Ano: 2020

Preço dos alimentos dispara e pressão é a maior desde o fim da hiperinflação do real

Pesquisa do Ibre FGV mostra que alta de custos se espalha e terá novos efeitos para consumidor.

Os preços de insumos que servem de base para a cadeia produtiva brasileira registram a maior alta desde o início do Plano Real. A pressão desse aumento é tal que está espalhando a inflação, antes concentrada no produtor, por vários setores da economia, chegando ao consumidor de forma cada vez mais intensa.

De acordo com levantamento feito pelo economista André Braz, do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o preço das matérias-primas brutas, como soja, milho, carnes e minério de ferro, acumula alta de 68% nos 12 meses encerrados em outubro, aumento inédito desde o fim do período de hiperinflação.

Entre os motivos dessa alta estão a desvalorização cambial e o aumento do preço desses itens em dólar, no mercado externo. Pesam ainda o desabastecimento de alguns produtos por causa do aumento das exportações e do rápido aquecimento da demanda, após a paralisação de diversas cadeias produtivas por causa da pandemia.

Nem todo esse aumento já chegou ao consumidor, apesar de ser possível identificar reajustes elevados nos preços de muitos alimentos e bens industriais, como eletrodomésticos e eletrônicos.

Os alimentos, por exemplo, acumulam alta no IPA (índice de preços no atacado da FGV) de 25%, sendo que metade desse aumento já bateu no IPC (índice de preços ao consumidor da FGV). O arroz, produto cuja alta provocou até reação por parte do governo, subiu quase 120% no atacado e 62% no varejo, o que mostra o risco de continuidade desses repasses.

“Existe uma gordura, e o consumidor ainda pode verificar aumento no preço desses produtos”, afirma André Braz, coordenador do núcleo de preços ao consumidor do Ibre.

Ele diz que o “espalhamento da inflação” tem se ampliado e que os repasses tendem a ganhar força na medida em que a economia volta a crescer, alguns serviços são liberados, o isolamento social é flexibilizado e a rotina de consumo das famílias volta ao normal.

“É impossível para a cadeia produtiva reter por muito tempo aumentos dessa magnitude, ainda mais quando ela não tem um horizonte tão transparente de que essas pressões vão ceder no curto prazo”, afirma.

Braz projeta que o IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE, que serve como meta para a inflação) deva fechar 2020 em 4,17%, acima da meta de 4%, mas abaixo do limite de tolerância. O teto fixado pelo Banco Central está em 5,5%.

A inflação vai continuar a subir até maio do próximo ano, quando deve ficar acima de 6% em 12 meses. Depois cairia, para fechar o ano entre 3,55% e 4,5%, a depender de alguns fatores: a estabilidade ou valorização do real, o fim do ciclo de alta de preços de commodities no exterior e o fim do desequilíbrio entre oferta de demanda, que colocariam a inflação no patamar inferior desse intervalo, abaixo da meta de 2021, de 3,75%, com limite de 5,25%.

“Primeiro, precisa de uma estabilidade maior da taxa de câmbio, o que a gente só vai conquistar tendo um cenário fiscal mais claro. Ainda que a gente tenha uma valorização do real nos próximos meses, se o preço dessas commodities seguir avançando lá fora, como tudo indica, esses impactos ao produto vão continuar”, afirma o economista.

Segundo o levantamento feito pelo economista do Ibre, a inflação ao produtor já se espalhou por todo o segmento de bens —não duráveis (como alimentos), semiduráveis (vestuário) e duráveis (eletrodomésticos, por exemplo).

O índice geral de preços, porém, ainda é contido pelos preços dos serviços, setor que mais sofreu com a crise atual, e tarifas e outros preços administrados, que tiveram alguns reajustes adiados para 2021.

“A inflação, que antes estava muito continua em bens não duráveis, que são os alimentos, se espalhou. Agora contamina duráveis e semiduráveis. E não deve demorar deve começar a aparecer alguma coisa em serviços, mas aí vai depender do bom andamento da pandemia”, diz Braz.

 

*Com informações da Folha

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STF veta a reeleição de Maia e Alcolumbre para presidir Câmara e Senado

Julgamento em plenário virtual foi concluído neste domingo com voto do presidente do STF, Luiz Fux. Maioria entendeu que Constituição proíbe reeleição dentro da mesma legislatura.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste domingo (6) por maioria, em plenário virtual, que os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), não podem se candidatar à reeleição para os postos.

O voto decisivo foi dado pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux. Antes, o plenário já havia formado maioria para barrar uma nova candidatura de Rodrigo Maia, que já é presidente por dois mandatos sucessivos. A situação de Alcolumbre seguia pendente.

O julgamento da ação, protocolada pelo PTB, começou na última sexta e se estenderia até a próxima semana. Como os 11 votos já foram registrados, no entanto, o resultado deve ser proclamado nesta segunda.

