Mês: agosto 2020

Bolsonaro cancela política de software livre em submissão aos interesses das corporações dos EUA

Serpro abandona política de uso do software livre e parte para a dependência tecnológica.

Após 16 anos de vigência na empresa estatal, o novo diretor-presidente do Serpro, Gileno Gurjão Berreto – que ainda nem esquentou direito na cadeira que ocupa – acabou de baixar uma Resolução que cancela todas as normas definidas por direções anteriores, que estabeleciam a política da empresa de uso de soluções em código aberto.

Por meio da Resolução GE 016/2020, (clique no link ao lado e confira) Gileno cancelou oito normas e, entre elas, enterrou definitivamente com o desenvolvimento por meio do software livre ou o uso de soluções compartilhadas pelo mercado.

A partir de agora prevalecerá a política de uso de soluções proprietárias, que já vem sendo compradas através de dispensas de licitações ou embutidas em “acordos de parcerias” para uso de nuvem de multinacionais, com base na Lei das Estatais (nº 13.303).

É mais um passo no processo de “privatização branca” que vem sendo sutilmente aplicado na maior estatal da América Latina. Com soluções proprietárias, até mesmo a área de desenvolvimento do Serpro estará sujeita a demissões mais à frente, quando a estatal colocar seu plano de enxugamento de quadros e ativos.

O pior disso é que ao abandonar essa política o Serpro está abrindo mão e, por consequência, o país, de ser um polo desenvolvedor de software. De ter a habilidade de criar e não ser dependente de ninguém. E o mais cruel é que gente habilitada na empresa se transformará num mero “customizador” de soluções proprietárias.

Em paralelo, parece que o Serpro decidiu que o “custo operacional” ao adquirir tudo pronto na iniciativa privada não trará problemas futuros para o seu balanço financeiro. Provavelmente acredita que o enxugamento de gastos com pessoal e prédios irá equilibrar esse balanço financeiro.

Hoje mesmo circulou nas listas de discussões da empresa uma informação, de que o diretor de Operações do Serpro, general Antonino Guerra, já tomou a decisão de acabar com escritórios regionais de Manaus (AM), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Macapá (AM), Natal (RN), João Pessoa (PB), Maceió (AL), São Luís (MA), Teresina (PI), Aracaju (SE), Goiânia (GO), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Vitória (ES).

O processo de fechamento dessas unidades ficará à cargo do diretor de Desenvolvimento Humano. Caberá à ele realizar um levantamento de informações detalhado de todos os empregados “envolvidos para subsidiar as ações a serem empreendidas pela Diretoria de Operações”. Ou seja: preparar a lista dos demitidos.

A conferir.

 

*Luiz Queiroz – Capital Digital

 

Por que o Rio pune ex-governadores corruptos, mas São Paulo e Minas, não?

A Globo martela que cinco governadores corruptos no Rio foram presos, mas não fala que os governadores do PSDB, comprovadamente corruptos, de São Paulo, como Serra e Alckmin, assim como o ex-governador de Minas, Aécio, seguem impunes.

O problema é do Rio ou da justiça brasileira que é toda tucana?

Não cabe nesse caso o mantra da mídia: “coitado do Rio, afundado em corrupção!”

É péssimo para o Rio, mas não é menos pior para São Paulo e Minas assistirem aos corruptos Serra e Alckmin e Aécio em livres, leves e soltos.

Pior, Aécio segue com seu mandato de deputado federal e, Serra, de senador, sem serem incomodados pela justiça.

Aí vem a inevitável pergunta: o coitado é o Rio por prender ex-governadores corruptos ou é São Paulo e Minas que, por conluio do judiciário com o PSDB, os ex-governadores corruptos desses estados não são punidos?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Moro tem 3ª derrota seguida no STF: Acusado por cinco anos pela Lava Jato, deputado do PT é absolvido por unanimidade no Supremo

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), primeiro parlamentar que se tornou réu por acusações no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão do ministro Edson Fachin, relator da operação na Corte, apontou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou provas do cometimento de crime por parte do petista.

