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China ultrapassa EUA e se torna país onde mais se gasta com turismo no mundo

Segundo dados da ONU Turismo, China e EUA são seguidos por Alemanha, Reino Unido e França.

A China voltou a ser o país cujos cidadãos gastaram mais dinheiro fazendo turismo pelo mundo, 196,5 bilhões de dólares, ao consolidar-se em 2023 a recuperação da Ásia e do Pacífico depois da pandemia da covid-19, segundo dados da organização de turismo das Nações Unidas, ONU Turismo. Esta posição foi dos Estados Unidos em 2022, agora em segundo lugar de acordo com os gastos de seus turistas, 150 bilhões de dólares, seguido da Alemanha (112 bilhões), Reino Unido (110 bilhões) e França, com 49 bilhões de dólares.

Por outro lado, a França decolou como o país com mais chegadas de turistas internacionais, 100 milhões no ano passado, seguida pela Espanha (85 milhões), Estados Unidos (66 milhões), Itália (57 milhões) e Turquia, com 55 milhões de visitantes do estrangeiro. O México, em sexto lugar, com 42 milhões de visitas, é o único país latino-americano entre os 10 primeiros.

As chegadas de turistas internacionais alcançaram 89% dos níveis de 2019 e, no primeiro trimestre de 2024, chegaram a 97% destes níveis, razão pela qual a ONU Turismo prevê uma recuperação total este ano, com um crescimento das chegadas de 2% sobre os níveis prévios à pandemia.

Quanto ao dinheiro que deixaram os turistas estrangeiros, os Estados Unidos foram o país que mais se beneficiou, com 176 bilhões de dólares, seguido da Espanha (92 bilhões), Reino Unido (74 bilhões), França (69 bilhões) e Itália, com 56 bilhões de dólares. Os ingressos totais de exportação do turismo internacional, incluindo o transporte de passageiros, chegaram a 1,7 trilhões de dólares em 2023, cerca de 96% dos níveis pré-pandemia, segundo o Diálogos do Sul..

Recuperação pós-pandemia
O produto interno bruto direto do turismo recuperou-se em 2023, alcançando uma cifra estimada de 3,3 trilhões de dólares, 3% do PIB mundial.

O Oriente Médio viveu o maior crescimento relativo, com chegadas internacionais 36% superiores às dos níveis anteriores à pandemia no primeiro trimestre de 2024, e 4% mais do que no primeiro trimestre de 2023. Este crescimento tem lugar depois de um rendimento extraordinário em 2023, quando o Oriente Médio chegou a ser a primeira região do mundo a recuperar as cifras anteriores à pandemia, com um incremento de 22%.

A Europa, maior região de destinos do mundo, superou os níveis anteriores à pandemia em um trimestre pela primeira vez: 1% a mais este ano. A África recebeu 5% mais de chegadas no primeiro trimestre de 2024 do que no primeiro de 2019, e 13% mais do que no primeiro trimestre de 2023.

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Além de mineração, projeto de Bolsonaro prevê agricultura, pecuária e turismo em terras indígenas

BRASÍLIA (Reuters) – O projeto de lei que libera a exploração mineral em terras indígenas, enviado pelo governo federal ao Congresso nesta quinta-feira, autoriza também a liberação de outras atividades econômicas nas reservas, incluindo agricultura, pecuária e a exploração do turismo.

A proposta, uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro, abre as reservas indígenas para exploração econômica, uma reivindicação vinda principalmente de garimpeiros e empresas de exploração mineral, e vista com restrições por boa parte das comunidades indígenas.

A proposta apresentada pelo governo prevê o pagamento de compensações financeiras aos indígenas pela exploração mineral da terra por terceiros, mas em valores menores do que os pagos por exemplo em royalties do petróleo a Estados e municípios.

De acordo com a proposta, as comunidades receberiam 0,7% do valor da energia produzida, no caso da exploração de potencial hídrico, e de 0,5% a 1% do valor produzido no caso de petróleo, gás natural e seus derivados

No caso dos garimpos, o pagamento seria de 50% da compensação pela exploração, e não em cima do valor produzido.

Está prevista ainda uma indenização pela restrição ao usufruto da terra, para compensar os índios pela perda de uso de parte das suas terras que serão impedidos de usar pela exploração, a ser calculada pelo governo federal com base no tamanho da restrição.

O projeto não explicita, no entanto, as bases para esse cálculo.