Relator da ação, o ministro Gilmar Mendes havia votado em sentido oposto, opinando que uma eventual reeleição de Maia ou Alcolumbre para o comando das Casas teria respaldo constitucional. Seis ministros, incluindo o presidente Luiz Fux, divergiram desse entendimento.

 

*Com informações do G1

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Barroso, o arroz de festa da GloboNews, usa seu picadeiro eletrônico para lançar livro

Numa entrevista feita por Leilane Neubarth, especialmente projetada para um passeio de hipocrisia com o ministro do Supremo, Luis Roberto Barroso, que só dá entrevistas a ambientes fechados, melhor dizendo, em lugares reservados que lhe dão picadeiro, Barroso traduziu em uns 20 minutos de entrevista a que nível de rebaixamento moral chegou o sistema de justiça do Brasil.

O ministro falou para uma arquibancada de moristas e, para agradar essa parcela adestrada da sociedade, usou o momento para explicar o significado da palavra compliance, numa clara justificativa da participação de Moro como diretor da Alvarez & Marsal, empresa americana de recuperação fiscal que tem entre seus clientes as principais empreiteiras brasileiras levadas à falência pela Lava Jato, dizendo que, a partir de um conjunto de regras e normas em conformidade com as leis, o conceito dá integridade corporativa à empresa, adotando posturas éticas.

Depois dessa baba de quiabo, Barroso, que certamente é o mais deslumbrado dos pavões que já passaram pelo STF, falou cinicamente em combate à corrupção, mesmo sabendo que a sociedade, hoje, depois dos escândalos da Lava Jato vazados pelo Intercept, entende que, no final das contas, o juiz Moro era o verdadeiro bandido.

Mas Barroso, como é comum aos vaidosos, com certeza, não vê risco de perda de reputação no meio acadêmico, diante da sociedade esclarecida, porque a inacreditável e infantil ideia de que a Globo pode construir uma imagem divinal de sua conduta, sem perceber que está se abrigando num lugar cada dia mais desmoralizado do ponto de vista jornalístico.

Por isso, numa nova rodada de rasgação de seda na GloboNews, aonde Barroso é a principal celebridade com mais tempo de entrevista na casa do que o urubu de voo, o ministro com os olhos embotados de vaidade, não consegue descobrir o significado da derrocada de uma reputação a partir dos holofotes que passaram a ser rotina em sua vida de celebridade.

E assim Barroso vai cavando seu precipício ético acreditando realmente que está se promovendo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Se o Huck é de centro-esquerda, Moro é a reencarnação de Che Guevara

Depois de FHC lançar Huck à presidência da República, confessando que a direita faliu, agora, a confissão é do próprio Huck que se diz de centro-esquerda. Como se já não bastasse o louco do Bolsonaro sentado na cadeira presidência. É pra isso que deram o golpe em Dilma?

Assista:

*Da redação

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Carol Dartora, vereadora eleita em Curitiba, por ser negra, sofre ameaça de morte

“Eu juro que vou comprar uma pistola 9 mm no Morro do Engenho aqui no Rio de Janeiro e uma passagem só de ida pra Curitiba e vou te matar”, disse um homem, que também chamou Carol Dartora (PT) de “macaca fedorenta”

A primeira vereadora negra eleita em Curitiba, Carol Dartora (PT), afirmou ter recebido um e-mail com ameaças de morte. A mensagem é assinada por Ricardo Wagner Arouxa, que diz ser do Rio de Janeiro.

“Acabo de receber ameaças de morte. As autoridades já foram contatadas e todas as providências estão sendo tomadas para que seja garantida minha segurança e da minha equipe. Eles combinaram de nos matar, combinamos de ocupar tudo”, escreveu Dartora no Twitter.

Na mensagem, o autor disse não aceitar a eleição dela. Também a chama de “aberração” e “macaca fedorenta”.

“Eu juro que vou comprar uma pistola 9 mm no Morro do Engenho aqui no Rio de Janeiro e uma passagem só de ida pra Curitiba e vou te matar”, acrescentou.

 

*Com informações do 247

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Estatal pune empregado que criticou, “atitudes loucas deste desgoverno”

O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa estatal vinculada ao Ministério da Economia, puniu com dez dias de suspensão e descontos salariais um empregado público que fez uma crítica ao governo federal em um e-mail interno que não circulou em redes sociais. Ele escreveu aos seus colegas “que somente a resistência pode barrar as atitudes loucas deste desgoverno”.

A punição manchou a longa folha de serviços prestados à estatal durante 41 anos pelo analista de sistemas Fernando Sergio Gomes, 63. “Isso serviu como um sinal, um aviso para aquelas pessoas [da estatal] que são um pouco receosas. Uma pessoa com 41 anos de Serpro como eu, sem nada desabonador, não fui nem advertido, fui direto para uma suspensão”, disse Gomes à coluna.

