Depois da pressão internacional, Bolsonaro que tinha oficialmente apoiado a invasão da milícia de Guaidó à embaixada venezuelana, passou por um processo em que não conseguiu desfazer o novelo de bandidagem que construiu.
Primeiro, Bolsonaro faz uma declaração oficial contra a invasão e contra o próprio Guaidó, este reclama, Bolsonaro pipoca e solta uma segunda declaração em que a pipoca vira piruá, tirando o nome de Guaidó, num rodopio de 180º vexatório.
Mesmo sendo somente figuração, as duas declarações mostram que Bolsonaro, pela manhã, é um, à tarde, é outro e, à noite, é uma mistura dos dois. Ou seja, o presidente é falso até nas suas trincheiras ideológicas, leva com ele quem grita mais, sem o menor discernimento de certo ou errado, de legal ou ilegal, de oficial e clandestino.
O problema é que não dá para atribuir a invasão à embaixada somente a Guaidó, pois seu filho, Eduardo Bolsonaro, compartilhou o vídeo apoiando a milícia invasora.
Alguém acredita que isso foi pura vontade individual de Eduardo Bolsonaro sem o consentimento do pai?
Para piorar a história, os invasores, depois de serem traídos por Bolsonaro, saem pela porta dos fundos da embaixada sem serem incomodados pela polícia, pelo Ministério Público ou pelo judiciário, escancarando a omissão oficial com os criminosos, o que revela que esse país, com Bolsonaro, transformou-se numa balbúrdia miliciana, aonde o que vale é a lei do mais forte.
URGENTE! Invasores da embaixada venezuelana em Brasília acabam de deixar o local pela porta dos fundos! Xô, golpistas!
Cinegrafista Léo da UJS DF pic.twitter.com/cSby6wTRcv— União da Juventude Socialista (@UJSBRASIL) November 13, 2019
Mensaje de nuestro Ministro Consejero Tomas Silva luego de la entrega voluntaria por parte de funcionarios deL régimen que reconocieron al Presidente @jguaido pic.twitter.com/mkR4ZWQap2
— Maria Teresa Belandria (@matebe) November 13, 2019