Ano: 2020

OMS chama atenção do Brasil sobre a Covid-19: “Situação é preocupante”

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Gebreyesus, qualificou como “muito preocupante” o salto no número de novas infecções da covid-19 e mortes no Brasil. Em sua coletiva de imprensa em Genebra, ele ainda disse que o país terá de ser “muito sério” diante da nova situação e destacou como os novos casos dobraram em menos de um mês.

Abandonando uma postura que se transformou em sua marca de evitar falar de países diretamente, Tedros fez questão de lançar seu alerta sobre a situação brasileira.

Tedros lembrou como, em seu momento mais crítico, o Brasil registrou 319 mil novos casos por semana. O número, segundo ele, foi um recorde. “A boa notícia é que o número estava em queda até a semana de 2 de novembro, quando 114 mil casos foram registrados no Brasil”, disse. “Foi um terço do que foi registrado quando atingiu o seu climax”, destacou.

Mas, segundo ele, os números voltaram a crescer de forma importante e, na semana de 26 de novembro, a taxa chegou a 218 mil casos por semana. “Os números mais uma vez dobraram”, alertou, insistindo que o período de expansão representou menos de um mês.

Ele também deixa claro sua preocupação em relação ao número de mortes. De acordo com ele, foram 2.538 mortes na semana do dia 2 de novembro. Agora, chega a 3.876 na semana do dia 26 de novembro. “Esse é um aumento significativo”, disse.

“O Brasil terá de ser muito, muito sério”, insistiu. Ele admite que existem diferentes regionais e que a transmissão local precisa ser considerada. “Mas, de forma agregada, é muito preocupante”, completou.

Instantes depois, ao responder uma pergunta sobre a situação mexicana e o fato de o presidente local não usar máscaras, Tedros voltou a lançar um alerta a todos os líderes que adotam tal postura. “Queremos que líderes sejam modelos”, pediu.

Agir rapidamente

Um dia depois das eleições municipais, a cidade de São Paulo vai passar para a fase amarela do Plano SP, reduzindo os horários de funcionamento do comércio e de serviços.

Mike Ryan, diretor de operações da OMS, também alertou que o momento para países como o Brasil era de “agir rapidamente” para frear a nova expansão. Segundo ele, a atenção deve ser concentrada em regiões e que cada local deve ser avaliado de uma forma diferenciada.

Ryan diz ser irrelevante como governos irão qualificar esse período e não entra o debate se o Brasil e outros vivem uma segunda onda ou apenas um novo salto de casos. “Se chama segunda onda ou aumento, o fato é que o número cresce”, alertou.

Para ele, as autoridades devem agir para apoiar o sistema de saúde. Na sexta-feira, ele já tinha alertado sobre o risco de um segundo golpe contra a saúde pública no Brasil e insistiu que governos estaduais e o Palácio do Planalto precisariam agir de forma coordenada desta vez.

 

*Jamil Chade/Uol

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Pela milionésima vez a “consultoria da Globo” anuncia o funeral político do PT e de Lula

Desde que Lula foi preso pela ditadura, apoiada por Roberto Marinho, a Globo anuncia sua morte política.

Com Collor, que também perdeu apoio do patriarca da Rede Globo, o lero lero da emissora foi o mesmo, anunciar o funeral político de Lula e do PT.

Quando FHC venceu por duas vezes no primeiro turno a eleição para a presidência, a Globo festejou como nunca os restos mortais que ela anunciava tanto de Lula quanto do PT para, na eleição seguinte, Lula e PT tratorarem o PSDB com Globo, com tudo e seguir vencendo essa frente reacionária durante quatro eleições presidenciais seguidas, mesmo a Globo anunciando o fim do governo Lula durante a farsa do mensalão.

Por isso, quando Dilma emplacou a quarta derrota da Globo, colocando os Marinho de joelhos, a Globo partiu para o comando de guerra que golpearia a primeira mulher presidenta do Brasil, numa campanha tão fascista com os ingredientes de misoginia, racismo e preconceito de toda ordem que faz da campanha de Bolsonaro em 2018 uma coisa até boboca.

Bolsonaro, não esqueçamos, foi apoiado pela mesma Globo contra Haddad.

Isso se dá depois que Moro e a Lava Jato, criações genuínas da Globo, condenaram e prenderam Lula que venceria a eleição no primeiro turno, segundo todas as pesquisas, se seu nome não fosse retirado da urna, porque depois de sua prisão, numa clara reação da população contra Moro, Lula teve um crescimento de 17% com toda a propaganda negativa para criminalizar e destruir a imagem a sua imagem no Jornal Nacional.

Isso significa que a Globo é, sem dúvida, uma histórica freguesa por goleada que Lula e o PT lhe impuseram.

Assim, a Globo volta a dar destaques a uma suposta derrota política do PT nessas eleições, mesmo sabendo que já está ocorrendo com Bolsonaro o mesmo que ocorreu com FHC que, após a segunda vitória sobre Lula no primeiro turno, a economia brasileira entrou em derrocada num nocaute que fez de FHC um morto vivo que não governava mais o país, sumindo da mídia e visto esporadicamente vagando na erraticidade política, arrastando uma bola de ferro amarrada aos pés dez vezes maior que seu peso.

A Globo sabe o que está vindo por aí. Na verdade, quem tem um mínimo de discernimento sabe da tragédia que já se avista na economia, produzida por um governo e suas reformas que tiveram total apoio dos Marinho.

Agora, mais uma vez, depois do entusiasmo neoliberal, eles se veem diante da mesma fotografia que detonou o Brasil no governo neoliberal de FHC.

Ora, isso seria fatal. Foi para isso mesmo que os Marinho ajudaram a eleger o fascista miliciano e, agora, diante do caos já instalado pela cartilha de FHC rezada por Guedes, a Globo, tenta construir um dique contra o PT, porque sabe que Lula, que colocou a economia brasileira entre as cinco maiores do planeta, vai engolir a direita, pedaço por pedaço, com o apoio da população que lhe deu 87% de aprovação, justamente porque Lula fez história em seu governo não só no Brasil como também no mundo, tirando 40 milhões de brasileiros da miséria absoluta, miséria promovida por governos anteriores que sempre tiveram apoio entusiasmado da família Marinho.

Mas como, nesse momento de desespero, eles não têm nada para tirar da cartola para salvar a hecatombe neoliberal na qual o Brasil foi jogado, vão fazendo contas de troco miúdo para ver se criam manchetes antipetistas na base do músculo de papelão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro vira sócio de americanos que ajudam empresas investigadas. Entenderam?

Reinaldo Azevedo – A notícia mais, como posso dizer, especiosa desta segunda, em razão de fatos ocorridos no domingo, nada tem a ver com as eleições municipais. Ou tem, mas pelo avesso. A Alvarez & Marsal, uma consultoria americana especializada em gestão de empresas, anunciou, em pleno vuco-vuco eleitoral, a contratação de ninguém menos do que Sergio Moro, que o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, considera um verdadeiro herói da Lava Jato. Ele vai atuar na área de “Disputas e Investigações” da A&M em escala global. Ah, agora sim!

Em entrevista recente para Pedro Bial, na Globo, Rosangela Moro, a única conja do Brasil, anunciou que o casal, pobrezinho, precisa pagar boletos. Todos os problemas acabaram!

Notem. Na página da A&M, encontra-se esta informação:
“O Grupo Odebrecht entrou em Recuperação Judicial no dia 17/06/2019 (processo no. 1057756-77.2019.8.26.0100) e está em processamento perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tendo a Alvarez & Marsal sido nomeada administradora judicial do processo”.

Sim, vocês entenderam direito: Moro, o ex-juiz da Lava Jato, cujo trabalho provocou os sortilégios que provocou nas empresas, na economia e na política é agora sócio-diretor da empresa encarregada de cuidar da recuperação judicial da empreiteira que a força-tarefa ajudou a quebrar. Mais: ele vai trabalhar justamente na área de “Disputas e Investigações”.

A A&M, convenham, está na sua, né? Imaginem quantos segredos das empresas brasileiras Moro conhece… Os arquivos da Lava Jato de Curitiba — aqueles que os bravos rapazes não querem compartilhar nem com seu braço na Procuradoria Geral da República — estão na mente divinal deste homem impoluto, deste herói vocacionado para o serviço público, deste cavaleiro valente que nada vê à sua frente a não ser o interesse público.

