Das mazelas institucionais que o Brasil vive atualmente, certamente, a PGR é um fenômeno à parte.
A pobreza da Procuradoria Geral da República desde Roberto Gurgel, passando por Rodrigo Janot, Raquel Dodge e, agora, Augusto Aras, não trouxe sorte alguma aos pobres num país em que essa mesma procuradoria tentou destruir um partido que tirou 40 milhões de brasileiros da miséria e viu a renda dos ricos crescer assustadoramente depois dos golpes em Dilma e Lula, muito com a ajuda luxuosa da PGR aonde que reina a absoluta subserviência ao grande capital.
Se um dia o MP já foi conduzido como uma instituição que tinha consciência social, o abandono à visão solidária para se agarrar a uma democracia de mercado foi uma das maiores violências institucionais que o Brasil viveu nos últimos anos.
Agora, sabe-se que o mais servil dos paus mandados de Bolsonaro está nesse momento tentando livrar a cara de um sujeito como Salles que já tem fama de bandido internacional nos EUA, globalizando assim as mazelas do clã Bolsonaro de quem é servo inseparável.
Qual a justificativa dessa interpretação de Aras ao fazer o papel de leva e traz de Bolsonaro para livrar a cara desse que é um dos mais famosos pilantras que já colocaram as mãos na riqueza da Amazônia?
O que pretende o Sr. Aras com esse discurso político, consagrar a picaretagem ou expor a pior hipocrisia nacional que é um MP que vem, nos últimos anos, agindo como um Robin Wood às avessas? Isso, quando não é omisso em tudo o que se refere ao comportamento do patrão.
*Carlos Henrique Machado Freitas
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