Vander foi denunciado em 2015 e se tornou réu em 2017 pela acusação de receber R$ 1 milhão em suposto esquema de corrupção na BR Distribuidora, ex-subsidiária da Petrobras. Além do crime de organização criminosa, o parlamentar foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

O seu cunhado, Ademar Chagas da Cruz, e o ex-ministro do governo Fernando Collor, Pedro Paulo Bergamaschi, também foram inocentados pela Corte.

Iniciado na manhã de 14 de agosto, o julgamento, que ocorreu por meio de sessão virtual, foi concluído em 21 de agosto. Além de Fachin, votaram a favor do deputado os ministros Celso de Mello (revisor da ação), Carmén Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Conhecido pelo seu rigor no julgamento das ações da Lava Jato, o ministro Edson Fachin Fachin decidiu pela total absolvição de Vander e dos outros acusados nesse processo.

“Ante o exposto, porque não comprovados os fatos narrados, julgo improcedente a denúncia para (i) absolver os acusados Vander Luiz dos Santos Loubet e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, (…) com fundamento no art. 386, II, do Código de Processo Penal; e (ii) absolver os acusados Vander Luiz dos Santos Loubet, Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos e Ademar Chagas da Cruz no tocante às acusações remanescentes, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal. É como voto.”, escreveu o ministro relator.

Acompanhando Fachin, o revisor da ação, ministro Celso de Mello, reforçou a inocência do deputado diante das acusações.

“Desse modo, e na condição de Revisor, manifesto- me de pleno acordo com o eminente Ministro Relator na resolução desta causa penal, julgando improcedente a presente ação penal e decretando, em consequência, a absolvição de todos os réus, com apoio no art. 386, incisos II e VII, do Código de Processo Penal, eis que o Ministério Público não se desincumbiu do ônus de comprovar, para além de qualquer dúvida razoável, os fatos constitutivos da acusação penal que deduziu.”, pontuou em seu voto Celso de Mello.

“A conclusão desse processo é algo que eu aguardava há muito tempo – cinco anos, para ser mais preciso. Desde que houve a denúncia, afirmei e reafirmei reiteradas vezes que jamais havia praticado crime e que as denúncias não condiziam com a realidade. Hoje, com esse placar de cinco a zero em favor da minha defesa, finalmente a sociedade pode conhecer a verdade dos fatos. É um momento muito importante para mim”, frisa Vander.

Turbulência – Único deputado federal pelo PT de Mato Grosso do Sul e cumprindo seu quinto mandato consecutivo na Câmara Federal, Vander Loubet foi acusado pela Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de propina em março de 2015. Desde então, quando as acusações foram noticiadas pela mídia nacional, o parlamentar sul-mato-grossense viu sua vida virar de pernas para o ar. Apesar de sempre defender sua inocência diante das acusações, o deputado passou a ser alvo de agressões verbais e discursos de ódio nas mídias sociais e em locais públicos.

“Apesar de toda a turbulência política e pessoal e os prejuízos que essa acusação da Operação Lava Jato causou a mim e à minha família, sempre defendi a verdade e jamais deixei de confiar no Poder Judiciário Brasileiro. Sabia que o andamento da ação revelaria e comprovaria a minha inocência, como de fato aconteceu”, afirma o deputado.

O parlamentar destaca que o combate à corrupção é essencial ao País, mas que a Lava Jato se notabilizou pelos excessos e abusos.

“Os fins não podem justificar os meios, ainda mais quando os fins se travestem de denuncismo generalizado. Isso é grave. Operações de combate a desvios de recursos públicos são importantes e necessárias – inclusive ganharam apoio e incentivo justamente durantes os governos do PT, com o Lula e a Dilma -, mas não podem ser usadas com fins políticos e como forma de destruir reputações”, afirma.

Vander também critica a grande mídia nacional. Segundo ele, a imprensa deveria ter tido um olhar mais crítico sobre a Lava Jato ao invés de buscar se beneficiar dos vazamentos de informações. O parlamentar também revela sua indignação com a falta de destaque da sua absolvição na imprensa, sobretudo a de abrangência nacional.

“Era uma situação absurda. Os repórteres de veículos como Estadão, Folha de S. Paulo, O Globo, Rede Globo e outros tinham acesso a informações antes mesmo de eu e meus advogados termos. Ligavam para minha assessoria com questionamentos que eu nem tinha condições de responder por não saber do que estava sendo acusado. Em seguida, minha foto e meu nome estavam em destaque em alguma reportagem com foco só na acusação. Os repórteres não se preocupavam verdadeiramente com o outro lado – o meu lado. Ninguém questionava as acusações, só faziam coro a elas. Era um massacre”, descreve o deputado. “Fui absolvido por unanimidade – veja, por unanimidade – e esses mesmos veículos que davam destaque às denúncias praticamente não noticiaram essa absolvição contundente. Só para ter uma ideia: a reportagem do Jornal Nacional sobre a decisão que me tornou réu em 2017 tem quase cinco minutos; enquanto isso, minha inocência só mereceu um texto lido pela apresentadora que durou 23 segundos. Nos jornais de grande circulação não saiu praticamente nada”, completa.

Reconhecimento – Reeleito em 2018 para seu quinto mandato consecutivo, Vander destaca que o prejuízo causado pela Lava Jato só não foi maior graças ao trabalho do seu mandato junto à população.

“Foi a nossa folha de serviços prestados ao Mato Grosso do Sul e aos municípios que nos ‘segurou’ nesse período. As pessoas que acompanham nosso mandato sabem da seriedade com a qual a gente trata o fato de representar o estado em Brasília”, pontua. “A população sempre soube reconhecer o nosso trabalho”, acrescenta.

“Neste momento, a única coisa que me vem à cabeça é ser grato. Ser grato a Deus por me permitir provar minha inocência. Ser grato aos amigos e amigas, que sempre me confiaram sua solidariedade. E, principalmente, ser grato ao povo sul-mato-grossense, que me reelegeu em 2018. Isso me dá forças e me anima a seguir cumprindo com o compromisso de trabalhar pelo bem estar da nossa população, como sempre trabalhei, desde o primeiro dia no qual fui investido em um cargo de natureza pública”, conclui Vander.

*Com informações do DCM

 

Vice de Witzel, Cláudio Castro, encontrou-se com o clã Bolsonaro em Brasília na véspera de operação

Vice-governador do Rio de Janeiro estava em Brasília quando Wilson Witzel foi afastado.

Na véspera do afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o vice-governador Cláudio Castro esteve em Brasília. Castro, que foi alvo de busca e apreensão, chegou à capital federal na quinta-feira 27. Nos bastidores, a informação é que ele se encontrou com o clã Bolsonaro.

Após a briga com Witzel, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou se aproximar de Castro, como revelou VEJA com exclusividade em 26 de junho. A ponte para a aliança passou pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Os laços de amizade de Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro, ex-deputado estadual, se formaram na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O vice-governador começou a carreira como chefe de gabinete do deputado Márcio Pacheco, em 2004. A convivência se intensificou na campanha de 2018 quando o senador foi às ruas pedir votos para Witzel.

Eleito vereador pelo PSC dois anos antes, o vice-governador também caiu nas graças de outro filho de Jair Bolsonaro, Carlos, com quem dividiu o plenário da Câmara Municipal. Bolsonaro, Flávio e Carlos foram filiados ao PSC, legenda de Castro desde 2002.

A guerra entre Witzel e Bolsonaro, ex-aliados, começou no ano passado quando o governador fluminense anunciou que disputaria a Presidência da República, em 2022. De lá para cá, os dois trocaram acusações em público e nunca mais se falaram. Em meio a denúncias de corrupção na área da Saúde, Witzel também caiu em desgraça na Alerj. Dos 70 deputados, 69 votaram a favor do início do processo de afastamento.

Cláudio Castro é músico, compositor e ex-coordenador do Ministério de Fé e Política da Arquidiocese do Rio. Ele e sua equipe acreditavam, internamente, ser inevitável a queda Witzel. Nas redes sociais, Castro evita publicar mensagens de apoio a Witzel.

 

*Com informações da Veja

 

Vídeo – Visão do inferno: o dia em que o pastor Everaldo batizou o capeta

O Pastor Everaldo, presidente do PSC e irmão de fé de Bolsonaro, que foi preso nesta sexta-feira na operação que afastou o governador do Rio, Wilson Witzel, era um dos líderes do esquema de corrupção no estado.

