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Lula deixa hospital após cirurgia no quadril e vai despachar do Alvorada

Este é o segundo procedimento que Lula faz em menos de uma semana. A agenda prevista para o dia foi cancelada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou, na manhã desta quarta-feira (26/7), no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, por um tratamento para buscar aliviar as dores que sente no quadril. Devido ao incômodo, é o segundo procedimento que o mandatário faz em menos de uma semana, segundo o Metrópoles.

A agenda prevista para o dia foi cancelada, e Lula passará o resto da semana despachando do Palácio da Alvorada. Ele deixou o hospital às 12h36.

O chefe do Executivo saiu do Palácio da Alvorada por volta das 9h25, em direção ao centro clínico, que se localiza na Asa Sul, região central de Brasília. A informação foi antecipada pela coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o procedimento “minimamente invasivo”, chamado “denervação percutânea” correu bem e não teve intercorrências.

“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu entrada no Hospital Sírio-Libanês – unidade Brasília -, nesta manhã (26), para a realização de um procedimento eletivo, minimamente invasivo, de denervação percutânea, no quadril direito, para alívio de dor crônica até a realização de uma cirurgia prevista para outubro, uma artroplastia de quadril, para a solução definitiva do problema. O procedimento de hoje foi realizado sem intercorrências e o presidente deve cumprir agenda no Palácio da Alvorada até esta quinta-feira (27/7)”, disse.

O chefe do Executivo federal sofre de um problema na articulação coxofemoral, também chamada de articulação do quadril, um membro parecido com uma bola, localizada na cabeça do fêmur. Ela se articula com o quadril, possibilitando o movimento da perna.

A deficiência de Lula se caracteriza pela artrose de quadril ou osteoartrose, que é um desgaste da articulação coxofemoral – a maior articulação do nosso sistema musculoesquelético. A dor pela complicação aparece, principalmente, na região da virilha e na frente do quadril.

As queixas do presidente sobre problemas no quadril não são novas. Ao retomar a rotina de exercícios, após as eleições, ele passou a fazer sessões de fisioterapia. Em fevereiro, realizou um exame de ressonância magnética num hospital de Brasília. Em maio, disse que estava com um problema na cabeça do fêmur que o impedia de jogar futebol.

Cirurgia
Durante o programa Conversa com o Presidente, nessa terça-feira (25/7), Lula admitiu que as dores no quadril estão atrapalhando sua vida e seu trabalho e, por isso, vai marcar para outubro deste ano procedimento cirúrgico. Enquanto o mandatário estiver em recuperação, o cargo será ocupado interinamente pelo seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

“Eu estou como jogador de bola que não quer dizer para o técnico que está sentindo uma dor, para não ir para o banco”, disse Lula, em sua live semanal.

“Eu tenho um problema na cabeça do fêmur”, explicou. “Faz tempo que eu tenho isso. Uma vez, um médico me disse o seguinte: ‘Olha, presidente, a cabeça do fêmur, essa dor no quadril, só quem vai decidir operar é o senhor, porque o senhor sabe o limite da sua dor”, relatou o titular da República, ao dizer que o momento está chegando.

O presidente, então, confirmou o agendamento da cirurgia para outubro devido aos compromissos internacionais que tem nas próximas semanas.

“O que me sobra de tempo é outubro. Eu tenho que calcular bem. É uma cirurgia razoavelmente rápida, de duas horas e meia. Depois, vai depender da minha disciplina de recuperação. Enquanto eu estiver me recuperando, o Alckmin fica no comando. Eu tenho total confiança. Ele é um parceiro extraordinário e, enquanto isso, o Brasil vai em frente”, concluiu Lula.

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Saúde

Lula vai passar por cirurgia no quadril, diz assessoria do governo

Intervenção não é urgente e deve ocorrer no 2º semestre. Presidente esteve em hospital de SP, onde fez tratamento para aliviar dor.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve passar por uma cirurgia no quadril no segundo semestre. A informação foi divulgada neste domingo (23/7) pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Lula esteve nesta manhã no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fez uma infiltração para aliviar a dor na região da lesão, diz o Metrópoles.

De acordo com a assessoria, trata-se de uma “operação programada, nada urgente”. Lula chegou ao Sírio-Libanês no fim da manhã, onde permaneceu por pouco mais de uma hora. Ele foi atendido pelo médico Roberto Kalil Filho. As dores no quadril são provocadas por uma artrose, resultado do desgaste da cartilagem que reveste as articulações.

Nesta tarde, Lula participa da cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, berço da trajetória política do presidente. Hoje, a entidade completa 64 anos.

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Saúde

‘No ano que vem vamos ter que vacinar todo mundo de novo’, diz diretor do Sírio-Libanês

Para Fernando Ganem, imunização contra a Covid deverá funcionar como a da gripe, que, devido às mutações do vírus, exige adaptações.

O novo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês (SP), o médico Fernando Ganem, 56, diz que os conhecimentos sobre a Covid-19 disponíveis até o momento indicam que será necessária uma imunização anual contra a doença.

“Ano que vem, vamos ter que começar a vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, tem fazer nova adaptação da vacina”, afirma.

Segundo o médico, o hospital vem registrando casos de reinfecção por Covid entre pessoas já imunizadas, mas nenhum grave ou que tenha levado o paciente à morte.

Por isso, recomenda que as pessoas continuem usando máscaras não só para se proteger contra o coronavírus, mas também contra outros vírus respiratórios que estão circulando, como o H1N1, e já provocam internações.

Cardiologista e intensivista, Ganem está no Sírio desde 1992 e ocupou vários cargos nas áreas da assistência e da gestão. Em maio, assumiu a diretoria geral, substituindo o cirurgião Paulo Chapchap, seu mentor.

Um assunto que circulou nas redes sociais recentemente foi que o Sírio estava com vários pacientes graves de Covid que já tinham sido imunizados com duas doses da vacina. O que há de real nessa história? Estamos monitorando todas as pessoas que internam, quantas já foram vacinadas. Existem pacientes internados que já tomaram a vacina? Sim. Existem pacientes que já tomaram a vacina e estão em estado crítico? Não é o que a gente está vendo.

Nós e outras instituições vamos soltar publicações sobre colaboradores vacinados, quantos tiveram [reinfecções por Covid]. Na nossa experiência, não identificamos casos graves [de reinfecção] e óbito. Temos que estratificar todos os casos por idade e complexidade.

Casos individuais, a gente tem visto por aqui. Temos um caso curioso de uma médica que tem vários fatores de risco, atende em casa, já foi vacinada, teve Covid e não internou. O desfecho primário da vacina é evitar mortalidade. Agora, ter de novo… o ideal seria que não tivesse mais.

Ano que vem vamos ter que começar vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, tem que fazer nova adaptação da vacina.

Todo mundo me pergunta e eu falo: sabe quando a gente vai ter todas essas respostas? Daqui a um ano, quando 100 milhões de pessoas estiverem vacinadas. O resto são inferências, e inferências são perigosas porque podem gerar informações infundadas.

Mas teremos mesmo que nos vacinar anualmente contra a Covid, assim como ocorre com a gripe? Tudo indica que sim, pelo o que a gente tem acompanhado na literatura e com os nossos colegas. Foi como aconteceu na epidemia de H1N1 [em 2009]. Nós ainda temos casos de H1N1. Tivemos um caso recente. O paciente teve Covid, foi internado, saiu, e na semana seguinte estava com H1N1.

E nesse período outros vírus respiratórios têm circulado bastante… Exatamente. A gente sabe que de maio a julho, agosto, aumentam as visitas aos prontos-socorros, as internações, a mortalidade na população idosa por pneumonia. Também por isso é que a gente deve manter o uso da máscara.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem discursando contra o uso da máscara. É o momento de deixar lado o acessório? Vamos ter que continuar usando máscara ainda por muito tempo, independentemente de uma recomendação técnica, deve ser uma orientação comportamental. Sempre que possível, precisamos diminuir a probabilidade do contágio.

