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Lobista do novo cangaço sionista, André Lajst quebra o verniz de “cientista político” e ataca Lula

Para ser curto e grosso, em última análise, o que se passa em Gaza, é o que se passa nas cidades do interior de São Paulo quando tomadas por um bando de criminosos, assassinos, fortemente armados, que fazem dos moradores dessas cidades, reféns, para saquear tudo o que podem.

Isso é exatamente o que o exército de Israel faz na Faixa de Gaza há 75 anos, com o auxílio luxuoso dos EUA que, na verdade é quem detém a patente sionista de Israel.

Dito isso, não há ficção ridícula no lero lero do suposto cientista político que dê conta de fantasiar a limpeza étnica, certamente, a mais brutal que atualmente ocorre em Gaza contra a população civil, sobretudo crianças e mulheres.

Mas o lobista, André Lajst que, ao lado do professor Hoching, virou arroz de festa em tudo o que é birosca digital para vender uma enciclopédia de cascatas históricas, dando diploma de otários a todos os brasileiros.

Vendo que a embalagem sionista está espatifada no mundo todo, ele resolveu atacar Lula, junto com outros defensores do genocídio de Israel contra os palestinos, na tentativa inútil de catequizar os desavisados e fazer uma lavagem cerebral nos terraplanistas.

Na verdade, esses caras, com esse tipo de atitude, só confirmam que essa doutrina capitalista diabólica, chamada sionismo, está muito mais entremeada nas instituições brasileiras do que se imagina.

Possivelmente, gente como esse sujeito, vendo que perdeu o rebolado diante da reação do mundo contra Israel e, no Brasil, não é diferente, reciclará seus discursos, mas o objetivo de saquear a Palestina, não mudará uma única vírgula.

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Política

Lobista da Precisa cobrava por indicação a cargo no governo e por contato de pessoas próximas de Bolsonaro

A mamata não acabou. No governo Bolsonaro, ela é tabelada. A CPI da Covid descobriu que o lobista Marconny Albernaz Faria “vendeu” por R$ 400 mil a indicação de Márcio Roberto Teixeira Nunes para um cargo no Instituto Evandro Chagas, no Pará, órgão vinculado ao Ministério da Saúde.

Márcio fez os pagamentos para a empresa de Marconny, foi nomeado e acabou preso num escândalo de propinas que envolveu R$ 1,6 milhão.

O esquema funcionou assim: Marconny inicialmente pediu uma propina que chamou de “incentivo” no valor de R$ 25 mil. Só para começar os trabalhos.

Inicialmente, Marconny tentou levar o nome de Márcio ao ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta. Não deu certo. Mandetta vetou a indicação.

Marconny não desistiu, e a conta da propina começou a subir. Ele passou a cobrar por encontros que tinha com outros ministros, inclusive os militares. Até o nome do vice-presidente Hamilton Mourão ele usou para convencer Márcio a fazer os desembolsos.

Quando todas as portas pareciam fechadas, Marconny escreveu: “Agora vai de cima pra baixo”. Foi quando entrou em cena Karina Kufa, advogada do presidente da República. Para encontrar a advogada, Marconny cobrou um incentivo de R$ 40 mil, segundo mensagens trocadas por WhatsApp.

Marconny também avisou que se encontraria com o próprio presidente, mas a reunião não aconteceu. Segundo o lobista, Bolsonaro tinha outra agenda, a posse de uma autoridade em Itaipu que Marconny diz ter indicado.

A CPI já sabe que, além de Karina, Marconny tinha outras duas pontes com o governo: a família Bolsonaro (através do filho Jair Renan e da ex-mulher de Bolsonaro Ana Cristina Siqueira Valle) e um senador cujo nome não revelou.

“Não revelou, mas a CPI, com certeza, vai chegar a este nome”, garante o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues.

*Otávio Guedes/G1

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Política

Assista ao depoimento de Marconny Albernaz, lobista da Precisa Medicamentos

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (15) o advogado Marconny Albernaz, apontado como lobista da Precisa.

Os senadores querem esclarecer a atuação de Albernaz no caso Covaxin.

A comissão também quer respostas sobre a participação dele na venda ao poder público de testes contra a Covid.

Albernaz será questionado ainda sobre sua relação com a família Bolsonaro. Documentos mostram que o filho do presidente, Jair Renan, abriu empresa com a ajuda de Albernaz.

A Justiça autorizou a condução coercitiva do advogado, caso ele não compareça para prestar depoimento.

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Lobista na mira da CPI era íntimo do núcleo de Bolsonaro para passeios de lancha e churrascos

Mensagens de aplicativo mostram intimidade de lobista da Precisa com advogada e parentes do presidente da República.

Mensagens enviadas à CPI da Covid revelam que o lobista Marconny Albernaz de Faria, apontado como um intermediário da Precisa Medicamentos, mantinha relação com o núcleo familiar e uma advogada de Jair Bolsonaro.

O material expõe eventos realizados na casa de Marconny, em Brasília, como churrascos e passeios de lancha. O lobista ainda se dispunha a cuidar da agenda de pessoas do círculo do presidente, com o agendamento de consultas médicas e horário em salão de beleza.

As mensagens de aplicativo mostram ainda a proximidade dele com Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, com o filho 04 do presidente, Jair Renan Bolsonaro, e com a advogada Karina Kufa.

A Precisa Medicamentos está no centro das investigações da CPI por suspeita de irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin. O Ministério da Saúde decidiu encerrar o contrato de R$ 1,6 bilhão com a empresa para a compra de 20 milhões de doses do imunizante.

Procurada, Ana Cristina, que também é mãe de Jair Renan, não respondeu aos questionamentos da reportagem. Kufa afirmou, em nota, que nunca escondeu a amizade com Marconny, que, por sua vez, por meio de advogados, disse que as mensagens foram distorcidas.

As informações constam de conversas no WhatsApp, entre Marconny e pessoas ligadas a Bolsonaro, obtidas pela CPI após quebra judicial de sigilo do lobista a pedido do MPF (Ministério Público Federal) no Pará. A Folha teve acesso ao material.

Pelas mensagens, Kufa e o lobista chamavam um ao outro de amigos. Ela já o encontrou em diversos momentos, frequentaram a casa um do outro e marcaram almoços em diversas oportunidades.

A proximidade dos dois era tamanha que a advogada chegou a compartilhar foto de um familiar dela com o lobista no WhatsApp. As mensagens indicam que Kufa levou o parente em evento na casa do lobista.

Em uma das mensagens, de maio de 2020, a advogada de Bolsonaro aceita o convite para dar uma volta de lancha. “Borá andar de lancha???”, diz Marconny. Em seguida Kufa responde com três mensagens: “Bom dia”; “Vamos!”; “To precisando tirar a tensão da cabeça”.

Maconny também marcou duas vezes médico para a advogada e até disse que iria com ela a uma das consultas. “Marquei pra manhã seu médico às 17h. Vou com vc!!!”, afirmou em uma mensagem de junho de 2020.

A assessoria de Kufa, em nota, disse que não negou a proximidade dela com o advogado. Afirmou ainda que a advogada não tem relação com representantes da Precisa e nunca ouviu o termo “lobista” associado a Marconny.

“Ao que tudo indica, esse rótulo foi inaugurado na CPI. Ele é uma pessoa conhecida no meio jurídico em Brasília”, disse a assessoria.

*Com informações da Folha

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Política

Mensagens indicam que ex-mulher de Bolsonaro acionou Planalto por nomeações a pedido de lobista investigado pela CPI da Covid

Material analisado pela comissão parlamentar aponta que Ana Cristina Siqueira Valle e Marconny Faria tentaram emplacar indicação no comando da Defensoria Pública da União.

Segundo reportagem de O Globo, mensagens de celular em posse da CPI da Covid indicam que, a pedido de um lobista, a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro acionou o Palácio do Planalto para influenciar em nomeações de órgãos públicos. De acordo com o material obtido pelo GLOBO, o lobista Marconny Faria, investigado pela comissão parlamentar, pediu ajuda de Ana Cristina Siqueira Valle para influenciar na escolha do Defensor Público da União (DPU), em 2020, junto ao então ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, atual membro do Tribunal de Contas da União (TCU). Ana Cristina é mãe de Jair Renan Bolsonaro, conhecido como o filho “04” do presidente.

As mensagens analisadas pela CPI da Covid foram compartilhadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará, que teve acesso aos diálogos durante uma investigação sobre desvio de recursos públicos em um órgão ligado ao Ministério da Saúde. O material foi extraído, com autorização judicial, do telefone celular de Marconny Faria, que teria atuado para beneficiar um dos investigados do caso.

As mensagens mostram que Marconny mantinha contato com lobistas de empresas do setor médico investigadas pela CPI da Covid como a Precisa Medicamentos, e com Ana Cristina e Jair Renan Bolsonaro, conforme revelou O GLOBO em duas reportagens publicadas em agosto.

De acordo com o material em posse da CPI, a tentativa de Ana Cristina e Marconny de influenciar na nomeação do chefe da Defensoria Pública da União (DPU) começou em agosto de 2020. A indicação para o cargo é feita pelo presidente após a formação de uma lista tríplice votada pelos membros da carreira.

As mensagens mostram que um dos candidatos,o defensor público Leonardo Cardoso, procurou Marconny para pedir apoio à sua candidatura e ajuda para interceder junto a Jorge Oliveira, amigo de longa data da família Bolsonaro e que, àquela época, era o principal conselheiro do presidente na área jurídica.

Após receber o pedido de Cardoso, Marconny procurou Ana Cristina e enviou uma mensagem com um texto de apoio à indicação do defensor. Em seguida, o lobista enviou a ela o e-mail institucional de Jorge Oliveira usado à época: [email protected] .

Em seguida, Ana Cristina respondeu dizendo que faria o contato com Jorge por WhatsApp: “Vou mandar um zap com a mensagem e (sic) mais pessoal ”, disse a ex-mulher de Bolsonaro. No dia seguinte, Ana Cristina enviou a Marconny o texto que teria enviado a Jorge Oliveira: “Bom dia meu amigo venho lhe pedir um apoio ao candidato Dr Leonardo Cardoso de Magalhães para assumir o cargo de Defensor Público-Geral Federal da Defensoria Pública da União. É um candidato alinhado com os nossos valores, técnico e apoiador do Jair sei que os outros dois candidatos são de esquerda se puder fazer isso por mim serei muito grata um abraço”.

Pouco tempo depois, Ana Cristina encaminhou a Marconny uma suposta resposta do então ministro Jorge Oliveira: “Já anotado! Conversei com ele ontem”.

A ex-mulher de Bolsonaro avisou ao lobista que outro candidato ao cargo de DPU havia obtido o apoio de um aliado político do presidente Bolsonaro. Ao final do diálogo, Ana Cristina lamenta aquela informação e diz a Marconny: “Eu não entendo mesmo, mas fizemos nossa parte”. Apesar da articulação de Ana Cristina a pedido de Marconny, Bolsonaro acabou indicando Daniel Macedo para o cargo de Defensor Público da União.

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Jair Renan Bolsonaro abriu empresa com ajuda de lobista da Precisa, investigado pela CPI

Diálogos e documentos da Receita apontam elo com firma do filho do presidente da República; defesa nega relação de negócio ou amizade.

A empresa de Jair Renan Bolsonaro, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, foi aberta com a ajuda do lobista Marconny Albernaz de Faria, apontado pela CPI da Covid como um dos intermediários da Precisa Medicamentos, mostram trocas de mensagens.

As informações constam de conversas no WhatsApp obtidas pela Folha entre o advogado e o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, após quebra judicial de sigilo do lobista a pedido do Ministério Público Federal do Pará, e de análise de documentos da Receita Federal.

Os diálogos foram enviados à CPI pela Procuradoria, depois que os investigadores daquele estado, que apuravam a influência do lobista em uma indicação para órgão público, viram que Marconny havia sido citado nas negociações da Precisa Medicamentos.

A Precisa está no centro das apurações da CPI por suspeitas de irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin. O Ministério da Saúde decidiu encerrar o contrato de R$ 1,6 bilhão com a empresa para a compra de 20 milhões de doses do imunizante.

De acordo com os diálogos, o lobista e Jair Renan começaram a tratar do tema no dia 17 de setembro de 2020, quando Marconny lhe escreveu: “Bora resolver as questões dos seus contratos!! Se preocupe com isso. Como te falei, eu e o William estamos a sua disposição para ajudar te ajudar”, disse.

Jair Renan, segundo as transcrições, respondeu: “Show irmão. Eu vou organizar com Allan a gente se encontrar e organizar tudo”. Em seguida, o filho do presidente diz que precisa abrir um processo para registrar a marca no INPI marcas e patentes e abrir o MEI como microempreendedor.

Marconny afirmou: “Temos que marcar uma reunião para me dizer o que está precisando. bora marcar na segunda”, diz, ao que o filho do presidente responde com “Talkei” (referência a “tá ok”, expressão usada com frequência por seu pai para uma confirmação).

No mesmo dia, o lobista mandou uma mensagem para o advogado William de Araújo Falcomer dos Santos, que o representa na CPI da Covid: “Posso marcar uma reunião com o Renan Bolsonaro na segunda às 16h?”, ao que o advogado diz que “pode, marcado”.

No dia 22 de setembro, Marconny pede que William lhe envie a localização de seu escritório para passar a Jair Renan —e recebe um “ja mando” como resposta.

Em 11 de outubro, o lobista mandou uma reportagem sobre a inauguração da empresa de Jair Renan para William, que respondeu: “Fui lá ontem. Tava legal”. Três dias depois, William disse: “Renan veio aqui hj. Fiz o certificado. Conversamos algumas coisas”, e Marconny respondeu: “coisa boa”. Em seguida, o advogado diz: “Amanhã ele assina a abertura da 1 empresa dele”.

O telefone registrado no cadastro da Receita Federal como sendo da Bolsonaro Jr Eventos é o mesmo contato do escritório de William de Araújo Falcomer dos Santos. Nesta terça-feira (31), a Folha ligou para o local e a secretária confirmou que se tratava do escritório de William, mas que o advogado estava em viagem.

Ele não respondeu os contatos feitos pela Folha por telefone, celular, emails e mensagens no WhatsApp, assim como Marconny e a Precisa Medicamentos também não se pronunciaram.

Jair Renan não respondeu o email enviado pela Folha no endereço divulgado pelo filho do presidente, em sua conta oficial do Instagram, como sendo de sua assessoria.

*Com informações da Folha

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Jair Renan esteve em evento com lobista de empresa investigada na CPI

Lobista da Precisa afirma não lembrar se 04 estava em encontro na casa da advogada de Jair Bolsonaro.

O ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana, lobista da Precisa Medicamentos, disse à CPI da Pandemia na quarta-feira (26/8) não se lembrar se Jair Renan, filho do presidente Bolsonaro, esteve com ele em um encontro na casa da advogada de Bolsonaro, Karina Kufa. Mas pessoas presentes no evento, um churrasco, confirmaram à coluna que os dois estavam no mesmo local, bem como o advogado Marconny Albernaz, também tido como lobista da farmacêutica.

O encontro, num fim de semana de maio, reuniu amigos da advogada e contou com cerca de 10 pessoas.

Santana foi secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Anvisa e é suspeito de ter tentado favorecer a Precisa Medicamentos em licitações do Ministério da Saúde.

Informações vazadas

Ainda durante a CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou mensagens, que mostram que Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, vazou informações a respeito de uma operação da Polícia Federal (PF) antes de ser deflagrada.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Atuação contra Pfizer, reunião com lobista e imunidade de rebanho podem levar Guedes à CPI

Ministro da Economia negociou linha de crédito para vacina privada e colocou restrições em compra de imunizantes.

A convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para depoimento na CPI da Covid no Senado deve ser o primeiro tema a ser debatido pela comissão na volta do recesso legislativo, daqui a duas semanas. Desde que as sessões foram paralisadas, Guedes voltou a ter seu nome envolvido em denúncias sobre ações e omissões do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus.

A ida do “Posto Ipiranga” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à CPI foi um dos primeiros temas que causou divergência entre a oposição e a tropa de choque bolsonarista na comissão, antes mesmo dela ser instalada, em abril.

A blindagem a Guedes, no entanto, deve ser rompida após a revelação de novos casos que apontam o papel central do Ministério da Economia no atraso na compra de vacinas e no incentivo à imunidade de rebanho.

Neste terça-feira (20), em entrevista ao portal Metrópoles, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, defendeu a votação do requerimento de convocação no retorno aos trabalhos da comissão: “É uma providência natural que a CPI convoque Guedes. A falta de planejamento é, na verdade, uma consequência do agravamento da pandemia no Brasil. É importante convidá-lo para resolver efetivamente o problema do ponto de vista orçamentário”.

Em abril, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), disse que a convocação “politizaria o debate” e atuou contra a ida do ministro ao banco dos depoentes. No mês seguinte, no entanto, Guedes fez declarações contra a China, principal fornecedor de insumos para fabricação da CoronaVac no Brasil, e Aziz mudou o tom. Disse que o ministro deveria “cuidar da economia, que não está bem” no país e disse que ele seria “puxa-saco americano”.

À época, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a crise “tem tudo a ver com Guedes. A [a CPI terá também de] apurar a nossa tese de que o governo adotou uma posição de que era mais importante deixar o vírus circular, todo mundo pegar, fazendo com que o governo não tivesse que gastar dinheiro.”