Como se observa na foto, Everaldo está batizando Bolsonaro no rio Jordão, ao lado de Carlos e Flavio Bolsonaro.

A cerimônia foi devidamente fotografada e filmada como qualquer peça de marketing político e se transformou numa concorrente nas redes com a notícia da queda de Witzel, até porque o fiador dessa paspalhice religiosa de Bolsonaro, pastor Everaldo foi preso na mesma operação que tirou Witzel do comando do estado do Rio de Janeiro.

O vídeo abaixo está na berlinda nas redes sociais, pelos personagens dessa ópera bufa em que Bolsonaro, que se apresenta como católico, judeu, evangélico, flamenguista, palmeirense, corintiano e trumpista, não cochila na hora de mostrar todas as suas armas da “nova política”, o que não faz dessa imagem algo menos trágico, principalmente porque o pastor Everaldo pega na crina do cavalão, em sua molecagem religiosa, e o mergulha no rio Jordão como se fosse uma poça de esgoto.

Não se sabe se os diabos menores, Carlos e Flávio Bolsonaro, fantasiados de divindades, também foram batizados pelo pastor vigarista. O que se sabe é que essa cena brejeira ganhou mais notabilidade na internet do que o suplício de Witzel.

Assista à cena dantesca:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Bolsonaro dá risada ao comentar afastamento de Witzel: ‘O Rio está pegando’

É verdade que a família Bolsonaro tem interesses na sucessão do Rio. O controle sobre a polícia civil e a escolha do novo procurador geral do MP interessam muito para quem é investigado por corrupção.

“Governador do Rio foi afastado por decisão do STJ e denunciado pela PGR por suspeita de desvios na saúde. Vice-governador, Cláudio Castro, foi alvo de busca e apreensão.” (Marcelo Freixo)

Do G1 – O presidente Jair Bolsonaro riu nesta sexta-feira (28) ao comentar com um apoiador, no Palácio da Alvorada, a situação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O governador foi afastado do mandato por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de desvios na Saúde do estado.

Depois de terem se aliado nas eleições de 2018, Bolsonaro e Witzel se tornaram rivais políticos. O atrito entre eles se intensificou em 2020. Bolsonaro alega que Witzel tem ambição de sucedê-lo na Presidência, nas eleições de 2022. Witzel se elegeu com o apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, mas depois rompeu com ele também.

Ao deixar a residência oficial nesta sexta e passar pelo cercado onde ficam os apoiadores, Bolsonaro foi chamado por um homem que disse “Rio de Janeiro”. O presidente parou e disse que a situação “está pegando” no estado.

“O Rio está pegando, o Rio está pegando hoje. Está sabendo do Rio hoje? Governador já… Quem é teu governador?”, indagou Bolsonaro.

“Meu governador? É o vice”, respondeu o apoiador.

“Está acompanhando aí”, disse Bolsonaro aos risos.

Bolsonaro já tinha sorrido com apoiadores ao falar sobre Witzel em maio, quando o governador tinha sido alvo de buscas e apreensões.

Operação

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o afastamento de Witzel, também autorizou os mandados da operação Tris in Idem, deflagrada nesta sexta. O vice-governador do Rio, Cláudio Castro, foi alvo de buscas e apreensões.

O presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, foi preso.

No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Witzel e mais oito pessoas, incluindo a primeira-dama, Helena Witzel.

 

A corrosão acelerada do lavajatismo e do bolsonarismo

Se quem rezava pela cartilha de Moro e de Bolsonaro, hoje, tromba de frente com ex-aliados, seja a granel ou no atacado, isso só revela que a onda fascista que varreu o país está sorumbática.

A Globo, que ainda mantém os olhos parados, recordando os tempos do castelo de cartas da Lava Jato que ela montou junto com Moro, agora desmoronando, agora assiste tanto às denúncias contra Bolsonaro quanto à queda de Witzel com um sorriso amargo, porque sabe não tem como quebrar a imagem de uma corrente que, numa campanha antipetista promovida pelos Marinho, desembocou nesse estado de coisas.