Exploração à revelia dos indígenas

O projeto dá pouca autonomia para os indígenas decidirem ou não pela exploração da sua terra. As comunidades serão ouvidas mas, no caso da exploração de hidrelétricas ou de petróleo, será apenas uma consulta, sem poder de veto. A autorização final é do Congresso e, mesmo que os indígenas não queiram a exploração, o presidente da República poderá encaminhar o pedido de licença.

O veto só valerá para o caso de garimpos. Nesses casos, os indígenas poderão impedir a exploração das terras. Ao mesmo tempo, eles terão prioridade na exploração do garimpo, que poderá ser feita por eles mesmos ou com a contratação de não indígenas, mas desde que controladas pelas comunidades.

Conselho consultor O projeto prevê que as decisões acerca das atividades nas comunidades serão tomadas por um conselho consultor, formado pelos indígenas, e apontados pelas comunidades de acordo com suas formas normais de escolha de líderes.

Ao anunciar a assinatura do projeto, na quarta-feira, o presidente exaltou o projeto, mas reforçou que o governo vai “sofrer pressão de ambientalistas”.

“Se um dia eu puder eu os confino na Amazônia já que eles gostam tanto do meio ambiente. E deixem de atrapalhar, daqui de dentro das áreas urbanas”, disse. Antes mesmo de chegar ao Congresso, a proposta já enfrentava resistências.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse por mais de uma vez que não iria pautar nenhum projeto de liberação de garimpo em terras indígenas.

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Coronavírus é uma ameaça real para a economia da China

O surto do novo coronavírus coincidiu com o maior feriado nacional da China e por isso os setores turísticos e de entretenimento, assim como alguns outros, já estão sofrendo perdas.

O novo coronavírus 2019-nCoV já começou a afetar a economia do gigante asiático, principalmente os setores de turismo, de transporte e de entretenimento.

Turismo

A epidemia coincidiu com o período das celebrações do Ano Novo Lunar, que é a época mais buscada por turistas. Com a intenção aparente de deter o risco de infecção, as autoridades de várias cidades chinesas começaram a tomar medidas para evitar concentração de pessoas.

Trabalhadores desmontam decorações de Ano Novo Lunar na cidade chinesa de Wuhan, 24 de janeiro de 2020

Trabalhadores desmontam decorações de Ano Novo Lunar na cidade chinesa de Wuhan, 24 de janeiro de 2020.

Assim, as celebrações e importantes eventos públicos foram cancelados em Pequim e Xangai, inclusive férias em templos dedicadas ao Ano Novo Lunar.

Entretenimento

Mais uma perda para a economia da China é que a epidemia coincidiu com o período das compras ativas antes do Ano Novo Lunar, quando os chineses gastam muito com presentes.

A semana mais importante de cinema na China acabou sofrendo as consequências, tendo estreias sido canceladas pela epidemia.

De acordo com The Hollywood Reporter, neste fim de semana, as produtoras de sete filmes chineses deveriam arrecadar centenas de milhões de dólares com venda de bilhetes, mas, por precaução, cancelaram estreia de seus filmes.

Transporte

Devido ao surto do coronavírus, em muitas importantes cidades chinesas foi suspenso o sistema de transporte. Após a suspensão, o Grupo Ferroviário da China anunciou que os passageiros poderiam obter reembolsos pelas passagens a partir de 24 de janeiro.

Além disso, a Aviação Civil da nação anunciou que os passageiros que reservaram passagens de e para o epicentro da epidemia, a cidade de Wuhan, podem solicitar um reembolso gratuito das linhas aéreas, tendo todos os voos sido cancelados.

Bolsas de valores e matérias primas

O surto coincidiu com a recuperação de investidores das tensões comerciais entre os EUA e a China, o que já afetou negativamente algumas bolsas de valores asiáticas.

Apesar de o índice Hang Seng de Hong Kong ter terminado a sexta-feira (24) em alta, no fim de semana acabou desvalorizando em 3,8%, registrando, assim, a maior queda semanal desde novembro de 2019. Entretanto, a Bolsa de Valores de Xangai fechou a sexta-feira devido ao feriado público, e o índice SSE Composite perdeu 3,17% em uma semana.

Além disso, o vírus afetou os mercados de petróleo, provocando quedas dos futuros de Brent e WTI. Segundo Goldman Sachs, o surto pode reduzir a demanda de petróleo em 260.000 barris por dia e baixar os preços em US$ 3 por barril.

 

*Com informações do Sputnik