Ano: 2021

“Uma cegueira assassina”, diz jornal francês sobre Bolsonaro diante da pandemia

O jornal La Croix de hoje destaca na capa, acompanhada de uma foto de dois coveiros trabalhando em um cemitério do subúrbio carioca, as conclusões da CPI sobre a administração da pandemia no Brasil, que seriam divulgadas amanhã, após quatro meses de inquérito. A reportagem foi publicada antes do anúncio do adiamento da leitura dos resultados.

“Covid, os erros criminosos das autoridades brasileiras” é o título da reportagem. “A responsabilidade do presidente brasileiro é central na catástrofe sanitária provocada pela pandemia, com o segundo maior número de óbitos do mundo, após os Estados Unidos.

La Croix levanta algumas das questões às quais a CPI da pandemia vai tentar responder: a ausência de lockdown em grande escala, a responsabilidade pelo colapso do sistema de saúde e a suposta corrução na compra de vacinas superfaturadas.

O jornal francês explica que a CPI traz à tona, em primeiro lugar, a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro. “Uma cegueira assassina”, diz La Croix. O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da comissão, já anunciou que o ex-capitão enfrenta 11 acusações, entre elas, crime contra a saúde pública, charlatanismo e crime contra a humanidade.

La Croix também cita outra acusação contra Bolsonaro, a de “prevaricação no escândalo Covaxin”, em que o governo propôs pagar US$ 15 cada dose, contra o preço inicial fixado pelo fabricante indiano Bharat Biotech de US$ 1,34.

Disparidade regional

Em meados de outubro, menos da metade da população brasileira (47%) está totalmente vacinada. O diário católico aponta as grandes disparidades entre os estados: apenas 25% dos habitantes de Roraima ou da Amazônia receberam duas doses, contra 61% no estado mais rico, São Paulo.

Apesar de a campanha ter se acelerado no verão, a CPI lembra que o presidente recusou a compra de vacina da Pfizer em 2020.

La Croix cita ainda os acordos políticos de Bolsonaro com o “centrão” e o trágico escândalo das cobaias humanas pelo grupo Prevent Senior.

O TPI (Tribunal Penal Internacional), na Haia, vai examinar o relatório final da CPI e poderá, a princípio, julgar o presidente brasileiro por crimes contra a humanidade, acrescenta o jornal francês.

*Com informações do Uol

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R$ 3,6 milhões é a bagatela que custou aos cofres públicos a ida de Eduardo Bolsonaro e 69 aspones do governo a Dubai

A foto, típica de jeca deslumbrado, onde Eduardo Bolsonaro aparece fantasiado de sheik carnavalesco de matinê, saiu caríssimo para um país em que a metade da população vive hoje em insegurança alimentar, mais 20 milhões foram arremessados ao descaso da miséria absoluta, com uma economia aos frangalhos, inflação descontrolada, além de uma hiperinflação dos alimentos que resulta, ao invés de camisa da seleção brasileira como símbolo patriótico, nas caçambas de lixo e nos ossos de boi que são hoje destinos de uma nação de brasileiros desvalidos tratados por esse governo como resíduos humanos.

Enquanto isso, banqueiros como Roberto Setúbal, seguem faturando oceano de dinheiro e exigindo que se aperte ainda mais a forca do trabalhador no cadafalso.

Somente essa foto da família de Eduardo Bolsonaro fantasiada em Dubai, que causou tanta indignação na sociedade, custou ao lombo dos brasileiros quase mil reais. Quisera fosse esse o único absurdo, mas não é, Eduardo Bolsonaro arrastou com ele para Dubai um bonde de 69 inúteis aspones, incluindo Mourão torrando R$ 3,6 milhões dos cofres públicos.

Segundo o vigarista, Eduardo, comitivas gigantescas como a dele, são vistas como sinal de prestígio, só não disse prestígio pra quem, muito menos que benefícios serão produzidos por esse gigantesco amontoado de inúteis, além de um tapa na cara dos brasileiros que pagam seus impostos na fonte para essa cambada fazer piquenique com dinheiro público em Dubai.

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O Sheik bananinha da República das bananas

Nada representa melhor a tragédia cultural, social e ética do que um dos representantes do califado das rachadinhas, Eduardo Bolsonaro, posando com  fantasia de sheik em Dubai.

Na verdade, essa imagem diz muito sobre o clã e seus súditos, mas também diz muito sobre os patrocinadores da chegada do califado de milicianos ao poder.

Eduardo Bolsonaro, que pertence a uma dinastia que vende valores conservadores, na prática, não passa de um membro da maior quadrilha que surrupia o bem público há muitas décadas.

