Ano: 2021

Mensagens revelam que Allan dos Santos articulou com Planalto demissões nas Comunicações

Um dos principais contatos de Allan dos Santos era o coronel Mauro Cesar Barbosa Cid.

Conversas de WhatsApp apreendidas pela PF no WhatsApp do blogueiro Allan dos Santos mostram que ele abastecia o Palácio do Planalto com informações especialmente contra o que considerava adversários do governo, como funcionários do alto escalão de ministérios supostamente ligados à esquerda.

As mensagens (veja prints abaixo) mostram que Allan dos Santos também sugeria nomes para o caso desses funcionários serem substituídos, contestava demissões e chegava a defender a intervenção militar.

Um dos principais contatos dele era o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente. Cid é considerado dentro do Planalto como um dos principais auxiliares de Bolsonaro.

Em 10 de junho de 2020, Allan compartilha informações a Cid recebidas por ele sobre Julio Semeghini, então secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Importante: quem continua dando as cartas no MCTIC é ligado a China…Julio Semeghini. Secretário-executivo. Ligado ao PSDB. Responsável pelos nomes dos secretários da Setel (telecom) e Serad (rádio e televisão). Trocaram a equipe incompetente da Serad, mas os nomes escolhidos são bons tecnicamente mas restritivamente preocupados com a atender a agenda Julio Semeghini. Outro Julio que afunda o Ministério é o Conjur Jurídico comunista que desde que estou lá inviabilizou todos os projetos que ajudariam a fazer uma agenda positiva ao governo. Assessor especial do ministro e importante elo com a esquerda é Maximiliano. Comunista de carteirinha”.

Allan então responde: “Ótimo”. E compartilha um contato de Luciana Maria Monteiro de Lima, dizendo ser “de confiança”.

De acordo com o perfil profissional na rede Linkedin, Luciana é coordenadora-geral da pasta desde janeiro de 2019.

Print Coronel Cid - parte 3

 

 

 

 

 

 

 

Print Coronel Cid - parte 4

 

Em mais uma conversa, Allan compartilha notícias sobre a recriação do Ministério das Comunicações, ocorrida em junho de 2020.

Uma das notícias diz que “Entidades divergem sobre recriação do Ministério das Comunicação”.

Outra, com o título “Risco de 5G da Huawei expõe necessidade de maior coesão da aliança Cinco Olhos”, mereceu comentário de Allan:

Print Coronel Cid - parte 5

 

 

 

 

 

 

 

“Postaram essa. Principal assessora do ministro. Ainda não absorveram o assunto”.
Cid responde: “É para tirar dos chineses”.

Em outra conversa, Allan diz que conversou com Bolsonaro sobre o futuro do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que balançava no cargo.

“Seria um tiro no pé”, diz Allan na mensagem sobre uma possível queda do ministro.

Cid responde:

“Ele está se queimando. E não ajudando a educação. Educação, cultura…não pode cacarejar….”.

Print Coronel Cid - parte 1

 

 

 

 

 

 

 

Allan responde:

“Ele está se queimando por se aproximar do POVO? E quem faria isso melhor? O povo engole Ramos, Jorge , Levi, Astronauta e Marcelo Alvaro Antonio (LARANJAL), mas o Abraham é um problema? Só o POVO unido às FFAA podem varrer os inúmeros criminosos que hoje mandam no país. Barroso e Alexandre VÃO DAR UM GOLPE no Presidente e acabar com esse país. Sem o braço armado (FFAA), Cid, como defenderei meus filhos?”

*Com informações da CNN Brasil

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Vídeo Desmascara a fake news de Bolsonaro que culpa o ICMS pela disparada do preço dos combustíveis

Uma das principais mentiras de Bolsonaro ditas sem cerimônia é que os combustíveis aumentam por culpa do ICMS cobrado pelos governadores. O vídeo é explicativo e mostra como Bolsonaro transformou-se no presidente da República mais mentiroso da história, além de genocida e líder do clã que opera a orcrim de rachadinhas e peculato.

