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A satanização de Bolsonaro contra o povo nordestino

Já se via nas redes gente chamando o nordestino de analfabeto, cabeça chata, assim como se viu o preconceito saído dos intestinos da advogada, Flávia Moraes, de Uberlândia, MG, numa fala horrorosa.

Mais tarde, foi a vez de Bolsonaro berrar, à luz crua e em claro português, seu ódio e a sua satanização pensada e formulada para culpar o povo nordestino por sua derrota para Lula no 1º turno.

O desprezo pelo povo nordestino sempre fez parte do histórico de Bolsonaro que sempre usou os preconceitos mais perversos para provar o quanto é racista, e esse racismo de ontem adquiriu caráter criminoso de quem está desesperado com a possibilidade de ver Lula consagrado nas urnas sobre sua derrota.

Bolsonaro fez um discurso odioso para sua falange, para aqueles que o admiram justamente por isso. Mas a questão é maior do que um preconceito de momento. Esse racismo, como já dissemos, é parte da história de Bolsonaro que nunca teorizou essa questão, sempre que, em público, referiu-se ao povo nordestino, era de forma mais que depreciativa, como mostram diversos vídeos na internet. Sua intenção sempre foi satanizá-lo.

Mas neta quarta-feira (5), Bolsonaro foi muito além, porque não conseguiu represar o que carrega na alma como parte de seu patrimônio satânico.

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Não é omissão, é vingança de Bolsonaro contra o povo nordestino que ele odeia

Com a milícia, funciona assim, ou é cúmplice, aliado ou é inimigo e merece vingança.

É assim que Bolsonaro assina suas ordens. Aliás, a dinastia de seu clã funciona dessa maneira. Não há responsabilidade de fato com qualquer questão do meio ambiente em relação ao derrame de óleo nas praias do Nordeste, assim como não houve com o incêndio da Amazônia. Mas nos dois casos, Bolsonaro se vingou dos povos da floresta, índios e quilombolas e, no caso das manchas de óleo promovidas pelo vazamento da Shell, o litoral nordestino e todos os que vivem economicamente dele, pagarão por sua vingança.

Esse é o jeito de Bolsonaro. Quando não podia enfrentar a esquerda no Congresso, enaltecia torturadores, assassinos, milicianos, ditadores como forma de extravasar o seu ódio. Agora, com o poder nas mãos, age de forma concreta, age contra todos os que ele considera inimigos.

Ricardo Salles, que não é ministro de Bolsonaro por acidente, acolhe com júbilo, a ideia de se vingar do povo nordestino e ter uma atitude ainda mais crápula de culpar o Green Peace, como se a ONG tivesse fosse um órgão governamental e tivesse a responsabilidade de salvar o povo nordestino. Assim Bolsonaro se vinga do Nordeste e da ONG que ele também odeia.

Enquanto os nordestinos, como voluntários, colocam em risco a sua própria saúde, na remoção das gigantescas placas de óleo, que somam incontáveis toneladas, o miserável capitão está no Japão hoje passeando com sua tropa, custeados com dinheiro público saído do suor do povo.

Mesmo assim, Bolsonaro não abre mão de destroçar, pelo ímpeto do ódio, os nordestinos que seguem firmes com Lula, mesmo os poucos que votaram e ainda apoiam Bolsonaro, também sofrem por sua vingança com a região.

Bolsonaro é um louco, um sujeito que acredita no mal como solução, no ódio como padrão. Por isso, continuará de braços cruzados o máximo de tempo possível para que as cenas de manchas de óleo se avolumem e se espalhem pelo litoral nordestino, para que se concretize integralmente a sua vingança.

Jean Wyllys tem a mesma opinião, como se vê no vídeo:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas