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Natalia Pasternak: Negacionismo é a propagação intencional da mentira

Essa frase dita hoje na CPI da Covid pela microbiologista, Natalia Pasternak, é lapidar, porque vai muito além das questões de preconceito, racismo e discriminação que Bolsonaro e sua tropa dispensaram à China que, juntas com a intenção de mentir e, consequentemente, correr o risco de matar centenas de milhares de brasileiros, fica absolutamente evidente.

O que isso quer dizer? Que Bolsonaro optou por tratar uma pandemia, que já matou quase meio milhão de brasileiros, de maneira criminosa, sabendo que era criminosa, tentando com isso mutilar toda forma de informação sobre o vírus substituindo por mentiras, resumindo o negacionismo que Bolsonaro disseminou muitas vezes de maneira profissional, seja por ele próprio nas suas redes sociais na internet, seja em programas como, por exemplo, Pingo nos Is, de Rodrigo Constantino.

Bolsonaro teve a capacidade de, ao usar esses veículos, trazer uma outra percepção do grau de letalidade da covid, sobretudo quando instruía a população a trocar a vacina pela cloroquina, isso depois que não tiveram mais como negar a existência e a gravidade do vírus.

Trocando em miúdos, Bolsonaro se viu, como presidente, no livre exercício de mentir, o que é muito diferente de esconder a verdade. E permaneceu, como permanece, nessa mesma posição de propagar a mentira para disseminar a morte.

Não há mais exame a se fazer sobre seus crimes, porque esse foi um modelo instalado pelo Palácio do Planalto, um modelo criminoso que agravou durante mais de um ano a crise sanitária no Brasil que, muito além dos preconceitos, tinha fórmula, estudo e formação de agentes para espalhar mentiras criminosas que resultaram nesse morticínio sem fim.

Não houve uma integração casual dos estúpidos e idiotas para se chegar a esse momento trágico que o Brasil vive.

Natalia Pasternak mostra a diferença entre ter uma atitude ausente no combate à pandemia e outra atitude em que se trabalhou incessantemente a desinformação como fermento da mentira e, consequentemente do trágico resultado que veio desse discurso oficial.

Se isso não for motivo para arrancar Bolsonaro a fórceps da cadeira da presidência e meter-lhe um par de algemas, acabou qualquer conceito de ordem nacional, de civilidade, de institucionalidade e, sobretudo, de legalidade.

O Brasil não é um templo em que um presidente da República informa a partir de suas crenças. O que hoje vivemos é o assassinato cotidiano de brasileiros pela disseminação de mentiras que coloca o país na condição das piores mazelas produzidas pela covid no planeta.

Isso tem que ter um fim, e esse fim só será possível com o impeachment de Bolsonaro, porque em plena terceira onda já nos devolveu a quase 3 mil mortes diárias, o sujeito decide fazer uma Copa América no país e orienta publicamente a sociedade a abandonar o uso de máscara.

O que fica claro é que Bolsonaro não pretende parar de jogar mais gasolina na fogueira que está cada dia mais agressiva e voraz.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Bolsonaro será investigado pela CPI por propagação intencional do vírus

Senadores citam incentivo à imunidade de rebanho como item a ser investigado.

Nas primeiras semanas da pandemia, Jair Bolsonaro mostrou que seu plano era trabalhar para que o coronavírus se espalhasse pelo país. “Como dizem os infectologistas: 60%, 70% da população será infectada, e só a partir daí nós teremos o país considerado imunizado”, disse o presidente, em abril de 2020.

Não se sabe que infectologistas eram aqueles ou de onde veio a matemática macabra, mas o incentivo à imunidade de rebanho se tornou estratégia oficial do governo. O presidente estimulou contaminações, agiu para derrubar restrições impostas para conter o vírus e atrasou uma campanha de imunização inteligente a partir da vacinação em massa.

A CPI da Covid deve se debruçar sobre o papel de Bolsonaro na propagação deliberada do vírus –já apontado numa pesquisa de Deisy Ventura, Fernando Aith e Rossana Reis, da USP. A oposição e o senador Renan Calheiros (MDB), cotado para a relatoria da comissão, citam a defesa da imunidade de rebanho como um dos itens que serão investigados.

O estímulo ao alastramento da doença foi uma opção do presidente. Em maio, o Ministério da Saúde dizia que a imunidade de rebanho não era “a melhor estratégia se você não tem vacina”. Mesmo assim, Bolsonaro agiu contra medidas de contenção e insistiu no papo de que a contaminação generalizada era o caminho.

Ao estimular aglomerações, o presidente dizia que o coronavírus era “uma coisa que vai pegar em todo mundo”. Depois, ao sabotar a compra de imunizantes, ele afirmou que a contaminação era a forma ideal de se proteger. “Eu tive a melhor vacina, foi o vírus. Sem efeito colateral”, declarou, em dezembro. Para Bolsonaro, bastava tomar cloroquina.

Essa linha de investigação ajuda a desmontar a versão fantasiosa de que a tragédia brasileira foi provocada exclusivamente por um vírus desconhecido, que surpreendeu governantes em todo o mundo. O presidente escolheu um caminho e se manteve nele, contra todas as evidências científicas. Bolsonaro sabia muito bem o que estava fazendo.

*Bruno Boghossian/Folha

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