Ano: 2019

Bolsonaro é classificado pela imprensa internacional como a Besta do Apocalipse

Foi preciso uma declaração de guerra à França para as grandes potências terem noção da sua responsabilidade sobre os angus políticos que, de forma indireta ou direta, ajudam tiranos camuflados de patriotas a pintar-se de salvadores da pátria.

Na verdade, as advertências homeopáticas em prol do meio ambiente, como um lembrete civilizatório, não funcionou com Bolsonaro que, carregado de lombrigas e doença do fígado, tem dois claros objetivos em sua opereta incendiária: dizimar os povos da floresta, índios, quilombolas e fartar-se de um pasto para o sabor dos grandes fazendeiros, grileiros, garimpeiros e toda a sorte miliciana que cerca os interesses na Amazônia.

O mundo está assustado com a indecência de Bolsonaro que usa da força mais canibalesca, a incendiária, para por em prática um ofício que marcou uniformemente sua carreira política, fechar alianças com o que existe de mais podre com a ralé mais grossa do capital no Brasil e no exterior.

Agora Bolsonaro envergonha o Brasil no mundo e aparece com o rosto sem máscaras como espelho da própria classe média brasileira sendo vendido em garrafais como câncer do planeta.

Na realidade, é a elite brasileira debruçada no espelho vendo sua imagem ser refletida globalmente na cara do monstro que ela criou, como mostra o Brasil 247 a coletânea  de matérias que segue abaixo:

Editorial destacado no alto da capa defende que é “Um bem comum universal” e questiona: “Quem é dono da Amazônia? Os nove países em cujos territórios a imensa floresta se estende? O Brasil, que tem 60%? Ou o planeta, cujo destino está vinculado à sua saúde?”. No Libération, à esquerda, “Bolsonaro, o incendiário”. Em título interno, “Bolsonaro, câncer do pulmão verde”. A floresta e seu vilão também tomaram as capas de Le Figaro, Le Parisien e Ouest France, entre outros franceses. Na Alemanha, o mesmo quadro, ocupando a primeira página toda do conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung, com o envio do exército, e do sensacionalista Bild, mais Die Welt, Süddeutsche Zeitung e Der Tagesspiegel, entre outros pelo país. Também na Espanha, pelas capas de El País, El Mundo e do catalão La Vanguardia. Na Itália, o enunciado do La Reppublica foi “O mundo contra Bolsonaro”, enquanto no Vaticano o estatal L’Osservatore Romano trazia a manchete “A Amazônia que queima é uma emergência mundial”.

 

*Da Redação

Vídeo: Cínico, Carlos Fernando da Lava Jato, elogia Lula e Dilma e diz que Bolsonaro destruiu as instituições

Começam agora os bezerros melancólicos a arrotar declaração de guerra a Bolsonaro. Quem hoje dá as graças é o cérebro maquiavélico da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que foi essencial para a eleição de Bolsonaro, conduzindo, nas sombras, sem mostrar o rosto, a prisão sem provas de Lula, funcionando como uma espécie de Etchegoyen de Sergio Moro.

Nessa monarquia curitibana, e isso é preciso deixar bem claro, Carlos Fernando conduziu com precisão cada passo do processo em que trabalhava em rede com os agentes da Lava Jato e a grande mídia. Mas era ele a matriz, conduzindo junto com Moro todas as operações para, a princípio, derrubar Dilma e, depois, prender Lula.

Ver, agora, depois de desmoralizado pelo Intercept, um dos principais entalhadores do Golpe dizer que Lula e Dilma respeitavam as instituições e que Bolsonaro as destrói, é o mesmo que ver Marcelo Madureira, ex-animador de pastos, em pleno ato bolsonarista, sentar o bambu na besta do apocalipse e tendo que sair escoltado por policiais para não ser linchado pelo gado que ajudou a alimentar.

Isso significa que, com a passeata dos chiques cafajestes em derrocada, começaremos a ver os falsificadores como Carlos Fernando fazendo aquilo que os ratos fazem quando a embarcação afunda.

O fato é que, quebrando o trinco da porteira, o gado de Bolsonaro fugiu e, agora, a lógica se inverte e, mesmo com esse estilo “missionário” que marcou a imagem de Carlos Fernando, que sempre desprezou a constituição, a temperatura não só contra Bolsonaro, mas todos os golpistas que o levaram ao poder, tende a engrossar, ferver e a democracia vencer.

Grande dia!

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

The Intercept Brasil anuncia o vazamento de novos áudios da Vaza Jato nesta segunda-feira (26)

Para desespero dos procuradores da Lava Jato, mas principalmente de Deltan Dallagnol e Sergio Moro, The Intercept Brasil anuncia o vazamento de novos áudios nesta segunda-feira (26), às 12h no canal do youtube.

