Ano: 2020

General Heleno, do GSI, confirma que teve reunião com Bolsonaro e advogados de Flávio

No início da noite desta sexta-feira (23/10), o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, divulgou nota para afirmar que informações repassadas ao GSI sobre supostas “irregularidades das informações constantes de Relatórios de Investigação Fiscal” produzidos pelos órgãos federais sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram obtidas de maneira “informal” com os advogados do filho do presidente da República.

O encontro com o chefe do GSI e os advogados do filho de Jair Bolsonaro foi revelado pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época, e confirmado pelos advogados Luciana Pires, Juliana Bierrenbach e Rodrigo Roca. Também participaram da reunião o presidente Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A tratativa não foi registrada nas agendas oficiais de Bolsonaro e de Augusto Heleno.

Segundo a nota publicada pelo chefe do GSI, o órgão de governo não tomou qualquer medida e entendeu que “não lhe competia qualquer providência” sobre o caso que, segundo o texto, vem sendo apurado pela corregedoria da Receita Federal. Leia a nota na íntegra abaixo:

“Chegou ao conhecimento do GSI, de maneira informal, por meio das advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, informação acerca de supostas irregularidades, que teriam sido cometidas em relatórios da Receita Federal.

De acordo com as citadas advogadas, tais denúncias foram trazidas ao GSI, em tese, por atingir integrante da família presidencial.

Entretanto, à luz do que nos foi apresentado, o que poderia parecer um assunto de segurança institucional, configurou-se como um tema, tratado no âmbito da Corregedoria da Receita Federal, de cunho interno daquele órgão e já judicializado.

Diante disso, o GSI não realizou qualquer ação decorrente. Entendeu que, dentro das suas atribuições legais, não lhe competia qualquer providência a respeito do tema.”

Além da nota, Augusto Heleno também atacou jornalistas em seu perfil oficial nas redes sociais. “Não vou rebater acusações infundadas de Miriam Leitão. Hoje ela é obcecada por falar mal do governo Bolsonaro e destilar seu ódio aos militares. Dirijo-me aos brasileiros do bem. Na Abin não há espiões, arapongas ou agentes secretos. Existem profissionais de inteligência concursados, preparados e capazes, como lhes compete, de ACOMPANHAR (sic) eventos que interessam ao nosso país, como fazem todas as agências de inteligência do mundo. Não monitoramos pessoas, patrulhamos instituições ou vigiamos quem quer que seja. Simples assim”, argumentou.

A defesa de Flávio Bolsonaro também divulgou nota. Leia abaixo:

“A defesa do senador Bolsonaro esclarece que levou ao conhecimento do GSI as suspeitas de irregularidades das informações constantes dos Relatórios de Investigação Fiscal lavradas em seu nome, já que diferiam, em muito, das características, do conteúdo e da forma dos mesmos Relatórios elaborados em outros casos, ressaltando-se, ainda, que o Relatórios anteriores do mesmo órgão não apontavam qualquer indício de atividade atípica por parte do Senador. Registre-se, finalmente, que o fato foi levado diretamente ao GSI por ter sido praticado contra membro da família do Senhor Presidente da República.”

CPI em gestação
Apesar das explicações, membros da oposição no Congresso já trabalham pela instauração de uma CPI. Os parlamentares querem apurar se o presidente Jair Bolsonaro usou a estrutura de inteligência do Estado para proteger seus filhos. Caso fato seja comprovado, isso configuraria, crime de responsabilidade.

“É um ataque à Constituição e às leis do país o presidente da República usar seu cargo público e as instituições de inteligência para tentar livrar seu filho de uma investigação criminal, conduzida pelo Ministério Público. Não é assunto de segurança familiar, mas de blindagem da família contra a aplicação da lei”, disse o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que já começou a coletar assinaturas para instauração de uma CPI para investigar o caso.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que vai ingressar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal pelo afastamento de Heleno e Ramagem.

