Regina Duarte sobre apoio a Bolsonaro, reclama: “hoje sou chamada de fascista”
Celeste Silveira 30 de maio de 2019 1 COMMENT
“É claro que não. Malu Mulher não votaria em Bolsonaro”, declarou o ex-marido e diretor da série, Daniel Filho.
A atriz Regina Duarte, 72, disse durante entrevista ao Programa do Bial, que foi ao ar na madrugada desta quinta-feira (30), na rede Globo, que hoje é chamada de fascista por apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
“Em 2002 fui chamada da terrorista e hoje sou chamada de fascista, olha que intolerância?”.
A atriz fez uma comparação sobre a sua situação atual com 2002, quando em uma peça da campanha eleitoral presidencial daquele ano, provocou polêmica ao dizer que tinha medo de uma eventual ascensão do PT ao poder.
A atriz declarou voto ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o político era “um cara doce, um homem dos anos 50, um jeito masculino, machão”.
Crítico ao atual governo, que “acha péssimo”, o diretor Daniel Filho, que na época de Malu Mulher, série criada e dirigida por ele, era casado com Regina Duarte, diz que não consegue entender a mudança de viés político da atriz. “Regina e eu fomos juntos para Cuba, e fomos recebidos pelo próprio Fidel Castro […]”, relatou, aos risos.
“Simplesmente não entendo. Compreendo que não tem o porquê de as pessoas serem firmes para sempre, mas não entendo essa mudança dela para a direita, assim dessa forma. Ela era de esquerda mesmo, eu continuo [sendo de esquerda]”, afirmou.
Questionado pela Folha se Malu, personagem da série “Malu Mulher” interpretada por Regina, votaria em Bolsonaro, Filho foi categórico: “É claro que não. Malu Mulher não votaria em Bolsonaro”.
Além de Bolsonaro, Regina apoiou Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e José Serra.
*Com informações da Forum
Celeste Silveira
Produtora cultural, parecerista de projetos culturais em âmbito nacional
RELATED ARTICLES
1 COMMENTS
Comente Cancelar resposta
Matérias Recentes
- “Nós é que vamos dizer o que é crime”: o dia em que a Lava Jato cometeu estupro coletivo para manter Lula preso
- Defesa de Lula desiste de habeas corpus e dá um nó tático na estratégia de Fachin
- Uma página lamentável na história do judiciário brasileiro. “Alô, Jungmann, aqui é a Carminha!”
- A meta de Bolsonaro é matar 3 mil brasileiros por dia
- Ministério da Saúde prevê até 3 mil mortes diárias por covid-19 em março
“Em 2002 fui chamada da terrorista e hoje sou chamada de fascista (…)”.
Não é não… bobagem…