Como está hoje a ocupação de leitos do Sírio por Covid? Semana passada estivemos bem apertados, variando de 90% a 97% de ocupação. Felizmente hoje [segunda, 14] estamos com 84%, estamos conseguindo acomodar. Mas é muito dinâmico. Há dias em que existe espera [por leitos] no pronto-socorro.

Ano passado, nosso pico de internação tinha sido 260 pacientes. Neste ano, baixamos para 130 por duas, três semanas, e a gente pensou que teria um período de sossego. Nas últimas semanas, voltamos a ter 250 pacientes. Hoje [segunda] estamos com 164.

Está sendo necessário suspender cirurgias eletivas? Dessa vez, não. Suspendemos por duas semanas alguns exames como a polissonografia, em que o paciente passa a noite no hospital e no dia seguinte vai embora. Muita gente que segurou procedimentos médicos meses atrás agora está nos procurando até porque começa a ficar ansioso, não sabemos até quando vai [a pandemia].

O Sírio acaba de lançar o pronto-atendimento digital. Como vai funcionar? A experiência com pacientes com Covid possibilitou uma nova forma de atendimento para todo tipo de condição de saúde. As avaliações podem ser agendadas por meio de um número de WhatsApp. O paciente responde a uma série de perguntas para a triagem do caso e se não for considerado crítico, recebe um link para acesso a uma plataforma de telemedicina do Sírio e é atendido pelo médico de plantão. Se os sintomas forem de gravidade, é orientado a comparecer ao hospital.

Várias instituições de saúde têm estendido o atendimento médico digital para áreas como escolas e empresas. Isso veio para ficar? Sim, o hospital presta hoje um serviço de saúde populacional que abrange 180 mil colaboradores de outras empresas em que o atendimento é digital. Tanto de um médico de família ou clínico-geral com nosso médico especialista, ou diretamente com o paciente.

Isso evitou idas desnecessárias ao pronto-socorro, garantindo a segurança. Antes da Covid, em torno de 20% dos pacientes que vinham ao pronto-socorro não eram submetidos a nenhum exame nem recebiam medicação. Podemos inferir que eles precisavam de uma consulta médica.

Não tenho dúvida de que o atendimento e do monitoramento digital de pacientes, serviços de saúde mental e de reabilitação a distância terão oportunidade de crescimento no pós-pandemia.

O que não é possível ainda fazer com o atendimento digital? Não conseguimos substituir alguns tipos de assistência. Dor aguda, por exemplo, é uma coisa muito preocupante. Dor abdominal pode ser algo mais simples, como uma gastroenterite [infecção intestinal], uma diverticulite [inflamação ou infecção na parte interna no intestino]. O exame físico faz toda a diferença. Uma dor torácica, um formigamento, pode ser desde uma tensão emocional até um AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Ter um olhar médico é fundamental.

Mas hoje, com uma boa anamnese, um check-list de perguntas, um algoritmo bem direcionado, você consegue saber quando orientar a pessoa a procurar um atendimento presencial ou se ela pode seguir no acompanhamento digital.

No âmbito do SUS, o Sírio e outros hospitais têm desenvolvido por meio do Proadi alguns projetos usando a telemedicina nas emergências e na UTI. O que já é possível mensurar de resultados? O Lean nas emergências, essa ferramenta de gestão que ajuda a diminuir o tempo de permanência do paciente no serviço de urgência, já existia antes da pandemia e, devido à repercussão e ao impacto que causou em vários hospitais públicos, foi renovado.

Em 2020, o projeto passou por 35 hospitais do SUS. Já são 102 instituições beneficiadas em 24 estados desde que teve início há pouco mais de três anos.

No ano passado, houve redução média de 38% no tempo de espera, de 50% no tempo da passagem do paciente da urgência até a internação, e uma redução média de 11% no tempo médio de permanência na internação (de 8,5 dias para 7,6 dias, em média).

*Cláudia Collucci/Folha

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Hospitais particulares de SP registram novo salto de internações por Covid-19

O Hospital Sírio-Libanês voltou a ter 120 internações por conta da doença, mesmo número registrado em abril. Do total, 50 estão em UTI.

Hospitais particulares da cidade de São Paulo, como o Sírio-Libanês e HCor, voltaram a registrar aumento no número de internações por Covid-19. Novas internações mostram avanço da doença entre a classe média e alta, que voltaram a frequentar comércios, restaurantes e eventos.

O Sírio-Libanês voltou a registrar 120 internações em novembro, mesmo número registrado em abril. O número havia caído para 80 em outubro. Do total de doentes, 50 estão em UTI.

Já no HCor, o número havia caído para 18, mas agora voltou a subir, com cerca de 30 pacientes internados. No começo da pandemia, no entanto, esse número chegou a mais de 100.

Apesar do aumento em dois dos maiores hospitais particulares da capital paulista, há outros que não tiveram alterações no número de internações, como é o caso do Albert Einstein.

Para Paulo Chapchap, diretor-geral do Sírio-Libanês, novo aumento mostra que as pessoas estão “relaxando”, mesmo com o número de infecções ainda alto no país.

“Depois do pico, passamos a atender muitas pessoas que vinham de outros estados. Agora, aumentou o número de pacientes de São Paulo. As pessoas estão relaxando”, alerta, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Nesta segunda-feira (9), o balanço da Covid-19 entregue diariamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Ministério da Saúde mostrou que o Brasil registrou 23.976 novos casos da doença. Ao todo, 5.590.025 pessoas já se infectaram no país.

Além disso, mais 610 pessoas morreram por conta do coronavírus, totalizando 161.106 óbitos desde o início da pandemia.

 

*Com informações da Forum

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Governo Bolsonaro não informa o que será feito quando faltarem leitos de UTI

Com o crescimento das infecções pelo novo coronavírus no país, o Ministério da Saúde deve enfrentar déficit nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar pacientes graves já em abril. Uma nota técnica produzida por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) mostrou que, no cenário mais otimista, com 0,1% dos brasileiros contaminados até o fim deste mês, já haverá falta de leitos em UTI para tratamento.

Na projeção mais pessimista, com 1% da população infectada pela covid-19, 53% das microrregiões (agrupamentos de municípios) ficariam sobrecarregadas.

Apesar disso, o governo ainda não informou qual será o plano para contornar essa escassez, nem solicitou leitos particulares — solução prevista em lei —, de acordo com os principais representantes do setor.

“Já tivemos algumas reuniões diretas com o ministério da Saúde, mas não houve nenhuma proposta oficial relacionada à contratação de leitos da rede privada. Estamos disponíveis e fazemos questão de participar, mas não tivemos nenhuma posição do ministério sobre como isso vai ser feito”, diz Adelvânio Francisco Morato, presidente da FBH (Federação Brasileira dos Hospitais).

A Federação representa 15 associações estaduais que respondem por mais de 4 mil hospitais particulares — parte deles conveniado ao SUS (Sistema Único de Saúde). “Não podemos ser hipócritas em um momento tão difícil. Todos os hospitais privados têm um custo fixo. Esse é momento de a gente estar junto, mas precisamos entender o lado do hospital”, afirma Morato.

A Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) também não foi contatada pelo ministério. Em nota, a Anahp afirmou que “os hospitais privados ainda trabalham com boa capacidade de atendimento”, à exceção das instituições no Sudeste, que “certamente têm uma taxa de ocupação maior”. A organização tem como membros hospitais como Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Sírio-Libanês.

Principal representante dos planos de saúde, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) comentou que não houve solicitação do ministério para contratação de leitos privados. Os planos têm interesse direto nessa negociação, pois respondem pela demanda dos hospitais particulares.

“Em uma fase inicial, talvez o sistema público tenha de socorrer a iniciativa privada. Mais adiante, quando mudar o perfil das pessoas que vão estar doentes, é possível que o SUS precise mais dos leitos privados. (…) Isso tudo está sendo analisado, e a gente está criando as propostas possíveis para ser implementadas”, declarou Gabbardo.

Hoje, há uma oferta de 55.101 leitos de terapia intensiva no Brasil, sendo que 27.445 (49,8%) são do SUS. Segundo a pasta do governo federal, outros 3 mil leitos de UTIs volantes de instalação rápida foram alugados. Pelo menos sete em cada dez brasileiros dependem exclusivamente do SUS.

 

 

*Com informações do Uol

 

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Há uma esperança: Mãe de donos da Prevent Senior é tratada com cloroquina

A notícia que a hidroxicloroquina e a cloroquina podem ser aliadas no tratamento da covid-19 rodou o mundo em pouco tempo. No Brasil, hospitais da rede Prevent Senior, Sírio Libânes e Albert Einstein anunciaram que vão avaliar como o iniciar protocolos e pesquisas para administrar a droga em pacientes com quadros graves causados pelo novo coronavírus.

Com 75 anos, a mãe dos diretores-fundadores da Prevent Senior, Fernando e Eduardo Parrilo, está internada em estado grave e é uma das primeiras pacientes a testar o tratamento com a cloroquina e a azitromicina (antibiótico usado para impedir infecções oportunistas), de acordo com Pedro Benedito Batista, cirurgião-geral e diretor-executivo da rede. A assessoria da rede afirma que são os primeiros a aplicar o remédio.

“Introduzimos a medicação de terça para quarta-feira e ela teve uma evolução grave até sexta-feira, com os exames mostrando piora severa. No sábado, a paciente apresentou melhora significativa, com um padrão de ventilação pulmonar extremamente avançado. Estamos muito esperançosos que isso tenha sido por causa da droga, já que ela estava muito mal até começar o uso”, aponta Batista.

De acordo com o diretor da rede, estudos apontam que o organismo do paciente começa a reagir à droga após cerca de cinco dias. “Ela está evoluindo bem, e se continuar assim, já teremos um parâmetro para passar para os outros pacientes e dar alento às famílias na mesma situação.”

“Esperança é maior que o risco”

Quando questionado sobre os riscos do tratamento, Batista explicou que a toxicidade da droga não é alta e está sendo usada em ambiente controlado. “Ela só está sendo administrada em pacientes em estado grave, nos quais consideramos que o risco do remédio é menor do que a esperança que ele oferece.”

Medicamento não deve ser usado em casa Apesar do bom prognóstico mostrado na paciente e em pesquisas, os médicos enfatizam que o uso da cloroquina não deve ser feito para prevenir a covid-19. Ressaltando, não funciona como profilaxia.

Além de não haver nenhuma evidência que isso poderia funcionar, a ingestão pode oferecer riscos como alterações na visão e cardiopatias. “Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe médica —inclusive os internados em estado grave”, diz Bastista.

Hospital não revela casos de outros pacientes

A rede Prevent Senior não informa se outros pacientes já estão recebendo o protocolo de tratamento com a droga. De acordo com o diretor da rede, as famílias precisam autorizar.

Outros hospitais ainda não se pronunciaram

A reportagem entrou em contato com os outros hospitais de São Paulo que devem aplicar o tratamento.

Tanto o Albert Einstein quanto o Sírio Libanês não responderam aos pedidos de entrevista do VivaBem. Assim que tivermos o posicionamento de ambos, eles serão incluídos na reportagem.

Falta do remédio e intoxicações

A esperança de que a cloroquina possa curar sintomas da covid-19 levou ao esgotamento do remédio em diversas farmácias no Brasil. Pessoas com lúpus, que precisam do medicamento, relatam dificuldade em encontrar cloroquina. Isso levou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a enquadrar a substância como medicamento de controle especial.

Na Nigéria, há dois casos de intoxicação por cloroquina. Os episódios ocorreram na última sexta-feira (20), um dia depois de Donald Trump ter dito que a cloroquina, geralmente usada contra a malária e o lúpus, poderia ser o “remédio certo” contra a pandemia, gerando uma corrida às farmácias para comprar o medicamento.

“Já registramos dois casos de intoxicação, mas provavelmente teremos mais e mais nos próximos dias”, disse Ore Awokoya, assessora especial de saúde do governo de Lagos, à agência AFP na última sexta-feira (20).

 

 

*Giulia Granchi/Uol