 

*Com informações do Conjur

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Bolsonaro usa GSI e Abin para anular investigação sobre Flávio, Queiroz e Michelle

Mobilizados pelo governo Bolsonaro, órgãos da esfera federal atuaram a fim de encontrar elementos que sustentassem a anulação das investigações que envolvem transações financeiras entre Fabrício Queiroz, ex-assessor e operador financeiro da família, e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Em uma reunião ocorrida em 25 de agosto, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Receita Federal e Serpro (empresa pública de tecnologia da informação) estiveram presentes, convocados pelo presidente, para encontrar alguma prova que apontasse irregularidade nos relatórios de movimentações atípicas produzidos pelo Coaf.

O encontro, que acontece no Palácio do Planalto, teve a presença também de duas advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, de acordo com reportagem da revista Época. A defesa do senador relatou que teria descoberto a chave para derrubar o caso Queiroz na Justiça, apresentando documentos que, na visão delas, provariam a existência de uma organização criminosa instalada na Receita, responsável por levantar informações que embasariam os relatórios de inteligência do antigo Coaf, atualmente chamado de Unidade de Inteligência Financeira.

Depois da revelação sobre a reunião pela imprensa, o chefe do GSI, general Heleno, divulgou uma nota em que admite ter se encontrado com as advogadas, mas afirma que o órgão “não realizou qualquer ação decorrente” e que avaliou que o caso era de responsabilidade da Corregedoria da Receita Federal. A Abin não se manifestou sobre a presença de seu diretor na reunião e mandou a mesma nota enviada pelo GSI. A Receita Federal não quis se manifestar. O Serpro não respondeu ao pedido de informações.

De acordo com extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.No primeiro semestre deste ano, o procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O MP-RJ investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e teria dito ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

*Com informações do 247

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Bonat, o fantoche de Dallagnol, como combinado, torna Lula réu em mais uma ação da Lava Jato

Parece piada, mas não é. Bonat, o juiz que vestiu a camisa do time, como queriam os procuradores da Lava Jato, fato revelado em gravação de voz própria do chefe da Força-tarefa, Dallagnol, acaba de confirmar o conteúdo da gravação revelada pelo Intercept, aceitando uma denúncia dos procuradores que exigiram do juiz submissão total e, mais uma vez e sem qualquer prova, transforma Lula em réu.

A mesma história funesta de que Lula comandou a maior quadrilha da história do universo, que contava com curupiras, sacis, mãe d’água e por aí vai.

A essa altura do campeonato, em que as instituições do Brasil evaporaram pelo calor dos interesses da elite brasileira, essa notícia soa como piada cansativa e remodelada e, certamente, não causa qualquer impacto na sociedade que já vê a Lava Jato como de fato é, uma operação policial formada por um bando de cretinos do Ministério Público e Polícia Federal, comandada por um juiz corrupto e ladrão, como muito bem definiu o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) na sabatina de Moro na Câmara dos Deputados, de onde este saiu mudo, acovardado e com o rabo entre as pernas, porque não tem autoridade moral para desmentir o grande deputado.

O caminho foi somente um, fugir pela porta dos fundos. O resto é isso aí, mais uma tentativa da gangue de Curitiba de ressuscitar do seu túmulo depois de uma vexatória desmoralização pública.

Bonat tem uma gravação de Lula orquestrando ganhos para empreiteiros como o Intercept tem de Dallagnol orquestrando a manipulação do substituto de Moro?

Obs. Até eu que sou um dos mais bobocas seres da terra, sei que é uma tentativa de Moro ainda utilizar a Lava Jato como plataforma política para 2022.

Nota da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da aceitação pela 13º Vara Federal de Curitiba de mais uma acusação sem base contra o ex-presidente:

“A decisão proferida hoje pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de “lawfare”. A mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto. Por tais motivos, dentre outros, a decisão será impugnada pelos meios legalmente cabíveis”

Cristiano Zanin Martins

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Depois de humilhar Pazuello, Bolsonaro usa Salles para humilhar general Ramos: “Maria fofoca”

Maria fofoca, foi a definição que Bolsonaro encontrou para colocar na boca de Ricardo Salles sua classificação sobre o general Ramos. Como todos sabem, a chamada ala ideológica do governo, não existe, o que existe são os mambembes de Bolsonaro, colocados nas pastas para reproduzir o que ele quer falar, quer fazer, mas não pode parecer ser quem ele é.

É assim que Bolsonaro utiliza o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, para disseminar seu racismo, assim como usa Salles para seu principal projeto de governo, dar total garantias a garimpeiros, madeireiros, grileiros e outros bandoleiros da floresta que, certamente, têm algum negócio com o clã, já que a principal tradição da família Bolsonaro, a começar pelo pai, é a de fazer garimpo ilegal.

Essa é uma forma de milícia florestal que, no final das contas, reproduz em áreas rurais as mesmas práticas violentas das milícias cariocas por quem Bolsonaro sempre reservou seus maiores elogios, somado a isso, a família tem como braço direito o miliciano Fabrício Queiroz.

Se nesta quinta-feira (22), Bolsonaro humilhou Pazuello por duas vezes, primeiro desautorizando o ministro fantoche sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina Sinovac e, no dia seguinte, fez live com o próprio Pazuello para que este desse a ele total autoridade para humilhá-lo, dizendo que no governo é assim, um manda e outro obedece, hoje, Bolsonaro usa a boca de aluguel de Ricardo Salles para chamar o general Ramos de Maria fofoca.

Assim, de general em general, Bolsonaro vai desmoralizando a já pra lá de desmoralizada Forças Armadas que vem aceitando toda essa humilhação em nome de um batalhão de militares que vive de uma boquinha nas tetas gostosas do Estado, graças a Bolsonaro.

Esse é o preço que se paga por não ter dignidade.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonarista, Alexandre Garcia, é escrachado por fazer campanha contra fake news no TSE

Alexandre Garcia, aquele jornalista de aluguel de Bolsonaro, está sendo detonado nas redes sociais por fazer parte da campanha contra fake news do TSE.

O jornalista bolsonarista, que é ex-Globo, ficou conhecido por defender a cloroquina para tratamento e outras mentiras na pandemia do novo coronavírus.

Agora ele está fazendo a campanha contra fake news do TSE, acredite se quiser.

São mais de 2,5 mil mensagens nos Trending Topics do Twitter envolvendo o apresentador de TV.

Confira as reações:

 

*Com informações do DCM

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Advogado, estrela da Lava Jato e “super advogado de Bretas, é alvo da PF

Nythalmar Dias Ferreira Filho, de 30 anos, é visto com reservas entre criminalistas mais experientes por causa dos métodos que usa, que colegas consideram heterodoxos.

Com apenas 30 anos, o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho desbancou grandes nomes do Direito brasileiro e assumiu a defesa de personagens de escândalos de corrupção, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e os empresários Fernando Cavendish e Arthur Soares, o “Rei Arthur”. Com a ascensão surpreendente para um profissional tão jovem, o pernambucano de origem humilde, alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta, 23, assumiu lugar de estrela em defesas de acusados na Lava Jato. Apresenta-se, segundo colegas, como o defensor “mais caro” da operação.

A operação desta sexta-feira teve como base uma representação da seção do Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) encaminhada à Lava Jato fluminense. Nythalmar é acusado de vender influência: apresentava-se a possíveis clientes como alguém com poder diante do juiz Marcelo Bretas e dos procuradores da força-tarefa. O magistrado não é investigado no caso.

Depois de o processo ser encaminhado ao MP do Rio, os agentes cumpriram hoje mandados em endereços ligados ao advogado. Foram a imóveis no centro, na zona oeste e na zona sul da capital fluminense. Os mandados foram autorizados pela juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, e cumpridos pela Polícia Federal.

O jovem defensor tem como principal característica a agilidade com que fecha acordos de delação premiada. Soube como poucos entender as peculiaridades da Lava Jato e, com isso, cooptar clientes poderosos. Antes da fama, tinha como escritório um espaço modesto em Campo Grande, bairro pobre da zona oeste carioca no qual morava. Depois, mudou-se para um apartamento na zona sul da capital fluminense.

