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Para Bolsonaro não tem saída, só entrada, na cadeia

Não há outra saída para Bolsonaro, a cadeia será um prêmio pelo produto resultante do seu trabalho, claro, não só ele, mas todo o clã que fez um treinamento funcional com o papai de como tonificar diariamente a serpente do fascismo e reproduzir a mentalidade do chefe.

Não há, portanto, reabilitação para um sujeito como esse. Não há como impermeabilizar o esgoto que produziu .

Dizem que Bolsonaro, com sua gritaria, tenta arrumar um jeito de negociar uma saída honrosa para seus crimes e, consequentemente, uma pilha de incontáveis denúncias e inquéritos que terá que enfrentar, sem que Lira e Aras coloquem esparadrapo na boca dos denunciantes.

O fato é que a temperatura vai esquentar para Bolsonaro, porque sua candidatura, que está em avançada decomposição, chegará naturalmente em ruínas no dia 2 de outubro.

Ele deixou claro, na convenção do PL e lançamento de sua campanha, que não há cacoete de unidade naquele catado que conseguiu reunir 90% do que existe de mais podre na política brasileira para dividir o picadeiro.

Bolsonaro não tem qualquer base hoje, fora de parlamentares que ele compra com o orçamento secreto. Ou seja, tudo com validade condicionada e condenada a apodrecer até 2 de outubro.

E não adianta Bolsonaro vir com seus faniquitos carregados de irritação por destruir o país e se ver no inferno que ele próprio criou.

A bandagem que criou no cercadinho é a cara do que hoje lhe acontece, buscando o isolamento para se manter para poucos como protagonista e, agora, está isolado com cada vez menos adeptos, e o pior, aliados de ocasião.

Nada em Bolsonaro tem origem natural, a começar pela eleição de 2018, que se deu por uma fraude eleitoral combinada entre ele e Moro, que prendeu Lula que ganharia a eleição.

Moro caiu em desgraça. Ninguém hoje tem coragem de citá-lo como algo minimamente positivo, porque, na primeira saraivada de escândalos da Vaza Jato divulgada pelo Intercept, Glauber Braga (Psol) definiu muito bem, sendo conciso e certeiro ao chamar Moro, cara a cara, de corrupto e ladrão.

Lógico que Bolsonaro traiu incontáveis aliados que trabalharam duro pela fabricação da imagem do mito, que agora partem pra cima dele com uma fixação de quem quer esganá-lo na primeira esquina.

Seja como for, o melhor produto que Bolsonaro apresenta, é o rechaço público confirmado em manifesto assinado por milhares de brasileiros, incluindo a papa fina da burguesia, repudiando seus rompantes golpistas, repugnando junto a sua reeleição.

Bolsonaro não tem saída, só tem entrada, e é na cadeia.

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Marcando passo no mesmo lugar, Moro já busca uma saída honrosa para jogar a toalha

Merval Pereira, ontem, deu a sentença em seu artigo tóxico contra Lula, dizendo, com outras palavras, que Moro perdeu o bonde da história e que a terceira via foi somente um devaneio midiático.

A pauta de combate à corrupção que Moro usou como bandeira eleitoral não empolgou ninguém. Merval só não disse que, mais do que não ter a menor moral para se aventurar numa pauta dessa, depois que foi considerado pelo STF um juiz picareta, vigarista, o feitiço virou contra o feiticeiro e Moro está para a corrupção como Queiroz para a rachadinha. Aliás, os dois serviram ao mesmo patrão da milícia e pelo serviço receberam suas recompensas.

Moro já está em ponto morto. Até o carcomido Mainardi, chutado na bunda até por Dória, já desistiu de tentar encher um saco feito de filó. E Moro já entrou no modo ora veja, com platitudes do tipo, me ofereci como alternativa da terceira via, entre o ruim e o pior, ele só não disse que quem ele classificou como ruim só não venceu a eleição em 2018 já no primeiro turno, porque um certo juiz corrupto e ladrão fez acordo com o pior para ser ministro e serviu ao seu governo durante 17 meses.

Ou seja, mais metade do mandato do genocida até agora. Mas prestou grandes serviços ao clã para ajudar a livrar a cara dos filhos do homem, com episódios típicos de um feitor da casa grande.

Agora, o caranguejo de Curitiba sentiu que, por andar de lado, perdeu apoio dos seus criadores e, por isso, já está procurando o caminho da roça, mas de forma honrada para não ser humilhado mais do que a realidade já o humilhou.

Mas tudo indica que Moro, diante de uma campanha melancólica, não tem outra saída do que a saída da disputa eleitoral.

Sua candidatura não causou um traque sequer.

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