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Posse de Lula

Ato de terror abortado acende luz vermelha no QG da posse de Lula

Entre os bolsonaristas que clamam por um golpe militar há os que apostam no pior.

Confirmou-se o que a equipe de transição do futuro governo temia: entre os bolsonaristas acampados à porta do Quartel General do Exército a pedir um golpe militar, há gente disposta a cometer atos de terrorismo para impedir a posse de Lula daqui a uma semana.

Ele e a primeira-dama Janja desfilarão em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios a partir das 14h30 do próximo domingo. Há quatro anos, quando isso aconteceu com Bolsonaro e Michelle, Carlos, filho do presidente, acompanhou-os armado.

O Zero Dois receava que o pai fosse alvo de um atentado. Quem cuidará da segurança de Lula e Janja será a Polícia Federal sob comando do novo governo, e não mais o Gabinete de Segurança Institucional da presidência repleto de militares bolsonaristas.

A cerimônia de posse no Congresso terá início às 15h e contará com a presença de chefes de Estado de 17 países. Todos, dali, irão para o Palácio do Planalto cumprimentar Lula. Antes, Lula falará para uma multidão estimada em 350 mil pessoas.

À noite, no Palácio do Itamaraty, no momento em que Lula recepcionar com um jantar os convidados estrangeiros e os locais, a multidão deverá assistir a shows musicais e apresentações de drones. Mais de 20 músicos já confirmaram presença.

Serão mais de 10 horas de muita tensão para os responsáveis pela segurança pública, agravada pelo fato de que, ontem, descobriu-se que em um caminhão tanque, estacionado perto do aeroporto de Brasília, havia uma bomba que poderia ter explodido.

A bomba só foi encontrada porque o motorista do caminhão avisou à Polícia Militar do Distrito Federal. Segundo a perícia, ela chegou a ser acionada, mas o mecanismo de detonação falhou. Um empresário bolsonarista do Pará de nome George Souza foi preso.

Em um apartamento do Setor Sudoeste de Brasília, alugado ou de propriedade dele, Souza estocou “um grande material explosivo e muitas armas”, segundo o chefe da polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido:

“Ele é morador do Pará e veio, justamente, para participar das manifestações lá no QG. Ele faz parte desse movimento de apoio do atual presidente. […] As autoridades policiais vão prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito”.

Clamar por um golpe de Estado é atentar contra o Estado Democrático de Direito, disse o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Queimar ônibus e depredar prédios públicos, como recentemente aconteceu em Brasília, é crime.

Ninguém foi preso por isso. Vídeos mostram que policiais militares, destacados para reprimir a baderna, preferiram observar tudo à distância. Os acampados nas vizinhanças do QG do Exército, área de segurança nacional, lá continuam.

*Noblat/Metrópoles

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Empresários bolsonaristas pagam até R$ 5 milhões por mês para ataques a STF nas redes

Empresários bolsonaristas gastam a quantia para insultar e constranger opositores de Bolsonaro nas redes e convocar atos pró-Bolsonaro, como o do dia 15.

O inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga Fake News já está adiantando e encontrou empresários bolsonaristas financiando ataques contra ministros do STF nas redes sociais. Bolsonaristas também estão pagando anúncios no Facebook para promover os atos pró-Bolsonaro e contra o Congresso e o STF, marcados para este domingo (15).

Os ataques virtuais contra ministros do STF e seus familiares, além de contra o próprio Judiciário e o Congresso, estão custando até R$ 5 milhões a cada mês, com despesas de robôs, que atuam com postagens automáticas, e produção de material para insultar e constranger opositores do mandatário nas redes sociais.

O inquérito na Suprema Corte tramita em segredo de Justiça. O Estadão obteve informações de que as investigações sobre Fake News contra os ministros e instituições públicas está adiantado e já teria identificado parte dos empresários aliados de Jair Bolsonaro e que financiavam a prática.

Além das Fake News, a apuração que foi aberta em março do último ano, também identificou as práticas de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal por parte de empresários bolsonaristas. O caso deve ser concluído em maio, segundo a reportagem do Estadão.

Outra reportagem, do Uol, revela também nesta quarta (11) que os bolsonaristas estão financiando postagens e anúncios no Facebook e no Instagram para convocar a população aos atos pró-Bolsonaro deste domingo (15).

“De acordo com a Biblioteca de Anúncios do Facebook, há desde postagens levantando a bandeira da prisão em segunda instância e sobre o controle do Orçamento da União até aquelas que atacam o Congresso e o STF, flertando com o fechamento dessas instituições e uma intervenção militar”, informou a reportagem.

Biblioteca de Anúncios do Facebook mostra postagens patrocinadas da página oficial de Luciano Hang que convocam para ato pró-Bolsonaro –

Os financiadores destas postagens são páginas de apoio a Jair Bolsonaro e os custos disso são indefinidos, porque não há limite de mínimo ou máximo para esse investimento. Entre as páginas encontradas pela reportagem do Uol, estão a do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan; o Sargento aposentado Sebastião Domingos Neto, o Tião Neto; o militar Sérgio Adriani de Barros, autor da página “QG Conservador Jair Messias Bolsonaro Minas Gerais”; e do “Movimento Conservador – Araraquara – SP”, do assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), Rodrigo Ribeiro, que conta com 13.500 seguidores.

 

 

*Com informações do GGN