Nascido no município pernambucano de Jaboatão dos Guararapes, Nythalmar chegou ao Rio com 16 anos e o sonho de estudar Direito. Passou a maior parte da carreira com clientes pequenos, ali pela zona oeste. Pouco a pouco, com as visitas ao complexo penitenciário de Bangu, foi conhecendo, por meio de seus clientes, nomes de maior peso na vida pública.

O primeiro foi o ex-diretor da Eletronuclear Edno Negrini. Foi quem apresentou o então desconhecido advogado a Cavendish. O empreiteiro da Delta Construções, também pernambucano, viu seus negócios dispararem durante o governo Sérgio Cabral Filho (2007-2014), de quem era muito próximo. Cavendish foi a principal porta de entrada de Nythalmar na Lava Jato.

O defensor é visto com reservas entre criminalistas mais experientes por causa dos métodos que usa, que colegas consideram heterodoxos. Além da rapidez ao firmar acordos de delação, modelo de defesa até então pouco usado no Brasil, Nythalmar é criticado por causa da suposta fragilidade jurídica de seus argumentos, conforme comentou com o Estadão um advogado de longa trajetória.

 

*Com informações do Estadão

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Exército vai torrar R$ 3,2 milhões com churrascos e jantares em Pernambuco

Na contramão da contenção de gastos tão defendida pelo ministro Paulo Guedes e em plena pandemia — é sempre bom lembrar: ainda não há vacina e o vírus é o mesmo do início do ano –, o Colégio Militar de Recife, ligado ao Exército, anunciou a contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços de buffet.

Ao todo, são cinco tipos de eventos para até treze unidades militares em Recife, Olinda e Garanhuns. Nas especificações, o Exército lista dados de referência para o limite de gastos da farra. São onze churrascos que poderão receber até 10.700 pessoas e terão picanha, maminha e fraldinha. Serão contratados garçons e churrasqueiros profissionais.

Já os serviços de coquetéis serão realizados em treze unidades militares de Pernambuco. O público máximo que o Exército topa bancar chega a 3.000 pessoas. Os coquetéis salgados de camarão e bacalhau e cerveja “puro malte”.

Estão previstas ainda 13.500 refeições, entre almoços e jantares, cardápio que inclui atum canadense, filé mignon e arroz com champignon e linguiça seca.

Os almoços e jantares também serão regados a cerveja ‘puro malte’. O cardápio foi feito por uma nutricionista do Exército.

O Colégio Militar do Recife justifica que a contratação de empresa de buffet para tantas festas tem o objetivo de apoiar eventos como reuniões de pais e mestres, recepções de autoridades civis, desfiles cívico-militares, conclusão de curso e vários outros eventos.

O gasto milionário anunciado pelas unidades do Exército ocorre na mesma semana em que Jair Bolsonaro anunciou o veto à vacina da China, por considerar que o governo não tem dinheiro para investir no imunizante, considerado por ele duvidoso.

 

*Com informações do Radar Veja

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TCU investiga contrato do Ministério da Saúde para testes de covid-19

Contrato do Ministério da Saúde de R$ 133,2 milhões para compra de 10 milhões de kits de reagentes e insumos usados em testes de covid-19 está sob suspeita de irregularidades. O documento foi assinado em 21 de agosto, na atual gestão do ministro Eduardo Pazuello.

A informação foi repassada ao TCU (Tribunal de Contas da União) pela Dinteg (Diretoria de Integridade) da pasta, que produziu 1 relatório para a fiscalização periódica das medidas adotadas pelo ministério relacionadas à pandemia.

Com base no documento apresentado pelo ministério, a Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU produziu 1 relatório em que relata “diversas alterações na especificação do objeto a ser contratado” ao longo do processo de compra.

Em decisão (íntegra – 3MB), a Corte aprovou nessa 4ª feira (21.out.2020) a solicitação de adoção de providências ao Ministério da Saúde. Eis a íntegra da apresentação do relatório (1MB) feita pelo TCU em sessão plenária.

O relatório aponta ainda que 1 pedido de reconsideração apresentado pela empresa que ficou em 2º lugar no processo de aquisição emergencial, alegando direcionamento à vencedora, foi ignorado pelos setores responsáveis e mantido fora do conhecimento de outros integrantes da pasta.

Ao TCU, o Ministério da Saúde informou que avalia “a possibilidade de receber a 1ª parcela e, posteriormente, anular o contrato”, além disso, vai “reavaliar a real necessidade de contratação dos testes e de instaurar procedimento para apurar a responsabilidade dos envolvidos na contratação.”

A compra está listada pelo tribunal como 1 dos 10 maiores contratos de aquisição direta feitos pela pasta no contexto da pandemia da covid-19.

“Conforme explanado por 1 dos integrantes da Dinteg (Diretoria de Integridade do Ministério da Saúde), a partir da documentação relacionada à contratação, é possível verificar a existência de indícios de irregularidades na contratação, o que evidencia a falta de planejamento e coordenação por parte do Ministério da Saúde para a aquisição”, aponta o relatório do TCU.

O contrato foi firmado com a empresa Thermofisher Scientific Inc, representada no Brasil pela Life Technologies Brasil Comércio e Indústria de Produtos para Biotecnologia Ltda. Dos 10 milhões de kits de insumos e insumos para extração de RNA (material genético), 3 milhões deveriam ter sido entregues em setembro, mais 3 milhões em outubro e 4 milhões em novembro. Segundo dados atualizados até a 1ª semana de outubro, apenas 336 mil itens (3,3%) foram apresentados.

Denúncias sobre mau uso dos recursos públicos voltados para a covid-19 por parte de Estados e municípios foram feitas nos últimos meses pelo Ministério Público. No entanto, irregularidades nas compras efetivadas pela União ainda não tinham sido apontadas.

No início de outubro, no fim das atividades de acompanhamento, a equipe de fiscalização do TCU soube que a 2ª colocada, a empresa Actmed, alegou formalmente direcionamento do projeto básico para a empresa vencedora e pediu “a imediata inabilitação da Thermofisher”. A alegação era de que a empresa não cumpriu o edital.

A concorrente também pedia que atos que alteraram o projeto básico da contratação supostamente para beneficiar a vencedora fossem anulados. O preço apresentado pela segunda colocada, R$ 25,95 por kit, é 94,81% superior ao valor da vencedora, R$ 13,32, segundo o acórdão do TCU.

Segundo documento, a equipe do TCU verificou que o pedido da Actmed, no entanto, foi inserido em apenas 1 dos sistemas de tramitação eletrônica de processos, o SEI, mas não foi anexado a outra plataforma, o SIN Processos. Pelo SIN, o contrato estava sendo executado normalmente.

Segundo o TCU, o pedido da Actmed só chegou ao conhecimento de outros departamentos interessados do ministério, a exemplo da Diretoria de Integridade, porque a empresa fez uma representação.

Foi relatado por integrantes da pasta que “o pedido de reconsideração havia ficado restrito ao conhecimento do Departamento de Logística em Saúde (Dlog/MS) e da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGLAB/SVS), área técnica requisitante dos reagentes, e que a falta de vinculação do SEI ao SIN inviabilizou a verificação da relação entre os dois processos”.

A área técnica do TCU destacou que “para melhor governança e transparência das contratações, deveria haver um único processo que incorporasse todas as informações” e que “a divisão de documentação de uma mesma contratação em dois sistemas paralelos (SIN e SEI) impossibilitou a equipe de analisar apropriadamente a contratação em pauta”.

O TCU também indicou “dúvida quanto ao quantitativo necessário de insumos para testes a ser adquirido pelo Ministério confirma o que a equipe do acompanhamento vem relatando sobre a falta de planejamento nas ações de enfrentamento à Covid-19”.

No relatório, a Corte disse que não descarta a possibilidade de uma representação a respeito do tema, mas, por ora, irá apenas acompanhar os desdobramentos, tendo em vista que “a Diretoria de Integridade está adotando medidas em relação ao assunto”.