Tudo isso não deixa de ser uma zombaria com a cara da população e com a própria institucionalidade que se mantém em silêncio diante do que esse califado oferece ao país como representação máxima de poder da República.

A lentidão com que as investigações acontecem contra todos os malfeitos dessa gente, é uma desmoralização inapelável das instituições de controle no país em que as leis são relativizadas e os poderes político e financeiro, juntos, determinam, na realidade, o que é ou não ilegal.

Isso está tão escancarado, que Bolsonaro nem se estressa mais com os escândalos do seu clã estampados nas primeiras páginas dos jornais e nos mais importantes telejornais do país.

Parece que a família está governando uma terra sem lei que enfrenta a justiça somente quando ataca o judiciário e não as leis.

Tudo o que já se sabe dessa gente, fosse em um país minimamente sério, já estariam todos há muito tempo na cadeia. Mas a maneira debochada com que Eduardo Bolsonaro espalhou sua imagem ao lado da filha e da esposa, fantasiado de sheik jeca, é uma desmoralização generalizada do Brasil como nação civilizada.

O escárnio se torna mais grave, justamente porque acontece no momento em que a CPI está para concluir seu relatório sobre os inúmeros crimes cometidos pelo clã, que vão de corrupção generalizada na compra de vacinas ao resultado da pandemia que tem até o momento, mais de 600 mil mortes, mesmo com escancarada subnotificação, além de um número inimaginável de pessoas que sofrem com as sequelas deixadas pela covid.

É ter muita certeza da impunidade.

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Vídeo: Sem discurso e candidato pra 2022, banqueiro do Itaú propõe a volta da escravidão

Bolsonaro não para de derreter.

Ministros do STF prometem fuzilar Moro se ele ousar ser candidato.

Em guerra autofágica no PSDB, Eduardo Leite chama Dória de BolsoDória.

Assista:

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Forças Armadas gastaram R$ 5,5 milhões de dinheiro da vacina contra covid

TCU abre processo para apurar indícios de irregularidades em parceria que destravou R$ 95 mi da Saúde para a Defesa.

As Forças Armadas reservaram para suas despesas R$ 21,7 milhões da quantia destinada à compra e à distribuição de vacinas contra a Covid-19. Desse total, R$ 5,5 milhões foram efetivamente gastos até agora, principalmente nos meses de julho e agosto. Os dados são do portal da transparência do governo federal.

Este uso dos recursos da imunização levou o TCU (Tribunal de Contas da União) a abrir um processo para investigar indícios de irregularidades.

O plenário do órgão determinou a abertura do processo na última quarta-feira (13). O relator da proposta foi o ministro Bruno Dantas.

Para usar o dinheiro voltado à vacinação, as Forças Armadas fazem uso de uma parceria estabelecida entre os Ministérios da Saúde e da Defesa. As duas pastas assinaram um TED (termo de execução descentralizada), que permite que a Saúde abra mão de recursos à Defesa, para que os militares auxiliem na logística da imunização.

Indícios de irregularidades no uso desses recursos entraram no radar da CPI da Covid no Senado e do TCU. O TED prevê repasses de R$ 95 milhões à Defesa.

O responsável pela parceria foi o coronel do Exército Elcio Franco Filho, que exercia o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde. Ele era o braço direito do general da ativa Eduardo Pazuello, ministro da Saúde até março deste ano. Os dois foram demitidos, e hoje estão abrigados em cargos de confiança no Palácio do Planalto.

Elcio assinou o TED pelo Ministério da Saúde, em 19 de janeiro. No mês anterior, em dezembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia assinado uma MP (medida provisória) para liberar R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra a Covid-19.

Os R$ 95 milhões do TED são provenientes dos recursos destravados pela MP para compra e distribuição de imunizantes, como confirmou o Ministério da Saúde.

Na atual gestão de Marcelo Queiroga na Saúde, um aditivo prorrogou a parceria até janeiro de 2022 —antes, o prazo previsto era até novembro de 2021. Os termos do TED, porém, permitem que ele funcione por até cinco anos.

Uma reportagem publicada em 1º de maio pela Folha deu detalhes sobre os primeiros gastos das Forças Armadas após a militarização de parte da vacinação contra a Covid-19.

O dinheiro da vacina foi usado principalmente para manutenção e reparação de carros e aeronaves, assim como na compra de combustível. Uma parte dos recursos foi destinada à compra de material aos hospitais militares, de uso exclusivo de integrantes das Forças; à compra de medicamento sem eficácia para Covid-19; e a ações sigilosas de inteligência do Exército.