A conferir.

Vídeo: No Bolsonistão que Marcelo Madureira ajudou a criar, pensar é um sacrilégio contra o “mito”

O destino de todo criador de bolsonarista está expresso na pantomima que Marcelo Madureira enfrentou, neste domingo (25), no ato fracassado em apoio ao Dia do Fogo que Bolsonaro criou para incendiar a Amazônia. E terá fim semelhante quem ousar pensar no meio do gado de pasto seco.

Marcelo Madureira, que sempre alimentou o gado bolsonarista com rosários de capim, xingando Lula e Dilma, viu a avó pela greta hoje na manifestação mixuruca de meia-dúzia de gados pingados.

Sim, foi um gigantesco fracasso a matinê dominical no estábulo. Sorte de Madureira ou a PM não conseguiria escoltar o ex-Casseta de levar umas cacetadas.

Marcelo Madureira teve o mesmo destino que Lobão, Frota. Marco Villa e Danilo Gentili tiveram nas redes sociais. Um ataque da boiada enfurecida por suas críticas a Bolsonaro, em cima carro de som.

O vídeo mostra ele sendo escoltado pela PM e o mugido histérico da manada verde e amarela.

 

*Da redação

Vídeo: Marcelo Madureira, apoiador de Bolsonaro, é vaiado, expulso e sai escoltado do fracassado ato bolsonarista

O humorista Marcelo Madureira, bolsonarista de carteirinha, foi vaiado e expulso do fracassado ato bolsonarista neste domingo por outros seguidores de Bolsonaro ao criticar o ocupante do Palácio do Planalto em ato público neste domingo no Rio de Janeiro.

Um dos personagens mais entusiasta de atos contra o governo Dilma Rousseff durante o processo de impeachment em 2016, o humorista Marcelo Madureira sentiu, neste domingo (25), o ódio vindo da direita brasileira, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ao subir no carro de som para discursar no ato promovido pelo movimento Vem Pra Rua contra a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, o comediante foi vaiado e teve que sair escoltado por policiais militares para sair do local.

“Não tenho medo de vaias. Votei no Bolsonaro e vou criticar todas as vezes que for necessário. Como justificar uma aliança do Jair Bolsonaro com o Gilmar Mendes para acabar com a Operação Lava Jato? É isso que está acontecendo”, argumentou Madureira, que teve o microfone cortado antes que terminasse o seu discurso.

O público, vestido de verde e amarelo, gritava frases com “fora” e “desce, teu carro é outro”. A organização do pediu para que os participantes evitasse dividir o movimento. “É uma minoria de pessoas que não sabem viver em um regime democrático. O governo está fazendo coisa errada”, concluiu o humorista.

https://twitter.com/KarlKrouz/status/1165641348181045249?s=20

 

*Com informações da Forum

 

 

O ridículo Moro de “marcha soldado, cabeça de papel”

“Há mil anos atrás, mas orgulho de ter dado pequena contribuição. Feliz dia do soldado”, tuitou Moro, que vem sofrendo desgaste no governo, com a foto.

Com a falência da moromania, já já Moro aparece tacando fogo no mato para agradar Bolsonaro ou simulando uma facada sem sangue ou ainda participando da corrida do saco com 39kg de cocaína para colocar no avião presidencial. Mas pode também aparecer numa camuflagem de guerra como cenário da querida Rio das Pedras de Queiroz. Mas quem sabe ele não aparece vencendo uma guerra cibernética como o soldado hacker de Araraquara, ou simplesmente fantasiado de robô de Bolsonaro.

Humilhado publicamente e em processo de fritura no Ministério da Justiça, o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, decidiu bajular o chefe, Jair Bolsonaro, neste domingo (25) publicando foto vestido de soldado em sua página no Twitter.

‘Tudo muito estranho’: Preso com 39kg de cocaína em avião da FAB caiu em armadilha, diz defesa

A prisão do sargento da FAB, Manoel Silva Rodrigues, na Espanha, transportando drogas em comitiva que acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, causou grande constrangimento. Para a defesa, foi tudo uma armadilha.

O caso, que aconteceu durante viagem de Bolsonaro ao G20, em junho, chamou atenção de todo o Brasil, quando 39 kg de cocaína foram encontrados com o sargento no voo da FAB.

Na sexta-feira (23) se esgotou o prazo para conclusão do inquérito. Até agora, poucas informações adicionais foram reveladas sobre o caso que constrangeu o governo dentro e fora do Brasil.