O Poder360 procurou o Ministério da Saúde e a Dinteg (Diretoria de Integridade) para se posicionar sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

PEDIDOS DO TCU AO MINISTÉRIO

O acórdão (íntegra – 3MB) do TCU aprovado nessa 4ª feira (22.out.2020) é o 3º de acompanhamento das ações do Ministério da Saúde em relação à pandemia. Abordou uma série de falhas da pasta, como falta de 1 plano estratégico de ações e de comunicação. Em 1 dos pontos, a Corte cobra do ministério “ampla transparência” nas tratativas em relação a vacinas em desenvolvimento.

“Os critérios de transferências de recursos para enfrentamento da pandemia de Covid-19, constantes do art. 2º da Portaria GM/MS 1.666/2020, não foram apresentados de modo a suficientemente indicar como foi feito o rateio de recursos entre os diversos entes subnacionais, o que impossibilita o controle social sobre as transferências e afronta as diretrizes constantes do art. 3º, incisos I, II, IV e V, da Lei 12.527/2011”, disse o TCU.

“É necessário documentar e tornar públicas todas as alterações realizadas nas bases de dados relativas aos sistemas de informação do Ministério da Saúde, de modo a dar efetividade aos princípios e diretrizes constantes do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério da Saúde e da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde.”

O Tribunal estabeleceu ainda 15 dias para que a pasta, após ser notificada, faça uma publicação na internet sobre “qual o papel do Ministério da Saúde em cada iniciativa e as tratativas para incorporação dos produtos no Programa Nacional de Imunizações”.

*Com informações do Poder360

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O pária orgulhoso de um Brasil internacionalmente evitado

Ernesto Araújo não esconde mais o óbvio. Somos um país pária. Em seu discurso na formatura dos novos diplomatas brasileiros nesta semana, o chanceler usou manobras de retórica e meias verdades para confirmar nosso status internacional.

“É bom ser pária”, declarou.

A frase me lembrou de um encontro entre Steve Bannon e a extrema-direita francesa em 2018. “Se lhes chamarem de racistas, usem a acusação como uma medalha”, disse o americano ao grupo que tem o ódio como instrumento de política.

Desde ontem, somos oficialmente um país pária. Mas pária com orgulho. Com medalha. Araújo sabe do que fala. Há um objetivo e um método. No palco internacional, as posições adotadas pelo governo o afastaram de tradicionais parceiros e romperam consensos internacionais sobre temas que, por décadas, tinham se estabelecido como base.

Mas era isso que o governo queria: romper pilares para, então, construir um novo mundo, com base em valores ultraconservadores.

Enquanto Araújo discursava no Itamaraty, o Brasil assinava com o governo americano um pacto exatamente no sentido de consolidar uma postura internacional com fortes características ideológicas.

Mas o projeto mostrou o tamanho do isolamento. Apesar de uma forte campanha para atrair outros governos para a aliança, o Brasil foi o único sul-americano a embarcar na cruzada ultraconservadora. Na América Latina, o Haiti – completamente dependente da ajuda de Washington – foi o outro que colocou seu nome na lista.

A aliança conta com sauditas, paquistaneses, líbios, iraquianos e outros governos com fortes acusações de violações de direitos humanos e onde a liberdade é apenas um sonho para milhões de mulheres. Dos 194 países da ONU, apenas 32 aderiram ao “consenso”.

No resto do mundo, praticamente os demais aliados democráticos dos EUA se recusaram a se aliar ao projeto. Restaram apenas os governos da Hungria e Polônia, ambos duramente questionados por desmontar pilares da democracia em seus países.

Na América do Sul, a situação tampouco é de liderança. A ingerência na eleição argentina, as trapalhadas na Bolívia, a utilização do território nacional para promover os interesses americanos e a perda de espaço no debate ambiental para Ivan Duque, na Colômbia, são apenas peças de um caleidoscópio.

Na Europa, a imagem é de um país que não respeita seus engajamentos internacionais e que, de forma descarada, mente. O acordo comercial com a UE que Araújo citou em seu discurso dificilmente será aprovado pelos parlamentos nacionais, enquanto uma opinião pública hostil a tudo que vier de Bolsonaro cobrará um preço caro de seus representantes que ousem chancelar o governo.