Na ocasião, o Exército afirmou ter feito atividades de inteligência de reconhecimento de itinerários e levantamento de áreas de risco ao material e ao pessoal empregado na vacinação.

O Ministério da Defesa afirmou, também naquele momento, que os grupos indígenas em localidades de difícil acesso eram os principais atendidos com o suporte à vacinação.

​Diante da abertura de um processo pelo TCU, referente à descentralização de recursos que contempla a Defesa, a Folha voltou a questionar o ministério sobre os gastos feitos. Emails foram enviados na sexta-feira (15), mas não houve resposta.

O Ministério da Saúde diz que o dinheiro não pode ser usado para finalidades não previstas no TED.

*Com informações da Folha

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Caminhoneiros prometem greve para 1º de novembro se não forem atendidos por Bolsonaro

Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro.

Mais uma vez, os caminhoneiros estão ameaçando paralisar o País. A categoria se diz em “estado de greve” desde o último sábado e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, 18, as associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo. Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.

Na pauta dos caminhoneiros, estão itens como o cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria (aos 25 anos de trabalho) e a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis para reduzir a flutuação do diesel.

Segundo o Estadão apurou, porém, o governo federal vê a mobilização como ameaças feitas antes – e que mais uma vez não devem ser cumpridas. De acordo com uma fonte, desde 2018 já foram 16 tentativas de paralisação malsucedidas, sendo quatro delas neste ano. A reportagem apurou ainda que a mudança do preço dos combustíveis, a partir de uma “canetada”, também não é uma possibilidade. Oficialmente, porém, o governo não comentou o assunto.

A estratégia dos líderes da categoria tem sido subir o tom. “Serei o primeiro (a parar em 1º de novembro)”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, um dos organizadores do movimento.

O documento com reivindicações a ser entregue ao governo será assinado pela Abrava, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). Conforme as entidades, é a primeira vez desde 2018 que as três associações atuam juntas em um mesmo movimento.

“A nossa pauta é a mesma desde os atos de 1º de fevereiro. Não é um assunto novo para o governo nem para o STF ou para o Legislativo, que conhecem nossas demandas”, afirmou o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer. “Agora, ou o governo senta com a categoria para fazer um trabalho, chama as partes envolvidas – Petrobras, STF, Congresso – ou paramos o País”, completou o presidente do CNTRC, Plínio Dias, em referência ao movimento ocorrido em 2018, ainda durante o governo Michel Temer.

Não é descartada por parte dos líderes dos caminhoneiros uma flexibilidade no cumprimento de todas as demandas feitas ao governo. Contudo, as lideranças dizem querer ver direcionamento em torno de medidas concretas. “Estamos cansados de reuniões. Tentamos fazer articulação, mas a própria categoria não aguenta mais”, afirmou Chorão.

Rompimento?

Questionados pela reportagem sobre um rompimento com o governo do presidente Jair Bolsonaro, os representantes descartam uma ruptura formal e dizem que o movimento é apartidário, apesar da forte presença da categoria na mobilização convocada no dia 7 de Setembro pelo presidente. “O movimento não é contra ou a favor desta gestão. Há muitos caminhoneiros que acreditam no governo Bolsonaro. Outros não concordam com a gestão”, afirmou Chorão.

“Não estamos levantando pauta partidária. A pauta é a sobrevivência da categoria. Se o governo realmente quiser ajudar os caminhoneiros do Brasil, iremos apoiar as medidas”, respondeu Dias, do CNTRC. Ontem, contudo, Litti, da CNTTL, falou em “desgoverno Bolsonaro” em pronunciamento.

Considerados base eleitoral de Bolsonaro, os caminhoneiros expressam insatisfação com o acúmulo de medidas anunciadas e não cumpridas. “São três anos de governo e não foi feito nada para a categoria, apenas falácias e promessas”, disse Dias.

*Com informações da Exame

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A explosão do do garimpo ilegal em terra indígena em que duas crianças foram sugadas por draga

Atividade avança na Terra Indígena Yanomami, sete meses depois do STF ter determinado que governo federal colocasse em pauta um plano para retirada dos invasores.

Maior reserva indígena do país em extensão territorial, a Terra Indígena Yanomami, local onde duas crianças foram mortas após serem sugadas por uma draga, tem vivido uma explosão de invasões de garimpeiros ilegais. Segundo cálculos do Ministério da Justiça, há mais de 400 pontos da atividade na região, nenhum deles com licença.

O avanço da atividade acontece sete meses depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado que o governo federal colocasse em pauta um plano para a retirada dos invasores. Desde junho, quando o Ministério da Justiça autorizou o envio da Força Nacional à região, já houve dezenas de operações. A última, em setembro, apreendeu 64 aeronaves com os garimpeiros.

A piora da situação no ano passado, que teve alta de 30% do garimpo ilegal, culminou com uma tragédia no Dia das Crianças, 12 de outubro. Os primos de 5 e 8 anos, da terra indígena de Parima, brincavam no Rio Uraricuera, que banha a comunidade Makuxi Yano, quando foram tragados e cuspidos por uma draga. Os corpos foram localizados depois pelos bombeiros. Mesmo com um histórico de violência trazido pela presença de pelo menos 20 mil garimpeiros que ocupam suas terras, a morte das crianças desencadeou um dos momentos mais tristes da aldeia.

Vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, Dario Kopenawa diz que a balsa dos garimpeiros veio se aproximando ao longo do tempo até se instalar a 300 metros da comunidade Makuxi. Ele denuncia que a ilegalidade persiste há pelo menos seis anos:

É um dos mais antigos garimpos da região do Parima e nunca teve uma operação, nem Polícia Federal, nem do Exército, nem do Ibama. Nunca pisaram lá. Os maquinários continuam na ativa.

No ano passado, dois yanomamis foram assassinados a tiros próximo a uma pista de pouso clandestina em Parima. O garimpo já se intensificava por lá.

Está acontecendo um processo lento de genocídio. A omissão do Estado brasileiro tem tido consequências dramáticas para os yanomamis com episódios terríveis de violência contra suas crianças mas também de desestruturação da sua saúde e da sua cultura. Essas comunidades caminham para a extinção — diz o procurador Alison Maruga, que atua na defesa dos povos indígenas no Ministério Público Federal de Roraima.

A comunidade Makuxi Yano é formada hoje por apenas 90 indígenas que vivem praticamente isolados. Só alguns entendem palavras em português — justamente aqueles que, para proteger a terra, acabam tendo mais contato com garimpeiros ilegais.

A draga que sugou as crianças é um equipamento instalado numa balsa que suga o fundo do rio em grandes tubos, transportando a areia e separando o ouro dos resíduos. Segundo Junior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-Y), a draga envolvida no crime foi escondida pelos garimpeiros, que fugiram.

As mães deles estão desesperadas. Não conseguem parar de chorar, gritam de dor. Elas perguntam: “por que meu filho morreu?” — conta Junior, que denunciou o desaparecimento dos meninos e esteve no local das mortes na sexta-feira.

‘Corrida do ouro’

Segundo o procurador, há em curso uma nova corrida do ouro em solo yanomami estimulada pelo discurso do governo federal que pretende autorizar a exploração mineral em terras indígenas. Além disso, enquanto aumenta o desemprego, o metal tem valorização no mercado internacional.

É uma atividade muito lucrativa. Uma cozinheira e um mecânico do garimpo ganham três vezes mais do que na cidade. Se esse processo se aprofundar, será irreversível — observa Maruga.

*Com informações de O Globo

*Foto destaque/Victor Moriyama/ISA

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Para 45% dos jovens entre 16 e 34 anos não há a menor chance de votar em Bolsonaro

Apoiar a reeleição de Bolsonaro em 2022 está fora de cogitação para 45% dos eleitores entre 16 e 34 anos, segundo pesquisa do Ipec.

Com grande rejeição a Bolsonaro, eles afirmam que preferem votar em qualquer candidato, independente de convicções partidárias. Ou seja, tudo, menos Bolsonaro. Os motivos não são somente ideológicos, mas também econômicos.

“Antes do governo Bolsonaro, nunca precisei deixar de comer alguma coisa pelo preço. Nunca vi os alimentos tão caros”, disse a analista de transportes Gisele Caires, de 31 anos, ao explicar por que se arrependeu do voto em 2018. Assim como ela, 28% dos jovens que escolheram Bolsonaro se disseram arrependidos. E a inflação é o motivo para quase um terço deles.

O locutor Felipe Tellis, de 29 anos, sente as mesmas dificuldades de Gisele. A percepção de menor poder de compra, refeições que não têm mais carne e o espanto de ver famílias inteiras morando nas ruas. “É impossível que haja um candidato que me represente menos”, afirmou.

Tellis também citou declarações consideradas machistas, racistas e homofóbicas de Bolsonaro, além de sua postura na pandemia, como fatores para optar por qualquer outro nome em eventual segundo turno em 2022. “Ele me fez achar o (João) Doria um bom gestor.”

As respostas obtidas pela pesquisa exemplificam, segundo o cientista político Marcio Black, as preocupações dos jovens em relação ao futuro. “Eles têm a vida toda pela frente e estão vendo uma série de barreiras à sua trajetória em função das decisões do governo. A inflação e o desemprego são problemas que interrompem um ciclo de desenvolvimento. No caso dos jovens mais carentes, a pandemia ainda os tirou da escola e os deixou mais atrasados”, ressaltou o coordenador do Programa de Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal.

A má gestão da economia é uma das grandes inabilidades do governo e está entre as que mais afetam a opinião da juventude, segundo a coordenadora de campanhas sênior da Avaaz, Nana Queiroz. “Imagine entrar no mercado de trabalho num momento de recordes de desemprego e inflação como este? Quando vemos o perfil das pessoas que estão morando nas ruas e em situação de miséria, vemos famílias, crianças e jovens.”

*Com informações do Estadão

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Terceira via de vento em popa: Tucano Eduardo Leite chama Dória de BolsoDória

Para uma arrumação da burguesia chamada terceira via, que já nasceu talhada por ser praticamente toda remanescente do bolsonarismo, o troço azedou de vez.

O que parece é que Eduardo Leite quer construir uma segunda via dentro da terceira via. Logicamente, uma que não caiba Dória.

Dória, o próprio autor do termo, paga o preço por seu oportunismo. Aliás, se há alguma coisa de original no janota da Faria Lima, é o seu sincero e honesto fisiologismo.

O fato é que, mesmo com o apoio dos banqueiros do Itaú, a terceira via caducou antes de nascer.

Quanto a Mandetta, não há o que dizer. Moro se borra de medo de ter que dizer alguma coisa para Lula em um debate. E Dória relinchou no mesmo palanque com Bolsonaro em 2018, o discurso que relincha agora, sem o genocida. O rapaz é de uma originalidade virtuosa.

Longe do personagem que criou na pandemia, Dória é um saco vazio que não para em pé, passou raspando e, justiça seja feita, empurrado pela besta do bolsonarismo para fazer, depois de uma gestão desastrosa na prefeitura, um governo vazio que utilizou a pandemia como marketing político, tendo o Butantan como bengala.

Isso não faz do seu governo alguma coisa confiável.

Já Eduardo Leite, que encarna o novo personagem “Zé da Ponte”, com a mesma linguagem tucana da Ponte para o Futuro, assumida por Temer, mas ditada pelos tucanos, tem Fernando Henrique como a última assombração encantada dando-lhe apoio, muito mais pelo confronto com Dória, armado por Aécio do que propriamente pelo apoio a Leite.

Assim, o alinhavo da terceira via  virou um garrancho em que uma coisa não liga à outra. A coisa não dá liga, tudo foi colado com cuspe e, no primeiro sol, a coisa secou e despencou.

Agora, fica cada um de um lado, agachado tentando cercar a sua galinha numa parcela da geografia política que nem galinheiro tem, que fará ninho seguro para um tucano perdido no voo.

Em outras palavras ou trocadilho, a coisa virou um Leite derramado. A terceira via flopou.

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Por que o banqueiro do Itaú saiu da zona de conforto pra fazer uma declaração tosca?

Por que o banqueiro do Itaú, Roberto Setúbal, saiu da zona de conforto tendo que encarar todos os inconvenientes que enfrenta por uma declaração tosca?

Aonde está a verdade nisso tudo?

Banqueiro é jogador, daqueles que fazem seus negócios na base do blefe e, de forma nenhuma, armaria uma arapuca para si próprio.

Assim como diz ter percebido o erro que cometeu apoiando a eleição e, depois, o governo Bolsonaro, dizendo-se desiludido, (declaração que não merece ser ouvida com acato por ninguém que tenha o mínimo de juízo) diz que Lula também não lhe seduz.

Segundo o cacique do Itaú, ele está apoiando a sorumbática terceira via que é, em última análise, o lixo da xepa bolsonarista.

A linguagem dos banqueiros é uma só, a mesma falada pela banca, sempre voltada a desossar a sociedade.

Por isso o juízo que eles fazem de um país ou de uma sociedade, só é aceito pelas cabeças de bretão, ou pelo sombrio mundo da agiotagem oficial.

Então, por que essas labaredas saídas da língua de trapo do golpista?

Quem seria capaz de desenhar esse quadro e revelar em tintas fortes o que de fato está por trás disso?

Não creio que a vulgaridade de suas declarações sejam somente um sinal de descuido.

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