Lógico que a Globo quer separar o joio do joio, Moro de Bolsonaro, assim como a Lava Jato de Witzel, o que é absolutamente impossível, já que Bretas é padrinho político de Witzel e Moro prendeu Lula para eleger Bolsonaro e se tornar ministro. Um está amarrado no rabo do outro por uma única razão, PODER.

A mesma ambição de poder, hoje, faz o Meritíssimo juiz ser afastado do governo do Rio de Janeiro por suposto desvio de dinheiro e, além de tudo é acusado de traição pelos bolsonaristas. Já Bretas, que fez um estardalhaço em sua comemoração da eleição de Witzel e de Bolsonaro, hoje, está comendo milho grosso, porque não sabe que papel deve cumprir nessas guerras familiares em que as primeiras-damas, do estado do Rio e da presidência da República, transformaram-se em verdadeiras mulheres-bomba, assim como a mulher de Queiroz, que não só depositou na R$ 89 mil conta de Michelle, como fez uma série de depósitos na conta da esposa de Flávio Bolsonaro.

O que não se pode esquecer são as acusações que pesam sobre Rosângela Moro de usar o seu escritório de advocacia para fazer grandes negócios com advogados incumbidos de conduzir as delações na Lava Jato.

Agora, todos os acusados dizem que é fofoca de Dona Maricota, inclusive a Globo, sobre a acusação que lhe pesa nas costas, vinda da delação de Dario Messer, o doleiro dos doleiros.

E não há qualquer incoerência nessa escumalha que deu no bolsonarismo, porque dos aqui citados, ninguém presta e, em termos de fisiologismo, são absolutamente esplêndidos, mas aquela alegria que reinava no meio dessa podridão, assim que Bolsonaro e Witzel foram eleitos pelo bolsonarismo lavajatista, deu lugar a uma erosão irreversível que, se ainda não chegou na cabeça do rei, os ratos da casa, que estão sendo denunciados diuturnamente pelo MP-RJ, vão derrubar a coroa do genocida, numa das degolas mais espetaculares da história da República.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Wilson Witzel, o afilhado da Lava Jato carioca

Aonde tem podridão, tem Lava Jato, tem Moro, tem esquema político e corrupção.

Bretas, como todos sabem, é o Moro carioca. Homem de confiança do juiz de Curitiba na capital mundial da milícia.

Juntos, na onda da moral da carochinha, Moro e Bretas elegeram Bolsonaro presidente e Witzel, governador do Rio .

Bretas era padrinho político de Witzel e ardoroso bolsonarista e Moro, trabalhou incessantemente para eleger Bolsonaro.

A foto acima mostra os dois usando avião oficial para assistir à posse de Bolsonaro.

Não só isso. O ex-governador do Rio, Wilson Witzel, nomeou a irmã do juiz Bretas. É exatamente isso que você leu.

Advogada, irmã de Bretas, o Moro carioca, assumiu o cargo de assessora da Controladoria-Geral do Estado. Ou seja, Bolsonaro, Moro, Witzel e Bretas sempre estiveram juntos e misturados num esgoto só.

 

*Da redação

 

Palmério Dória: O mais escandaloso dos escândalos

O caso Banestado, um esquema gigantesco de envio irregular de bilhões de dólares para o exterior, está de novo na berlinda. Pra variar, protagonizado pelo suspeito de sempre: Sérgio Moro. Claro que não foi posto na roda pela mídia, mas pelo intimorato deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ao perguntar no Twitter:

“A decisão do STF de ontem sobre o caso Banestado traz informações graves sobre algo que não pode ser esquecido. Se Moro atuou em conluio com a acusação, teria ele usado a influência pra blindar autoridades que operaram e enviaram ilegalmente grana pro exterior e lavaram dinheiro?”

Se não é pra esquecer, eis a gente em julho de 2002, quando
a semanal IstoÉ de outros tempos descreve em detalhes tal esquema. Parte do dinheiro saía na porta dos fundos do Brasil pelo Banco Araucária, em Foz do Iguaçu, passava por uma off shore, ou paraíso fiscal, e desembarcava nos Estados Unidos.

A investigação levantaria 137 movimentações suspeitas realizadas por meio de contas CC5, as famosas. O Banco Central emitiu em 1969 a Carta Circular (daí CC5), criando conta voltada a brasileiros fora do país e empresas exportadoras ou financeiras com vínculos no exterior.

Permite, sem necessidade de autorização do BC, depositar reais lá fora, sem limites, e convertê-los em dólares, ou resgatar, aqui e em reais, dólares depositados no exterior. Mas apenas cinco bancos podiam realizar essas operações: Banco do Brasil, Bemgê, Banestado, Real e Araucária,

Logo a ditadura passa a permitir que qualquer pessoa, desde que identificada, possa usar a CC5. Surge o golpe conhecido como “barriga de aluguel”: políticos, autoridades,assessores de segundo escalão e outros altos malandros passam a usar a CC5. Usam laranjas, pessoas em geral humildes.

Sangria desatada: só entre 1992 e 1997, pessoas físicas e jurídicas remetem ilegalmente ao exterior R$ 124 bilhões. A PF identificou quase R$ 12 bilhões em dinheiro sujo, O governo FHC o que fez diante da denúncia? Arquivou o dossiê da PF e afastou o delegado José Castilho Neto, responsável pela investigação, que apontava na direção de tucanos de penas douradas e Jorge Bornhausen, do PFL, associado da governabilidade de FHC,

O Banestado, Banco do Estado do Paraná, quebrou em 1998, Em junho de 2003, procuradores da República entregaram à Receita Federal aproximadamente seis mil documentos sobre mais de 80 mil pessoas que lavaram US$ 30 bilhões nos EUA, a partir da agência do Banestado em Foz do Iguaçu.

Quaquilhões de encabular Tio Patinhas foram para o espaço; Só em 2005, após o escândalo Banestado, o governo — por intermédio da CMN — mudou as regras, “instalou” uma torneira, sob seu controle, no duto da CC5, semelhante àquela vinheta da Globo que ilustrava as matérias do Petrolão que Moro vazava para a emissora, segundo ela o maior escândalo de todos os tempos, assim definiu o Mensalão (no qual o Conje ditava as sentenças de Rosa Weber na condição de assistente). E lá estão as digitais do juiz de quinta blindando, no caso Banestado,os seus amigos na praça,

Mas tudo indica que o caso não foi encerrado. Tem um Glauber Braga nel mezzo del camin.

 

*Palmério Dória

 

Globo, delatada pelo doleiro por lavagem de dinheiro, pressiona STF a manter Lula sem direitos políticos

Globo, que assim como Bolsonaro, não explica a delação do doleiro dos doleiros, Dario Messer, tem a pachorra de tentar emparedar o STF para manter Lula sem direitos políticos em nome da “honra” da Lava Jato que não tem mais como ser desmoralizada.

O objetivo é fortalecer eleitoralmente o juiz corrupto e ladrão Moro que acabou de ser detonado no STF e TRF-4.

A Lava Jato, que a Globo tanto exalta, é a mesma que apadrinhou a candidatura Wilson Witzel através do juiz Bretas, o Moro carioca.

A Globo, que foi a principal culpada pela eleição do genocida Bolsonaro, segue firme trabalhando para a bandalha política.

A mesma Globo, que clama ao STF que impeça Lula de ter seus direitos de volta dizendo que as delações sem provas são provas robustas contra Lula, acabou de ser delatada por Dario Messer por lavagem de dinheiro.

Dario Messer disse em delação que entregava pacotes de dólares para os irmãos Marinho na sede da TV Globo.

De acordo com a denúncia apresentada pela revista Veja, o doleiro disse, em delação premiada, que fazia entregas em dinheiro vivo na sede da TV Globo, no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

Os pacotes eram levados de duas a três vezes por mês.

As quantias, segundo Messer, variavam entre 50 mil e 300 mil dólares.

O doleiro confirmou também que o dinheiro era destinado aos irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho. Dario Messer é investigado pela Lava Jato, acusado de lavar dinheiro para empresários e políticos envolvidos em corrupção.

É essa Globo que se acha dona do Brasil e quer Lula fora da eleição em 2022.

 

*Da redação