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Atuação contra Pfizer, reunião com lobista e imunidade de rebanho podem levar Guedes à CPI

Ministro da Economia negociou linha de crédito para vacina privada e colocou restrições em compra de imunizantes.

A convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para depoimento na CPI da Covid no Senado deve ser o primeiro tema a ser debatido pela comissão na volta do recesso legislativo, daqui a duas semanas. Desde que as sessões foram paralisadas, Guedes voltou a ter seu nome envolvido em denúncias sobre ações e omissões do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus.

A ida do “Posto Ipiranga” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à CPI foi um dos primeiros temas que causou divergência entre a oposição e a tropa de choque bolsonarista na comissão, antes mesmo dela ser instalada, em abril.

A blindagem a Guedes, no entanto, deve ser rompida após a revelação de novos casos que apontam o papel central do Ministério da Economia no atraso na compra de vacinas e no incentivo à imunidade de rebanho.

Neste terça-feira (20), em entrevista ao portal Metrópoles, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, defendeu a votação do requerimento de convocação no retorno aos trabalhos da comissão: “É uma providência natural que a CPI convoque Guedes. A falta de planejamento é, na verdade, uma consequência do agravamento da pandemia no Brasil. É importante convidá-lo para resolver efetivamente o problema do ponto de vista orçamentário”.

Em abril, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), disse que a convocação “politizaria o debate” e atuou contra a ida do ministro ao banco dos depoentes. No mês seguinte, no entanto, Guedes fez declarações contra a China, principal fornecedor de insumos para fabricação da CoronaVac no Brasil, e Aziz mudou o tom. Disse que o ministro deveria “cuidar da economia, que não está bem” no país e disse que ele seria “puxa-saco americano”.

À época, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a crise “tem tudo a ver com Guedes. A [a CPI terá também de] apurar a nossa tese de que o governo adotou uma posição de que era mais importante deixar o vírus circular, todo mundo pegar, fazendo com que o governo não tivesse que gastar dinheiro.”

Entenda os principais temas que podem levar o ministro da Economia à CPI:

Atuação anti-Pfizer a Janssen

Guedes e sua equipe interferiram na elaboração da Medida Provisória (MP) 1.026/2021, que tratou da aquisição de vacinas contra a covid-19. De acordo com os documentos enviados à CPI da Covid, divulgados pela Folha de S.Paulo na terça-feira (20), o ministério barrou dispositivo que facilitava a aquisição de imunizantes da Pfizer e Janssen.

A cláusula vetada autorizava a União a assumir eventuais riscos e custos de possíveis efeitos adversos da vacina. Tratava-se de exigência das farmacêuticas para negociar o imunizante em todos os países. A reportagem afirma que tanto Guedes como o presidente Jair Bolsonaro “temiam” a ameaça de processos contra eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. O risco de judicialização poderia aumentar o passivo financeiro da União.

A MP foi publicada em 6 de janeiro, sem o artigo vetado por Guedes. Foi quando Bolsonaro declarou que o governo não se responsabilizaria, caso quem tomasse o imunizante da Pfizer “virasse jacaré“. A decisão atrasou as negociação com o laboratórios norte-americano em pelo menos 8 meses desde a primeira oferta.

O contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer foi assinado em março. Mas só foi possível após a aprovação de uma lei que repassou à União os riscos relativos à aplicação dos imunizantes. Na sequência, o contrato com a Janssen, para a compra de 38 milhões de doses, também foi firmado.

Acordo com lobista

Em junho, documentos sigilosos do Itamaraty, revelados pelo jornal O Estado de São Paulo, revelam que o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, afirmou ter discutido com a pasta de Paulo Guedes a abertura de uma linha de crédito para clínicas privadas adquirirem vacinas no exterior.

Segundo um telegrama da Embaixada do Brasil na Índia, a ideia era usar dinheiro público para financiar a exportação de imunizantes que seriam vendidos no Brasil no momento em que havia uma corrida de governos do mundo todo pelo produto.

Maximiano e a Precisa Medicamentos estão no centro do escândalo da compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. A diretora da empresa, Emanuela Medrades, chegou a admitir, em depoimento à CPI, que os planos iniciais da Precisa para a Covaxin eram motivados pela intenção de venda para empresas privadas.