Quem melhor do que Moro para ser um sócio-diretor no Brasil? Você é dono de alguma empresa que caiu nas teias do Ministério Público Federal em razão daquele incansável serviço de combate à corrupção da Lava Jato, que, segundo o ministro Luiz Fux, há de durar para sempre, já que a corrupção é coisa tão feia como o Holocausto? Bem, então você sabe o caminho. É a A&M. Moro é o mal e também é a cura.

Em seu comunicado oficial, a A&M é, a seu modo, transparente. Informa:
“Consultoria global de gestão de empresas, a Alvarez & Marsal (A&M) anuncia a chegada de Sérgio Fernando Moro como sócio-diretor, com sede em São Paulo, para atuar na área de Disputas e Investigações. A contratação de Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M em desenvolver soluções para as complexas questões de disputas e investigações, oferecendo aos clientes da consultoria e seus próprios consultores a expertise de um ex-funcionário do governo brasileiro.”

E o comunicado segue:
“Moro é especialista em liderar investigações anticorrupção complexas e de alto perfil, crimes de colarinho branco, lavagem de dinheiro e crime organizado, bem como aconselhar clientes sobre estratégia e conformidade regulatória proativa. Sua contratação reforça o time da A&M formado por ex-funcionários de governos”.

Epa! Ninguém sabia que ele já era especialista em “aconselhar clientes”… Quais clientes? A empresa lista nomes de profissionais que integram seus quadros e que já pertenceram a divisões governamentais dos EUA ou do Reino Unido:

“Steve Spiegelhalter (ex-promotor do Departamento de Justiça dos EUA), Bill Waldie (agente especial aposentado do FBI), Anita Alvarez (ex-procuradora do estado de Cook County, Chicago) e Robert DeCicco (ex-funcionário civil da Agência de Segurança Nacional), Paul Sharma (ex-vice-chefe da Autoridade de Regulação Prudencial do Reino Unido) e Suzanne Maughan (ex-líder investigativo da Divisão de Execução e Crime Financeiro da Autoridade de Conduta Financeira e investigador destacado para o Escritório de Fraudes).”

Nenhum deles, é evidente, virou herói nacional, ministro da Justiça e pré-candidato a chefe de Estado e de governo.

Na página da A&M, afirma-se sobre Moro:

“como Ministro da Justiça e Segurança Pública desenvolveu programas especiais para reduzir crimes violentos e proteger as fronteiras do Brasil, além de ser responsável pela elaboração e promulgação de leis federais sobre apreensão e expropriação de bens relacionados ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas graves”.

É mesmo? Qual é o programa especial contra crime violento? Ninguém sabia que ministro da Justiça, no Brasil, tem o poder de promulgar leis.

Sustenta-se ainda que “tanto como ministro quanto como juiz federal, Moro colaborou com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado”.

Na condição de titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, tínhamos por aqui um verdadeiro agente de uma espécie de Internacional do Combate à Corrupção, é isso? Passava, então, por cima dos Três Poderes da República?

A A&M joga o jogo. Vamos ver até quando os bananas, no Brasil, continuarão a fazer a fortuna, também a crítica, de heróis dessa espécie. Se depender de Luiz Fux, a empresa ainda terá uma penca para contratar. Steve Spiegelhalter, sócio-diretor da A&M e líder da área de Investigações da América do Norte, saudou assim a contratação de Moro:

“A experiência de Sergio como ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, somada à sua extensa bagagem em anticorrupção, crime do colarinho branco e lavagem de dinheiro, contribuirá para solucionar os problemas dos clientes.”

Spiegelhalter sabe o que diz. Depois de provocar o estrago que provocou no Brasil, Moro está pronto para lotar a A&M de clientes e oferecer a cura.

Mas, claro!, os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia não veem suspeição nenhuma na atuação daquele juiz que agora assume as vestes de empresário global.

Enquanto houver forças-tarefa nos moldes em que temos e enquanto o Ministério Público for o Poder dos Poderes, sem prestar contas a ninguém, o Brasil será um farto fornecedor de sócios-diretores de empresas dessa natureza. Afinal, esses patriotas conhecem o antídoto do veneno que administraram. O país vai à breca, mas eles passarão muito bem, não é mesmo, ministro Fux, Cármen Lúcia e Edson Fachin?

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Cai a máscara do cínico: Moro será sócio de consultoria que administra a quebra da Odebrecht e da OAS

A consultoria Alvarez & Marsal (A&M), com sede nos Estados Unidos e que administra a recuperação judicial da Odebrecht e OAS, anunciou na noite deste domingo (29) um novo sócio no Brasil: o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

“A contratação de Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M em desenvolver soluções para as complexas questões de disputas e investigações, oferecendo aos clientes da consultoria e seus próprios consultores a expertise de um ex-funcionário do governo brasileiro”, diz a nota da consultoria, após ressaltar que Moro será “sócio-diretor, com sede em São Paulo, para atuar na área de Disputas e Investigações”.

“Durante seu mandato, foi juiz presidente em processos criminais complexos, tanto nacionais como internacionais, incluindo a Operação Lava Jato, maior iniciativa de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. A Lava Jato gerou uma onda anticorrupção não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Tanto como ministro quanto como juiz federal, Moro colaborou com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado”, diz ainda a nota.

 

*Com informações do 247

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A vitória de pirro da direita

Lógico que foi uma vitória de pirro da direita, tanto que a manchete da Veja, a mais lacaia representante da elite mais cafona e provinciana do planeta, sapecou: “Esquerda acumula derrotas e PT fica sem prefeitos em capitais”.

Isso é característico de uma redação que carrega com ela complexo de inferioridade em relação ao povo e, por isso precisa exaltar uma vitória que sabe que não teve.

A esquerda é a grande vitoriosa, primeiro porque Boulos, um líder do MTST, que teve uma votação absolutamente expressiva, 40,55 %, mostrando uma cidade rachada e que a política do terrorismo editorial contra esse movimento social terá fim.

Boulos foi de uma habilidade e sagacidade geniais, expondo com uma didática serena e pragmática que essa elite paulistana, opulenta que frequenta as festas na mansão de Dória, produziu 25 mil moradores de rua, ou seja, a riqueza de meia dúzia de endinheirados de São Paulo é feita na base do sofrimento de milhares de brasileiros expostos ao relento e à segregação pela ambição de uma gente que comanda São Paulo há décadas que nunca teve qualquer grandeza social.

E foi num pulo do gato desses que Boulos soube tirar o manto de bom moço de Covas quando este veio com um discurso da classe dominante paulista através de Dória, soprada a Covas, exaltando a responsabilidade fiscal. Boulos, de prima, devolveu com uma resposta definitiva e histórica, dizendo que não pode haver responsabilidade fiscal sem responsabilidade social.

Isso é o que vai ficar. Covas conseguiu ser blindado pela grande mídia paulista que rasteja aos pés dos barões da Fiesp e da Febraban, mesmo Covas tendo um padrinho como Dória, rejeitado por mais de 70% dos paulistanos, e um vice que disputa cabeça a cabeça com Dória o título de mais rejeitado.

Mas a coisa não para aí, Boulos escancarou que o problema da direita paulista nunca foi o PT ou Lula, mas sim os pobres, o povo, essa gente de quem a elite paulistana não consegue esconder o nojo.

Para piorar, o Estadão ainda publica um editorial em apoio a Covas, intitulado “Não é hora de aventuras”, isso na cidade mais rica do país que não para de produzir miseráveis, sublinhando o que é a imprensa paulista.

Isso independe de quem seja o líder da esquerda, o repúdio que essas famílias imperiais de São Paulo têm dos pobres que elas próprias produzem com sua indústria de fabricar miseráveis, é secular, vide poema centenário de Mário de Andrade, na Semana de Arte Moderna de 1922, no seu livro Pauliceia Desvairada “Ode ao Burguês”, mais atual do que nunca. A maior autoridade da cultura brasileira expõe os burgueses paulistanos com uma precisão cirúrgica.

Há um conjunto de outros processos laterais que, olhando de forma fria, é bastante interessante e revelador como a de votos por Covas através de cestas básicas com o silêncio obsequioso do TSE de Barroso.

No Rio, Eduardo Paes, por exemplo, foi eleito por dois motivos, pela desastrosa administração de Crivella, mas sobretudo porque há na memória dos cariocas os feitos, as obras, os grandes eventos internacionais que Paes realizou sob a orientação e investimento do governo federal com Lula e Dilma.