O advogado Aderson Bussinger Carvalho, que defende o analista, disse que vai ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho para pedir a anulação da punição, que foi já cumprida em agosto passado.

Procurada pela coluna para esclarecer o conteúdo do processo em agosto, a estatal disse que não poderia comentar o caso: “Para preservar o sigilo do procedimento correcional e a intimidade de seus empregados, o Serpro se isenta de se manifestar publicamente sobre eventuais aplicações de sanções disciplinares”.

O professor e doutor em Direito Administrativo pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro, Manoel Peixinho, discordou que a mensagem possa ensejar uma punição. “É verdade que o e-mail corporativo deve ser usado para assuntos relacionados ao trabalho. Nesse caso [o empregado público] usou um e-mail fechado para um grupo determinado. Ele não levou a público, não maculou a imagem do Serpro. Mas mesmo que fosse aberto, eu também não veria problema. Ele está protegido pela liberdade de expressão.”

Para o professor, pode ser feito um paralelo com o caso da jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, que foi denunciada em setembro ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por ter gritado “Fora Bolsonaro” após uma partida. Em novembro, ela foi absolvida pelo tribunal.

“O ato dele pode ter sido no máximo um inconveniente, mas não ilegal nem passível de punição. No caso de Carol, ela disse publicamente e mesmo assim foi absolvida porque foi consagrada a liberdade de expressão”

A mensagem que gerou a punição no Serpro foi enviada por Fernando Gomes no último dia 21 de fevereiro. Segundo o analista, o e-mail chegou a apenas 200 empregados públicos que faziam parte de um grupo criado para trocar informações a respeito do teletrabalho, modalidade de trabalho à distância já utilizada pelo Serpro muitos anos antes da pandemia do novo coronavírus.

Segundo Gomes, o grupo foi criado depois que o Serpro anunciou que iria encerrar a modalidade do teletrabalho que, segundo ele, existe desde 1986 e envolve cerca de 300 funcionários.

Gomes escreveu no e-mail: “Pessoal, muitos aqui estão nos grupos de resistência contra as privatizações, o Serpro não está fora da lista, recentemente houve mudança no tempo do acontecer. O grupo RJ Conectado abraça vários colegas que entenderam que somente a resistência pode barrar as atitudes loucas deste desgoverno. 493 trabalhadores da Dataprev estavam prestes a ir para o olho da rua, mas vários grupos se organizaram, tanto WhatsApp como Telegram, e conseguimos suspender a tragédia. Portanto entendam que nossa luta para manter o TT [Teletrabalho] é apenas uma parte de um todo”.

“Há 41 anos nunca vi um procedimento tão faca no pescoço. Eu fui escrever alguma coisa de resistência em relação à privatização. O conteúdo não é ofensivo a ninguém”, disse o analista.

‘Nunca vi um procedimento tão faca no pescoço’, afirma servidor

Gomes afirmou que, com a pandemia, parte dos empregados em teletrabalho continuou em “home office”, mas a estatal teria avisado que a modalidade do teletrabalho seria encerrada.

“Isso mexeu com várias pessoas que organizaram sua vida durante anos no teletrabalho. Tem empregados com problemas cardíacos, com diabetes. Foi uma pancada. Isso afeta realmente a cabeça e o sistema nervoso da pessoa. Quase todos ficaram revoltados, com muitos lamentos. Eu sugeri que a gente se organizasse em um grupo de internet para fazer essa luta e tentar reverter a decisão. Além disso, tem a questão da privatização. A gente faria a discussão sobre como organizar a resistência. Aí eu escrevi ‘desgoverno’.”

 

*Com informações de Rubens Valente/Uol

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Miriam Leitão diz que Bolsonaro é risco de vida para os brasileiros, mas não diz que estiveram juntos para golpear Dilma

Como chegamos a Bolsonaro? Ele não virou presidente sem um filão de aspectos que o colocaram na cadeira da presidência.

Miriam Leitão quer falar do monstro, mas foge de analisar a receita que deu nesse monstro como presidente, que é um risco de vida para todos os brasileiros, exceto para seus filhos.

Diz Mirian: “Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida. A declaração do ministro Eduardo Pazuello de que as aglomerações da campanha eleitoral não causaram aumento da pandemia no Brasil é um atentado à saúde dos brasileiros”

A pergunta que Miriam tem que se fazer é, ela e Bolsonaro estavam em lados opostos no golpe contra Dilma?