Assista:

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Levado ao poder pelos endinheirados, Bolsonaro expõe para o mundo o tamanho da ganância da elite brasileira

Hoje, o mundo inteiro já sabe que Bolsonaro governa para quem o colocou no poder, a elite que forma o chamado mercado. Portanto, a essa mesma classe dominante, foi assegurado o papel central dos bônus que a política econômica de Bolsonaro proporcionou com exclusividade.

Do outro lado, o povo, como ônus, recebe o resíduo, a migalha, quando muito o osso e o pé de galinha.

A questão ambiental é uma das principais agendas negativas de Bolsonaro no mundo, por tratar criminosos da floresta amazônica como aliados, por proteger pistoleiros, grileiros, garimpeiros.

Bolsonaro ainda será acusado pela CPI da covid por ter provocado um morticínio por covid em tribos indígenas, o que não surpreende ninguém, já que, ainda candidato, em discurso na Hebraica, ele disse que os índios não teriam dele qualquer respeito, assim como os quilombolas, a quem ele tratou como animais em sua fala bastante aplaudida pelos presentes.

Bolsonaro também é malvisto como sabujo de Trump. Ou seja, esse mesmo sujeito teve a capacidade de revelar ao mundo toda a perversidade que move a elite brasileira para alcançar seus objetivos e ele foi um instrumento perfeito para impulsionar a ampliação de privilégios dessa elite diante de um povo que se vê cada vez mais à míngua.

Não há qualquer dúvida entre os grande líderes mundiais de que Bolsonaro, com suas ações fascistas, retrata a classe dominante brasileira e, por isso mesmo, não dá para entender a chegada dele ao poder sem entender os propósitos da elite que deu a ele a cadeira da presidência da República.

Todos sabem que não foi uma integração casual, foi um projeto de poder articulado de forma efetiva com os demais poderes para que a elite colocasse Bolsonaro como o mandatário maior do Brasil.

Todo esse projeto antissolidariedade é, na realidade, a construção de um muro que segrega a maior parte da população para que o burgo se torne cada dia mais forte e que o restante do povo é condenado a uma classificação inferior dentro do próprio país.

Não há fio de desagregação capaz de distinguir a imagem de Bolsonaro da elite brasileira, eles são uma coisa só pulsando os mesmos objetivos.

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Comitê da ONU marca julgamento de queixa de Lula contra Moro para maio de 2022

O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) marcou para maio de 2022 o exame final do caso envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), numa decisão que ocorrerá em meio à campanha para as eleições no ano que vem.

O órgão internacional avalia, desde 2016, uma queixa apresentada pelo ex-presidente, que argumenta que seu processo não foi imparcial e que o então juiz Sergio Moro atuou de forma irregular. O Comitê é o encarregado de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil.

Num comunicado interno, obtido pelo UOL em Genebra, o Comitê informa que o exame do caso está agendado para a reunião do organismo em sete meses. O Supremo Tribunal Federal já considerou que Moro havia violado regras do processo e anulou as condenações, permitindo que Lula esteja livre para se candidatar à Presidência em 2022. Mas, ainda assim, o processo continua nas instâncias internacionais.

Ainda que o órgão não tenha meios para exigir que um estado cumpra suas decisões, uma condenação é considerada como uma obrigação legal se o país envolvido ratificou os tratados que criam o mecanismo.

Em meados de agosto de 2018, o Comitê de Direitos Humanos da ONU deu uma primeira vitória ao brasileiro. O órgão concedeu medidas cautelares e solicitado às autoridades brasileiras que mantivessem os direitos políticos de Lula até que seu caso fosse avaliado pelo Supremo Tribunal Federal e que o mérito do caso fosse tratado em Genebra. A decisão do Comitê foi ignorada pelo estado brasileiro, o que levou o órgão a considerar essa recusa em aceitar a decisão em sua decisão final.

Agora, o Comitê indica que concluiu tanto a avaliação sobre a admissibilidade do caso como a questão do mérito. Mas que uma decisão cabe aos 18 peritos do órgão, que se reúnem em maio.

A esperança do governo brasileiro era de que o caso jamais fosse aceito para ser avaliado pela ONU, alegando que a Justiça doméstica estava dando respostas ao processo e que, portanto, recorrer a instâncias internacionais não era adequado.