Questionada pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Medrades disse que apenas depois da negativa do Congresso Nacional à compra de vacinas pela iniciativa privada os planos da Precisa passaram a ser a negociação com o Ministério da Saúde.

A negociação com Guedes, citada por Maximiano na reunião na embaixada, como aponta a imagem abaixo, deve ser um dos principais pontos de questionamento dos senadores ao ministro.

Aposta na imunidade de rebanho

Durante audiência na Comissão Externa da Covid-19 no Senado, no último dia 26, o ministro da Economia admitiu que o governo federal apostou na imunidade de rebanho por contaminação. Segundo ele, a ideia foi difundida no governo pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

“O primeiro ministro da Saúde que tivemos popularizou dentro do governo a teoria [da imunidade de rebanho], que foi exposta para nós e nós acreditamos. E vimos acontecer. Ele estava certo. Ele falou março, abril e maio ela [a curva de contágio da Covid-19] sobe forte, então, temos que fazer distanciamento social, porque, com distanciamento, ela não sobe verticalmente, sobe devagar e dará tempo de criar a imunidade de rebanho aos poucos. Porque se pegar em todo mundo ao mesmo tempo explode a capacidade hospitalar”, disse Guedes.

“Não se falou em barreira sanitária, testagem em massa, vacinas, nada. A ideia foi vamos aos poucos porque, se for todo mundo ao mesmo tempo, explode a capacidade hospitalar”, finalizou.

Comida vencida aos pobres

Em 18 de junho, Guedes sugeriu que sobras de restaurantes sejam destinadas às populações pobres e vulneráveis, como forma de política de combate à crise social e aos crescentes índices de insegurança alimentar do país. “Aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas. É muito melhor que deixar estragar”, afirmou, durante participação virtual em evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

O ministro propôs que “desperdícios” da cadeia e “excessos” cometidos pela classe média poderiam ser mais bem aproveitados e distribuídos à crescente massa de brasileiros em situação de pobreza, muitos já em condições extremas.

Para justificar o raciocínio, afirmou que o prato de um cidadão de classe média da Europa, “que já enfrentou duas guerras mundiais”, seria “relativamente pequeno”. E prosseguiu. “E os nossos, aqui, fazemos almoços onde (sic) às vezes há uma sobra enorme. E isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta. Até lá, há excessos”, prosseguiu.

“Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.

*Paulo Motoryn/Brasil de Fato

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Artigo do New York Times aponta que Bolsonaro planejou 1,4 milhão de mortes por covid no Brasil

O jornal aponta que, com a imunidade de rebanho pretendida por Bolsonaro, o Brasil chegaria a 1,4 milhão de mortes por covid-19.

The New York Times – Por Vanessa Barbara – Não é sempre que uma investigação do Congresso pode levantar seu ânimo. Mas a investigação do Senado brasileiro sobre a gestão do governo da pandemia, que começou em 27 de abril e chamou minha atenção por semanas, faz exatamente isso.

Enquanto a pandemia continua a assolar o país, ceifando cerca de 2.000 vidas por dia, o inquérito oferece a oportunidade de responsabilizar o governo do presidente Jair Bolsonaro. (Mais ou menos.) Também é uma ótima distração da realidade sombria. Transmitido online e transmitido pela TV Senado, o inquérito é uma exibição estranhamente fascinante de evasão, inépcia e mentiras descaradas.

Aqui está um exemplo do tipo de intriga em oferta. Em março do ano passado, enquanto a pandemia se desenrolava, uma campanha de mídia social chamada “O Brasil Não Pode Parar” foi lançada pela unidade de comunicações do presidente. Instando as pessoas a não mudarem suas rotinas, a campanha afirmou que “as mortes por coronavírus entre adultos e jovens são raras”. A campanha fortemente criticada acabou sendo proibida por um juiz federal e em grande parte esquecida.

Então a trama se complicou. O ex-diretor de comunicações do governo, Fabio Wajngarten, disse ao inquérito que não sabia “com certeza” quem tinha sido o responsável pela campanha. Mais tarde, tropeçando nas palavras, ele parecia se lembrar que seu departamento havia desenvolvido a campanha – com espírito de experimentação, é claro – que foi então lançada sem autorização. Um senador pediu a prisão do Sr. Wajngarten, que lançou um olhar contemplativo, quase poético ao horizonte. A câmera até tentou aumentar o zoom. Foi uma loucura.