Na OCDE, a avaliação é de um país que mina o combate à corrupção. Na ONU, pela primeira em sua era democrática, o Brasil foi alvo de uma recomendação de um relator para que um inquérito internacional seja aberto contra o país. Na OIT, denúncias se acumulam. Nos fundos soberanos, pressões são cada vez mais nítidas para que o Brasil seja evitado.

Com a China, Araújo sabe que pode elevar o tom contra Pequim. Mas uma coisa é fazer isso ao lado da maior potência nuclear do mundo. Outra é ser pária sem o apoio da Casa Branca. E, se o cenário político americano mudar nas próximas semanas, dúvidas pairam nos corredores do Itamaraty se o chanceler terá a capacidade de se reinventar.

Não por acaso, o chefe da diplomacia entrega elementos centrais do interesse nacional brasileiro, cede em tarifas e abre mão de reivindicações do setor produtivo para tentar ajudar Donald Trump ser reeleito. O que está em jogo é sua sobrevivência.

Ontem mesmo, nem bem terminado o discurso em Brasília, já surgiram comentários ácidos de que ele poderia mergulhar na carreira de poeta como opção. Afinal, em sua intervenção, ele declarou: “Modestamente, considero-me também as duas coisas, diplomata e poeta”.

De fato, o status de pária de Araújo também começa a ganhar força dentro dos muros do palácio do Itamaraty.

Por meses, não foram poucos os diplomatas que buscaram postos irrelevantes no exterior que os fizessem “desaparecer” do radar do gabinete do ministro. A ideia é de aguardar o fim desse pesadelo para, então, retornar à busca de uma carreira. Já outros optaram por “black label”. A bebida.

Mas um dos maiores atos de resistência foi feito por jovens diplomatas nesta semana. Ao escolher batizar a turma de João Cabral de Melo Neto, mandaram um recado de que a visão de mundo que impera hoje na chancelaria não será a que os guiará.

“Esta nova turma, quero crer, já nasce com os olhos abertos”, disse Araújo. Sim, e o que enxergam é um chanceler nu, dentro e fora do palácio. E não foi nem por zoom.

 

*Jamil Chade/Uoll

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Datafolha SP: Boulos cresce e tem empate técnico com Russomano

Pesquisa Datafolha em São Paulo: Covas, 23%; Russomanno, 20%; Boulos, 14%; França, 10%; Arthur do Val e Jilmar Tatto têm 4% cada um. Joice Hasselmann tem 3% e Andrea Matarazzo, 2%. Demais candidatos tiveram 1% das intenções de voto ou não pontuaram. Levantamento foi feito nos dias 20 e 21 de outubro.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2020:

Bruno Covas (PSDB): 23%
Celso Russomanno (Republicanos): 20%
Guilherme Boulos (PSOL): 14%
Márcio França (PSB): 10%
Arthur do Val – Mamãe Falei (Patriota): 4%
Jilmar Tatto (PT): 4%
Joice Hasselmann (PSL): 3%
Andrea Matarazzo (PSD): 2%
Levy Fidelix (PRTB): 1%
Marina Helou (Rede): 1%
Orlando Silva (PCdoB): 1%
Vera Lúcia (PSTU): 1%
Nenhum/branco/nulo: 13%
Não sabe: 3%

Antonio Carlos Silva (PCO) e Filipe Sabará (Novo) tiveram menos de 1%.

Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, de 8 de outubro:

Covas foi de 21% para 23%
Russomanno foi de 27% para 20%
Boulos foi de 12% para 14%
França foi de 8% para 10%
Arthur do Val foi de 3% para 4%
Jilmar Tatto foi de 1% para 4%
Joice Hasselmann foi de 1% para 3%
Matarazzo se manteve com 2%
Levy Fidelix foi de 2% para 1%
Marina Helou se manteve com 1%
Orlando Silva se manteve com 1%
Vera se manteve com 1%
Antônio Carlos foi de 1% para 0%
Sabará foi de 1% para 0%
Os indecisos foram de 4% para 3% e os brancos ou nulos foram de 12% para13%

 

*Com informações do G1

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