Candidatura possível de Moro é usada por Lula na ONU

Mas, numa nova comunicação enviada para a ONU neste fim de semana, os advogados do ex-presidente insistem que o caso precisa continuar a ser examinado e que existem “danos Irreversíveis” contra o ex-presidente, entre eles sua prisão por 580 dias e a decisão de o impedir de ser candidato em 2018. A equipe de defesa ainda solicitou que seja autorizado que uma sustentação oral ocorra no julgamento do caso, algo que é considerado como raro dentro do processo na ONU.

“Solicita-se, portanto, ao Comitê que proceda ao julgamento dos méritos, fornecendo assim ao povo brasileiro, e a seus advogados profissionais, orientação quanto ao tratamento de tais casos de alto perfil, e um guia para o que as regras da justiça internacional exigem nestas circunstâncias”, dizem a equipe de defesa.

Segundo a petição assinada pelos advogados Geoffrey Robertson, Valeska Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins, “as violações sofridas por Lula ainda estão sendo descobertas através de uma investigação em andamento”.

A petição ainda atualiza os peritos da ONU sobre as anulações dos processos contra Lula e indica que Moro tinha “manipulado as regras”. “A Corte decidiu que Lula não teve um julgamento justo e imparcial”, apontam.

Os advogados ainda dizem que Moro “decidiu fazer parte do Governo eleito (Bolsonaro)” e que o ex-juiz “foi diretamente beneficiado pela condenação e prisão do peticionário”.

“Ele aceitou participar do governo de Jair Bolsonaro e agora é considerado como um candidato até mesmo para Presidente da República nas eleições que ocorrerão em 2022”, diz a petição. “Assim, a parcialidade de Moro contra Lula é provada, pelo julgamento do Supremo Tribunal Federal”, diz.

O texto ainda alega que, durante os últimos 5 anos, o governo tentou defender Moro no organismo internacional e, segundo os advogados, teria sido o próprio ex-juiz que teria redigido algumas das respostas do Brasil ao Comitê da ONU.

A petição ainda alega que os juízes brasileiros, em 2018, cometeram um “erro histórico” e que teve como consequência a chegada de Bolsonaro no poder.

*Jamil Chade/Uol

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Arthur Lira terceirizou para o mercado a presidência da Câmara

O deputado Arthur Lira já foi privatizado há muito tempo, por isso está mais caro para os brasileiros. Suas ações são completamente contraditórias.

Agora mesmo, diante do assassinato cotidiano da Petrobras para servir aos interesses de seus acionistas, a empresa recebeu do teatral Arthur Lira o repúdio e uma “solução” para acabar com as mazelas que os preços dos combustíveis estão provocando no país, privatizar a Petrobras.

Não é de agora que esses vendilhões do mercado querem assassinar a Petrobras, e Lira é um dos piores lacaios desse país. Ele pode ser comparado a Paulo Guedes. Vai dizer que Lira não sabe que, se a Petrobras for privatizada, as únicas coisas a serem reduzidas são o número de funcionários e os salários dos que não serão demitidos.

De resto, o agravamento da crise provocada pela Petrobras a partir da gestão do tucano Pedro Parente, com Temer, e mantida a ferro e fogo pelo governo Bolsonaro, só produziu tragédia na economia brasileira, sobretudo na mesa dos brasileiros.

Se privatizar estatais fosse solução para alguma coisa, a pecuária, que é cem por cento privada no Brasil, não venderia carne bovina a peso de ouro, sendo absolutamente impossível ir para a mesa da grande maioria da população.

A pergunta inevitável é, o que adianta o Brasil ser um dos maiores produtores de carne do mundo? Só serve para mostrar o nível gritante, escandaloso da desigualdade social.

Lira faz ideia de quanto mais o brasileiro vai pagar pela conta de luz se a Eletrobras for privatizada?

Esse lacaio do mercado tem ideia do que vai acontecer com o efeito cascata do preço da energia com a Eletrobras privatizada?

Sua proposta de privatizar a Petrobras para baixar o preço dos combustíveis é o mesmo que receitar a degola para alguém que está com dor de cabeça.