A má notícia é que o Brasil de hoje é outro, é o Brasil de Bolsonaro, internacionalmente defenestrado, economicamente arruinado e, consequentemente, isso refletirá na administração de Eduardo Paes que, certamente não conseguirá realizar 10% do que realizou no período dos governos do PT.

Mas há muito mais coisas a serem colocadas na mesa, como a  vitória do PP que mais se expandiu em número de prefeituras. O PP foi o partido que mais teve políticos denunciados pela Lava Jato, o que derruba de vez a farsa de que foi esta a maior operação de combate à corrupção no país, transformando em piada o bordão de que se ela acabar, volta a corrupção. Mas isso é papo para uma outras análises que faremos aqui nos próximos dias.

Por ora fica entendido que a direita sabe da derrota política que teve, mesmo com algumas vitórias eleitorais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por que o Ibope, sem justificativa, cancelou as pesquisas de boca de urna?

Muito estranho esse cancelamento do Ibope das pesquisas de boca de urna.

Com segundos turnos bastante disputados em grandes cidades do País como São Paulo, Recife e Porto Alegre, o Ibope afirmou que não irá divulgar pesquisas de boca de urna, ao contrário do que fez no primeiro. Nenhuma justificativa para a decisão foi divulgada pelo instituto, que divulgava pesquisas de boca de urna desde 1986.

O Ibope anunciou na tarde deste domingo (29) que não vai realizar pesquisas boca de urna em nenhuma cidade do País neste segundo turno das eleições municipais, rompendo com a tradição estabelecida desde 1986.

O instituo de pesquisas não deu nenhuma justificativa oficial para a decisão até o momento. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de realização de pesquisas do Ibope em Recife e Porto Alegre, por exemplo.

Segundo a assessoria do Ibope, entretanto, o registro não obriga a realização do levantamento.

 

*Com informações do 247

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A bela união das esquerdas já vale qualquer resultado

O que se viu nessas eleições para prefeito, principalmente na maior capital brasileira, São Paulo, foi a belíssima união das esquerdas, candidatos do PcdoB, Orlando Silva e do PT, Jilmar Tatto que abraçaram a candidatura de Boulos como se deles fosse, é impagável e nos dá esperança de uma união de forças para a eleição à presidência da República de 2022.

O segundo turno das eleições de 2020 pode ser visto, de certa forma, como um “ensaio geral” de uma coalizão de partidos de esquerda para as eleições gerais de 2022.

É o que disseram à BBC News Brasil os presidentes nacionais de PSOL, PC do B e do PDT, e o secretário-geral do PT.

Os dirigentes têm em mente as disputas em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE), onde Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PC do B) e José Sarto (PDT), respectivamente, chegaram ao segundo turno e conseguiram aglutinar o apoio dos principais partidos de esquerda.

Siglas deste campo político estão representadas em 27 das 57 cidades nas quais haverá segundo turno neste domingo (29). O número representa 47% do total.

*Da redação

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Globo, que cresceu de braços dados com a ditadura, não aceita Lula por ter afrontado os ditadores

Como quem cresceu sob o sangue da ditadura, vai aceitar quem lutou frontalmente contra ela?

A Globo e a ditadura formam um clássico que os Marinho, nas entrelinhas, gostam de vincar.

E se ela não atingiu o objetivo de parar Lula pela democracia, usa a toga como farda e outros mil disfarces para usar a falsa casaca da regeneração.

Mas segue cheirando enxofre.

Pau que nasce torto, é assim mesmo. A Globo tem horror à democracia. Por isso vive de molecagem editorial, usa e abusa de sua força de comunicação de massa para manipular, confundir e dar forma e feição que ela quer dar às coisas.

Assim como Bolsonaro e os militares de seu governo, a Globo ainda está em 1964. Pudera, essa gente enriqueceu com o golpe militar e se transformou num império.

Mas Lula, assim como mobilizou os trabalhadores para greves em plena ditadura, enfrentou e venceu os Marinho quatro vezes seguidas nas urnas.

Isso, para quem andou de braços dados com os ditadores, é um insulto que jamais será perdoado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Pelotão editorial paulista vai à luta pela hegemonia dos restos mortais do tucanistão

Pior que uma mídia alheia às profundas desigualdades sociais que correm frouxas debaixo do nariz das redações paulistanas, é uma mídia que não esconde seu fascínio pela elite. E não é qualquer elite, ela é rica e cada vez mais rica, mas sobretudo cada vez mais provinciana que sequer consegue olhar para a própria capital a partir de seus habitantes, que fará olhar para o Brasil, principalmente para os lugares mais remotos.