Esse é apenas um episódio; Não é à toa que o inquérito chama a atenção de muitos brasileiros. Até o momento, recebemos os depoimentos de três ex-ministros da saúde – um deles teve grandes problemas com sua máscara, inspirando inúmeros memes – bem como do chefe do regulador federal de saúde do Brasil, o ex-chanceler, o ex-comunicador e o gerente regional da empresa farmacêutica Pfizer.

O resultado de seus relatos é óbvio, mas ainda assim totalmente ultrajante: o presidente Jair Bolsonaro aparentemente pretendia levar o país à imunidade coletiva por infecção natural, quaisquer que fossem as consequências. Isso significa – assumindo uma taxa de mortalidade de cerca de 1 por cento e considerando 70 por cento de infecção como um limite provisório para a imunidade do rebanho – que o Sr. Bolsonaro efetivamente planejou pelo menos 1,4 milhão de mortes no Brasil. De sua perspectiva, os 450.000 brasileiros já mortos pela Covid-19 devem parecer um trabalho nem mesmo feito pela metade.

Explicado desta forma, o esforço parece chocante. Mas para os brasileiros que vivem sob o Sr. O governo de Bolsonaro é surpreendentemente difícil. Afinal, o presidente parecia fazer de tudo para facilitar a disseminação do vírus. Ele passou o último ano falando e agindo contra todas as medidas cientificamente comprovadas para conter a propagação do vírus. O distanciamento social, disse ele, era para “idiotas”. As máscaras eram “ficção”. E as vacinas podem transformá-lo em um jacaré.

Depois, houve o medicamento antimalárico hidroxicloroquina, que o Sr Bolsonaro promoveu como um tratamento precoce e uma cura milagrosa para Covid-19 – apesar de todas as evidências científicas em contrário e do conselho expresso de dois ex-ministros da saúde. Durante o inquérito, duas testemunhas diferentes confirmaram sombriamente que tinham visto o projeto de um decreto presidencial estipulando que a bula da droga deveria ser alterada para incluir seu uso contra Covid-19.

Pior. De acordo com ambos o Sr. Wajngarten e Carlos Murillo, o gerente regional da Pfizer, a empresa farmacêutica se ofereceu repetidamente para vender sua vacina Covid-19 ao governo brasileiro entre agosto e novembro do ano passado – mas não obteve resposta. (Talvez o ministério da saúde tivesse coisas mais importantes a fazer, como aprender a usar corretamente as máscaras.) Considerando que o Brasil foi um dos primeiros países a ser procurado pela empresa, uma resposta rápida teria garantido aos brasileiros até 1,5 milhão de doses no final de 2020, com mais 17 milhões no primeiro semestre de 2021.

Em vez disso, depois de recusar outras três ofertas, o governo acabou assinando um contrato em março, surpreendentes sete meses após a primeira oferta. O primeiro milhão de doses chegou no final de abril. A implantação, como resultado da negligência do governo em garantir as vacinas, foi interrompida, com a escassez regular de vacinas e a falta de suprimentos levando a atrasos na produção.

Eu me pergunto se tudo isso fazia parte do plano. Quando Gen. Eduardo Pazuello, ministro da saúde do Brasil entre maio de 2020 e março de 2021, foi questionado por que o Ministério da Saúde solicitou a menor quantidade de doses de vacina da Covax, a iniciativa de compartilhamento de vacinas da Organização Mundial de Saúde – eles poderiam ter pedido doses suficientes para imunizar  50% da população, mas preferiu ir para 10%- ele nem piscou. O processo, ele explicou alegremente, era muito arriscado e as vacinas muito caras. Então é isso.

Parece cada vez mais claro que a imunidade de rebanho, por meio de obstrução, desinformação e negligência, sempre foi o objetivo. A amarga ironia é que isso pode ser impossível de alcançar. Em Manaus, onde 76% da população estava infectada até outubro, o resultado não foi imunidade de rebanho: era uma nova variante.

A investigação, lenta e continuamente, está revelando uma trama supervilão clássica, ao mesmo tempo nefasta e absurda, mortal e apavorante. Se o vilão encontra seu castigo é outra história.

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CPI da Covid: Bolsonaro, na busca pela imunidade de rebanho, levou o Brasil à tragédia

O Brasil chegou à marca macabra de mais de 440 mil mortes por covid e a responsabilidade por grande parcela desses óbitos se deve às ações do governo Bolsonaro.