Entenda os principais temas que podem levar o ministro da Economia à CPI:

Atuação anti-Pfizer a Janssen

Guedes e sua equipe interferiram na elaboração da Medida Provisória (MP) 1.026/2021, que tratou da aquisição de vacinas contra a covid-19. De acordo com os documentos enviados à CPI da Covid, divulgados pela Folha de S.Paulo na terça-feira (20), o ministério barrou dispositivo que facilitava a aquisição de imunizantes da Pfizer e Janssen.

A cláusula vetada autorizava a União a assumir eventuais riscos e custos de possíveis efeitos adversos da vacina. Tratava-se de exigência das farmacêuticas para negociar o imunizante em todos os países. A reportagem afirma que tanto Guedes como o presidente Jair Bolsonaro “temiam” a ameaça de processos contra eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. O risco de judicialização poderia aumentar o passivo financeiro da União.

A MP foi publicada em 6 de janeiro, sem o artigo vetado por Guedes. Foi quando Bolsonaro declarou que o governo não se responsabilizaria, caso quem tomasse o imunizante da Pfizer “virasse jacaré“. A decisão atrasou as negociação com o laboratórios norte-americano em pelo menos 8 meses desde a primeira oferta.

O contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer foi assinado em março. Mas só foi possível após a aprovação de uma lei que repassou à União os riscos relativos à aplicação dos imunizantes. Na sequência, o contrato com a Janssen, para a compra de 38 milhões de doses, também foi firmado.

Acordo com lobista

Em junho, documentos sigilosos do Itamaraty, revelados pelo jornal O Estado de São Paulo, revelam que o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, afirmou ter discutido com a pasta de Paulo Guedes a abertura de uma linha de crédito para clínicas privadas adquirirem vacinas no exterior.

Segundo um telegrama da Embaixada do Brasil na Índia, a ideia era usar dinheiro público para financiar a exportação de imunizantes que seriam vendidos no Brasil no momento em que havia uma corrida de governos do mundo todo pelo produto.

Maximiano e a Precisa Medicamentos estão no centro do escândalo da compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. A diretora da empresa, Emanuela Medrades, chegou a admitir, em depoimento à CPI, que os planos iniciais da Precisa para a Covaxin eram motivados pela intenção de venda para empresas privadas.

Questionada pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Medrades disse que apenas depois da negativa do Congresso Nacional à compra de vacinas pela iniciativa privada os planos da Precisa passaram a ser a negociação com o Ministério da Saúde.

A negociação com Guedes, citada por Maximiano na reunião na embaixada, como aponta a imagem abaixo, deve ser um dos principais pontos de questionamento dos senadores ao ministro.

Aposta na imunidade de rebanho

Durante audiência na Comissão Externa da Covid-19 no Senado, no último dia 26, o ministro da Economia admitiu que o governo federal apostou na imunidade de rebanho por contaminação. Segundo ele, a ideia foi difundida no governo pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

“O primeiro ministro da Saúde que tivemos popularizou dentro do governo a teoria [da imunidade de rebanho], que foi exposta para nós e nós acreditamos. E vimos acontecer. Ele estava certo. Ele falou março, abril e maio ela [a curva de contágio da Covid-19] sobe forte, então, temos que fazer distanciamento social, porque, com distanciamento, ela não sobe verticalmente, sobe devagar e dará tempo de criar a imunidade de rebanho aos poucos. Porque se pegar em todo mundo ao mesmo tempo explode a capacidade hospitalar”, disse Guedes.

“Não se falou em barreira sanitária, testagem em massa, vacinas, nada. A ideia foi vamos aos poucos porque, se for todo mundo ao mesmo tempo, explode a capacidade hospitalar”, finalizou.

Comida vencida aos pobres

Em 18 de junho, Guedes sugeriu que sobras de restaurantes sejam destinadas às populações pobres e vulneráveis, como forma de política de combate à crise social e aos crescentes índices de insegurança alimentar do país. “Aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas. É muito melhor que deixar estragar”, afirmou, durante participação virtual em evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

O ministro propôs que “desperdícios” da cadeia e “excessos” cometidos pela classe média poderiam ser mais bem aproveitados e distribuídos à crescente massa de brasileiros em situação de pobreza, muitos já em condições extremas.

Para justificar o raciocínio, afirmou que o prato de um cidadão de classe média da Europa, “que já enfrentou duas guerras mundiais”, seria “relativamente pequeno”. E prosseguiu. “E os nossos, aqui, fazemos almoços onde (sic) às vezes há uma sobra enorme. E isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta. Até lá, há excessos”, prosseguiu.

“Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.

*Paulo Motoryn/Brasil de Fato

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