O Brasil não merece a elite que tem. O povo, tão criativo, resiliente e autônomo na sua diversidade, contrasta com um pensamento quatrocentão que já nasceu culturalmente decadente, junto com uma elite que até hoje não fez a passagem da escravidão para a República em pleno século XXI.

A mídia de São Paulo é a cara de sua elite, tão ou mais provinciana que os barões da casa grande, parece se contentar com uma xepa que lhe resta de um panfleto que se ocupa, na maior parte do tempo, a dar de costas para o país real em nome da casta que se movimenta muito mais pelas badaladas festas do que pelo próprio desenvolvimento industrial.

A elite paulista é a cara da cordialidade dos negócios entre os próprios pares. Não é por acaso que o maior festeiro da capital que se promove nesse jetset festeiro, João Dória que, além de governador, segue como prefeito fazendo de Bruno Covas um mero boneco de ventríloquo.

Por isso, não pensou duas vezes em propor a Bruno Covas que, com mais de 70% de rejeição, não aparecesse ao lado do seu pau mandado para não queimar o filme do candidato.

Covas tem apoio maciço dos empresários, porque sabem que quem comanda tanto o governo do estado quando a prefeitura, é o Dória das festas que promovem encontros e negócios em sua mansão, dando um espetáculo de como funcionam as forças vagas desse país, nas sombras, nas frestas, nos regabofes, na beira das piscinas das mansões do Jardins, num universo completamente apartado do Brasil real.

Essa gente domina o que há de institucional em São Paulo, seja público ou privado.

Assim, a regra básica está na ponta da língua de qualquer redator da mídia paulistana.

Se Boulos chegou aonde chegou com reais possibilidades de virada, seu mérito tem que ser grifado. Boulos conseguiu tirar a nódoa que a elite tentou colocar em sua candidatura, com uma habilidade e serenidade incansáveis e simplesmente desarmou, na bola, cada tentativa de ataque baixo, como é típico da casta paulistana.

Isso fica estampado no constrangimento das matérias do Estadão, Folha, Veja, assim como da Globo em São Paulo. Nenhum desses veículos conseguiu achar Boulos em campo para rachá-lo ao meio, porque o projeto era esse, quando muito tentaram produzir rotações rocambolescas para associar de alguma forma mal-ajambrada um erro de Covas a Boulos, na base da notinha envergonhada. O importante era não afrouxar o caminho de Boulos com picuinhas brejeiras para não deixar que o candidato do Psol, apoiado por uma frente de esquerda avançasse na capital com a elite e a mídia mais reacionárias que, muitas vezes, confundem-se com os piores fascistas desse país.

Como se observa, nada se falou do PSDB, pois este só existe na memória dos saudosistas do fernandismo, do serrismo ou do alckiminismo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ibope: Na chegada, Manuela vira em Porto Alegre

Manuela, com 51%, e Melo, com 49%, chegam à eleição empatados tecnicamente, diz Ibope.

Candidata do PCdoB subiu 5 pontos em relação ao último levantamento e supera numericamente candidato do MDB.

Manuela D’Ávila (PCdoB) e Sebastião Melo (MDB) chegam à eleição para a Prefeitura de Porto Alegre em empate técnico, com a candidata comunista numericamente à frente com 51% dos votos válidos, apontou pesquisa Ibope divulgada neste sábado.

O resultado marca uma mudança nos rumos da corrida: a candidata do PCdoB subiu 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa do Ibope, divulgada no dia 24 de novembro.

Em votos totais, considerando também indecisos e votos brancos e nulos, Manuela lidera a corrida com 45% das intenções de voto. O deputado estadual, Sebastião Melo, tem 43%. Outros 8% ouvidos pelo Ibope disseram que votarão em branco ou em nulo. Outros 4% responderam que ainda estão indecisos.

A pesquisa ouviu 805 eleitores de Porto Alegre entre 27 e 28 de novembro e tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi contratado pela RBS TV e registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo RS-05561/2020.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%, ou seja, a probabilidade é de 95% dos resultados retratarem a realidade considerando a margem de erro.

 

*Com informações de O Globo

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