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Bolsonaro só começou a falar de voto impresso depois que Lula disparou nas pesquisas

Qual o sentido de alguém que se elegeu inúmeras vezes como deputado e, depois, como presidente e com três filhos que também se elegeram muitas vezes, como vereador, deputado estadual, deputado federal e para o senado, afirmar que as urnas eletrônicas através das quais se elegeram podem ser fraudadas?

Ainda mais vindo de quem tem um esquema familiar de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha que ganhou o mimoso nome de rachadinha e que promoveu no patrimônio do clã um verdadeiro milagre do crescimento.

Das duas, uma, ou essa família sabe fraudar e fraudou as eleições das quais participaram sem perder nenhuma, e usa o ataque como defesa para que jamais seus adversários questionem suas vitórias, antecipando-se à desconfiança de uma fraude eleitoral, ou o pavor de ir para a cadeia sem a proteção do foro privilegiado a dominou totalmente.

Pode também ser o que Lula disse, que Bolsonaro sabe que vai ser derrotado nas eleições de 2022 e, consequentemente, vai perder o foro e parar na cadeia.

Essa história de voto impresso e auditável só virou bandeira eleitoral depois que Lula disparou nas pesquisas e Bolsonaro só vê crescer o seu derretimento e o recorde de rejeição com 62% dos brasileiros que afirmam que não votam nele de jeito nenhum.

Enquanto isso, Lula tem a menor taxa de rejeição, a metade de Bolsonaro. E ainda nem começou a campanha.

Se Bolsonaro tem dois anos e meio de governo sem apresentar qualquer feito positivo e sem agenda mínima para um país que vê o endividamento das famílias bater recorde histórico, assim como o desemprego, a devolução de 20 milhões de brasileiros para a extrema pobreza, Lula, por sua vez, entregou o governo com 87% de aprovação e apenas 3% de reprovação e terá muito o que mostrar de seus feitos, enquanto Bolsonaro terá muito para esconder.

Bolsonaro só não terá como esconder as 600 mil mortes por covid, sem falar da subnotificação que, provavelmente, dobra esse número e faz o Brasil ser o primeiro país em mortos por covid, por falta de vacinação causado por um esquema de corrupção dentro do ministério da Saúde, como vem revelando a CPI da pandemia.

O que Bolsonaro talvez não perceba é que, se pretende utilizar essa ridícula desculpa de que as urnas eletrônicas são fraudáveis, é que não há na história do Brasil um candidato com tantas acusações tanto contra si, quanto contra seu governo e familiares de fraudes e corrupção. Portanto, se as urnas são fraudáveis, qualquer brasileiro minimamente honesto, vai achar que o próprio Bolsonaro e seus filhos foram os principais beneficiados de uma suposta fraude eleitoral.

Na verdade, Bolsonaro está encurralado pela própria língua.

Afinal, Moro ficou cinco anos tentando encontrar uma prova contra Lula, sem sucesso, jamais acusou Lula ou Dilma de tentarem manipular a Lava Jato, a Polícia Federal ou o Ministério Público, já Bolsonaro, segundo o próprio Moro que o ajudou a se eleger, manipula as instituições a seu gosto e modo.

Isso não deixa qualquer brecha para quem está se borrando de medo de perder a eleição e sair do Palácio do Planalto direto para a Papuda.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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