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Política

Estadão convoca a sociedade a reagir contra o golpe arquitetado por Bolsonaro

A decisão do comando do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello facilitou o florescimento da insubordinação nos quartéis.

Editorial EstadãoÉ preciso reagir antes que seja tarde

A lamentável decisão do Comando do Exército de não punir o general intendente Eduardo Pazuello, que desafiou a hierarquia e a disciplina ao participar de ato político do presidente Jair Bolsonaro, não tem nenhuma relação com os valores e regramentos militares. Foi exclusivamente política.

O intendente Pazuello deveria ter sido punido de modo exemplar pelo Exército no mesmo dia em que subiu em um palanque ao lado de Bolsonaro durante comício no Rio de Janeiro, contrariando as normas das Forças Armadas e a Constituição. Não havia razão, a não ser política, para a hesitação do Comando do Exército na deliberação sobre o caso, pois as imagens eram claras.

Conforme a nota do Exército acerca da decisão, contudo, o Comando aceitou a cínica justificativa apresentada pelo intendente, obviamente combinada com Bolsonaro, de que o ato não era político-partidário porque não é época de eleição e porque o presidente não tem nem partido. Uma desfaçatez que desonra Caxias e insulta a inteligência dos brasileiros.

Na verdade, a “defesa” de Pazuello cumpriu apenas uma formalidade. Bolsonaro havia deixado claro que receberia como uma afronta à sua autoridade de comandante supremo das Forças Armadas qualquer punição a seu fidelíssimo “gordinho”, como o presidente jocosamente a ele se referiu no tal ato. A nomeação de Pazuello para um cargo no Palácio do Planalto reforçou os laços do intendente com o presidente, que assim mandou seu recado de valentão: mexeu com ele, mexeu comigo.

Ao escolher o apaziguamento com aqueles que insultam a história e os valores militares, o Exército facilitou o florescimento da insubordinação nos quartéis. Como comentou, alarmado, o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, o Exército “capitulou”. E Jungmann acrescentou: “É hora de reagir e de unidade, antes que seja tarde”.

Ao se calar, o Exército se torna um partido para Bolsonaro, e ninguém garante que os militares doravante não se dividirão em facções incontroláveis. Se o Exército não se manifestar pela manutenção da ordem constitucional e, afinal, pela manutenção da paz civil, como espera a maioria da Nação e dos cidadãos responsáveis, as Forças Armadas deixarão de ser o Grande Mudo.

Bolsonaro criou uma crise praticamente insolúvel, qualquer que seja o resultado. Rompe-se o preceito lembrado pelo marechal Castello Branco às vésperas da eclosão do movimento de 31 de março de 1964: se a alguns oficiais é dado apoiar o presidente da República na pugna política, a outra facção terá o mesmo direito de criticar e repudiar o mesmo presidente.

Isso significa a quebra da ordem civil, o fim das instituições tal como as conhecemos desde 1988 (a rigor, desde 1985) e a ruptura do sentimento de irmandade dentro do País.

É isso o que o presidente Jair Bolsonaro vem tentando fazer desde muito antes de se eleger presidente da República: dissipar a autoridade da Constituição de 1988 e dividir até obter a irrelevância dos Poderes do Estado – inclusive da Presidência, totalmente entregue por sua vontade, que acredita soberana, a seus filhos e familiares, ao gabinete do ódio e ao grupo rastaquera que no terceiro e no quarto andares do Palácio do Planalto lhe faz todas as vontades.

Essa destruição sistemática do Estado e do governo precisa acabar. Os militares da ativa e da reserva que o sr. Bolsonaro convocou para cumprir a sinistra tarefa de respaldá-lo em sua aventura golpista precisam demonstrar que de fato, como sempre afirmam, são patriotas – e, portanto, precisam demitir-se. Além disso, os políticos que se venderam a Bolsonaro por 30 moedas logo verão que a anarquia e a desordem esvaziam de valor os seus dinheiros.

A hora é esta. Cada qual escolha seu papel na história pátria. É o momento de apoiar as instituições, lastreadas nos valores indisputáveis da democracia, da República e da liberdade. Que os bons brasileiros façam o silêncio cair sobre os anarquistas golpistas que querem destruir a Nação e instalar aqui uma ditadura baseada na desordem e estruturada na milícia.