Mas Miriam não faz essa pergunta porque sabe que ela e Bolsonaro estiveram irmanados para derrubar Dilma, a primeira mulher eleita presidenta do Brasil, assim como apoia a política ultraneoliberal de Paulo Guedes como a própria família Marinho e os banqueiros que Miriam representa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Covid-19 pode causar disfunção erétil

Pessoas infectadas com covid-19 podem sofrer efeitos de longo prazo do vírus na saúde, incluindo disfunção erétil. É o que alerta a médica especialista em doenças infecciosas, Dena Grayson, dos Estados Unidos.

‘Há uma preocupação real de que os homens possam ter problemas de disfunção erétil de longo prazo com esse vírus porque sabemos que ele causa problemas na vasculatura’, disse Dena Grayson ao LX da NBC Chicago. A vasculatura é o conjunto dos vasos sanguíneos e linfáticos de uma região ou de um órgão.

Segundo ela, isso é algo que realmente preocupa, pois “não é apenas apenas a preocupação de que o vírus pode matar, mas ele pode causar complicações a longo prazo, como a disfunção erétil”, disse.

Embora a maioria das pessoas pareça se recuperar do covid-19, Dena Grayson alertou que eles esperam ver mais ‘consequências negativas de longo prazo da infecção’, com o passar do tempo, incluindo complicações neurológicas.

No início do sábado, o médico americano Anthony Fauci advertiu que os Estados Unidos deve se preparar para um ‘aumento súbito’ de casos covid. No sábado (5/12) foram registradas 211.000 novos casos e 2.445 mortes. Existem 101.190 pessoas atualmente hospitalizadas com covid-19 nos EUA.

 

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro proíbe todos os ministros de conversarem com embaixador chinês

“Há uma ordem expressa de Jair Bolsonaro aos seus ministros: nenhum deles pode receber em audiência o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming”, informa o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no Globo.

Trata-se de mais uma agressão de Jair Bolsonaro aos interesses nacionais, uma vez que a China é o país que mais compra produtos brasileiros e também o que mais investe na economia nacional. Com a decisão, ele também demonstra, uma vez mais, a sua subordinação aos interesses da extrema-direita estadunidense, seguindo a política externa de Donald Trump, que foi derrotado por Joe Biden.

 

*Com informações do 247

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Haddad: Lula e PT são não só indissociáveis, mas eventos únicos

O Partido dos Trabalhadores é um fenômeno social não replicável. Forjado a partir da luta social, reuniu pessoas advindas do novo sindicalismo, das comunidades eclesiais de base e da universidade. No timão do processo, um líder carismático de trajetória e inteligência incomuns que encantou a intelectualidade progressista. Nascia uma nova esquerda, antiautoritária e não-dogmática, que permitiu aos desprovidos da Terra sonhar com um governo que os representasse. Apesar de seus limites, não há precedente na nossa história de um partido similar eleitoralmente viável.

O erro de alguns progressistas não petistas é imaginar que o enfraquecimento do PT vai lhes favorecer. O lugar que o PT ocupa no espectro ideológico não é ideal, mas materialmente construído. Não é um espaço natural à espera de um hóspede, mas um espaço socialmente conquistado.

O erro de alguns petistas, por sua vez, é imaginar que o PT possa se fortalecer sem Lula. Não se reproduz facilmente uma liderança da sua qualidade. Lula e PT são não apenas indissociáveis como são eventos únicos e mutuamente dependentes.

O PT é sua militância. A força dessa militância abriu caminho para que novas lideranças emergissem, gente de extremo valor, que dificilmente teria um lugar ao sol na política sem rebaixar suas pretensões. Até outro dia, sobretudo no Nordeste, jovens talentosos beijavam a mão de velhos coronéis para ascender politicamente.

O PT mudou a cara do Nordeste, representou uma nova perspectiva para pobres, negros e mulheres de todo o país e combateu a desigualdade como nenhum outro partido, usando a educação como instrumento de transformação. Enterrou velhas oligarquias que, agora, esboçam um movimento de retorno, o que deveria estar no centro das nossas preocupações.

As eleições municipais não permitiram ao PT recuperar o espaço que perdeu em 2016. O avanço foi tímido. Com o encolhimento do centro (PDT e PSB) e da centro-direita (PSDB), ganharam terreno os partidos da direita e extrema direita descendentes da velha Arena, base de sustentação do regime militar e do bolsonarismo.

O antipetismo, em alguma medida, é também fruto do desejo de que uma polarização entre direita e extrema direita se estabeleça como garantia de que as estruturas socioeconômicas do país não se alterem. Nessa medida, a extrema direita é sistemicamente funcional enquanto cativa para um projeto reacionário parte do eleitorado pobre que quer “mudança”.

O PT de Lula tem diante de si um futuro não menos desafiador neste país que, se nada for feito, terá, na precisa expressão de Millôr, um enorme passado pela frente.

*Fernando Haddad/Folha

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