Só sendo muito cínico ou um idiota completo, coisa que todos nós sabemos que Lira não é. Então, o que sobra é o cinismo em estado puro com direito a teatrinho de indignação.

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Fator CPI tem potencial para impactar eleições de 2022

Comissão que jogou luz sobre falhas do governo na condução da pandemia pedirá o indiciamento de dezenas de investigados, entre os quais o presidente Bolsonaro.

A CPI da Covid completa, hoje, seis meses desde sua instauração. De lá para cá, houve um rol de depoimentos, quebras de sigilo e investigações, levado a cabo pela comissão, que conseguiu ocupar espaço de protagonismo no jogo político. O fim dos trabalhos ocorrerá no próximo dia 20, quando haverá a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Nesta reta final, a cúpula do colegiado mudou o cronograma dos trabalhos. Desistiu da convocação, pela terceira vez, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cujo depoimento estava marcado para segunda-feira. Na data, ocorrerá a oitiva do médico pneumologista Carlos Carvalho e de parentes de vítimas do novo coronavírus.

No dia 19, Calheiros apresentará o relatório. Ele já antecipou que relacionou 37 investigados no parecer. Disse, ainda, que mais de 40 pessoas devem ser responsabilizadas no documento, entre elas o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a CPI não poderia “falar grosso na investigação e miar no relatório”.

Com a aprovação do parecer, a intenção é entregá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) já no dia 21. O órgão terá 30 dias para decidir se dará prosseguimento às denúncias, pedirá o arquivamento ou definirá diligências. No dia 26, membros da CPI vão se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro.

De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a cúpula do colegiado pretende levar o relatório, também, até o Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A Corte é responsável pelo julgamento de acusados de crimes contra a humanidade, como genocídio.

Conforme analistas, a CPI tem sido responsável por equilibrar o noticiário político, antes pautado por ações e ataques de Bolsonaro. Para eles, o ritmo do jogo político era, de certa forma, ditado pelo chefe do Executivo, que sempre se utilizou da política do enfrentamento e de cortinas de fumaça para tentar encobrir insucessos.

“Uma das grandes mudanças que a CPI trouxe na pauta política foi justamente o fato de ser capaz de ditar a pauta política. A comissão acabou tirando um pouco do protagonismo do presidente no cenário político, sendo ela mesma a produtora de notícias, a produtora de informações para a sociedade”, afirmou Valdir Pucci, professor e mestre em ciência política.

Com repercussão e força política própria, a CPI expôs informações que podem custar caro a Bolsonaro, como a demora para comprar vacinas contra a covid-19, a propaganda do chamado “tratamento precoce”, a revelação de que o Ministério da Saúde negociou imunizantes superfaturados e o escândalo recente com a Prevent Senior — segundo depoimentos ao colegiado, a operadora usava seus pacientes como cobaias em experimentos com substâncias como cloroquina, ivermectina, azitromicina e até ozônio no “tratamento” do coronavírus.

*Com informações do Correio Braziliense

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Bolsonaro afunda a economia brasileira: crescimento de 2,4% entre 2020 e 2022 contra média mundial de 7,6%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado para o período de 2020 a 2022 enquanto manteve as projeções referentes ao crescimento acumulado global (7,6%) e dos países emergentes (9,5%). De acordo com a instituição, o PIB brasileiro deverá crescer 2,4% no acumulado, uma queda 0,5 ponto percentual sobre a estimativa de julho, quando o Fundo havia elevado em 0,9 ponto percentual a projeção de crescimento da economia.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o Fundo também revisou para cima as projeções para a América Latina, de 1,5% para 1,8%, e o Brasil viu sua perspectiva cair. Anteriormente, a previsão era que a economia brasileira crescesse quase o dobro da América Latina. Com a revisão feita em outubro, este incremento foi reduzido para apenas um terço da previsão anterior.

tabela

A redução está ligada às baixas perspectivas para o próximo ano, quando o FMI prevê que o Brasil cresça somente 1,5% contra 1,9% da estimativa anterior. Para este exercício,a instituição cortou sua projeção em 0,1 ponto percentual, para 5,2%. Para a economista-chefe do FMI,Gita Gopinath, o corte nas projeções brasileiras está atrelada principalmente ao aumento da taxa básica de juros para tentar conter a alta inflacionária.

Ainda conforme a reportagem, “na comparação entre 30 das principais economias do planeta, o corte de 0,4 ponto percentual sofrido para as previsões brasileiras para o ano que vem, de julho ante outubro, só não foi maior que os ocorridos por Tailândia (1,6 ponto) e Filipinas (0,7 ponto)”.

*Com informações do 247

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Migalhas não resolvem e África avança mais que Brasil, diz representante da ONU

Brasil precisa adotar tributação mais progressiva e desonerar o consumo, defende Daniel Balaban.

Até países africanos avançam mais do que o Brasil em mudanças estruturais na tributação e governança de programas sociais para combater a miséria e a fome.

Segundo Daniel Balaban, representante brasileiro do United Nations World Food Programme (programa mundial de alimentos da ONU), o Brasil precisa adotar tributação mais progressiva e desonerar o consumo para avançar nessa questão.

No Brasil, apenas cerca de 15% da população paga Imposto de Renda e os mais pobres são onerados pela cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que incide sobre o consumo.

“Em todos os países que trabalhamos, batemos nesse mesmo ponto. Temos visto mudanças radicais, inclusive em nações pobres da África. Mas, no Brasil, isso é tabu”, afirma.

Mais da metade do Brasil sofre de algum tipo de insegurança alimentar, fato precedido pela forte recessão em 2015-2016 e por um crescimento medíocre desde então. O que é possível fazer? Países que saíram dessa mesma situação no passado, como os nórdicos e a Coréia [do Sul], mostram que o crescimento econômico está atrelado a uma base de sustentação da própria população.

Ao deixar que uma proporção muito grande da população caia abaixo da linha da miséria, estamos achatando o PIB, porque essas pessoas não contribuem. É um ciclo vicioso que já estamos vendo no Brasil, com um quadro de estagflação [inflação elevada sem crescimento econômico].

O Brasil é um exemplo perfeito de erros de política e seus resultados, que redundaram no aumento da fome. O Brasil não é como alguns dos países com os quais trabalhamos, realmente pobres, como na África, na Ásia e mesmo na América Latina.

Nesses países, não há alimentos e eles têm infraestrutura realmente precária, o que é totalmente diferente do Brasil, que está entre os maiores produtores de alimentos do mundo.

A fome está relacionada à economia e à desigualdade, e o Brasil figura entre os países mais desiguais do mundo. Para trabalhar isso, é preciso mudar a estrutura econômica e tributária. Não adianta darmos uma migalha aqui, ter programa de cesta básica ali. Isso não resolve nada.

Em todos os países que trabalhamos, batemos nesse ponto, e temos visto mudanças radicais, inclusive em nações pobres da África.

É preciso mudar a estrutura tributária para que quem tem mais possa contribuir mais. É uma coisa básica. Mas, no Brasil, isso é tabu.

Todo país desenvolvido tem alguma política para desconcentrar renda, fazendo com que pessoas que estão na pobreza não caiam na miséria extrema e na fome.

Isso pode ser feito por meio do aumento de salário mínimo, política que foi interrompida no Brasil, e por financiamentos aos pequenos produtores. No Brasil, eles são 5 milhões de famílias que produzem cerca de 70% do que consumimos. Hoje, as políticas estão concentradas no grande agronegócio.

Com o pequeno produtor, deixamos de ligar tanto os preços dos alimentos ao dólar, pois os pequenos não exportam seu excedente. Com o agronegócio, não. O dólar alto é uma oportunidade. E, do jeito que a imagem do Brasil está lá fora, daqui a pouco vai acabar sobrando para o agro também.

Como avalia o papeI do ICMS, que onera sobretudo os mais pobres? A tributação sobre o consumo é uma das mais injustas que existem, porque os pobres consomem toda a sua renda no dia a dia. Temos que modificar isso, para que os mais ricos contribuam mais via Imposto de Renda.