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Temor de nova crise fez Alto-Comando apoiar decisão de isentar Pazuello

Comandante Paulo Sérgio considerava que punir ex-ministro obrigaria sua renúncia.

A decisão do Exército de isentar o general Eduardo Pazuello de punição por participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro foi tomada em conjunto entre o comandante e o Alto-Comando, composto por 15 oficiais de quatro estrelas, topo da hierarquia.

Foi, nas palavras de um dos integrantes do colegiado, uma “escolha de Sofia” —referência ao filme de 1982 no qual uma mãe judia tinha de decidir qual filho seria mandado para a câmara de gás.

Após ser confrontado com o pedido de Jair Bolsonaro para livrar Pazuello da punição, apresentado como a Folha revelou em viagem de ambos à Amazônia na semana passada, o comandante Paulo Sérgio Nogueira tinha duas decisões à frente.

Uma seria confrontar o chefe, como o Alto-Comando havia sugerido em sua maioria, punindo o ex-ministro da Saúde. Muitos defenderam a cadeia de 30 dias ou uma suspensão ao general, enquanto outros sugeriram penas mais brandas como advertência por escrito ou verbal.

Nesse caso, disseram conhecidos de Paulo Sérgio, a renúncia do comandante seria inevitável. Ou Bolsonaro anularia seu ato ou tornaria sua presença desconfortável, levando à segunda troca de comando na Força em dois meses.

A segunda opção, o salvo-conduto ao transgressor, ao aceitar os argumento inconvincentes apresentados por ele para estar no ato com Bolsonaro no Rio no dia 23 passado, seria péssima para a instituição, mas evitaria uma nova crise com o Planalto.

Assim, quando o Alto-Comando e Paulo Sérgio se reuniram virtualmente na quarta (2), a decisão já estava tomada desde domingo (30). O fato de que o ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, ter secundado a posição de Bolsonaro teve peso central no desfecho.

Alguns generais ponderam o efeito cascata em questão, como indicam sinais de insubordinação de tropas de polícias militares para fazer valer a visão de Bolsonaro país afora.

De todo modo, o apaziguamento da questão foi colocado como prioritário, assim como a ideia de que será necessária dupla vigilância contra quaisquer movimentos políticos envolvendo militares da ativa.

Isso não significa que, apesar do apoio a Paulo Sérgio, o veredicto tenha sido bem digerido. Na tarde desta quinta (3), diversos oficiais-generais da três Forças lamentavam o desfecho do caso, dizendo que a hierarquia do Exército havia sido desafiada e derrotada.

Na mão contrária, havia o grupo restrito de militares que orbitam o Palácio do Planalto, mais precisamente a Casa Civil do general da reserva Luiz Eduardo Ramos.

Visto amplamente como o artífice da queda do seu ex-chefe Fernando Azevedo da Defesa em abril, Ramos tem questionado internamente as críticas a Pazuello feitas pelo vice-presidente Hamilton Mourão, um general de quatro estrelas da reserva como ele.

Para eles, a desculpa apresentada pelo ex-ministro da Saúde é suficiente para colocar fim à crise. A maioria dos militares ouvidos pela reportagem, mesmo simpáticos a Bolsonaro, discorda.

Ramos tem sido criticado no serviço ativo, que o vê como uma espécie de Raspútin de Bolsonaro, em alusão ao monge místico que influenciava de forma nefasta as decisões do último czar, Nicolau 2º. Outros apontam para o fato talvez mais óbvio, de que tudo é uma escolha do presidente.

No ano passado, o presidente chegou a cogitar a ida do auxiliar, seu mais antigo amigo da caserna, para o comando do Exército. Ramos teve de negar o episódio, tamanha foi a irritação que a sugestão criou, como a Folha mostrou à época.

Com a decisão, Paulo Sérgio considera estar ganhando tempo com o chefe, segundo aliados. Mas o episódio deixará marcas internas, para não falar no risco efetivo de anarquização da hierarquia que ele implica.

Ele chegou ao comando na esteira da crise militar de abril, que viu derrubados Azevedo e toda a cúpula das três Forças, devido à vontade rejeitada de Bolsonaro de angariar apoio fardado às suas ideias contra medidas restritivas à circulação do novo coronavírus.