A Sputnik Brasil entrevistou o advogado de defesa do sargento, Carlos Alexandre Klomfahs, que relatou a situação atual do processo.

Segundo o advogado, o sargento responde no Brasil a dois processos. Um inquérito policial militar busca provas de que o sargento cometeu o crime de tráfico em serviço. Já a Polícia Federal investiga suspeitas de crime organizado.

“Nós estamos mais preocupados com a parte militar porque só de a gente provar que foi uma armadilha feita para ele, por alguma razão desconhecida, esse é o principal”, explica o advogado à Sputnik Brasil. Ele acredita que a inocência na investigação militar impediria o processo da Polícia Federal.

Na Espanha, a situação é diferente, porém de certa forma curiosa, conforme afirma Klomfahs.

“É uma situação bem sui generis, bem específica e diferente, porque lá ele está respondendo pelo mesmo crime que aqui, em tese. Para nós, para a defesa, o crime é um só”, aponta.

Na Espanha o sargento é acusado de tráfico internacional de entorpecentes e crime contra a saúde pública. Klomfahs explica que foi requerida a transferência do sargento, que segue detido na Espanha, para o Brasil. Porém o pedido foi negado.

Na Espanha, o advogado aponta que o sargento segue sob cuidado da Defensoria Pública local. A defesa afirma que tentou contato através de uma carta solicitando que ele apresentasse uma defesa prévia no Brasil. No entanto, a carta, postada há cerca de três semanas, ainda não recebeu resposta.

“Acreditamos que ele esteja em uma situação de respeito à sua liberdade concessional, não só aqui no Brasil, mas também previsto na Convenção Europeia de Direitos Humanos”, aponta o advogado, que tem defendido o sargento sem contrapartida financeira.

Segundo Klomfahs, ainda há certa nebulosidade em relação ao código penal espanhol e também às possibilidades de que ele possa atuar ao lado da Defensoria Pública espanhola. O advogado tem tentado viabilizar financeiramente sua ida à Espanha.

As teses da defesa do sargento

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, conta que a defesa trabalha com algumas possibilidades que explicariam a mala com cocaína no avião da FAB.

“A defesa tem algumas, digamos assim, teses para explorar no processo. Uma delas […] é que a gente não sabe se há um interesse internacional, de alguma organização, de algum Estado, de prejudicar a imagem do Brasil no exterior”, conta.

Além dessa, há pelo menos outras duas possibilidades com que a defesa trabalha.

“Segunda, não se sabe se há uma retaliação dentro do governo, algumas áreas insatisfeitas com a atuação do presidente. Por exemplo, a área de inteligência, os militares…”, cogita.

Por último, Klomfahs afirma que também é possível que ação tenha partido do próprio governo.

“Talvez possa ser um ato de contra-informação do próprio governo. Ou seja, no sentido de criar o fato, desviando a atenção de outros fatos, talvez mais graves”, diz.

Sem antecedentes, sargento realizava sonho, diz família

O advogado afirma que o sargento mantinha conduta honesta e não tem histórico de envolvimento com atividades ilícitas.

“Documentos, parece que emitidos pela aeronáutica, dão conta de que não havia nenhuma conduta que desabonasse o sargento”, conta.

Klomfahs também cita que a família do sargento aponta que ele vivia um sonho na aeronáutica.

“A família dele falava que ele foi realizar um sonho em Brasília. Ele está, parece que há 20 anos em Brasília, fez um concurso, entrou na aeronáutica”, conta, acrescentando que o grupo o qual o sargento integrava é seleto e leva em conta a conduta do militar para a seleção.

O advogado acrescenta ainda que o sargento levava uma vida simples, era dono de um carro popular e pagava as parcelas de um apartamento. Para Klomfahs, o próprio fato de a investigação não ter quebrado o sigilo bancário do sargento mostra que ele não tinha cifras a esconder.

“É tudo muito estranho!”, aponta.

 

 

*Do Sputnick Brasil

Como Bolsonaro, a Globo é agro, é fogo na Amazônia

A Globo é fogo na Amazônia.

Não tenham ilusões, Merval Pereira está aí para isso mesmo, apanhar no telecatch armado por Bolsonaro pra tirar o foco do Dia do Fogo, comandado por ele.

O Jornal Nacional, na defesa de Bolsonaro, tentou enfiar Lula no seu balaio criminoso e fez questão de amenizar as críticas de chefes de Estado sobre a responsabilidade do monstro amazônico na sabotagem incendiária na floresta.

Globo e Bolsonaro defendem as mesmas coisas, os mesmos interesses, a mesma oligarquia, o mesmo massacre aos direitos dos trabalhadores e no aumento da miséria no país em prol de mais riqueza para os ricos.

Bolsonaro continua prestigiado na Globo. Os Marinho estão satisfeitos com seu trabalho sujo para acabar com a aposentadoria dos pobres.

A Globo é simpática ao belicismo fascista de Bolsonaro. O JN pontua uma critica aqui outra acolá ao governo Bolsonaro, mas a essência ultraneoliberal do governo, Bonner é entusiasta porque os patrões são.

Então, o ataque de Bolsonaro a Merval é uma gemada espetaculosa que faz parte das catarses fáceis de colar. Mas isso não traz qualquer constrangimento a Merval, porque terá sempre um sorriso comiserado para o que Bolsonaro faz contra a soberania nacional, a favor do capital internacional.

Na realidade, Bolsonaro e os Marinho comem na mesma mesa naquilo é a principal missão deles, destruir o país. O que não pode é a esquerda afrouxar o olhar para esse horizonte a partir das molecagens diversionistas de Bolsonaro. Isso é piruá de pipoca, não alimenta a oposição que precisa por em discussão o que de fato interessa ao país, os temas estratégicos que estão em choque com essa política covarde de desmonte do país.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

A mulher de Macron, assim como Michelle Bolsonaro, recebeu cheque do Queiroz?

Não interessa o que Bolsonaro diz da mulher do Macron, mas o que ele esconde de sua mulher, assunto que ele se irrita por dizer que é familiar, até porque não é só a avó ou a mãe de Michelle que estão envolvidas com a justiça. Até hoje não foi explicado o valor depositado por Queiroz na conta da Michelle. A Globo não toca no assunto e está proibido por Bolsonaro qualquer agente da Polícia Federal ou do Ministério Público investigar, do contrário, Bolsonaro substitui esse agente por outro que lhe seja servil, como tem mostrado em casos recentes em que o capacho, Moro, fica mudo diante desse acinte.

Bolsonaro pode achar o que ele quiser sobre a mulher do Macron e da sua mulher em termos de juventude e beleza. Mas seria muito bom ver Bolsonaro insinuar, por exemplo, que a mulher do Macron e o próprio são envolvidos com milicianos. O resto é mais fumaça de Bolsonaro para tirar o foco dos seus crimes, como, por exemplo, o dia do fogo.

Aqui vai uma sugestão ao língua de trapo: Bolsonaro já descobriu os nomes dos fazendeiros que tiveram suas terras incendiadas e não fizeram Boletim de Ocorrência, como sugeriu Lula para desvendar quem são os criminosos que tacaram fogo na floresta? É isso que interessa, o resto é diversionismo inútil para Bolsonaro salvar o próprio pescoço.

Vale a pena, nesse momento ler o artigo do jornalista Leandro Fortes sobre Michelle Bolsonaro.

Michelle, essa mulher

“Como a esquerda namastê já está se coçando para despejar chuvas de compaixão e sororidade sobre os ombros sofridos de Michelle Bolsonaro, vale lembrar que essa senhora, antes de tudo, é casada com um doente que apoia a tortura, o assassinato como política de segurança pública e é, declaradamente, misógino e racista.

Michelle inaugurou-se como primeira-dama fazendo aquela pantomima em libras, na porta do Palácio do Planalto, coisa linda de Deus, não tivesse sido o prenúncio da extinção, pelo marido, da secretaria que cuida da educação de deficientes auditivos, no Ministério da Educação.

A fofa não abriu a boca, a respeito.

Antes, após a eleição do Bozo, fez gracinha ao ir a um evento com uma camiseta estampada com a frase “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”, dita pela juíza Gabriela Hardt ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frase com a qual pretendia entrar para a história.

Hardt, como se sabe, acabou sendo imortalizada por ter copiado e colado uma sentença de Sérgio Moro contra Lula.

Passado o glamour da posse presidencial, a evangélica Michelle caiu em profundo silêncio obsequioso, mas por um motivo muito especial: a Receita Federal flagrou depósitos de cheques feitos na conta da primeira-dama pelo miliciano Fabrício Queiroz, epicentro do escândalo de fraudes e desvios de dinheiro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a partir do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro, hoje, senador da República.

De lá para cá, o País descobriu que Michelle, moça pobre do Distrito Federal, depois de bem casada, tenta, a todo custo, esconder as origens, mesmo que isso signifique deixar a avó quase morrer num corredor de um hospital público.

Uma santa, a Michele”.

 

 

 

 

Não interessa o que Bolsonaro fala, mas o que ele não fala.