Há bons projetos no Congresso nesse caminho, que não avançam. Quando defendemos isso, não queremos que todos sejam iguais, mas que ninguém morra de fome.

Os números da fome no Brasil já eram alarmantes. Mas, com o aumento do desemprego, da inflação e as crises políticas que estamos enfrentando, temos uma tempestade perfeita para que essa situação piore. E não vejo um debate sério, na pauta do dia, para resolver um problema que está se agravando, com as pessoas passando fome mesmo.

O que mais seria recomendável? É preciso incluir mais a população e fazer com que os pequenos negócios também avancem. É preciso ter mais cursos profissionalizantes. Hoje, dos cursos oferecidos pelo sistema S, por exemplo, muitos são de profissões que já nem existem mais. É preciso direcionar mais isso para a ótica do empreendedorismo. Ninguém quer produzir mais nada no Brasil, o que é um problema sério.

Muita gente não gosta, mas é preciso manter uma renda básica para essas pessoas [como o Auxílio Emergencial pago durante a pandemia]. Se cortar isso hoje, aí vamos ver o que vai acontecer. As pessoas estão vivendo disso. E esse dinheiro que recebem é o que faz a economia girar em determinadas cidades.

É preciso incrementar o Bolsa Família neste momento crítico. Manter a renda emergencial e o Bolsa Família. Mas isso não resolve se não for levado adiante a questão tributária no Congresso.

Pode vir PT, PSDB ou quem for. Se não mexermos nisso, vamos estar nesse mesmo assunto nos próximos anos. É preciso mexer na raiz do problema.

Precisamos aprender também a fazer planos de desenvolvimento. Lógico que eles têm outro tipo de governança e sociedade, mas a China cresce por isso. É plano atrás de plano. No Brasil, a cada governo mexem e remodelam tudo. Se isso não mudar, estamos fadados a estar sempre discutindo esse assunto.

Temos de ter políticas de Estado. Fui funcionário público e passei por vários governos. A cada vez que chega um novo governante, toda a máquina é alterada. Perde-se até a memória do que havia. É preciso parar de mudar todo mundo e colocar pessoas que não têm a mínima ideia do que estão fazendo ali, e que demoram um ano para entender o que está acontecendo.

Essas políticas de Estado têm de ser perenes, não importando quem fez, quem aperfeiçoou. Isso era digno de países africanos, e até eles estão aprendendo mais do que o Brasil.

*Fernando Canzian/Folha

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Osso de boi e pé galinha aumentam o preço em 60%; dobra o número de favelas no Brasil

Essa é a fotografia do momento atual do Brasil, em que uma parcela significativa da população sofre pesadamente os reflexos de um golpe de Estado contra a presidenta Dilma e a volta do neoliberalismo com Temer e Bolsonaro.

Todos sabem que a instrução dos neoliberais é dizimar o Estado, resumi-lo a um gerente privado de condomínio e transformar o país num grande shopping center em que os que podem, consomem, e o que não podem, ficam do lado de fora, com a ideia de que, através do consumo dos que comem, o mercado salvará os que não comem.

Em síntese, essa é a situação presente do Brasil. Um modelo cívico herdado da escravidão e uma economia de modelo voltado apenas ao consumo.

O resultado refletido no favelamento que duplicou e no aumento do preço em 60% de carne de terceira, considerada até pouco tempo como refugo nos abatedouros e açougues, colocam o fascismo de Bolsonaro e o neoliberalismo da terceira via num mesmo saco.

Sim, porque não adianta essa turma que, como Dória  tem como slogan “privatiza tudo” se colocar como alternativa de alguma coisa quando, na verdade, representa o esgoto econômico que pariu Bolsonaro e que a chamada terceira via pretende adensá-lo, mas adornar com flores.

Podemos afirmar que a naturalização do racismo, do preconceito e da discriminação é também desempenhado pelo próprio sistema neoliberal em que uma dúzia e meia de milhões de brasileiros seguem desempregados e uma nação dentro da outra se equilibra na corda bamba da precarização do trabalho.

