Categorias
Uncategorized

MST presenteia Bonner e Renata, do JN, com cestas de produtos da reforma agrária

Movimento social, maior produtor de arroz orgânico da América Latina, foi citado na entrevista de Lula e quer mostrar aos âncoras do telejornal a importância de suas cooperativas.

Representantes Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) irão até os estúdios Globo, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), para presentear os âncoras do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcelos, com cestas de produtos da reforma agrária produzidos pelas cooperativas do movimento.

O objetivo dos sem-terra é mostrar aos jornalistas a importância da entidade, já que eles foram citados na entrevista com o ex-presidente Lula (PT) na quinta-feira (25). Renata Vasconcelos havia perguntado qual seria o papel do movimento em um eventual novo governo do petista, e se a relação do ex-mandatário com os sem-terra não estaria afastando o setor do agronegócio.

“O MST é um movimento social de luta pelo direito ao acesso à terra com mais de 38 anos de História. Temos que desmistificar as informações que chegam à sociedade brasileira sobre o MST e acreditamos no papel central que cumpre, para isso, uma imprensa livre e comprometida com o desenvolvimento social. Contamos com vocês neste trabalho!”, declara Marina dos Santos, dirigente do movimento, em carta que vai junto às cestas. Ela conclui: “Esperamos que vocês desfrutem dos frutos da luta pela terra que vão com todo nosso carinho nesta cesta!”

As cestas que serão entregues aos apresentadores do Jornal Nacional contêm produtos como arroz orgânico, suco de uva, café, melado, açúcar mascavo e geleia, além de um boné do MST.

Cestas do MST entregues a Bonner e Renata.

O MST organiza mais de 450 mil famílias assentadas, 90 mil acampadas, 160 cooperativas e 140 agroindústrias. Os produtos são vendidos na rede de lojas Armazém do Campo, que está presente em todas as regiões do país e conta com 25 lojas físicas. Além das lojas físicas, ao todo, são 39 unidades de comercialização com entregas programadas e compras online, presentes em 36 cidades interioranas e capitais, levando os frutos da luta pela terra do campo à cidade.

Lula defende MST

Ao ser questionado na entrevista do Jornal Nacional sobre o MST, Lula saiu em defesa do movimento.

“O MST tá fazendo uma coisa extraordinária, tá cuidando de produzir. Não sei se vocês sabem, mas o MST hoje tem várias cooperativas, o MST é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, Renata, e você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais”, disse o ex-presidente.

“Agora, o Bolsonaro tá ganhando alguns fazendeiros porque tá liberando armas… E tem gente que acha bom ter arma em casa, que é bom matar alguém”, prosseguiu o petista, o que deixou a apresentadora do telejornal claramente surpresa e sem reação.

Maior produtor de arroz orgânico da América Latina

O MST calcula uma colheita de 15,5 mil toneladas de arroz orgânico esse ano. A projeção é para a colheita 2021-2022 que já foi realizada, mas os números finais ainda não foram divulgados pelo movimento. A produção é feita por cooperativas gaúchas e envolve cerca de 20 assentamentos e 600 famílias.

O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) coloca o MST como o maior produtor de arroz orgânico da América Latina há dez anos. A estimativa de colheita da safra 2021/2022 era de 310 mil sacas de arroz de 50 kg cultivados – o que equivale a 15,5 mil toneladas. Os números são de Martielo Webery, do setor de comercialização da Cootap (Cooperativa de Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre).

Em março desse ano, as famílias produtoras de arroz ligadas ao MST no Rio Grande do Sul promoveram a 19a Festa da Colheita. A celebração popular, realizada na Cooperativa de Produção Agropecuária (Coopan) de Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, festejou a maior colheita de arroz orgânico, sem agrotóxicos, do continente. A maior desse ano, pois em outros anos, como na colheita 2016-2017, os números foram superiores.

Naquela ocasião, cinco colheitas atrás, os números do MST superaram em muito os atuais. De acordo com reportagem da BBC Brasil, foram colhidas cerca de 27 mil toneladas de arroz orgânico produzidas naquela temporada por 22 assentamentos distribuídos entre 616 famílias. Além do arroz propriamente dito, também foram produzidas cerca de 22 mil sacas de sementes não transgênicas.

*Com Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Bonner aceitou censura de Bolsonaro no JN sobre peculato e formação de quadrilha, envolvendo Queiroz, Michelle, filhos e mansões

Não precisa nem dizer que Bolsonaro passou recibo de canela de vidro quando o assunto é clã, milícia, laranjas, Queiroz e Michelle.

Segundo Noblat, Bolsonaro deixou claro para Globo que só iria à entrevista no JN se o esquema do clã não entrasse na pauta.

Isso deixa mais do que claro aquilo que todos já sabem, Bolsonaro, e não é de agora, está totalmente transtornado com a possibilidade, cada dia mais concreta, de ser derrotado nas urnas e ir direto para a cadeia junto com o clã inteiro.

Na verdade, desde que assumiu o poder e, imediatamente, estourou o esquema de depósitos de Queiroz na conta de Michelle, apontados pelo Coaf, Bolsonaro não faz outra coisa que não seja tentar encobrir esse escancarado esquema criminoso, cerceando investigações de peculato, formação de quadrilha, carinhosamente chamado de rachadinha.

Ou seja, todos os assuntos abordados por Bonner e Renata, foram em comum acordo com Bolsonaro. Na verdade, o JN imitou o Flow e, mesmo assim, ele mentiu durante 40 minutos, enrolou-se todo para responder, ainda que não tenha sofrido qualquer pressão mais dura dos entrevistadores.

Noblat – A condição imposta por Bolsonaro para ser entrevistado pela Globo

Apesar de convencido por seus conselheiros de campanha eleitoral de que não poderia perder a oportunidade de falar ao país no horário de maior audiência da televisão brasileira, Bolsonaro impôs uma condição para ser entrevistado pelo Jornal Nacional.

Poderiam lhe perguntar tudo o que quisessem e ele responderia – mortos pela pandemia da Covid-19, desmatamento da Amazônia, corrupção no governo, urnas eletrônicas, fake news, ataques a ministro do Supremo Tribunal Federal, e até golpe.

Mas sobre um assunto ele não admitiria perguntas: envolvimento dos seus filhos e da sua mulher em supostos casos de corrupção. Nada de Fabrício Queiroz, rachadinha, mansão milionária de Flávio em Brasília, depósitos na conta de Michelle e coisas afins.

Condição imposta, condição aceita. De todo modo, Bolsonaro compareceu à sabatina com quatro tópicos escritos à palma de uma das mãos: “Nicarágua”, “Argentina”, “Colômbia” e “Dario Messer”. Os três primeiros tinham a ver com o PT.

Era para que se lembrasse de acusar Lula e o PT de estreitas ligações com os governos de esquerda daqueles países. Verdade: acabou ficando de fora “Venezuela”, do ditador Nicolás Maduro, tema que pontua os discursos de Bolsonaro. Mas faltou espaço.

Ou melhor: no espaço reservado à “Venezuela”, ele preferiu escrever “Dario Messer”, também conhecido como “O Rei dos Doleiros”, preso, condenado e depois solto. O nome dele serviria de advertência aos entrevistadores e à própria Globo.

Em sua delação premiada, sem apresentar provas, Messer disse que foi doleiro dos irmãos Marinho, donos das Organizações Globo. Ao mesmo tempo, reconheceu que nunca os encontrou. A Globo o desmentiu em nota oficial. O assunto foi esquecido.

 

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição