Foi a aliança da mídia, com o dinheiro grosso e o judiciário, que alçou ao poder aquele troço miliciano que agora berrou ao mundo que tipo de ética e visão intelectual manda, explora e informa no Brasil.
Todos viram e ouviram muito bem o que Bolsonaro disse, ainda em campanha, no Clube da Hebraica, no Rio de Janeiro, sobre os índios e negros sob aplausos e gargalhadas do público presente.
“RIO – Sob protestos de cerca de 100 pessoas do lado de fora do clube Hebraica, na zona sul do Rio, e aplaudido diversas vezes no auditório lotado por outras 300, o deputado federal e cotado para disputar a Presidência da República em 2018, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), prometeu que irá acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do País caso seja eleito em 2018.
Ele também afirmou que irá terminar com o financiamento público para ONGs e disse que, se depender dele, “todo mundo terá uma arma de fogo em casa” – “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí” – “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais.
Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles.(Estadão – 03 de abril de 2017)
Ontem ele só reproduziu na tribuna da ONU numa leitura oficial escritas por muitas mãos militares de seu governo o que ele já tinha dito quando candidato e que o STF não viu racismo em suas palavras.
Se hoje Merval e Gabeira são a própria imagem da crítica ao estorvo, foram eles também que cobriram de louros a vitória de Bolsonaro nas urnas em 2018, dizendo que ele era um lobo solitário que tinha engolido o PT pelas redes sociais.
Racismo, preconceito, violência, autoritarismo? Nenhum dos dois viram nada disso no então novo herói das redações nativas.
Bolsonaro, quando culpou os índios e mentiu, de cabo a rabo, em seu discurso horrendo proferido, através da ONU, para o mundo inteiro. foi apenas o velho Bolsonaro de guerra contra o PT que a mídia saudou, apoiou e, muitas vezes, vibrou com sua forma direta de se declarar racista.
Assim também fez com Sergio Nascimento, presidente da Fundação Palmares, usando-o para dizer que a escravidão no Brasil tinha sido benéfica para os negros.
*Da redação
Uma resposta em “Para quem acha que a escravidão foi boa para os negros, culpar os índios pelos incêndios na Amazônia, seria fatal”
Daí a pouco ele vai dizer que quem é alvejado por bala perdida é porque estava no lugar errado,se não estivesse não teria sido alvejado..