sociedade brasileira, mas, sobretudo, o parlamento.”

Ele reforçou que a decisão reflete a serenidade do Legislativo em debater temas sensíveis, mantendo a atual legislação sobre imunidade parlamentar (foro privilegiado limitado a crimes em exercício da função).

O arquivamento encerra definitivamente a tramitação no Congresso, preservando o equilíbrio entre poderes e facilitando investigações contra parlamentares. Especialistas veem isso como vitória no combate à impunidade.


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A PEC da anistia é, na prática, a PEC da Bandidagem

Ué, se o genocida, golpista e corrupto, foi condenado pelo STF, até aqui, a 27 anos de cadeia por tramar e comandar a tentativa de golpe, falar em anistia votada pelos seus pares, isso, na realidade, é a própria PEC da Bandidagem.

Ou seja, em síntese, a PEC da Anistia e a PEC da bandidagem são uma coisa só. Nem lado oposto da mesma moeda são.

A “PEC da Bandidagem reflete a percepção de que a anistia, junto com a PEC da Blindagem (aprovada na Câmara para dificultar processos contra parlamentares), forma uma ofensiva para proteger políticos de investigações, incluindo casos de corrupção e atos golpistas, em reação às decisões do STF.

Simples assim.

Como disse o Pastor Henrique Vieira (PSOL)
“A imagem fala por si: deputados extremistas sorrindo após votar a favor da PEC da Blindagem e, logo depois, Hugo Motta abraçando Sóstenes comemorando a urgência da Anistia.”


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Após Operação Carbono Oculto, PEC da bandidagem ampliou foro para presidentes de partidos

Substitutivo de 2025 incluiu foro no STF para líderes partidários, medida apresentada após a deflagração da investigação que atingiu centro financeiro de São Paulo

A primeira versão da chamada PEC da bandidagem, relatada em 2021 por Margarete Coelho (PP-PI), tinha foco restrito nas prerrogativas parlamentares. O texto aprovado na comissão especial deixava claro que não alteraria os artigos 102 e 105 da Constituição Federal, preservando o sistema atual de julgamento e foro privilegiado apenas para parlamentares. A relatora chegou a registrar em seu parecer que “optamos por não modificar, ao menos neste momento, a competência do Supremo Tribunal Federal”, mantendo a redação original da Constituição. Dessa forma, não havia previsão de foro para presidentes de partidos na proposta inicial.

Esse quadro mudou em setembro de 2025, quando o relator Cláudio Cajado (PP-BA) apresentou novo substitutivo diretamente ao plenário. No dia 16, a Câmara recebeu o SBT-1, que além de restabelecer dispositivos sobre autorização prévia para processar parlamentares, trouxe também uma novidade significativa: a inclusão dos presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso no rol de autoridades julgadas pelo Supremo Tribunal Federal. A mudança, aparentemente discreta no meio de dezenas de alterações, teve impacto profundo no desenho institucional.

O dispositivo modificou o artigo 102, inciso I, da Constituição, ampliando o alcance do foro especial. Um destaque apresentado pelo partido Novo tentou retirar esse trecho específico, sob o argumento de que estender o foro privilegiado a dirigentes partidários agravava a desigualdade de tratamento entre políticos e cidadãos comuns. No entanto, o destaque foi rejeitado em plenário por ampla maioria: 317 votos contra 156, consolidando a inclusão e dando caráter permanente ao benefício.

Nos bastidores, deputados afirmam que Antônio Rueda foi um dos principais articuladores pela inclusão do dispositivo que blindaria presidentes de partidos. Chegando a falar diretamente com presidente da Câmara, Hugo Motta segundo Cleber Lourenço, ICL.

A cronologia da tramitação mostra que a iniciativa surgiu logo após a deflagração da Operação Carbono Oculto pela Polícia Federal, investigação de grande repercussão que apura lavagem de dinheiro e uso de aeronaves associadas a grupos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As diligências expuseram conexões entre empresários, operadores de transporte aéreo e atingiram figuras políticas de destaque, provocando forte desgaste em partidos do centrão.


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