Essa foi a síntese da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) ao se dirigir a Pazuello que, não satisfeito em ser submisso a Bolsonaro, como ministro da Saúde, numa servidão vergonhosa, está assumindo toda a responsabilidade das mortes em decorrência da pandemia pelo projeto de imunidade de rebanho.

Não há novidade nisso, lógico, mas agora ganha caráter oficial. Talvez por isso, na CPI, Flávio Bolsonaro esteja marcando homem a homem cada fala dos senadores. E todas as vezes que os absurdos cometidos pelo seu pai são expostos à luz do dia, ele usa a sua fábrica de chocolate, não para explicar os depósitos de Queiroz em sua conta, mas como codinome de cloroquina.

Daí Flávio, no desespero, diz que a CPI não derrubará seu pai e corre o risco de implodir.

O tolo acha que ninguém percebe seu desespero na própria CPI, comportando-se como um moleque nas tolices que fala, mostrando o quanto o clã Bolsonaro está se borrando de medo dos desdobramentos, superando Pazuello, até porque Manaus, como já foi dito inúmeras vezes por senadores na CPI, serviu como laboratório desse crime hediondo estimulado por Bolsonaro, o que causou o colapso da falta tanto de oxigênio quanto de insumos.

Não foi um mero desprezo de gestão, mas um projeto de pagar para ver quantos sobreviveriam e quantos morreriam.

Então, não há como a CPI não desembocar numa responsabilização do presidente da República. Todos os seus atos, sejam eles políticos ou pelas ações do próprio governo diante da pandemia, levam ao mesmo destino, a busca pela imunidade de rebanho.

“Se isso é verdadeiro, o presidente incorreu em um grave crime, que representa um dolo eventual, ou seja, que ele correu o risco de causar um dano irreversível às pessoas com essa tese. E isso se transforma em um grave crime de responsabilidade”, diz o senador Humberto Costa.

Este é o ponto central que será cada vez mais colocado às claras para que a sociedade tenha pleno conhecimento do porquê o Brasil chegou à pior tragédia sanitária de sua história.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro será investigado pela CPI por propagação intencional do vírus

Senadores citam incentivo à imunidade de rebanho como item a ser investigado.

Nas primeiras semanas da pandemia, Jair Bolsonaro mostrou que seu plano era trabalhar para que o coronavírus se espalhasse pelo país. “Como dizem os infectologistas: 60%, 70% da população será infectada, e só a partir daí nós teremos o país considerado imunizado”, disse o presidente, em abril de 2020.

Não se sabe que infectologistas eram aqueles ou de onde veio a matemática macabra, mas o incentivo à imunidade de rebanho se tornou estratégia oficial do governo. O presidente estimulou contaminações, agiu para derrubar restrições impostas para conter o vírus e atrasou uma campanha de imunização inteligente a partir da vacinação em massa.

A CPI da Covid deve se debruçar sobre o papel de Bolsonaro na propagação deliberada do vírus –já apontado numa pesquisa de Deisy Ventura, Fernando Aith e Rossana Reis, da USP. A oposição e o senador Renan Calheiros (MDB), cotado para a relatoria da comissão, citam a defesa da imunidade de rebanho como um dos itens que serão investigados.

O estímulo ao alastramento da doença foi uma opção do presidente. Em maio, o Ministério da Saúde dizia que a imunidade de rebanho não era “a melhor estratégia se você não tem vacina”. Mesmo assim, Bolsonaro agiu contra medidas de contenção e insistiu no papo de que a contaminação generalizada era o caminho.

Ao estimular aglomerações, o presidente dizia que o coronavírus era “uma coisa que vai pegar em todo mundo”. Depois, ao sabotar a compra de imunizantes, ele afirmou que a contaminação era a forma ideal de se proteger. “Eu tive a melhor vacina, foi o vírus. Sem efeito colateral”, declarou, em dezembro. Para Bolsonaro, bastava tomar cloroquina.

Essa linha de investigação ajuda a desmontar a versão fantasiosa de que a tragédia brasileira foi provocada exclusivamente por um vírus desconhecido, que surpreendeu governantes em todo o mundo. O presidente escolheu um caminho e se manteve nele, contra todas as evidências científicas. Bolsonaro sabia muito bem o que estava fazendo.

*Bruno Boghossian/Folha

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