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Moraes quer ‘reação forte’ a big techs no Brasil: ‘passaram para o tudo ou nada’

De acordo com o ministro do STF, grandes empresas de tecnologia não estão dispostas a respeitar leis e decisões judiciais dos países onde atuam.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira (11), em Brasília (DF), uma “reação forte” às tentativas das big techs de não respeitarem as leis e decisões judiciais dos países onde atuam. O magistrado defendeu medidas para conter a divulgação de fake news.

“As big techs passaram agora para o all in, o tudo ou nada”, disse o ministro na aula inaugural do MBA em Defesa da Democracia e Comunicação Digital, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na capital federal.

Durante o seu discurso, Moraes não citou Elon Musk, bilionário dono da rede social X, que, em 2024, ficou cerca de 40 dias suspensa no Brasil por não cumprir determinações como a nomeação de um representante legal no país para discutir questões como regulamentação das redes sociais, com o objetivo de conter discursos de ódio e fake news.

De acordo com o ministro do STF, grandes empresas em nível global não estão dispostas a cumprir medidas para a regulação das redes sociais. Ainda segundo o ministro, as “big techs perceberam que UE (União Europeia) aprovou leis e que outros países vão aprovar”.

“Nós e os demais países conseguimos manter a nossa soberania nacional e a nossa jurisdição, porque as big techs necessitam das nossas antenas de comunicação. Não é por outros motivos que uma das redes sociais tem como sócio alguém que tem outra empresa chamada Starlink e que pretende colocar satélites de baixa órbita no mundo todo para não precisar das antenas de nenhum país”.

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Netanyahu ameaça ‘reação forte’ contra Hezbollah em escalada de ataques na fronteira com Líbano

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alertou nesta quarta-feira (05/06) que seu exército está preparando uma resposta “extremamente forte” ao movimento libanês Hezbollah, diante da escalada de ataques na fronteira entre o Líbano e Israel.

“Qualquer um que pense que eles podem nos prejudicar está muito enganado” comentou o premiê, durante uma visita à cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, onde bombeiros locais registraram incêndios “provocados por ataques de foguetes e drones do Hezbollah”, segundo o jornal The Times of Israel.

No dia anterior, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa, tenente-general Herzi Halevi, havia antecipado a informação de que Tel Aviv estava prestes a tomar uma decisão sobre como lidar com o Hezbollah, que publicamente declarou apoio aos palestinos em meio à intensificação das agressões israelenses em Gaza, desde 7 de outubro.

Na mesma terça-feira (04/06), o vice-líder do grupo libanês declarou que o Hezbollah não está buscando ampliar seu conflito com Israel, mas que “está pronto para lutar contra qualquer guerra que lhe seja imposta”.

“Pronto para a batalha. [Hezbollah] não permitirá que Israel garanta nenhuma vitória […] Se Israel quiser travar uma guerra total, estamos prontos para isso”, enfatizou xeque Naim Qassem, reforçando que a frente libanesa está “permanentemente ligada a Gaza”.

Alinhado ao Irã, o Hezbollah e Israel têm estado em confronto bélico nos últimos oito meses, ao mesmo tempo em que as forças israelenses atacam Gaza. Segundo a emissora catari Al Jazeera, a comunidade internacional manifesta preocupação de que o conflito no Oriente Médio se amplie e possa eclodir entre os adversários fortemente armados.

Vale lembrar que em 24 de maio, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, havia alertado o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a resistência do Líbano realizaria “mais surpresas” contra as forças israelenses caso não cessassem suas agressões na fronteira libanesa-israelense e continuassem negando o fim dos ataques na Faixa de Gaza.