Dias antes de sua escolha, por antiguidade, ele havia contrariado Bolsonaro e Ramos ao defender políticas de contenção à Covid-19 numa entrevista, na mão contrária do preconizado pelo presidente.

As reações iniciais em outras Forças foi contida, assim como entre parlamentares. A ideia geral no mundo político é de, à exceção dos elementos mais oposicionistas, tentar buscar abafar a crise, tal a gravidade dos fios desencapados.

Outros observadores consideram que o estrago está feito, apesar da tentativa conciliatória de Paulo Sérgio. Notam que seu antecessor, Edson Leal Pujol, levou até o fim suas convicções que o separavam de Bolsonaro.

Um almirante, observando o caso a uma distância mediana, considera que ao fim, nesta versão tupiniquim do filme Sofia teve de entregar os dois filhos para a morte, e não apenas a menina Eva.

*Mônica Bergamo/Folha

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Artigo do New York Times aponta que Bolsonaro planejou 1,4 milhão de mortes por covid no Brasil

O jornal aponta que, com a imunidade de rebanho pretendida por Bolsonaro, o Brasil chegaria a 1,4 milhão de mortes por covid-19.

The New York Times – Por Vanessa Barbara – Não é sempre que uma investigação do Congresso pode levantar seu ânimo. Mas a investigação do Senado brasileiro sobre a gestão do governo da pandemia, que começou em 27 de abril e chamou minha atenção por semanas, faz exatamente isso.

Enquanto a pandemia continua a assolar o país, ceifando cerca de 2.000 vidas por dia, o inquérito oferece a oportunidade de responsabilizar o governo do presidente Jair Bolsonaro. (Mais ou menos.) Também é uma ótima distração da realidade sombria. Transmitido online e transmitido pela TV Senado, o inquérito é uma exibição estranhamente fascinante de evasão, inépcia e mentiras descaradas.

Aqui está um exemplo do tipo de intriga em oferta. Em março do ano passado, enquanto a pandemia se desenrolava, uma campanha de mídia social chamada “O Brasil Não Pode Parar” foi lançada pela unidade de comunicações do presidente. Instando as pessoas a não mudarem suas rotinas, a campanha afirmou que “as mortes por coronavírus entre adultos e jovens são raras”. A campanha fortemente criticada acabou sendo proibida por um juiz federal e em grande parte esquecida.

Então a trama se complicou. O ex-diretor de comunicações do governo, Fabio Wajngarten, disse ao inquérito que não sabia “com certeza” quem tinha sido o responsável pela campanha. Mais tarde, tropeçando nas palavras, ele parecia se lembrar que seu departamento havia desenvolvido a campanha – com espírito de experimentação, é claro – que foi então lançada sem autorização. Um senador pediu a prisão do Sr. Wajngarten, que lançou um olhar contemplativo, quase poético ao horizonte. A câmera até tentou aumentar o zoom. Foi uma loucura.

Esse é apenas um episódio; Não é à toa que o inquérito chama a atenção de muitos brasileiros. Até o momento, recebemos os depoimentos de três ex-ministros da saúde – um deles teve grandes problemas com sua máscara, inspirando inúmeros memes – bem como do chefe do regulador federal de saúde do Brasil, o ex-chanceler, o ex-comunicador e o gerente regional da empresa farmacêutica Pfizer.

O resultado de seus relatos é óbvio, mas ainda assim totalmente ultrajante: o presidente Jair Bolsonaro aparentemente pretendia levar o país à imunidade coletiva por infecção natural, quaisquer que fossem as consequências. Isso significa – assumindo uma taxa de mortalidade de cerca de 1 por cento e considerando 70 por cento de infecção como um limite provisório para a imunidade do rebanho – que o Sr. Bolsonaro efetivamente planejou pelo menos 1,4 milhão de mortes no Brasil. De sua perspectiva, os 450.000 brasileiros já mortos pela Covid-19 devem parecer um trabalho nem mesmo feito pela metade.

Explicado desta forma, o esforço parece chocante. Mas para os brasileiros que vivem sob o Sr. O governo de Bolsonaro é surpreendentemente difícil. Afinal, o presidente parecia fazer de tudo para facilitar a disseminação do vírus. Ele passou o último ano falando e agindo contra todas as medidas cientificamente comprovadas para conter a propagação do vírus. O distanciamento social, disse ele, era para “idiotas”. As máscaras eram “ficção”. E as vacinas podem transformá-lo em um jacaré.

Depois, houve o medicamento antimalárico hidroxicloroquina, que o Sr Bolsonaro promoveu como um tratamento precoce e uma cura milagrosa para Covid-19 – apesar de todas as evidências científicas em contrário e do conselho expresso de dois ex-ministros da saúde. Durante o inquérito, duas testemunhas diferentes confirmaram sombriamente que tinham visto o projeto de um decreto presidencial estipulando que a bula da droga deveria ser alterada para incluir seu uso contra Covid-19.

Pior. De acordo com ambos o Sr. Wajngarten e Carlos Murillo, o gerente regional da Pfizer, a empresa farmacêutica se ofereceu repetidamente para vender sua vacina Covid-19 ao governo brasileiro entre agosto e novembro do ano passado – mas não obteve resposta. (Talvez o ministério da saúde tivesse coisas mais importantes a fazer, como aprender a usar corretamente as máscaras.) Considerando que o Brasil foi um dos primeiros países a ser procurado pela empresa, uma resposta rápida teria garantido aos brasileiros até 1,5 milhão de doses no final de 2020, com mais 17 milhões no primeiro semestre de 2021.

Em vez disso, depois de recusar outras três ofertas, o governo acabou assinando um contrato em março, surpreendentes sete meses após a primeira oferta. O primeiro milhão de doses chegou no final de abril. A implantação, como resultado da negligência do governo em garantir as vacinas, foi interrompida, com a escassez regular de vacinas e a falta de suprimentos levando a atrasos na produção.

Eu me pergunto se tudo isso fazia parte do plano. Quando Gen. Eduardo Pazuello, ministro da saúde do Brasil entre maio de 2020 e março de 2021, foi questionado por que o Ministério da Saúde solicitou a menor quantidade de doses de vacina da Covax, a iniciativa de compartilhamento de vacinas da Organização Mundial de Saúde – eles poderiam ter pedido doses suficientes para imunizar  50% da população, mas preferiu ir para 10%- ele nem piscou. O processo, ele explicou alegremente, era muito arriscado e as vacinas muito caras. Então é isso.

Parece cada vez mais claro que a imunidade de rebanho, por meio de obstrução, desinformação e negligência, sempre foi o objetivo. A amarga ironia é que isso pode ser impossível de alcançar. Em Manaus, onde 76% da população estava infectada até outubro, o resultado não foi imunidade de rebanho: era uma nova variante.

A investigação, lenta e continuamente, está revelando uma trama supervilão clássica, ao mesmo tempo nefasta e absurda, mortal e apavorante. Se o vilão encontra seu castigo é outra história.

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Política

Estratégia do partido dos generais para se safar na CPI está sendo exitosa

“O SR. RENAN CALHEIROS – Quem indicou o seu nome, Ministro, para o Presidente Bolsonaro?

O SR. EDUARDO PAZUELLO – Eu acredito que as indicações vieram dos oficiais generais … Eu não sei qual deles, mas acredito que veio do grupo de oficiais que trabalhavam com o Presidente”.

Sessão da CPI da Pandemia no Senado, 19/5/2021.

A CPI da Pandemia está acertando nos alvos secundário e terciário, que são o presidente Jair Bolsonaro e o general Eduardo Pazuello. Mas, até aqui, na sua 3ª semana de funcionamento, a Comissão está tangenciando o alvo principal da cadeia de responsabilidades pelo genocídio de quase 500 mil brasileiros e brasileiras, que é o partido dos generais.

São eles que de fato controlam o governo militar e presidem as escolhas, as omissões, as negligências e os desatinos oficiais – não só no desastre pandêmico, como também na catástrofe humanitária, na devastação social, ambiental e econômica do país e na destruição da soberania nacional.

Ao ser perguntado pelo relator Renan Calheiros sobre quem o indicou para o cargo, o general Pazuello não poderia ter sido mais previsível a respeito de quem, de fato, está no comando: “Eu acredito que as indicações vieram dos oficiais generais …. acredito que veio do grupo de oficiais que trabalhavam com o Presidente”, ele declarou.

No momento inaugural do depoimento, em pronunciamento lido com suor no rosto, Pazuello já tinha mencionado que “entre os dias 14 e 16 de abril de 2020, recebi algumas ligações telefônicas dos oficiais-generais que estavam no Governo Federal, para discutir uma possível indicação para que eu pudesse auxiliar na transição do Ministro Mandeta para o ministro que seria nomeado”.

Numa frase meticulosamente construída para aparentar falsa desvinculação do Comando do Exército com sua alocação política no governo, Pazuello leu que “no dia 16 de abril à tarde, quando o Comandante Supremo das Forças Armadas, o nosso Presidente da República, me ligou e se posicionou de forma clara e direta para eu vir”.

E ele complementou, traindo-se em relação à real subordinação hierárquica, que na verdade é devida aos chefes do partido dos generais, e não a Bolsonaro: “A partir daquele momento, organizei a minha partida, peguei meus uniformes, embarquei com meu assistente-secretário, para vir cumprir a missão”.

Se se tratasse de um governo civil comandado por um presidente civil, o general da ativa não seria convocado para cumprir missão civil trazendo seu uniforme militar e assistente-secretário idem.

A geração atual no comando das Forças Armadas, especialmente os generais que comandam o Exército, acalentam um plano duradouro de poder. Trata-se da geração cultivada no “porão fétido do velho regime e fermentada numa cultura conspirativa e autoritária, que possui forte ambição política” e que nunca aceitou o fim da ditadura, em 1985.

O problema é que este ajuntamento partidário de militares fora da lei não contava que no meio do caminho do seu projeto de poder aparecesse a pandemia do coronavírus e que a farsa da gangue da Lava Jato contra Lula fosse descoberta.

Com a perda de popularidade dos militares e o aprofundamento da crise de legitimidade do regime, os militares rapidamente passaram a ajustar o posicionamento em relação a Bolsonaro, procurando marcar distância da aberração parida por eles mesmos.

A “demissão” do ministro da Defesa e dos comandantes das 3 Forças, em abril passado, como se tivessem sido demitidos por discordarem da escalada autoritária do Bolsonaro, é parte da pantomima para incutir a narrativa do falso papel “legalista, democrático e profissional” das Forças Armadas.

Na CPI, esta estratégia militar está sendo explorada com êxito. O partido dos generais está entregando Bolsonaro, Pazuello e quaisquer atores militares coadjuvantes, que são os anéis. Assim, preservam seus dedos, braços, corpo, cérebro …

A presença de Pazuello em traje civil ao invés da farda militar, como seria o esperável para um general da ativa em missão oficial, é parte do planejamento para desvinculá-lo da instituição militar. Jogaram-no aos leões, em certo sentido.

A CPI, por enquanto, não está conseguindo – ou não está querendo – chegar nos reais responsáveis pela barbárie que promove o morticínio evitável de centenas de milhares de brasileiras e brasileiros, e que faz do Brasil uma ameaça biológica, humanitária e civilizatória em escala planetária.

Esta realidade não caracteriza, evidentemente, um fracasso na prioridade fundamental de desgastar, sangrar e inviabilizar a continuidade do facínora que exerce o poder nominal como biombo do partido dos generais, mas é uma clara evidenciação do limite de alcance da CPI até aqui, que permite que os militares estejam se livrando de suas responsabilidades criminais e históricas.

*Jeferson Miola/247

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Informações da Saúde desmentem declaração de Pazuello sobre compra da Coronavac

Na CPI, ex-ministro disse que Bolsonaro fez declaração política e que negociações com o Butantan continuaram, mas documento do Ministério de novembro de 2020, obtido via Lei de Acesso à Informação, mostra que não havia processo de compra.

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mentiu aos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as omissões do governo no combate à pandemia, a CPI do Genocídio, ao afirmar, neste quarta-feira (19), que não houve desautorização por parte de Jair Bolsonaro para a aquisição de doses da Coronavac em outubro do ano passado.

À época, o então ministro anunciou, após reunião com governadores, que assinou carta de intenções para adquirir 46 milhões do imunizante contra a Covid produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. No dia seguinte, entretanto, Bolsonaro afirmou que não compraria a “vacina chinesa”. “A vacina chinesa de João Doria, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, disparou o presidente através das redes sociais.

À CPI, Pazuello disse que a declaração de Bolsonaro foi “política”, que não recebeu ordem de cancelar a compra do imunizante e que, inclusive, as negociações teriam continuado. “Quem manda é ele eu obedeço. Aquilo é um jargão simplório colocado pra discussão de internet. Eu coloco aqui, eu queria colocar uma coisa pros senhores. Acreditem. Nunca o Presidente da República mandou eu desfazer qualquer contrato, qualquer acordo com o Butantan. Em nenhuma vez”, declarou.

Informações do próprio Ministério da Saúde, obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) em outubro do ano passado, no entanto, confrontam a versão de Pazuello de que “as negociações continuaram”.

Valente entrou com pedido de informações em outubro, logo após a declaração de Bolsonaro desautorizando Pazuello, solicitando “cópia do processo que decidiu pela aquisição da Coronavac e que fundamentou a decisão de desistir de adquirir a referida vacina”.

Em resposta, a pasta informou que “não existe processo [de compra da vacina] formalizado, tendo em vista que não houve, por parte da Anvisa, autorização de aquisição de vacina, sendo o órgão competente para tal ato” [confira a íntegra da resposta ao pedido via LAI aqui]. Ou seja, o próprio Ministério admitiu que não havia ainda negociação pela vacina, confirmando que a intenção de compra expressada por Pazuello em outubro foi, de fato, desautorizada por Bolsonaro.

O governo Bolsonaro só decidiu fechar acordo para a compra do primeiro lote de vacinas Coronavac em dezembro de 2020.

*Com informações da Forum

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Política

A mando de Bolsonaro, Queiroga pretende ir aos hospitais checar se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid

Bolsonaro requenta outra patifaria com os profissionais da saúde, como disse ontem com os bacurinhos do seu chiqueirinho, que a maioria das mortes que estão ocorrendo não tem nada a ver com covid. O sujeito é mesmo um canalha.

Se no ano passado ele mandou bolsonaristas possuídos invadirem hospitais de campanha para filmarem pacientes e médicos, dizendo que tudo não passava de uma armação e que não tinha ninguém internado com covid, agora, faz pior, e é oficial, manda o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que é um médico, dizem, conceituado, cumprir esse mesmo papel imundo com praticamente 3 mil famílias perdendo seus entes queridos diariamente.

Isso é um escracho que, de forma instantânea, o STF ou o Congresso deveriam desautorizar o seu comando na pasta da Saúde e, em seguida, somar a isso tantos outros crimes contra a população brasileira e aproveitar o momento e anunciar a interdição do psicopata que está sentado na cadeira da presidência.

O Globo – Marcelo Queiroga ainda não assumiu, mas pelas conversas que tem tido com médicos será uma versão 2.0 de Eduardo Pazuello. Seguirá as orientações muito particulares de Jair Bolsonaro na área sanitária. Uma versão de jaleco do “um manda e o outro obedece”.

Em pelo menos uma dessas conversas, Queiroga disse que, ao assumir, pretende ir aos hospitais numa espécie de blitz para conferir pessoalmente se as UTIs estão lotadas e se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid — Bolsonaro já botou essas informações em dúvida.

Ontem, por exemplo, Bolsonaro disse:

— Parece que só morre de Covid. Você pega, você pode ver… Os hospitais estão com 90% das UTIs ocupadas. Quantos são de Covid e quantos são de outras enfermidades?.

Queiroga, nestas conversas, tem também se mostrado preocupado com a vacina de Oxford, a que a Fiocruz está produzindo. Disse que a suspensão de sua aplicação em diversos países europeus deve ser acompanhada com muita atenção.

(Atualização, às 16h59. O futuro ministro Queiroga enviou a seguinte nota: “Em nenhum momento informei que faria visitas para conferir a lotação dos hospitais. Como profissional que atende pacientes com Covid-19, conheço de perto a realidade do sistema de saúde. Sobre a vacina Astrazeneca/Oxford, possuímos uma farmacovigilância muito bem estruturada pela Anvisa para garantir a qualidade e segurança do imunizante oferecido para a população”. A coluna mantém a informação publicada).

*Com informações de Lauro Jardim/O Globo

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Brasil

Com Covid-19, Pazuello é internado por piora no estado de saúde

O ministro estava cumprindo isolamento em residência no Setor Militar Urbano, em Brasília.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi internado na noite desta sexta-feira (30/10), no hospital DFStar, em Brasília, com covid-19. O ministro passará a noite na unidade hospitalar devido a uma desidratação.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, o ministro foi internado para fazer exames de acompanhamento e ser hidratado.

Pazuello foi diagnosticado com covid-19 na quarta-feira (21/10) e estava cumprindo isolamento no hotel de trânsito dos oficiais, no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Pazuello é o 12º ministro de Bolsonaro a ser infectado pelo novo coronavírus.

Nota do Ministério da Saúde:

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, compareceu ao hospital DF Star, em Brasília, na noite desta sexta-feira (30) para se submeter a exames de acompanhamento do tratamento da Covid-19. O procedimento faz parte da conduta indicada pela equipe médica do ministro.

Pazuello permanece na unidade de saúde para hidratação e acompanhamento médico e deve ser liberado em breve.

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Vídeo: Bolsonaro humilha Forças Armadas na guerra contra a vacina chinesa

Carlos Henrique Machado fala sobre a humilhação de Bolsonaro a Forças Armadas quando desautoriza o seu ministro da Saúde.

Bolsonaro simplesmente desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou a compra da vacina chinesa CoronaVac em parceria com o Butantan. Bolsonaro afirmou que não comprará a vacina e, entre outros motivos, é a guerra política que tem a ver com a disputa eleitoral com o governador de São Paulo, João Dória.

Assista:

*Da redação

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PGR vai investigar Eduardo Pazuello por produção excessiva de cloroquina

Procurador-Geral da República, Augusto Aras, acatou notícia-crime da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).

Os ministros da Saúde, general Eduardo Pazuello, e da Defesa, general Fernando Azevedo, são alvos de uma apuração preliminar da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre possível crime de responsabilidade. A PGR instaurou o procedimento nesta quarta-feira (16) – dia em que Pazuello assumiu em definitivo como ministro – após acatar queixa-crime apresentada pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN). A parlamentar quer saber se houve crime de responsabilidade no gasto de meio milhão de reais na produção de cloroquina – e seu comporto, a hidroxicloroquina –, medicamento sem comprovação científica de sua segurança e eficácia no tratamento de pacientes com covid-19. A droga deixou de ser testada contra o coronavírus por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em sua representação, a parlamentar argumenta que houve desrespeito ao princípio administrativo da eficiência. Diante da falta de medicamentos necessários à intubação de pacientes nas UTIs, o Ministério seguiu diretrizes do governo preferindo investir na produção e distribuição de cloroquina.

No documento, ela indica ainda que a conduta das Forças Armadas no caso representa risco à soberania do país. “O Ministério da Defesa alega falta de recursos para as Forças Armadas, mas empenhou-se nos gastos para a produção da droga. Em meados de maio, tão logo tomou posse como ministro interino da Saúde, Pazuello alterou o protocolo da pasta junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) para incluir a cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19″, lembra Natália, em trecho da representação.

Crime de responsabilidade

“Em relação à suposta prática de crimes de responsabilidade, foi instaurada a Notícia de Fato 1.00.000.16278/2020-03 nesta Procuradoria-Geral da República, para fins de apuração preliminar dos fatos noticiados”, diz trecho do despacho assinado pelo Procurador-Geral da República Augusto Aras, enviado ao Supremo Tribunal Federal, onde o processo está sob relatoria do ministro Celso de Mello.

Caso a investigação seja aprofundada pela PGR e comprove a prática de crime de responsabilidade, a deputada pede imediata apuração. “A forma como esse governo vem lidando com a pandemia é absolutamente desastrosa”, critica. “Já são mais de 134 mil mortes e grande parte poderia ter sido evitada com uma política que não fosse negacionista e anticiência”, disse.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o governo destinou cerca de R$ 500 mil para produzir um estoque de cloroquina em laboratórios do Exército suficiente para 18 anos de tratamento com a droga. Com isso, o Ministério da Saúde de Pazuello quintuplicou a quantidade de cloroquina distribuída a estados e municípios na tentativa de se livrar do estoque.

Excesso de cloroquina

Entre os meses de março e julho, foram distribuídos pelo menos 6,3 milhões de comprimidos para unidades do SUS, um aumento equivalente a 455% em relação ao mesmo período do ano passado. A cloroquina é usada para tratar pessoas com malária e doenças autoimunes, como o lúpus. Pazuello chegou a ser avisado por gestores de saúde do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo sobre o excesso de cloroquina nos estoques de medicamentos. São Paulo, que havia recebido 986 mil comprimidos, devolveu 450 mil. O risco de encalhe do medicamento foi alertado por técnicos do próprio Ministério da Saúde no final de maio.

Alinhado com o governo Bolsonaro, Pazuello, que não é médico, defende o uso da cloroquina, ao contrários de seus antecessores Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Tanto que, em 19 de maio, publicou protocolo para ampliar a recomendação do uso da cloroquina por pacientes da covid-19, mesmo sem comprovação científica de eficácia e segurança do medicamento.

“Ficou com sintomas, procure imediatamente o atendimento básico ou a estrutura hospitalar. Foi encaminhado para o médico, ele vai examiná-lo, vai fazer o diagnóstico. Se é diagnosticado (sic) covid-19, receba a prescrição de medicamentos. O médico vai dizer quais medicamentos são mais eficazes para cada um. É soberano o médico nesse aspecto. Receba ou compre os medicamentos, tome e, se Deus quiser, você vai ficar bom. Se você piorar, continue em contato com o médico. Coloco de maneira bem dura: a UTI e o respirador são para último caso. Precisamos tratá-los de forma precoce com medicamentos”, disse o agora ministro, em visita ao governador do Rio Grande do Sul, Marcelo Leite (PSDB), em 21 de julho.

 

*Com informações da rede Brasil Atual

 

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Após críticas, General da Saúde ordena secretários a assinarem o protocolo da cloroquina

Documento, que havia sido divulgado como orientação, virou uma ‘nota informativa’.

Cobrado pela falta de assinatura no documento que mudou a orientação do Ministério da Saúde sobre a cloroquina, o ministro interino, general Eduardo Pazuello, ordenou e, cerca de 12 horas após a divulgação, todos os secretários da pasta subscreveram o papel.

As assinaturas foram feitas entre 20h37 e 23h36 da noite de quarta-feira, após o Estadão mostrar que a orientação da pasta não tinha o poder de um protocolo de atendimento, como defende o presidente Jair Bolsonaro. O documento havia sido divulgado por volta de 9h30, como orientação. Depois, virou uma “nota informativa” na versão assinada, que será enviada para gestores do SUS.

Contrariando recomendações de entidades científicas e médicas, a pasta orientou uso de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina, associadas ao antibiótico azitromicina, desde o primeiro dia de sintomas da covid-19.

Por não ser um protocolo, o papel não dita regras de atendimento no SUS. É apenas uma orientação, mas marca uma guinada no discurso do ministério e tem força política. Mesmo médicos da rede pública já estavam autorizados a prescrever os medicamentos, desde que com aval do paciente.

Gestores do SUS críticos à proposta temem que a orientação vire arma do governo para pressionar pela redução do distanciamento social. Médicos também afirmam que pacientes podem ser estimulados a cobrar a prescrição, mesmo sem eficácia comprovada.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota contrária à recomendação. A entidade ainda questiona: “Por que estamos debatendo a cloroquina e não a logística de distanciamento social? Por que estamos debatendo a Cloroquina ao invés de pensar um plano integrado de ampliação da capacidade de resposta do Ministério da Saúde para ajudar os estados em emergência?”

A mudança de postura do ministério sobre a cloroquina ocorre após forte pressão do presidente Jair Bolsonaro, que contribuiu para a saída de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich da pasta. Ambos eram contrários à proposta.

O Ministério da Saúde tem sete secretarias, sendo que três estão com substitutos no comando. Responsável pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (SCTIE), área que avalia incorporação de medicamentos ao SUS, o médico Antônio de Carvalho não subscreve o documento. Ele pediu exoneração e aguarda a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU).

Nesta semana, três entidades nacionais aprovaram um documento com diretrizes para o enfrentamento da pandemia no qual recomendam que as drogas não sejam usadas como tratamento de rotina da doença. As entidades são a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou na quarta-feira, 20, que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam usadas apenas em estudos clínicos contra o novo coronavírus, dentro de hospitais.

 

 

 

*Com informações do Estadão