Por outro lado, tudo vira consumo a partir de uma confusão estabelecida pelo neoliberalismo, por uma democracia de mercado em que tudo tem que ser aproveitado pelo balcão de negócios, mesmo que o ser humano seja a principal vítima dessa distopia.

O que o Brasil vive hoje é parte da natureza do capitalismo que se encontra diante de conflitos reais e, sem um discurso oficial, ataca o discurso social para continuar privilegiando parcela ínfima da sociedade formada por banqueiros e rentistas que filosofam soluções sacerdotais que tiram o dinheiro da produção e alocam nos grandes templos do fundamentalismo neoliberal, os bancos.

É nessa concepção de sociedade que o ser humano se torna residual, ou seja, a ideia do resultado de uma ensandecida busca por lucros e dividendos afasta qualquer ideia de valores em que o humano esteja protegido da ganância de poucos.

O fato é que só se chegou a esse grau de violência capitalista pela violência da informação manipulada por uma mídia capturada pelo próprio sistema que, a cada passo dado pelo país, responde com uma avaliação de mercado e não das pessoas, o que faz de todo o ambiente social, político e econômico uma síntese esquizofrênica que tem que ter um fim.

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150 demissões em um segundo: os algoritmos que decidem quem deve ser mandado embora

Uma empresa de ‘software’ despediu centenas de funcionários em agosto seguindo apenas a recomendação de uma inteligência artificial, um caso que pode se tornar comum.

El País – Você será demitido por um algoritmo. Parece uma profecia de mau agouro, mas esse é o destino que aguarda a maior parte das pessoas empregadas neste agitado primeiro terço do século XXI: ser contratadas e despedidas por máquinas, sem nenhuma intermediação humana. É possível que muitas delas passem por esse ciclo de destruição criativa em várias ocasiões ao longo de trajetórias de trabalho que prometem ser agitadas. É o fim do emprego para a vida toda, que era comum até o final do século XX.

Em agosto, a Xsolla, filial russa de uma empresa de software e serviços interativos com sede em Los Angeles, fez uma reestruturação inovadora de sua equipe, atraindo a atenção de veículos de comunicação do mundo todo. Sem prévio aviso, ela decidiu demitir 150 dos 450 funcionários de seus escritórios em Perm e Moscou, seguindo apenas a recomendação de um algoritmo de eficiência no trabalho que os considerou “improdutivos” e “pouco comprometidos” com os objetivos da empresa.

Nem o impacto da pandemia nem as tão citadas “razões estruturais”. Desta vez, a causa alegada para justificar as demissões em massa foi o julgamento frio de um programa de inteligência artificial alimentado com big data. A medida foi tão drástica e incomum que o diretor-executivo e fundador da empresa, Alexander Agapitov, apressou-se em declarar à edição russa da Forbes que não concordava totalmente com o veredicto da máquina, mas era obrigado a acatá-lo devido aos protocolos internos pactuados com sua assembleia de acionistas. Ele até se ofereceu para ajudar os trabalhadores demitidos a encontrar novos empregos o mais rápido possível porque, em sua opinião, eles são, na maioria, “bons profissionais”.

O caso da Xsolla é um dos muitos exemplos de empresas modernas com vocação disruptiva que estão incorporando a inteligência artificial ao seu processo de tomada de decisões. O que é relativamente novo é que as funções que a máquina assumiu nesta ocasião são nada menos do que as da diretoria-geral de operações e das divisões de recursos humanos e gestão de talentos.

Que as máquinas acabariam substituindo os trabalhadores humanos, é algo que os luditas britânicos do século XIX já sabiam, e que Charles Chaplin nos mostrou de forma bastante eloquente no filme Tempos Modernos, de 1936. O que não esperávamos era que as máquinas fossem se transformar em nossos chefes.

Existe pelo menos um precedente muito conhecido. Em 2019, a Amazon, a mãe de todas as empresas disruptivas de hoje, atraiu a atenção da revista Bloomberg por sua tendência de demitir funcionários com base em critérios informáticos. Naquela ocasião, um dos afetados, Stephen Normandin, foi entrevistado pela revista e virou um símbolo desse procedimento aparentemente frio e desumanizado.

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