É preciso pensar no que está por trás das falas histriônicas de Bolsonaro, merecedoras de tanta discussão. É preciso refletir seu comportamento diametralmente oposto quando ele quer fugir de determinados assuntos. Seus apologistas agem da mesma forma, não são idiotas, são tão racistas quanto ele, tão dementes quanto ele, mas pensam do mesmo modo que Bolsonaro no que se refere à luta de classes. Por isso também fogem de assuntos espinhosos ligados ao “mito”.

É preciso entender o fogo que está por trás da fumaça que Bolsonaro faz. Assim, descobre-se a sua origem porque Bolsonaro só grita aquilo que lhe interessa e abandona qualquer entrevista se for indagado sobre certo assunto que lhe cause um mínimo de desconforto. E morreu Maria, porque a grande mídia não volta a tocar na questão. É um jogo combinado.

E é aí que Bolsonaro tem que sentir o peso da oposição, porque, infelizmente ele, malandramente, vai orientando a oposição através de suas falácias com uma tática estrambótica, mas engenhosa para tirar o foco de sua podridão guardada a sete chaves no submundo que de fato ele habita.

O que interessa é o que Bolsonaro não fala: Queiroz, coca no avião, hacker de Araraquara, vizinho miliciano, Dia do Fogo, Adélio, etc.

Agora mesmo há um exemplo claro disso, falou-se muito do panelaço contra Bolsonaro, mostrado até pela globo, mas nada se falou da investigação e punição dos criminosos que atearam fogo na floresta amazônica. Bolsonaro pulou essa parte em sua fala em rede nacional, pois é próprio dele criar um amontoado de especulação sobre o caso para que não se chegue a ele que, na verdade, foi quem comandou o dia do fogo através dos fazendeiros do bolsonistão.

Assim que o rapaz foi morto pela polícia no episódio do sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói, Bolsonaro não quis saber de nada sobre a sua vida, foi para o twitter comemorar, pintando-o como um assassino cruel que merecia morrer, mas cadê essa mesma valentia na hora de falar de seu vizinho miliciano? Na verdade, ele não quer ouvir ou mencionar nada sobre esse assunto.

Por que não quer? São essas perguntas que não são feitas, mas que deveriam ser. Porque nesse caso, estamos falando de um criminoso de altíssima periculosidade que mora no mesmo condomínio que o Presidente da República e que, segundo informações publicadas pela grande mídia, um de seus filhos teria namorado a filha do miliciano. E Bolsonaro foge desse assunto? Não quer explorá-lo como faz com qualquer assunto que lhe interessa? Por que esse assunto lhe causa tanto incômodo?

Outro caso de uma pessoa incomunicável como os personagens polêmicos que cercam Bolsonaro, é o de Adélio Bispo. É preciso ser muito boboca para cair na conversa de que o suposto criminoso que lhe deu a suposta facada e que ninguém viu sangue, quando absolvido, Bolsonaro não entrou com recurso com a ridícula justificativa de que, se entrasse, Adélio seria condenado por pouco tempo e que, do contrário, ele estará eternamente preso em uma instituição psiquiátrica.

Outro caso curioso é o da cocaína encontrada no avião presidencial atribuída a um militar de sua comitiva, que também está incomunicável e sobre o qual a mídia permanece calada.

Bolsonaro é que, por motivos óbvios, não vai tocar no assunto. O mesmo acontece com o hacker de Araraquara, também incomunicável, a mando de Sergio Moro, ministro da justiça de Bolsonaro, sobre o qual a mídia também emudeceu.

Agora mesmo fala-se muito mais do suposto desprezo de Bolsonaro por Moro do que pelo seu malandro desprezo pelo assunto Queiroz, que é, sem dúvida, o pior dos assuntos para Bolsonaro, porque é mais do que cristalino que Queiroz é muito mais do que um gerente de rachadinhas do clã Bolsonaro, ele é a ponte da família com o submundo do crime. Ou seja, é o homem chave daquilo que Bolsonaro mais quer ver escondido quando cria seus enfeites retóricos, cheios de malabarismos verborrágicos para fugir desses assuntos como o diabo da cruz.

Lembrem-se, Bolsonaro passou a campanha inteira de boca fechada, fugindo de debates e, assim, conseguindo se eleger. Cair novamente nessa esparrela de Bolsonaro, é muita ingenuidade da oposição. Essa foi a tática de Bolsonaro durante toda a sua vida política, criar polêmica rasteira diante dos holofotes da mídia para esconder sua nulidade como parlamentar que, durante 30 anos sugou milionários recursos públicos, legal e ilegalmente, na Câmara dos Deputados sem produzir um único projeto em benefício da sociedade.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas